A origem escrita por C0nfused queen


Capítulo 4
Talvez eu precise de um super herói




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No ultimo tempo teríamos aula de ginástica o que me deixou apreensiva, como Damien se portaria naquela aula?

Aquela duvida simplesmente não deixava a minha mente, porém fiquei mais tranqüila ao observá-lo na arquibancada ele não iria participar

O treinador Keller apitou dando inicio a sua aula. Tudo seguia bem o que é difícil de acontecer levando em conta que eu odeio esportes, já tentei de tudo e nunca consigo o resultado esperado, até o exercício da corda, eu subia com dificuldade e quando atingi certa altura alguém acidentalmente, ou não, lançou uma bola na minha direção, ao me atingir eu perdi o equilíbrio e comecei a cair a minha queda seria bem feia e eu já estava preparada para dor quando algo, ou melhor, alguém amorteceu a minha queda era Damien que agora não estava mais na arquibancada e sim me segurando, como ele havia chegado ali tão rápido?

As pessoas do ginásio pareciam fazer a mesma pergunta. Ele me colocou no chão.

–Você esta bem? – ele disse me analisando, procurando algo de incomum.

–Estou – eu disse me recuperando do susto – Talvez eu realmente precise de um guarda-costas.

Após se certificar de que tudo estava certo comigo ele voltou sua atenção para os responsáveis pela minha quase morte e sua expressão não era muito boa, em um movimento rápido ele pegou a bola e a lançou no rapaz que antes sorria e havia jogado a bola em mim, porem Damien não calculou bem a sua forca e a bola ao atingir o garoto fez com que o mesmo caísse no chão com uma expressão de dor, o que fez o treinador correr ao seu socorro e deu a mim e a Damien tempo suficiente para correr.

Já longe da escola paramos para recuperar o fôlego e eu aproveitei a nossa pausa para questioná-lo sobre os acontecimentos do ginásio.

–Como?

Ele não pareceu entender a minha pergunta nem eu conseguia me entende com a minha voz tão entrecortada pela correria.

–Você é... Muito rápido – eu falei já me recuperando – é impossível, o que você fez não é normal.

–Encare os fatos Belinda! – ele falou em tom mais elevado – A sua vida não é mais normal ela nunca foi e não será de novo.

–Ela era! – eu gritei deixando cair também algumas lágrimas à medida que o efeito da adrenalina passava – até você aparecer, eu te odeio!

Minhas palavras o pegaram de surpresa e ele simplesmente perdeu todo o controle o qual ele tanto lutou para manter.

–Eu cansei de você! – ele disse e sumiu como ele havia feito no meu apartamento me deixando sozinha naquele beco, pelo menos até avistar algumas pessoas ao longe. Eram rapazes, não conseguia olhar seus rostos. Eles se aproximavam cada vez mais e mesmo querendo abandonar aquele lugar o meu corpo não respondia aos meus comandos. À medida que se aproximavam pude distinguir os seus rostos, o rapaz que vinha a frente era o mesmo em quem Damien havia lançado a bola eu nunca o tinha visto na escola, pelo menos, até hoje quando ele tentou me matar.

–Anika? – ele pronunciou e logo começou a rir de uma maneira totalmente louca e assustadora – Como Anika?

–Como o que...? – eu falava.

–Como eu não sabia que haviam mandado um protetor para você? – ele agora parecia desapontado com a sua falha – Sabe eu acho que em uma tentativa inútil de te salvar ele apenas prolongou a sua dor, eu iria acabar com você na escola, você cairia, morreria de forma rápida e indolor e tudo pareceria um acidente, todos felizes, não acha?

Embora ainda em choque eu já começava a reunir as minhas forcas e a medida que ele se aproximava eu me afastava cada vez mais, não poderia correr, pois seus amigos já haviam se posicionado na outra extremidade do beco, eu estava encurralada.

–Ora Alteza não se assuste. – ele disse de maneira sínica – a morte não deve ser tão ruim assim?

–Dizendo isso ele me lançou no chão e já estava pronto para me apunhalar com uma faca bem parecida com a de Damien, quando alguém do outro lado do beco chamou a atenção de todos.

–Isso você já vai descobrir – era Damien, que mesmo desapontado com tudo que eu havia dito estava ali para me proteger como sempre, já com sua faca em mãos.

–Olha princesa, o seu namoradinho esta aqui – quando falou isso ele segurou meu rosto me forçando a olhar para Damien, eu apenas fechei os olhos e pronunciei um “socorro” apenas em um sussurro e tudo aconteceu muito rápido.

Damien apunhalou os dois primeiros e voltou sua atenção para o garoto que me segurava agora com uma expressão de pavor no rosto. Em uma tentativa de se defender ele me lançou para o canto do beco me fazendo colidir com a parede, senti algo quente escorrer pela minha testa, levei minha mão para o lugar machucado e senti uma dor alucinante, lancei a Damien um olhar de dor e este simplesmente ficou descontrolado e se lançou para o garoto que havia me atacado o matando rapidamente os outros ao verem que também seriam mortos fugiram o que não impediu Damien de matá-los também, porém de maneira menos violenta. Enquanto Damien os atacava eu apenas me encolhi contra a parede e abracei minhas pernas chorando violentamente.

Depois de garantir que eu estava segura ele correu em minha direção de ajoelhando ao meu lado, ele colocou a mão em meu ombro, numa tentativa fracassada de me dizer que estava tudo bem.

–Você entende o porquê de não te deixar sozinha? – ele falou medindo as palavras, eu apenas chorava, eu não queria abrir os olhos eu tinha medo de abri-los. – Belinda? Bels...

Eu não respondia apenas deixava as lágrimas caírem descontroladamente, depois de alguns minutos quando eu já estava mais calma e já estava mais controlada voltei minha atenção para ele.

–Obrigada – sussurrei, ele assentiu e fez um sinal para que eu o seguisse me tirando daquele lugar.

–Vou te levar para casa.

–Tudo bem, eu preciso pegar algumas coisas antes de irmos – eu falei o surpreendendo.

–Como assim? – ele me perguntou confuso.

–Não posso mais ficar aqui é muito perigoso, para todos e se Elle estivesse comigo e se a machucassem, eu jamais poderia conviver comigo mesma se algo assim acontecesse então eu vou com você.

Ele ficou surpreso com a minha decisão, eu mesma estava surpresa eu iria abandonar tudo para seguir um desconhecido que prometeu que me deixaria em segurança.

–Tem certeza? – ele falou chamando a minha atenção.

–Tenho, tenho sim – eu disse, será que a minha indecisão era algo tão óbvio até mesmo para ele.

Ele não disse nada, apenas seguimos silenciosamente para o meu apartamento, internamente eu passava por uma confusão de sentimentos eu não sabia o que diria a Elle, ela simplesmente não me deixaria ir assim. Após alguns minutos de caminhada chegamos a minha casa e eu já estava preparada para inventar uma boa mentira para Elle quando Damien me levou até a porta e bateu na mesma esperando que Elle a abrisse, o que ele planejava fazer, eu o olhei confusa, mas ele nem ao menos mostrava duvidas do que estava fazendo.

Elle ao abrir a porta não demonstrou a reação que eu esperava confusão, dúvida, nem mesmo alegria por achar que Damien era meu namorado, ela apenas nos olhou com tristeza.

–Já esta na hora – Damien falou e ela assentiu, ela já sabia de tudo.

–O que Elle? – Eu falei com um pouco de raiva e descrença – Você já sabia de tudo?

Ela assentiu e por um momento eu fiquei sem chão.

–Você não pode ser a Elle. – agora eu gritava – A Elle jamais reagiria assim.

Ela me ignorou e entrou em meu quarto pegou uma mochila e a entregou para Damien, então se voltou para mim e me abraçou.

–Me perdoa – ela falou com a voz embargada pelo choro e olhou para Damien dando a ele autorização para que me levasse para algum lugar desconhecido.


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