A origem escrita por C0nfused queen


Capítulo 2
Talvez eu esteja enlouquecendo




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–Damien? – eu pronunciei totalmente atordoada.

Ele me ajudou a ficar de pé e eu num movimento rápido o empurrei e corri, tinha medo do que ele poderia fazer, eu não o conhecia, eu não confiava nele, porém ele me segurou pela cintura e segurou meu rosto entre suas mãos.

–Anika? – ele falou me fitando profundamente – Eu não vou machucá-la.

–Anika! – eu praticamente gritei, liberando aquela confusão de sentimentos que eu sentia – Eu não sou Anika, eu sou Belinda... Belinda Harrison.

–Não, você não é – ele disse com um pouco de raiva.

–Quem você acha que é pra dizer quem eu sou? Você não me conhece, nós nunca nos vimos antes e a minha impressão em relação a você não é uma das melhores levando em conta que você acabou de matar um homem, agora eu agradeceria se você... Damien não é mesmo? Deixasse-me em paz – cuspi as palavras em sua cara.

–Olha? – ele disse tentando se acalmar – eu não posso fazer isso, você é especial.

–Especial? – eu gritei – o que você quer dizer com especial!

–Você não vai entender – ele disse com raiva – agora eu preciso que você venha comigo.

–O que? – eu disse – Você quer que eu vá com você, um cara misterioso que acabou de matar alguém e que eu nunca vi na minha vida e que agora quer que eu vá com ele para algum lugar desconhecido e nem ao menos me diz o por que deu ser ‘’especial”.

–Bem... – ele deixou sua frase no ar – É isso mesmo.

–Como é...

–Escuta ta vendo aquele cara – ele disse apontando para o homem – Ele não é o único, existem outros como ele, que farão de tudo para te matar e eu não estou disposto a deixar ninguém te machucar, então, ou você vem comigo ou eu vou te colocar no meu ombro e te carregar por aí até encontrar um lugar seguro para você, então, será por bem ou será por mal?

–Você é louco? – eu gritei – Eu não vou com você!

Ele pareceu entender que aquela discussão não nos levaria a nada e em um momento de distração dele eu corri o mais rápido que eu pude tentando em vão esquecer aqueles acontecimentos do beco. Ele não me seguiu, nem gritou pelo meu nome o que de certa formar me surpreendeu ao mesmo tempo em que me deixava aliviada.

Não parei de correr por um minuto até avistar ao longe o meu apartamento, encostei-me na parede e fechei os olhos respirando fortemente, tentando pegar um pouco de ar e me recuperar da caminhada não planejada, até que senti alguém do meu lado, ao abrir os olhos dei de cara com Damien que mantinha em sua face um olhar de desaprovação e raiva.

–Você ta tentando se matar! – ele gritou, parecendo liberar toda a raiva que ele havia tentado controlar no beco – Eu não entendo você, você nunca estará segura de novo agora que eles descobriram a sua real origem, você é impossível!

–E você realmente acredita que ao seu lado, ao lado de um desconhecido psicopata eu realmente vou estar mais segura! – devolvi minha resposta no mesmo tom que ele usara.

–Você não pode mais conviver com eles!

–e eu também não posso mais conviver com você!

Então ele falou algo que eu realmente não esperava ouvir, pelo menos, não dele levando em conta que ele estava tão determinado a me “proteger”.

–Você quer continuar levando a sua vidinha de sempre e se colocar em risco – ele disse mais controlado – Tudo bem, eu aceito, mas você não vai me impedir de te acompanhar a todos os lugares mesmo que seja de longe eu vou te observar, fechado?

Cheguei à conclusão de que aquilo seria o melhor que eu conseguiria e estava tão atordoada com toda a situação que nem demorei muito para responder.

–Sim, fechado – eu falei – como oficializamos isso, com um aperto de mão?

Ele apenas revirou os olhos e sumiu em questão de segundos me deixando sozinha naquela rua, porém com a impressão de que ele estava por perto me observando, assim como ele havia dito.

Alcancei meu apartamento e vagarosamente subi as escadas, agora eu não possuía mais forças para correr, entrei em casa e nem ao menos falei com Elle que mesmo estranhando a situação resolveu não me questionar, vendo que agora eu não teria condições de responder. Fui para o meu quarto e deitei em minha cama adormecendo segundos depois, mas não antes sem me questionar se aquilo realmente aconteceu ou se no final eu só não estava enlouquecendo.


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