Love escrita por Abby Reed


Capítulo 27
Friendship is over.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpe a demora. Ando meio sem criatividade. Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441673/chapter/27

Patrick e eu estávamos bem, mas Dylan havia sumido. Já fazia uma semana que eu não o via. Todas as vezes que o visitei ele não estava lá, ele não atendia minhas ligações e não respondia minhas mensagens. Desisti.

– Vai ficar tudo bem. Ele ta bem Vick.- Patrick dizia pra me acalmar. Não adiantava.

Eu já estava muito preocupada. Não conseguia dormir ou comer. Patrick estava que nem louco atrás dos possíveis lugares em que Dylan poderia estar. Era muito difícil encontrar aquele cara, maldito. Fomos atrás de uns colegas de trabalho dele que disseram que ele não havia aparecido. Eu havia tirado uma licença médica do trabalho já que não podia me exaltar até ter 100% de que estava tudo bem… Mas quem gosta de ficar na cama o dia inteiro? Eu. Recebi uma visita inesperada em casa naquele dia. Adivinha quem……………… Projeto de Bezerra!

– O que você quer?- Perguntei sem o menor interesse em saber. Tenho que parar com isso.

– Eu sei onde o Dylan está.- Ela disse com uma cara de quem acabou de sair da máquina de lavar. Não é chuveiro? Não, é máquina de lavar mesmo.

– Continua.

– Ele me encontrou um pouco antes de eu sair da cidade. Disse que tinha visto a cena mais horrível da vida dele mas não disse o que era. Só disse que te odiava. Que odiava o Patrick. Que odiava a si próprio. Que odiava tudo. Disse que iria superar, um dia. Decidiu sair da cidade por uns tempos. E me pediu pra não contar que ele estava indo pra uma das florestar de conífera no Canadá. A de Vancouver se não me engano. Estranho ele escolher o meio da floresta como abrigo mas tudo bem…

– Ok… Obrigada.- Disse contra vontade e fechei a porta. Avisei o Patrick e nós decidimos procurar pelo Dylan. As florestas de conífera não podem ser tão grandes, ou podem? Que droga! Mas mesmo assim, Dylan era meu melhor amigo e eu faria de tudo pra encontra-lo.

Saímos na segunda de manhã, no carro do Patrick que era mais espaçoso. Tínhamos comida, água, roupas, uma barraca, sacos de dormir e um bote inflável. Não dava pra entrar de carro na floresta por conta da neve e das árvores. Passaríamos um tempo lá, e os ursos não estavam ajudando nada. Um urso marrom canadense é capaz de engolir uma pessoa.

Chegamos até uma cabana que fornecia instrumentos para escalada e tinha um estacionamento pra quem fosse acampar. Patrick estacionou o carro e pegou as coisas enquanto eu entrava na cabana e perguntava se haviam visto uma cara chamado Dylan William Tyler, disseram que ele havia subido a montanha. Começamos a subir. Me ofereci pra levar o bote mas Patrick só deixou que eu levasse as coisas menores como a comida, a água e as roupas. Fofo, mas irritante. Muito irritante.

Já estávamos caminhando a quase seis horas e eu já não estava aguentando mais. Patrick estava na minha frente, não queria parar. Ele iria se preocupar, me fazer sentar, me dar água e sei lá mais o que até eu me sentir disposta de novo.

Estava andando normalmente e bem cansada quando tropecei numa pedra e caí. Torci meu tornozelo e havia um corte profundo na lateral dele por conta da pedra. Patrick se virou e largou tudo no chão pra me socorrer.

– Vick você ta bem?- Ele perguntou levantando minha calça pra ver o corte que estava sangrando.

– Sim.- Respondi pra não preocupa-lo.

– Não parece que você ta bem. Tem uma faixa, algodão e Mertiolate na mochila. Vamos dar um jeito nesse corte aí.

– Mertiolate? Isso vai arder muito.

– Eu sei. Mas não tem outro jeito.- Ele pegou o algodão, passou Mertiolate nele e depois passou cuidadosamente no meu corte.

– Ai isso arde!- Disse me contorcendo.

– Eu sei. É até engraçado.

– Bonito né? Achando graça da DESgraça dos outros!- Ele pegou a faixa e apertou, mas não muito. Fez um nó juntando as duas pontas e me ajudou a levantar.

– Consegue andar?- Perguntou me apoiando em um pé só.

– Não sei. Vamos ver.- Pisei no chão e uma dor maldita atingiu a região do corte e do tornozelo, tornando tudo pior.- Ai! Não dá, não dá!

– E agora? Acho que vamos ter que parar por hoje.

– Não, a gente não pode parar agora.

– Como a gente vai continuar? Eu não consigo te carregar com a mochila e o resto das coisas.

– Eu me viro pra andar.

– Vick esquece. Você não consegue andar.

– Eu me viro.

– Vick não!- Ele disse alterando o tom de voz e me convencendo.

– Ta…

Ele armou a barraca e eu arrumei os sacos de dormir dentro dela. Ele pegou dois sanduíches e duas garrafas de água. Eu estava morrendo de sono.

– Tomara que a gente ache ele.- Disse comendo o último pedaço do sanduíche.

– É. A gente vai achar ele, não se preocupe.- Pude ver o olhar triste do Patrick. Não entendi direito.

– O que foi?

– Nada.

– Me fala. Ta na cara que você ta triste com alguma coisa.

– Não é nada…

– Patrick me escuta.- Disse finalmente entendendo.- Eu sei que eu tenho me preocupado muito com o Dylan ultimamente mas é você que eu amo ta? Não se preocupa com isso.- Ele assentiu e eu o beijei.

Fomos dormir. Eu acordei no meio da noite morrendo de frio. O vento balançava a barraca mas Patrick dormia calmo. Dava pra ver a sombra da neve caindo do lado de fora. Eu estava com muito frio mesmo mas as roupas estavam na mochila do lado de fora da barraca, assim ficava difícil! Patrick acordou por conta dos meus constantes movimentos pra passar o frio.

– O que foi Vick?- Ele disse com voz de sono.

– Eu to morrendo de frio!- Disse batendo os dentes.

– Vem aqui que eu te esquento.- Eu deitei no saco de dormir junto com ele o abraçando. Consegui me esquentar.

Acordei no dia seguinte me sentindo um lixo. Minha cabeça doía, assim como minha garganta. Estava enjoada. Nariz entupido. Resfriada.

– Patrick acho que peguei um resfriado.- Disse acordando ele.

– Ai que droga!- Ele disse sem paciência.- Você ta passando por tudo isso pra achar alguém que não quer ser encontrado!

– Não sabemos disso.

– Ele fugiu, ok? Quem foge pra ser encontrado Vick? Vamos pra casa.

– Ta… Descemos o morro inteiro, Patrick levando as coisas e me ajudando. Eu estava apoiada no ombro dele e dessa vez ele não me deixou levar nada. Levamos quase que o dia inteiro pra chegar no estacionamento incluindo as paradas pra descansar pois o Patrick já não estava mais aguentando. Antes de entrarmos no carro passamos na cabana e perguntamos a respeito do Dylan de novo.

– Dylan William Tyler passou por aqui?- Perguntei ao balconista.

– Sim, ele foi embora. Disse que estava voltando pra casa.- Ele respondeu. Nessa hora uma raiva me atingiu.

– Voltando pra casa?

– Sim.

– Ok, obrigada.- Quando saí Patrick estava me esperando pra me ajudar a ir até o carro. Isso porque eu ainda estava doente.

– O que ele disse?- Patrick perguntou me colocando dentro do carro.- Espera.- Ele disse, fechou a porta, deu a volta e entrou.

– Ele disse que o Dylan voltou pra casa.

– O que? Que merda Dylan!- Patrick disse socando o volante.

– Calma Patrick.

– Calma nada! Ele fez você passar por tudo isso pra depois voltar como se nada tivesse acontecido! Já era, nossa amizade já era!

Voltamos pra casa. Dylan, dessa vez você passou dos limites. A amizade realmente já era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Comentem por favor!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.