Irmãs escrita por Zooey


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar pensando que eu só escrevo com a Alasca, mais não, é que eu troco de personagens quando eu preciso narrar algo importante com o mesmo.



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(ALASCA)

Eu escutei um estrondo, acordei assustada. Olhei no relógio que eu coloquei em cima da minha cama para ver que horas eram, 04:21. O barulho estava estranho, comecei a ficar com medo.

Mais barulhos, altos, eu não estava conseguindo identificar o que era. Vinham do quarto da Cece. Oh Good, pensei.

Tentei entrar pela porta do banheiro mais ela trancou, o que quer que seja que ela esteja fazendo me deixou preocupada. Sai do meu quarto e vi que Felipe também estava no corredor.

–O que esta acontecendo? -ele sussurrou.

–Não faç... -antes de terminar a frase foi o barulho mais alto de todos, seguido por um grito muito alto e uma série de palavrões da Cece. Corri pra porta do quarto dela. Trancado.

–CECE! Abra esta porta AGORA! -eu berrei. E bati na porta descontrolavelmente

–Me deixa em paz! Só me esquece! - ela respondeu com uma voz cheia de raiva

–Abra !! -Felipe também gritou - Saia logo daí!! -ele bateu na porta

–Vai se ferrar! -ela gritou de volto e deu pra escutar mais barulho lá dentro

–ABRA! Que barulhos são esses?! CECE !! É sério o que você esta fazendo?!

–Não é da sua... -mais um barulho alto -conta!

–Por favor! Estou preocupada! Por favor, apenas abra!

–Você não tem que ficar preocupada comigo... eu.... eu.... não mereço... -parecia que ela começou a chorar, ela estava chorando alto demais. -EU NÃO MEREÇO! -ela berrou e pelo visto o choro cerrou. Mais um estrondo. E um grito em seguida, um grito de dor vindo da Cece, foi quando me toquei.

Cece estava se lançando contra a parede. Não só pela parede. Pelos sons, parece que se lançava contra tudo em que podia jogar seu corpo, ela poderia estar ferida! pela quantidade de vezes em que escutei, pelo menos as que eu estava acordada, ela poderia estar gravemente ferida.... não Cece...

–CECE!! -eu comecei a chorar -Para!! Eu sei o que esta fazendo!! Por favor você está se machucando!

–Esta É a finidade irmãzinha!! -Mais um barulho alto.

–Isso é babaquice!! Apenas pare!! Não quero que se machuque !! -eu estava chorando muito estava difícil continuar berrando. -Po-po-por... -não consegui, ela só ficava se machucando e eu não conseguia me acalmar, por que raios ela estava fazendo isso? Fiquei no chão apenas escutando os sons, oh céus, isto era horrível.

Felipe estava pálido, pelo jeito não sabia como ajudar, isto me deixou mais frustada ainda. Coloquei a cabeça entre os joelhos e ele se sentou perto de mim e falou:

–Vou dar um jeito nisso, ela ja esta machucada demais, acho que o único jeito é chamando a ambulância e acordar o meu pai, que não sei como ainda não acordou, já volto, você ja fez tudo que podia. -ele me deu um abraço rápido e saiu.

Pelos gritos esganiçados dela, perecia que estava começando a sentir as dores que causa-ra a si mesma. Mais mesmo assim continuava a se machucar.

Tio Théo apareceu no corredor, aparentemente tinha acabado de acordar mesmo, devia ter um sono pesado

–CECE! -ele gritou na porta mais a única resposta que ele teve foram mais 2 pancadas

–Tio, eu já ten-tentei -estava difícil falar, dava pra sentir o gosto de lágimas na minha boca - É melhor arrombar logo.

–Esta certo... -ele parecia abalado com a situação -Os paramédicos também já devem estar chegando. É melhor se afastar Alasca.

Levantei, ajeitei minha camisola que aparentemente estava toda amarrotada e me afastei. 3 seg depois o Felipe aparece com 4 paramédicos.

–Cece é melhor se afastar! -ficou silencioso por um momento, mais ela deve ter percebido o murmurinho de paramédicos do lado de fora que começou a ser mais rápida...2, 4, 5 pancadas! E depois o grito. E mesmo assim ela continuou.

–Anda pai!!! -Felipe gritou e no mesmo instante tio Théo arrombou a porta.

Eu tive que entrar. Fiz questão de ser a primeira a ver Cece.

O rosto estava cheio de sangue e ela estava cambaleando. Deve ter quebrado muitos ossos.

Fui chegar perto da Cece pra falar com ela, pelo menos tocar nela.

–Cece! -corri, mais quando cheguei perto dela ela me deu um tapa no rosto que me fez cair no chão, eu não esperava por isso, não mesmo. Cece nunca me bateu. Claro, briguinhas típicas de irmãos na infância, mais não... assim. Fiquei no chão olhando para os paramédicos que estavam tentando coloca-la na maca, mais ela não queria, ela lutou o máximo que conseguia, não sei como. Mesmo estando toda roxa e cheia de sangue Cece lutava com tudo que tinha.

Os paramédicos tiveram que dopá-la e a levaram para a ambulância. Fui com ela. Tio Théo disse pra ficar e ir mais tarde mais eu não podia. Precisava ir.

–Então vá -ele acabou dizendo- Vá. Eu vou mais tarde e levo roupas pra você e pra ela. Apenas... Tente descansar um pouco lá esta bem? -ele disse e me deu um beijo na testa

–Alasca, -disse Felipe -Vou mais tarde também, até. -ele acenou e voltou lá pra dentro.

Na ambulância eu fiquei olhando pro corpo dela, estava pálido. As conversas dos paramédicos estavam cada vez piores. Eles ficavam inventando histórias cômicas para o ataque da Cece. Tentavam sussurrar para eu não escutar mais dava pra escutar de qualquer modo. Os risinhos eram os piores.

Neste momento, eu não estava conseguindo entender a Cece, ela nunca pelo que eu saiba fez algo assim. Tudo bem, ela as vezes queria ficar sozinha no quarto e essas coisas mais nunca se machucou.

Eu ficava pensando se ela tinha algum motivo pra isso. Por que ela fez isso? O dia correu tão bem! Não tinha motivos!

Cece escondia algo. Eu podia sentir. Seja o que for, eu irei descobrir. Faço de tudo para descobrir, desta vez é serio e como eu já mencionei Cece é uma péssima mentirosa...

(CECE)

Me doparam.

Estou sonhando. Devo estar muito grogue mesmo

Vejo uma menina.

Uma menina inocente brincando de casinha sozinha.

De repente e do nada uma mancha escura cobre o lugar onde a menininha esta brincando.

A menininha nada faz pra sair dali. Eu grito me esperneio dizendo pra menina sair dali, parece que ela não me escuta.

A sombra se transforma em um buraco.

E a menina cai na escuridão.

E nada posso fazer por ela.


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Notas finais do capítulo

Tãn-Tãn-Tããããããããã -sqn
hahaha
Espero que estejam gostando, comentem *-*



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