Irmãs escrita por Zooey


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Chegada ao Brasil



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(CECE)

"Senhoras e senhores, bem vindos ao Brasil! Horário local de Brasília 13:05, tenham uma ótima semana e sempre voem conosco." disse a voz da mulherzinha.

O voo foi um desastre, digamos que eu enlouqueci um pouco na hora de entrar no avião. Foram necessários 3 caras para me colocar no assento. Eram 4 só que eu chutei o saco de um e ele ficou em posição fatal no chão. Alasca fingiu que nem me conhecia! Ela foi direto para o assento e ficou esperando eles me trazerem.

–Já pensou se eles me confundissem com você? Deus me livre! -disse ela quando eu perguntei.

Durante o voo eu fiquei as primeiras 4 horas paralisada olhando para frente agarrando o apoio para o braço. Alasca dormiu feito um bebe e me deixou sozinha em minha transe. E o "-Vou ficar com você o tempo todo" que se dane. Depois eu relaxei um pouco e consegui dormir também.

Estávamos no aeroporto de Brasilia agora, nossa tia morava em São Paulo e iriamos pegar o próximo voo as 15:00 horas. Portanto fomos beber alguma coisa, no avião estava tudo péssimo.

Por milagre achamos um starbucks. Alasca ficou segurando a mesa e eu fui pedir.

–Um Mocha pequeno e um Expresso por favor.

–São 12,10. Pra viagem?

–Não.

–Seu nome?

–Cece. Obrigado. -Quando eu disse que o meu nome era Cece, ele fez uma cara estranha. Eu não tinha pensado sobre isso. Que as pessoas poderiam achar nossos nomes estranhos.

Fui pra mesa, Alasca estava brincando com um pedaço de papel.

–Você não acha que as pessoas vão achar estranhos os nossos nomes? Tinha que ver a cara do atendente quando eu disse que o meu nome era Cece.

–Vamos passar por maus bocados na nova escola. -disse Alasca. -mas olha só, o seu nome não é estranho, quando você nasceu primeiro, mamãe pois um nome de origem grega, que também é usado no Brasil. Alice é um nome super normal.

–Eu sei que é normal, mas eu não gosto de usar ele. Eu prefiro Cece, e vou fazer questão de me chamarem assim. Agora você vai precisar de sorte. muita sorte -eu disse e gargalhei. Alasca era um nome muuuito estranho, mesmo nos EUA, imagine no Brasil.

–Ahn eu sei... -disse ela colocando a testa na mesa e batendo de forma dramática.

–Cece! -Chamou o atendente, fui lá e peguei o nosso café. Bebemos e ficamos rodando o aeroporto esperando o nosso voo.

Desta vez foi muito mais rápido, o voo durou cerca de 1 h e 30 m. Chegamos em São Paulo por volta das 16:30 e até pegar as malas e encontrar a sala de desembarque eram 17:10.

Nunca tínhamos visto nenhuma foto da tia Esther, nem do nosso primo e do nosso tio. As únicas coisas que sabíamos era do nome deles.

Quando chegamos na sala de desembarque eu estava eufórica. Nunca vi ninguém da família alem da minha mãe e minha irmã, e logo logo encontraríamos 3. 3!!!

Eu e Alasca paramos. Tinha muita gente esperando ali. Ficamos uma do lado da outra esperando por uma placa, um grito, qualquer coisa.

Se passaram uns 5 minutos e nada. Comecei a respirar mais rápido. Eu ficava nervosa rapidamente.

–Cece... se acalme. -disse Alasca devagar.

–Eles já deviam estar aqui!

–Eu sei, devem ter se atrasado se acalma.

–Me acalmar? Eles sabiam que nosso voo chegava as 16:30.

–Sim, sabiam, mais pode ter acontecido qualquer coisa. Relaxa.

Estávamos conversando em Inglês, não sei bem o porque. Acho que de tanto falar português . Pelo jeito seria assim agora, sempre que ficássemos sozinhas conversaríamos assim. O problema é que estávamos discutindo em voz alta demais e as pessoas estavam olhando assustadas. Opa. Um guarda veio em nossa direção.

–Sorry, but you ladies are ...

–Falamos português! - eu disse assim que percebi que ele estava um pouco confuso misturando as palavras.

–Pois bem -ele disse-Vocês estão assustando as pessoas se puderem falar um pouco mais baixo eu agradeceria. - e saiu.

Alasca e eu nos entreolhamos. Ta né.

Esperamos mais uns vinte minutos quando vimos uma placa subir. Uma que não estava ali a poucos segundos.

"A&A Boss" Estava no cartaz.

Assim que eu vi agarrei o braço da Alasca e sai em disparada, deixamos as malas para trás e chegamos perto do cara que segurava o cartaz.

Ele estava do lado de uma mulher que movia os seus olhos para todas as direções. Tia Esther.

Assim que ela me avistou segurando o braço de uma garota que era totalmente a minha cara, ela começou a chorar e veio correndo nos abraçar.

Tia Esther era muito linda. Mamãe e ela eram muito parecidas. Só que mamãe tinha um cabelo castanho e ela um loiro bem escuro, mais as feições eram quase as mesmas. Pelo que eu sei, mamãe é 6 anos mais jovem que ela, então ela tinha 40 anos agora. Uoow, ela aparentava ter uns 28!

–Como eu estava ansiosa para conhece-las! -ela dizia

–Nos também -disse Alasca

Tia Esther se afastou um pouco para nos ver melhor.

–São a cara do pai -Ela disse e deu uma risada -Isso é bom, ele era como um modelo australiano

Era a primeira vez que eu escutava alguma coisa relacionada com meu pai, mamãe nunca disse uma palavra sequer.

Meu tio se aproximou, o nome dele era Théo, mais acho que só chamaríamos ele de tio mesmo.

–Agora me digam, qual é a Alice e qual a Alasca?

Eu e Alasca, para os ajudarem a não se confundir muito na ida para casa, resolvemos que uma de nos prenderia o cabelo e outra o deixaria solto. Alasca prendeu o cabelo pois isso ressaltava os olhos dela. Quase sempre ela o deixava preso. Seja em um coque ou um rabo mesmo. Nem todos os gêmeos eram totalmente iguais, sempre existiam aquelas pequenas diferenças e eu e a Alasca tínhamos uma bem pequena. Nossos olhos eram azuis, azuis como um rio, só que o da Alasca veio mais bonito, ela tinha vestígios de verde, um verde que só nota se encarar por uns 3 segundos. Com o tempo mamãe conseguia nos diferenciar rapidamente por nossos olhos, poucos amigos também, mas sempre leva um tempinho.

–Eu sou a Alice, mas se puderem me chamar de Cece eu prefiro, só me chamam assim. -eu disse e abracei meu tio.

–E eu Alasca! Prazer -ela disse e deu dois beijinhos no tio. -Felipe não veio não? -Felipe era o nosso primo de 13 anos, um adolescente emburrado com a vida, típico.

–Se acostumem meninas, ele só fica dentro do quarto ou sai com os amigos. Bom, agora vamos conhecer o lugar onde passarão os próximos 3 anos?

Tia Esther sendo bem direta. Detesto assumir mais doeu. E senti que Alasca também sentiu o mesmo.


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