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Capitulo 12 – Conhecendo os Cullen (Parte 1)

POV Jasper

Agora eu tenho certeza sou capaz de qualquer coisa para manter Alice segura. Ela passou as ultimas horas me afirmando que está bem, mas eu podia sentir que o remédio que Carlisle lhe deu não era suficiente para manter a dor longe.

- Não me olha assim – Ela falou devagar – Claro que a minha garganta dói, mas eu vou superar – Ela sorriu e esperou que eu sorrisse de volta.

Passei os dedos no seu rosto e ela fechou os olhos sorrindo.

- Eu tenho que ir, mas assim que o Charlie e a Renée forem dormir eu volto – Ela abriu os olhos e me olhou mordendo o lábio.

- Não demora – Ela me abraçou afundando o rosto no meu peito.

- Você nem vai sentir minha falta – Garanti e ela me olhou aborrecida.

- Eu sempre sinto sua falta – Bufou alto e logo me seguida começou a tossir descontroladamente.

- Bebe um pouco de água – Ofereci e ela recusou com a mão, ainda tossindo.

- Ta na hora do remédio – Renée falou entrando no quarto.

Ela passou o remédio para Alice, que bebeu entre as tosses.

- Jasper, querido – Renée falou tirando os olhos da Alice, estava pronta para me mandar embora – Acho melhor você ir e deixar Alice dormir.

- Claro, está mesmo na hora – Concordei, ela não precisava saber que eu estaria de volta em brave – Eu te vejo amanhã – Garanti para Alice e ao beijar sua testa pisquei um olho e ela sorriu em entendimento.

- Boa noite, Jasper – Renée me falou antes que saísse do quarto.

- Boa noite, senhora Swan – Sorri para ela e olhei Alice mais uma vez – Te vejo amanhã.

- Vou te esperar – Ela sorriu e tossiu mais uma vez.

Deixei o quarto a contra gosto, não queria me separar dela, mas seria por no máximo uma hora. Desci as escadas e Charlie estava voltando da cozinha.

- Está indo pra casa? – Ele perguntou parando no meio do caminho.

- Sim, Alice precisa descansar – Respondi parando no primeiro degrau da escada – O senhor já tem idéia do que causou o incêndio?

- Curto circuito – Ele respondeu coçando a cabeça – A senhora Harris achou não teria problema em ligar coisas demais em uma única tomada. Um acidente ingênuo que quase teve um fim trágico.

Percebi o quanto Alice tinha tomado o coração fechado de Charlie, ela o tinha conquistado, o fazendo sentir um carinho enorme.

- Tudo acabou bem – Concordei aliviado e ele me olhou com agradecimento.

- Graças a você – Ele falou batendo no meu ombro – O que foi muito irresponsável, você poderia ter se machucado.

A preocupação dele era sincera, mas inútil.

- Nem pensei em mim quando vi que Alice não estava em nenhum lugar do lado de fora da biblioteca.

- Vocês dois ficaram bem próximos – Ele me olhou desconfiado, tocando no assunto que estava adiando desde que Alice voltou para casa a dois dias atrás.

- Ela se tornou uma pessoa muito especial na minha vida – Falei sincero, sorrindo para ele e prestando atenção as suas reações e emoções.

Ele ficou me olhando em silêncio por um tempo. Primeiro ficou desconfiado, depois preocupado e por fim aceitou a situação.

- Só espero que você cuide bem dela – Falou sério.

- Sempre – Garanti balançando a cabeça.

- Alice passou por muita coisa – Ele falou, ainda sério, me olhando – Não precisa de mais marcas.

- Vou fazer tudo que estiver em meu poder para que ela não sofra mais do que já sofreu – Ele respirou aliviado e bateu mais uma vez no meu ombro.

- Eu sei que sim, garoto – Ele falou sorrindo fraco – Boa noite.

Esse era o sinal que a conversa tinha terminado e eu precisava ir embora.

- Boa noite, senhor Swan – Andei até a porta e a abri saindo da casa e fechando ela atrás de mim.

No carro me virei para olhar a janela da Alice, Renée acenou pra mim e fechou as cortinas.

Entrei no carro e em cinco minutos estava em casa. Guardei o carro na garagem, não iria precisar mais dele por hoje, assim que entrei na sala Nessie pulou nos meus braços, ela estava animada e nem precisei do meu dom pra saber isso.

- O que aconteceu? – Perguntei colocando ela no chão de novo.

- Papai e mamãe vão se casar, de novo – Ela bateu palmas e começou a pular no mesmo lugar.

- Que bom, mas porque toda essa animação? – Ela parou de pular e me olhou com os olhos cerrados.

- Porque agora eu vou pode ver – Ela falou jogando as mãos – O primeiro não pude, por razões óbvias.

Ela me seguiu para dentro da sala onde todos estavam sorrindo e Rosalie olhava o dedo de Bella, provavelmente admirando o anel de “noivado”.

- Agora eu também vou poder ver – Concordei com Nessie e sorri para Bella, que sorriu de volta – Parabéns.

- Obrigada, Jasper – Ela agradeceu ainda sorrindo – Agora você tem que nos apresentar a Alice, formalmente, a quero no casamento.

Rosalie fez uma careta que resolvi ignorar.

- Claro, assim que ela estiver se sentindo melhor – Concordei e fui para o meu quarto trocar de roupa e voltar para a minha Alice.

Quando sai do closet vi Rosalie parada na porta do quarto com os braços cruzados em cima do peito.

- Posso te ajudar em alguma coisa? – Perguntei quando ela não disse nada.

- Você realmente gosta dessa menina? – Ela perguntou olhando as unhas, estava tão desinteressada em minha resposta quanto aparentava.

- Eu não tenho tempo ou paciência pra isso – Respondi ríspido e parei em sua frente, esperando ela sair do caminho pra que pudesse passar.

- E esse alguma coisa acontecer? – Ela perguntou mexendo nos cabelos.

- O que quer dizer? – Perguntei já sem paciência.

- Ela é humana e frágil e você, bem, você é vampiro e fraco – Ela me olhou com desdém e sorriu falsa.

- Por que você não gosta de mim, Rosalie? – Perguntei a olhando de cima

Ela me olhou fingindo indignação e colocou uma mão no peito.

- Eu?

- Eu não preciso explicar que sei o que você sente, preciso?

- Não é nada pessoal – Ela admitiu finalmente – O caso é que você é sempre o que causa problemas e nos faz mudar. E sabe o quando eu odeio isso.

- Não vai acontecer de novo – Garanti tentando dar um fim na conversa, mas ela tinha mais alguma coisa pra dizer.

- E se alguma coisa acontecer?

- Se alguma coisa acontecer, eu vou embora e não causarei mais problemas pra você.

Ela gostou disso.

- Ótimo – Falou saindo da porta e andando até o seu quarto.

Rosalie era sem duvidas a mais difícil de lidar, ela tem uma forte tendência ao egocentrismo e não gosta de nada que fique fora do seu controle. Ter alguém como eu vivendo por perto é exatamente o que ela não precisa.

Nessie passou por ela e a olhou feio, o que a deixou mais magoada do que já estava. Nessie era provavelmente a única pessoa que Rosalie gostava mais do que de si mesma.

- Manda um beijo pra Alice – Ela falou ficando na ponta dos pés e beijando o meu rosto – E diz pra ela que amanha eu vou ficar com ela como prometi para a Renée.

- Pode deixar que eu mando – Sorri pra ela e Rosalie ficou parada na porta do seu quarto olhando a cena – Mas você não precisa ficar com ela, eu vou estar lá.

- Você quer que eu minta pra Renée? – Ela perguntou falsamente indignada.

- Tudo bem – Concordei sorrindo da indignação dela.

Beijei o seu rosto e sai pelo corredor passando por Rosalie.

- Boa noite – Falei quando passei por ela, que se pudesse estaria vermelha de raiva, não suportava a idéia da Nessie ser mais apegada a mim que a ela.

Ela entrou no quarto e fechou a porta sem bater como prova que estava indiferente ao que tinha assistido, mas sempre se esquecendo que eu controlo as emoções por aqui.

Desci as escadas em velocidade normal, hoje pelo visto era o dia das conversas com o Jasper.

- Jasper, querido – Esme me olhou do pé da escada – Você tem um minuto?

Eu até tinha, mas queria estar perto da Alice logo.

- Claro – Ninguém nega nada a Esme nessa família.

- Porque você não traz a Alice no sábado? – Ela me pediu e percebi que estava ansiosa para conhecê-la – Parece que todas já a conhecem, menos eu.

- Acho que tudo bem, se ela concordar – Respondi sorrindo.

De todos nessa casa, Esme e Nessie, era as que me davam maior apoio para a relação com a Alice.

- Ótimo – Ela juntou as mãos e sorriu mais – Eu vou cozinhar pra ela.

- Tenho certeza que ela vai adorar – Sorri com o seu entusiasmo.

- Vou pedir pra Nessie convidar o Jake também, assim ela não come sozinha.

- Daí não vai sobrar muito pra Alice – Brinquei e senti um tapa na minha cabeça.

- Não fala assim do Jake – Nessie passou por nós e me mostrou a língua.

- É a verdade – Joguei os ombros e ela estreitou os olhos.

- Não seja petulante – Esme me repreendeu – Alem do mais vou fazer mais que o suficiente.

- Tudo bem, mamãe – Brinquei com ela e a beijei no rosto – Posso ir agora?

- Pode – Ela falou autoritária, mas sorriu em seguida – Não esquece o casaco.

Virei para olhá-la, com cara de espanto.

- Você fez uma piada?

- Eu tenho senso de humor – Ela me olhou superior e saiu da sala em direção a biblioteca.

Finalmente estava livre para voltar para a minha Alice.

- Jasper espera – Bella me alcançou na porta.

Desse jeito Alice iria pensar que eu fugi com o circo.

- Posso te ajudar em alguma coisa, Bella? – Eu estava visivelmente contrariado.

- Eu sei que você está com pressa, então vou ser breve – Ela sorriu sem jeito, estaria ruborizando se isso fosse possível.

Fiz sinal para ela dizer o que queria.

- Eu sei que amanha você vai ficar fora o dia todo com a Alice e tudo mais – Ela estava me deixando irritado.

- Você prometeu ser breve e parte disso é não fazer rodeios.

- Certo, desculpa – Ela sorriu mais uma vez – Eu só queria saber exatamente o que eu posso contar pra ela.

- Como assim?

- Ela com certeza vai querer saber de como tudo foi pra mim – Ela explicou movimentando as mãos – Então eu queria saber se tem alguma coisa que você prefere que ela não saiba.

- Acho que você pode responder tudo que ela perguntar – Afirmei depois de pensar um pouco – Mas ela ainda não sabe nada do meu passado, então deixa isso de lado.

- OK – Ela concordou balançando a cabeça – Agora vou te deixar ir.

- Obrigado – Agradeci e desci os poucos degraus da frente da casa.

Dessa vez corri o mais rápido possível, ninguém mais iria me parar até chegar na casa da minha Alice.

Assim que cheguei embaixo da sua janela a senti angustiada, alguma coisa tinha acontecido no tempo que estive fora.

Entrei no quarto pela janela e a encontrei sentada na cama com o resto molhado de lágrimas e me olhando.

- O que aconteceu? – Perguntei a pegando no colo e ela afundou o rosto no meu peito – Você está sentindo dor?

Claro que ela estava sentindo dor, eu podia sentir.

- Alice? – Segurei o seu rosto quando ela não respondeu.

- Não me deixa – Ela pediu soluçando e fez uma cara feia quando engoliu a saliva.

- Você sonhou de novo? – Perguntei e ela balançou a cabeça negativamente.

- Não, eu vi. Claro como estou te vendo agora – Ela tossiu algumas vezes e secou as lágrimas com as costas da mão.

Ela estava sofrendo porque sabia que o que tinha visto iria acontecer, e agora eu também estava. Ela tinha acertado com relação ao fogo na biblioteca.

Uma coisa eu tinha aprendido, não apostar contra a Alice.

- Porque eu te deixaria? – Perguntei a olhando nos olhos.

- Eu não sei – Ela voltou a chorar e eu a abracei forte contra o meu peito.

Agora a duvida estava na minha cabeça.

O que poderia acontecer para que eu a deixasse?

A fiz ficar mais calma para que pudesse cair no sono, assim que adormeceu a coloquei na cama e sentei no chão perto da sua cabeça.

Preciso juntar os fatos para ter uma vaga idéia do que me afastaria dela. Só uma coisa vem a minha cabeça, eu a colocar em perigo, mas sabia que não seria capaz disso, não a amando como amo.

Ela passou a noite toda em um sono profundo e calmo, se estava sonhando eram sonhos bons.

Acordou assim que o sol bateu no seu rosto, fez uma cara estranha depois de sorrir pra mim.

- O que é isso? Brilha e é quente, mas eu não reconheço – Ela sorriu pra mim e se atirou nos meus braços – Bom dia.

- Bom dia – Respondi satisfeito com o bom humor de hoje – Renée vai logo vir te acordar, então tenho que ir.

- O que acontece quando você sai no sol? – Ela perguntou ignorando o meu comentário.

Estendi o braço para cima da cama onde o sol estava batendo e ela olhou minha pele brilhando com a boca aberta.

- É lindo – Passou os dedos em uma da minha mão e depois olhou para ver se tinha alguma coisa.

- Não é purpurina – Ela fez uma carreta e mostrou a língua pra mim.

- Porque você brilha no sol? – Perguntou voltando a examinar minha mão.

- Porque a minha pele não absorve o calor como a sua, então ela repele, como acontece com um espelho.

- Uau, isso é legal – Ela falou impressionada e eu ouvi Renée dizendo para Charlie que iria trazer o café da manhã para Alice.

- Tenho que ir – A coloquei de volta na cama e beijei sua testa, mas ela fez um biquinho pedindo um beijo, então beijei os seus lábios brevemente.

- Volta logo – Ela pediu quando eu já estava perto da janela.

- Ok – Sorri pra ela e sai pela janela no mesmo instante que Renée entrou no quarto.

- Já está acordada? – A ouvi perguntado para Alice.

Entrei na floresta rapidamente, para evitar ser visto na luz do sol.

Cheguei em casa e Nessie estava na cozinha tomando café da manhã com Jake.

- Bom dia – A beijei no topo da cabeça e ela sorriu em retorno.

Sentei com eles e Nessie me olhou.

- Que tal um joguinho hoje? – Jacob perguntou olhando o dia de sol.

- Não dá pra mim, a Alice ainda tem que ficar de repouso, mas se quiser marcar amanha, eu estou dentro – Nessie concordou comigo balançando a cabeça.

- Eu também vou ficar com a Alice – Ela falou para o namorado e eu logo vi que isso era para matar aula.

- E a escola? – Perguntei e ela me olhou feio.

- Como se algum deles fosse me ensinar alguma coisa que já não saiba – Girou os olhos e sorriu debochada.

- Tudo bem, então vamos deixar para amanha – Jake concordou – Assim todo mundo vai e eu posso avisar antes.

- Combinado – Concordei e levantei para ir para o meu quarto.

- Que horas você vai sair? – Nessie me perguntou.

- Daqui a uma hora mais ou menos.

- Ta bom, eu vou com você – Ela me avisou e voltou a comer.

- Sim, senhora – Pisquei pra ela antes de deixar a cozinha.

Nessie e Alice passaram a tarde conversando sobre a visita dela a família, amanha.

Alice estava ansiosa e Nessie animada.

- Vai ser demais – Nesse falou pela décima vez, quase pulando no sofá – E você ainda vai pode assistir um jogo.

- Mas espera – Alice estava confusa – Os lobisomens não deveriam ser inimigos dos vampiros?

Eu e a Nessie rimos da cara de interrogação dela.

- Nós éramos até Jacob conhecer a Nessie – Esclareci, mas ela ainda estava confusa.

- Um lobo nunca faria mal ao objeto de impressão de outro lobo – Nessie falou tentando deixar a Alice menos confusa – E pela a minha natureza eles tiveram que aceitar a minha família.

- Essa coisa de impressão é realmente bizarra – Ela falou mais consigo do que com nós dois – Será que a Esme vai gostar de mim? – Ela me perguntou mudando de assunto.

- Claro que sim – Garanti beijando a sua bochecha.

- Eu já sei que a Rosalie não gosta – Ela falou incomodada, provavelmente se lembrando dos olhares que ela lhe mandava na escola.

- Rosalie não gosta de ninguém alem dela mesma – Ela tinha me deixado irritado com toda aquela pressão.

- Não é bem assim – Nessie defendeu a madrinha – Ela só é um pouco difícil de conquistar.

- Eu não acho que seja só isso – Ela discordou balançando a cabeça – Acho que ela me odeia por algum motivo.

- Não, o odeio dela é comigo, não com você – Falei ainda mais aborrecido.

- Tia Rosalie não te odeia – Nessie falou tão aborrecida quanto eu – Ela só é, como o papai diz, cabeça dura.

- Tudo bem, vamos mudar de assunto – Alice percebeu a tensão no ambiente.

Logo Nessie nos deixou sozinhos para passar tempo com Jacob, agora eu entendia essa necessidade dela de ficar com ele o máximo possível. Chegando até a fugir pela janela no meio da noite, quando deveria estar dormindo.

Alice sentou na ponta oposta do sofá onde eu estava e colocou os pés no meu colo.

- O que foi? – Perguntei fazendo massagem nos pés dela – Porque toda essa aflição? Esme vai adorar você.

- Eu estava pensando na minha visão – Ela admitiu mexendo nas unhas.

- Eu não vou a lugar nenhum – Garanti mais uma vez e me aproximei dela para beijá-la.

Ela sorriu depois do beijo e eu percebi que estava praticamente deitado em cima dela. Voltei para o meu lugar no sofá e recoloquei os seus pés no meu colo. Ela ficou aborrecida e incomodada com o meu súbito distanciamento.

- Eu ainda sou um vampiro com sede de sangue – A lembrei e ela fez uma carreta.

- É assim tão difícil? – Ela perguntou se mexendo no sofá para ficar do meu lado.

- Pior – Sorri pra tranqüilizá-la, mas ela mordeu o lábio e olhou nossas mãos juntas.

- Eu faria qualquer coisa por você – Ela ainda olhava nossas mãos e eu percebi sua intenção.

- Nem pense nisso – Eu me recusaria a fazer isso com ela.

- Mas e quanto a eternidade juntos?

- Uma vida toda não basta?

- Não – Ela respondeu, decidida, me olhando.

- Eu nunca te condenaria a esse tipo de existência.

- O que eu quero não conta?

Ela estava me tirando do sério com essa idéia.

- Não quando o assunto é esse.

- Você não é o único vampiro que eu conheço – Cruzou os braços em cima do peito e bufou irritada.

- Alice, por favor.

- Porque você não quer que eu seja como você?

- Não é nada disso – Ela estava mais que incomodada, estava duvidando do meu amor.

- Eu te amo – Me mexi no sofá para ficar de frente pra ela – Você é tudo pra mim.

- Você vai viver pra sempre, eu queria pode estar com você nesse tempo.

- Você não sabe o que está me pedindo.

- Tudo bem – Ela jogou os ombros, mas ainda estava irritada – Você já decidiu.

- Alice.

- Eu vou tomar banho – Ela levantou do sofá em um pulo e subiu as escadas, me deixando sozinho.

Isso tudo só me surpreende de não ter acontecido mais cedo, mas a vida dela é muito preciosa para que eu a tire dessa forma.

Depois de alguns minutos subi as escadas e deitei em sua cama para esperar que ela saísse do banho.

Ela entrou no quarto já vestida e com uma toalha na cabeça. Parou na porta e ficou me olhando, ainda estava irritada com a nossa conversa, mas tinha medo que eu a deixasse.

- Isso não é motivo suficiente para que eu a deixe.

Ela andou até mim e sentou na cama esperando que eu a convidasse para os meus braços, os abri e ela sorriu fraco, deitando sobre o meu peito e passando os braços ao redor de mim.

- Eu não gosto de brigar – Ela falou passando o dedo pela pele do meu braço.

- Então não brigaremos mais.

- Você vai considerar o meu pedido? – Pediu apoiando o queixo no meu peito para me olhar.

- Não me pede isso.

- Tudo bem, não vamos mais falar disso – Ela sorriu fraco e olhou para o teto – Acho que estou com fome.

- Você não tem certeza? – Perguntei grato pela mudança de assunto.

- Vamos até a cozinha – Ela levantou decidida que estava sim com fome.

Passei a noite com Alice exatamente como nas noites anteriores. Quando cheguei em casa de manha senti cheiro de comida vindo da cozinha.

Continua...

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