Une seule rose escrita por Mione St


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um pouco, antes que meu tempo na lan acabe



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Ino chegara no hospital acompanhada dos pais. Calmamente, eles se dirigiram até a sala de Sakura . A cumprimentaram e se sentaram nas cadeiras. Sakura sorriu. Há 20 anos atrás, seu pai atendera Ino. Agora ela dava continuidade ao tratamento depois da aposentadoria dele.
Sakura: Sentem-se. Como estão?
Hinata: Bem na medida do possível. (sorriu) Estamos aqui para fazer a revisão da Ino. (apontando para a filha que segurava uma rosa e a mala na mão)
Sakura: Eu sei. (suspirou) Faltam sete meses agora não?
Naruto: Precisamente. Não sabemos como proceder agora doutora. Então seguimos fazendo as coisas rotineiras.
Ino nada disse. Brincava com a rosa nas mãos. Sakura suspirou. A rotina de nada adiantava agora. O melhor era Ino ficar longe do hospital o máximo que pudesse. E se tivesse as dores de cabeça, ir apenas lá para fazer exames e descobrir se deveria adiantar a cirurgia.
Sakura : Ficar no hospital é perda de tempo. (ela sorriu triste) Ino agora pode ter apenas sete meses de vida. É melhor que ela curta a vida do que fique aqui perdendo tempo. Sei que é chocante mas... é a verdade.
Os três a encararam.
Sakura: Apenas venham até aqui se a dor de cabeça for muito forte e incontrolável. Precisamos apenas acompanhar o crescimento do tumor para realizarmos a cirurgia. Mas afora isso... nada mais podemos fazer aqui. Curtam a vida... aproveitem... o depois é muito inseguro.
Ino: Está dizendo que agora nada mais pode ser feito por mim doutora? Que só podemos esperar o momento chegar?
Sakura: Sim Ino. Estou dizendo isso. Sei como curte a vida e a franqueza. Estou lhe oferecendo as duas coisas. Espero que entenda.
Ino: Posso fazer qualquer coisa? Sem medos ou culpas?
Sakura Você vive com medo e culpa?
Ino: Não.
Sakura: Então sim... pode fazer qualquer coisa.

Hinata : O que você quer fazer Ino? Por que perguntou a médica se podia fazer qualquer coisa?

Os três já estavam no carro. Ino estava com um mp3 nos ouvidos, mas retirou os fones assim que ouviu a voz da mãe.

Ino: Mamãe, eu não tenho mais solução. A médica disse que esses talvez sejam meus sete meses finais de vida. Eu quero fazer muita coisa. Pular de para quedas, fazer alpinismo, ver um show na Inglaterra... muitas coisas.

Hinata Entendo... você talvez não tenha tempo e quer viver intensamente.

Ino: Quero ter uma amostra de vida. Daqui a sete meses serei picada por uma agulha, dormirei e sabe-se lá se acordarei. Por isso quero ao menos tentar viver um pouco... se é que isso é viver.

Naruto: O que você chama de viver filha? Se você nos disser, poderemos realizar sua vontade.

Ino: Tenho 20 anos e nunca tive um namorado. Nunca me apaixonei. Queria ter uma paixão arrasadora, queria conhecer um cara que me amasse e fizesse tudo por mim. Isso é viver. E isso eu nunca terei.

Naruto: Por que diz isso filha? Você é linda, qualquer homem se apaixonaria por você. Pensei que você os mantivesse afastados por causa da doença.

Ino: Se enganou pai. As pessoas fogem quando ouvem a palavra tumor. E quando eu complemento com cérebro, as coisas ficam pior ainda. E eu já fui linda. Agora sou branca como um papel, com olheiras fundas e aparência de quem vai morrer a qualquer minuto. Eu sou doente, cheiro a doença.

Hinata: Não fale assim filha. Não diga essas coisas. (chorando) Ino: Não estou me queixando. Apenas sendo realista. Eu nunca disse, mas uma vez eu fiquei com um cara. Um colega da universidade. Depois de me beijar, quando eu contei da doença, o cara me empurrou e foi lavar a boca com água no banheiro... como se o tumor passasse por saliva. E gritou coisas horríveis para mim. (ela se fitou no espelho do carro) E sempre será assim. Ninguém quer suportar uma condenada ou aguentar os problemas que vem junto comigo no pacote. Por essa razão, eu apenas farei loucuras. Apenas isso... é o meu destino.

Hinata engoliu o choro e tentou sorrir para a filha. Ino ainda se fitava no espelho do carro. Quando finalmente eles chegaram em casa, Ino saltou do carro, ainda segurando a rosa.
Ino: Mãe, pai... preciso ir no jardim.
Hinata: Você vive indo naquele jardim filha... queria saber o que tanto faz lá.
Ino: Eu apenas fico lá apreciando a vista. É como se fosse um canto só meu... eu e as flores, ninguém mais. Exceto que hoje apareceu alguém. Mas apenas hoje.
Hinata :Eu sei. Você vai no jardim desde criança... passa mais tempo lá do que em casa. (sorriu)
Ino: Você sabe como eu adoro rosas mamãe... e... eu me sinto mais viva lá. Quando a esperança me falta, eu vou para lá buscá-la. Não me pergunte mais nada mamãe.
Hinata :Não vou perguntar filha. Não preciso perguntar.
Ela sorriu e deu a benção para filha, apesar dos inúmeros símbolos que ela usava no pescoço. Ino beijou o rosto da mãe e foi para o jardim. Agora que a rosa não era mais necessária para alegrá-la, o mínimo que podia fazer era replantá-la, ainda que ninguém se importasse.
Ino: Você está enganada... alguém se importa. Como é mesmo o nome dele? Gaara... ele se importa.

"Gaara. Gaara Sabaku No. Não sei porque a minha mãe me deu o nome do meu pai, já que ele havia nos abandonado há muito tempo. E nem sei porque eu pensava naquilo enquanto observava mais uma vez minha tia, irmã da minha mãe, ter mais uma das suas brigas com o marido.
Ouvi o som de um copo quebrando e tentei abafar os berros. Impossível. Seria impossível dormir aquela noite. Naqueles momentos eu saía de casa e dormia na rua, como um mendigo. Era terrível, eu sei, mas era necessário.
Resolvi dar uma volta e pensar se dormiria ou não na rua aquela noite. Ao mesmo tempo, verifiquei minhas economias, fruto do meu trabalho. Faltava muito pouco para sair daquele inferno e ter o meu lugar. Muito pouco.
Peguei um casaco e saí de casa, sem ser notado. Para onde eu iria? Fiquei dividido entre caminhar, ficar no túmulo da minha mãe ou voltar para o jardim.

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"Enfim, fiquei dividido por muito tempo. Mas a lembrança de Ino veio a minha mente de repente. O olhar dela, a disputa pela rosa... e o momento em que ela havia desabado em meus braços. Me perguntei o que ela teria, por que ela vivia indo para o hospital. Me lembrei da palidez excessiva dela, das olheiras e apesar do sorriso e da motivação que ela demonstrava, me lembrei do seu momento de devaneio, de dor.
Precisava revê-la. Mas revê-la para que? Por que conversamos durante cinco minutos e ela conseguiu me fazer ter um momento de fé?
E depois, eu não sabia com que frequência ela ia no jardim. Ela poderia ter se mudado, ter aparecido ali e decidir nunca mais voltar... tudo conspirava para eu nunca mais encontrá-la.
Mas me lembrei das palavras delas... que se eu quisesse reencontrá-la, para ir no jardim.
Gaara Sabaku No em um momento de sentimento e destino... céus, Ino realmente havia me afetado mais do que eu imaginava.
Mas no fim de tudo, apenas me lembro de ter subido em um ônibus com o número 7596 que ia em direção ao bairro Sunagakure, o bairro onde se localizava o jardim.
Quando entrei no jardim, vi uma cena que achei comovente, ainda na época que eu era um cético e insensível: a mesma moça que havia cruzado meu caminho naquela manhã plantava com cuidado uma rosa. A última rosa pela qual ela havia lutado e agora devolvia ao jardim. Não a conhecia, mas imaginei que a estadia dela no hospital fora cancelada ou algo do tipo.

Ela deu um grito de alegria ao ver a rosa em pé e viva na terra e limpou o suor do rosto. E então se levantou, limpou os joelhos e se voltou na minha direção.Definitivamente tomei outra decisão que mudou minha vida."

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