Ele me abraçou, como no dia em que minha mãe faleceu. Um abraço quente e gostoso, daqueles que você se sente segura e não quer desfaze-lo mais. Depois da sessão "estou-apaixonada-pelo-Jared" fomos jantar em um pequeno bistrô, onde uma banda muito boa tocava. O ambiente era calmo e quase me esqueci do que havia passado esta tarde.

Comemos uma porção de nachos com muito queijo. Aqui na Suécia é comum você lotar as coisas de queijo, já que aqui é frio pra caralho. E... Ah! Esqueci de falar das bebidas: Connor pediu um drinque colorido, acho que era vodka com frutas, algo assim e eu pedi uma batidinha de morango que estava muito doce.

– E ai Lola, quer dançar?
– Eu queria mesmo, mas eu não sei dançar... - que vergonha, que vergonha!
– Ah, que isso? Eu te ajudo, vamos lá!

Ele pegou minha mão e guiou-me para a pista, onde muita gente dançava uma música lenta. Ele colocou seus braços em minha cintura, apesar de eu ser baixinha estava de salto (o que ajudou um pouquinho), enquanto eu passei meus braços em volta de seu pescoço. Connor se movia lentamente de um lado para o outro e eu acompanhei os movimentos, até que não era difícil...

Estava muito bom, até que ele nos juntou um pouco mais. Ficamos praticamente colados um no outro e por impulso coloquei minha cabeça em seu peito. Pude ouvir seu coração, estava acelerado.

– Connor... - quebrei o silêncio.
– Sim? - eu senti que ele estava sorrindo.
– Eu te amo - sussurrei. A princípio ele pareceu surpreso, mas logo sorriu de novo.
– Também te amo pequena, nunca vou deixar ninguém te magoar. - ele beijou minha bochecha, bem perto de meu lábio. Senti um arrepio muito gostoso em minhas costas.

Agora as mãos de Connor deslizavam em minha cintura e paravam antes de chegar mais pra baixo. Mordi minha boca, brava. Não queria que ele parasse, eu precisava daquilo, mesmo sendo errado... Eu amo ele, não como um namorado, mas como um irmão, então que mal tem ele me fazer um carinho á mais de vez em quando? Nunca fiquei com ninguém antes, era uma necessidade minha.

– Ei, pequena? - droga, tinha que parar? Olhei para ele, tentando não demonstrar minha raiva e desapontamento. - Já esta tarde, temos de chegar antes do... Jared, enfim, temos que ir.
– Tudo bem.

Saímos direto para casa, o clima não estava pesado, como se nada tivesse acontecido. Espero que nesses próximos dias eu controle minhas emoções, isso tá acabando comigo!