As escolhas que fazemos escrita por Nanda Boinne


Capítulo 4
Eu não aguento mais




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.Meu pai e eu no dia seguinte a minha crise não conversamos mais sobre aquilo, sabia que o assunto voltaria mais estava feliz por ele estar sendo adiado , eu entendia meu pai, quero dizer...ele se preocupava comigo e as sentia que meu pai queria sei lá tentar restaurar minha vida acho que ele pensou que me tirando da Califórnia eu poderia começar de novo(eu mesmo de forma estupida e errônea pensei isso).

Eu desci e senti o cheiro que vinha da cozinha , café da manhã era meio que uma coisa o meu pai ele sempre preparava eu podia sentir o cheiro do bacon e da omelete , fiquei uns segundos parada no ultimo degrau da escada estava tendo um sentimento de nostalgia, sorri comigo mesma então foi andando devagar podia ouvir os barulho s que ele fazia e já até imaginava a bagunça que ele estava fazendo.

Olhei para a clareira e via algumas fotos ali em cima minhas na verdade em varias épocas da minha vida mais as que chamaram minha atenção foi uma minha ainda bebe no colo do meu pai que sorria bobo e outra do finalzinho do ano passado uma minha e dele na comemoração do meu aniversario eu segurava um pequeno bolo de chocolate e sorria envergonhada pra câmera e meu pai me abraçava pelos ombros , mais não olhava pra câmera e sim pra mim com um sorriso.

Me lembrar daquele dia me fez sorrir , eu tinha comemorado meus 16 anos no restaurante de um casal de amigos do meu pai que segundo ele me conheceram quando eu ainda era bem pequena eram Sue e Harry , tinham um restaurante que ficava nos limites da cidade era simples , mais um espécie de café na verdade tínhamos ficado numa parte reservada do restaurante no andar de cima , me lembro que ri bastante naquele dia com as historias que Harry contava sobre as habilidades do meu pai como pescador.

Bell's o café tá pronto-gritou meu pai imaginando que eu deveria estar lá em cima e eu respondi e fui a seu encontro , estava com uma sensação esquisita mais tentei jogar isso pra um canto da minha mente , meu pai falou um pouco sobre como tinha sido sua caçada com Harry ontem e ele exagerava um pouco e eu fiz um esforço pra não ri9eu supôs que ele fez isso pra dar emoção pra historia) ouvia a todo seu relato compenetrada , depois que terminamos , ajeitamos nossas coisas e seguimos pra fora de casa , ele me deu um beijo na testa e eu fechei os olhos por milésimos de segundos , ele entrou em seu carro e eu fui pra minha caminhonete .

Enquanto dirigia algumas lembranças ruins vieram em minha mente , eu tinha tido aqueles malditos pesadelos de novo, tentei balançar a cabeça pra afasta-los da minha memoria por mais que eu dirigisse devagar e quisesse adiar minha ida ao(inferno forks high school) era inevitável me perguntei ironicamente o que seria hoje? Eu iria ser a estranha que merecia ser ignorada? Ou seria a chacota novamente que servia pra sua diversão?

Eu respirei fundo mais uma vez e sai da minha caminhonete puxei bem as mangas da minha blusa de frio o tempo estava bonito nada ensolarado mais era possível ver o sol então meio que era quase como algo tipo ensolarado.

Eu olhei pro céu e senti uma brisa fazendo meus cabelos que estavam soltos balançarem , mais junto com essa brisa senti um frio na espinha o que fez eu me encolher e me abraçar.

Hei oh estranha essa sua lata velha deviria ser proibida de circular-disse Tyler podia-se dizer que ele era bem pior que Edward na verdade ele tinha a medalha de 1° lugar no quesito vamos infernizar Bella e Edward ficava em segundo lugar no autódromo .

Há mais lembrei que meio que combina com você sabe -disse ele com um sorriso debochado no rosto -Ridícula , esquisita e assustadora você é realmente uma das versões de Carrie a estranha-disse ele rindo alto e então começaram com um corinho dizendo Carrie...carrie e não fiquei pra ouvir o resto somente saiu dali de cabeça baixa tendo finalmente minha resposta(hoje era definitivamente o dia de vamos fazer da vida da Bella um inferno pior do que já é) .

Fui a passos rápidos seguindo pelos corredores e ouvi alguém me chamar de carrie e ouvi mais risos , acabei esbarrando em um dos professores , Marcus era um cara legal e sempre gentil comigo era meio que o tipo de professor bonito e charmoso que as meninas se interessavam , mais eu meio que não estava na lista de suas admiradoras(pelo menos não nesse sentindo).

Hei você tá legal?-perguntou ele sorrindo pra mim e eu somente assenti abaixando a cabeça-Gostaria de falar com você sobre sua redação Isabella-ele disse me olhando. Ficou ruim?- eu perguntei insegura.

Não ao contraio-disse ele sorrindo é simplesmente fantástica Bella, você realmente muito talentosa , sei que pode parecer meio precipitado mais já decidiu que faculdade pretende fazer?-perguntou ele me olhando

Eu meio que não pensou muito nisso quero dizer- eu me calei dando os ombros.-Bom como seu professor é meu dever te dizer que tem um grande futuro como escritora caso deseje isso-disse ele sorrindo pra mim e eu timidamente sorri de volta.

Depois conversamos melhor-disse ele saindo acenando pra mim e eu acenei de volta timidamente e voltei a caminhar em direção a minha sala onde teria a primeira aula que era matemática, depois disso seguiu aula de biologia , física educação física que era um martírio pra mim eu literalmente servia como diversão durante a aula e o professor até que tentava me poupar eu via isso em um momento da aula de vôlei na hora de sacar eu acabei acerando Kate o que fez algumas pessoas darem risadas , assovios e coisas estupidas ela marchou em minha direção.

Sua estupida fez de proposito né- disse ela me empurrando e eu me desequilibrei mais não cai. Não.. eu..eu juro eu não foi por mal- eu não pude evitar gaguejar sempre acontecia quando eu ficava nervosa.

Vadia-disse ela me olhando com raiva , mais não foi ela que eu vi e sim o rosto de Renner, eu saiu de perto dela somente troquei de roupa rapidamente não tinha suado nem nada não era necessário um banho sai dali e fui pra sala de aula que estava vazia me sentei no lugar de sempre e abri meu melhor amigo meu caderno uma espécie de diário escrevi me senti como uma pessoa numa sessão espirita simplesmente deixei fluir e então quando acabei senti minhas mãos tremendo e me encolhi e fiquei somente olhando pra baixo.

Marcus entrou na sala de aula e logo foi pedindo silencio a classe que prontamente atendeu ele era professor de inglês e os alunos gostavam dele . sua alunas eram dinâmicas e divertidas ele conseguia prender atenção dos alunos , ele falou sobre os romancistas poetas e pediu alguns alunos pra fazerem citações , obvio que ouve muito baboseira , coisas estupidas alguns até se esforçavam pra tentar lembrar dos poemas mais sempre erravam minha língua coçou para corrigi-los mais depois pensei que se fizesse isso certamente só iria piorar as coisas pro meu lado , na verdade era uma espécie de jogo o aluno que o professor escolhia dizia de quem era o poema ou texto e depois citava.

Isabella você-disse ele sorrindo apontando pra mim e todos se viraram pra me olhar o que fez eu me encolher mais na cadeira , podia ver olhar de deboche dos meus colegas de classe.

Vamos lá estranha-disse Tyler rindo e foram ouvidas mais risadinhas -Tyler-disse o professor o repreendendo e ele levantou as mãos em sinal de rendição .

Bom...bom -eu comecei a gaguejar o que fez os outros soltarem risadinhas abafadas.

Eu mesmo escrevi essa citação-eu disse olhando para Marcus-Que ótimo então algo inédito-disse ele abrindo um largo sorriso que me deu incentivo , eu respirei fundo e olhei pra minhas próprias mãos .

Mexi nas minhas mãos por alguns segundos e decidi começar a falar –"A maior arma que alguém pode usar contra nós é nossa própria mente. Aproveitando-se de dúvidas e incertezas que ali se escondem. Somos verdadeiros com nós mesmos? Ou vivemos pelas expectativas de terceiros? E se formos acessíveis e sinceros, podemos algum dia ser realmente amados? Podemos encontrar coragem para liberar nossos segredos mais ocultos? Ou no final, somos todos incompreensíveis até para nos mesmos?"

Quando terminei de falar levantei a cabeça e vi que todos estavam calados me olhando não conseguia distingui bem as expressões que me olhavam.

Incrível Isabella-disse o professor batendo palma na verdade por alguns segundos só se ouvia a palmada dele mais logo mais três palmas se juntaram meio que incertas e descoordenadas mais sessaram rapidamente deixando tudo em um completo silencio.

Que idiotice-disse Edward com desdém-Eu ouvi bem Edward-disse Marcus seriamente logo eu deixei de ser o centro das atenções -Essa garota estranha , com esse jeito esquisito escrevendo baboseira-disse ele fazendo um gesto na minha direção e as cabeças ficavam virando de mim para Edward.

Edward quero lembra-lo que está minha aula e na minha aula não se falta com respeito a um colega-disse Marcus.

Bom eu não devo nada a ela até porque ela não é minha colega , na verdade ela é um piada uma verdadeira piada-disse ele com arrogância e então foram ouvidas exclamações de supressa e risos , meus olhos ficaram nublados e percebia que iria chorar não queria que ele me vissem chorar não gostava que ninguém visse isso , então respirei fundo e engoli o choro .

Basta Edward aquela ua colega ali que você faz tanta questão de humilhar terá um futuro brilhante , fara a diferença na vida das pessoas -disse ele apontando pra mim-Agora e você hein-disse ele o olhando com decepção tanto na fisionomia como na voz e então mais som foram ouvidos como espécies de vais dirigidas a Edward que revoltando se levantou empurrando a mesa e saindo da sala e logo seu próprios amigos estavam rindo dele.

O restante da aula foi um martírio pra mim só queria que o dia acabasse logo e iria pra casa aliviar a dor da humilhação e rejeição da única forma que sabia, mexi nos meus pulsos der repente me senti ansiosa pra isso pra passara a lamina rasgar minha pele a sensação era dolorosa mais ao mesmo tempo era entorpecente , assim que acabou a aula e sai sem dar a chance de Marcus falar comigo fui direto para o refeitório.

Eu queria entender o porque que eles faziam isso porque tinham prazer em atormentar as pessoas ,hoje particularmente estava tudo difícil.

No refeitório me sentei na minha mesa habitual , ou mesa da esquisita como gostavam de se referir a mim , podia parecer que eu não ligava até porque eu não era boa em demostrar sentimentos , mais por dentro aqui ela me dava agonia fazia a dor dentro de mim ficar mais forte.

Eu estava distraída desenhando e senti a aproximação de Edward e seus amigos idiotas que tinham prazer em me humilhar.

Foi tudo muito rápido quando dei por mim meu caderno estava na mão de Tyler , olhei bem pra Edwrda que tinha sum sorriso vitorioso no lábios , Tyler então subiu na mesa com um sorriso cruel e começou a ler justamente o que eu tinha escrito naquele dia mais cedo .

Querido Diario

Hoje fui invadida por um momento de nostalgia quando Kate me chamou de vadia , Renner ou melhor minha mãe se referiu a mim assim varias vezes , quero dizer ela é minha mãe deveria me proteger mais não ele não fez isso , sinto pelo meu pai por tonar a vida dele mais difícil que queria ser como ou outros sorrir , namorar , fazer amigos , mais não posso não consigo eles tem razão eu sou uma estranha uma completa estranha pra mim mesma eu estou perdida eu sou atormentando constantemente por meu demônios e por mais que ore eu não consigo exorciza-los , eles são muitos uma legião deles que vem pra me atormenta pra me lembrar quem eu sou , do meu passado , eu posso aceitar a solidão só me pergunto porque isso porque comigo , porque não me ignoram e fingem que eu não existo até porque é isso que acontece comigo eu não vivo eu sobrevivo e no fundo Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura.

Ele lia de forma teatral pisoteando em cima da minha dor , estava entorpecida ouvindo mesmo que ao fundo imagens como um filme de terror vieram em minha cabeça eu acordei quando ouvi as risadas eu tinha que sair dali ir pra um lugar seguro fugir , assim que ele terminou jogou o caderno de qualquer forma na mesa , dessa vez não pude evitar as lagrimas peguei o caderno e apertei contra meu peito levantei de pressa acabei esbarrando em Edward e por milésimos de segundos pareceu ter visto compaixão no seu olhar , as lagrimas nublavam minha visão eu cai como uma desastrada e completa idiota me sentindo mais humilha.

No chão vadia seu lugar é no chão

Essa terrível frase veio na minha cabeça eu corri em direção ao meu refugio e no caminho esbarrei em Carmen minha orientadora pude ouvir ao longe ela gritar o que estava acontecendo , mais não dei importância subi 6 lances de escada numa velocidade desconhecida até por mim e então sem forças e me permitindo extravasar eu dei um grito e chorei não me importei em quem pudesse ouvir , não sei quanto tempo fiquei ali de joelhos chorando mais logo senti uma brisa um vendo fazendo meus cabelos dançarem e então aquilo se tornou atrativo pra mim , eu caminhei a passos lentos mais decididos ao meu destino.

Eu podia por um fim aquela dor , aquela angustia humilhação eu iria acabar com tudo de um vez por todas , eu subi no pequeno parapeito estava no terraço olhei bem a altura era grande se fosse em outro momento teria me provocado vertigem, mais eu estava entorpecida , anestesiada , vi que os alunos começavam a sair e se espalhar pelo estacionamento der repente começaram a apontar pra mim e gritar e dizer coisas que eu não entendia bem.

Eu peguei meu caderno e comecei a tirar as folhar com raiva e as joguei no ar então os papei foram preenchendo o ar dançando lentamente acompanhando a brisa a mesma que balançava mês cabelos , ouvi de novo a gritaria , ouvi meu nome ser chamado era Carmen minha orientadora .

Bella por favor me escute essa não é a solução eu poso te ajudar-disse a orientadora Carmen tão doce , eu me virei pra ela ficando de costas para o abismo.

Não pode me ajuda-Eu disse chorando.

Bella por favor pense no que esta fazendo.

–Eu não consigo ....eu não posso-disse com a voz estrangulado estava doendo demais.

Não por favor não desista-insistiu ela se aproximando.

Diga ao meu pai que....eu pensei que podia....mais que eu sinto muito

Então eu abri os braços e andei pra trás olhando a orientadora que chorava e então foram milésimos de segundos ainda ouvi gritos até que cai em algo solido e sentindo a dor avassaladora que fazia que querer ir pra escuridão ainda podia ouvir gritos e exclamações de horror e olhando pro lado meu olhos se encontram com o de Edward Cullen até que abracei a escuridão.


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