O monólogo de um suicida escrita por Vitty


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Esse é meu primeiro One-Shot,espero que gostem.
Aproveitem a leitura



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Meus dedos se mexiam nervosamente arranhando o joelho do meu jeans, estava sentada recostada a parede, olhei ao meu redor e não vi nada alem da escurida, relaxo meu corpo tentando me livrar da afiliação, uma velha navalha aberta esta caída ao meu lado, a pego examinando o fio de corte,se você nunca esteve tao perto de enfiar a lamina na sua pele e puxar rasgando sua carne, então não conhece essa sensação, terei um pouco de prazer em descreve-la, acontece que de um momento pro outro nada tem sentido, você sente que não existe,que não é real, se olha no espelho e sente aversão de si mesmo, e então deixa de dormir, de comer, e perde a noção de tempo, então quando tem em mãos a navalha, ou um revolver, ou veneno, qualquer coisa que possa acabar com isso,sua cabeça começa a pensar rápido demais, e pensamentos aleatórios, as vezes incompletos e sem sentido, e ouve as vozes que repetem o seu julgamento “inútil”, “louca”, olho de novo para os lados, a minha esquerda se senta um ser esquelético, trajando um fino manto negro, tinha um par de asas quebradas igualmente negras e que pareciam atrofiadas pela falta de voo, deixei a navalha cair ao notar sua presença, não podia ver o rosto daquela criatura, o rosto,se é que havia algum, estava coberto por parte do manto, eu disse me sentindo estranhamente atraída por aquela “coisa”:

-Quem é você?-Uma risada estridente ecoou pelas paredes frias daquele quarto vazio, e então uma voz rouca e cansada que soava como a minha disse:

-A pergunta esta errada, a coisa certa a se perguntar seria “Oque é você?”-Eu disse com uma certa curiosidade:

-Certo, nesse caso, oque é você?-A risada voltou a encher o quarto e com voz em tom de deboche a estranha criatura disse:

-É cedo demais para você saber...-Passou sua mão esquelética pelo meu rosto e novamente riu, me afastei antes que “aquilo” encostasse em mim de novo e disse apontando para as asas dela:

-É um anjo?-Um silencio horrível invadiu novamente o quarto, minha mente naquele instante parecia uma infestação de abelhas zumbindo, isso foi quebrado quando a coisa disse enquanto pegava a navalha do chão:

-Posso ser um anjo, ou um demônio-Naquele momento o ar pareceu cortar minha garganta, as perguntas que eu poderia fazer desapareceram, a coisa colocou a navalha em minhas mãos como um gesto convidativo, eu examinei novamente o fio de corte e disse com receio:

-Vai doer?-A coisa disse quase gritando:

-Será menos doloroso do que é viver!-Apoiei a navalha em meu braco e disse engolindo seco:

-E-Eu...Eu não posso...- “A coisa” disse parecendo irritada e apertando minha mão fazendo com que a navalha afundasse em meu braco:

-Ninguém sentira sua falta...- “A coisa” me fez retalhar meu próprio braco involuntariamente, eu abaixei os olhos para ver o estado dos corte, eram profundos, muito profundos, porem só quando vi o sangue escorrer num tom de vermelho intenso pude sentir que ardiam muito, senti minha respiração começar a pesar e com lagrimas nos olhos eu disse:

-O que é você?- “A coisa” se levantou imponente, levou as mãos ate o “capuz”, soltou uma gargalhada sinistra, muito mais do que as outras,e eu disse novamente e com a voz fraca:

-Me diga, oque é você?!-Ela retirou o capuz que lhe cobria o rosto e então eu pude ver que seu rosto era o mesmo que o meu, porem parecia morto e no lugar dos olhos haviam dois grandes buracos negros, um arrepio percorreu todo o meu corpo quando vi isso, a criatura disse num tom de voz alto e sádico:

-Eu sou o seu demônio particular, a parte de você que se odeia-Ouvi o som da navalha caindo de minha mão novamente seguido de uma longa gargalhada do meu demônio particular, meu corpo perdeu completamente a forca eu voltei para a escuridão e o silencio, lagrimas escorreram de meus olhos enquanto eu aguardava a morte irremediável


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem comentarios sobre oque acharam,certo?