Ian se odiava. Ele se odiava por vários motivos: por ter acreditado em Isabel, por não ter protegido Natalie, por ter tentado matar pessoas ou tirá-las do caminho na busca só por mais poder. Mas o motivo principal era por ter enganado Amy.

Depois de um tempo do episódio ''Coréia'', Ian tinha começado a se sentir estranho, se pegava pensando em Amy nos momentos mais estranhos. De como o tal música lembrava seu sorriso, de como aquela flor no jardim do hotel era da cor de seu cabelo...E ele se culpava por isso. Se lembrava em seus sonhos do beijo que tinha lhe dado na Coréia, e de como prendeu Amy naquela caverna para morrer.

Todos os dias após a busca ele se sentia a pior pessoa do mundo. Ele olhava pra Natalie, e pensava que não podia ter falhado com ela. Olhava para um dos quadros da família, na mansão, onde seu pai Vikram, fazia uma pose de lorde ao lado de Isabel, e ao ver o rosto de sua mãe, pensava no ódio e de como ela podia ser tão inescrupulosa e repugnante, de como ela podia ter matado todas aquelas pessoas e continuar com um sorriso no rosto. De todas as vezes que ela tentara matar Amy.

Amy...A garota que ele tentara matar. Que sua mãe tentara matar. E que sua irmã teria ajudado a matar. A garota que o tinha salvado de despencar do Monte Everest, sacrificando uma pista. Ian tinha visto o medo aparecer em seus olhos cor de jade, quando vira Ian naquela situação. Amy, havia decidido simplesmente jogar a pista Janus da montanha e salvar Ian. Ian tinha pensado que ela salvaria a pista e o deixaria pra morrer.

Depois da caça às pistas, ele percebeu que estava apaixonado. Mas aí já era tarde demais. Ian odiava amar tanto Amy.

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Amy se detestava. Ela se detestava por vários motivos: por acreditar e confiar em certas pessoas na busca, por ter medo de praticamente tudo, por se achar fraca, e principalmente, por ter se deixado apaixonar por Ian.

Ela tentava desprezar esse sentimento, conhecer outras pessoas, fazer mais amigos a até conhecer um carinha legal. Mas nada dava certo. O moreno de olhos âmbar sempre voltava à sua mente.

Ela tinha se sentido tão feliz naquele dia na Coréia, e depois, tão arrasada. Se sentia idiota, estúpida por acreditar que um inglês bonitão iria se apaixonar por uma nerd americana. Amy achava que isso se parecia com um conto de fadas, e ela sabia, que contos de fadas não existem.

Queria simplesmente ter o poder de apagar esse sentimento de sua vida, mas digamos que nada a ajudava. Tudo lembrava ele. As pedras de âmbar que Tio Fiske usava para apoiar os livros nas estantes, o cheiro de cravos do vaso da mesinha da sala de estar. E Dan parecia fazer questão de lembrar à ela todos os dias que Ian existia.

Amy tinha até conhecido um cara. Mas não tinha dado muito certo. O garoto, que parecera muito educado e tal, na verdade só era participante de uma aposta, que incluía conquistar a nerd ruiva. De vez em quando, Amy sentia falta da adrenalina da busca, e de Ian. Sentia falta do cara que tinha tentado mata-la, só por causa de poder.

Amy odiava amar tanto Ian. Assim como ele.