Meu nome é Luci. Moro em uma cidade muito pequena chamada St. Michaels, Maryland. Um lugar magnifico. Onde eu passei minha infancia com meus pais, e mais tarde eles adotaram uma irmã para mim. Nesta época eu já tinha uns 3 anos. Minha vida era muito perfeita. Meus pais sempre tiveram orgulho de mim e de minha irmã. Sempre fomos uma familia muito unida. Meu pai sempre nos paparicava. Éramos uma familia muito feliz.

Mais as coisas mudaram muito rápido. Há uma semana atrás, eu esta na casa de minha amiga, estávamos nos arrumando para sairmos. Mas o telefone toca, e a noticia terrivel chega. Minha irmã de 16 anos liga desesperada, dizendo que papai e mamãe sofreram um acidente de carro.

Peguei meu carro e fui depressa para a nossa casa. Eu e minha irmã fomos ao hospital onde nossos pais estavam. Ficamos esperando por uma hora até que o medico veio dizer qual era o estado dos dois.

- Bom, vocês devem ser fortes nesse momento. O acidente de seus pais foi muito grave, e nós tentamos de tudo. Eu lamento muito garotas. Mas agora em diante eles não estarão mais aqui, e sim do lado de Deus.

Nesse momento minha irmã desabou em uma gritaria, com choro edesespero. Eu não sabia o que fazer.Eu estava ainda em estado de choque.Tive que acordar e ajudar minha irmã. Eu deveria ser forte. Mas não consegui.

Então foi asim, tudo muito rápido. Agora estou eu aqui, cuidandode tudo, meio perdida ainda. Eu tive que assumir o cargo de "mãe". Por que comotenho18 anos, tenho que assumir isso. E também eu não deixaria minha irmã sozinha. Isso nunca iria acontecer.

Estou tentando entender tudo o que aconteceu. Mas ainda não consigo acreditar. Sabe, eu ainda olho no relógio perto da hora que meu pai sempre chegava. A janta sempre estava pronta, ele nos abraçava e contava como que tinha sido o dia dele. E eu amava escutar tudo.

As lagrima não paravam de cair, só de saber que nenhum deles iria voltar para casa. Eu realmente estou tentando ser forte, mais esta muito complicado. Achei que daria conta de tudo. Mas pelo visto me enganei. Eu não sou tão forte quanto penso. Mas preciso ser, minha irmã precisa de mim. E eu não sei o que fazer. Isto esta me matando aos poucos.

Derepente o telefone toca, e eu vou correndo atender. Era minha querida tia. Ela mora em outra cidade, longe daqui. Ela é uma das poucas que liga para saber como estamos. Eu me sinto melhor ouvindo a voz de alguém que se preocupa com nós. Me sinto sempre um pouco melhor.

Depois que falo um pouco com ela preparo o café da tarde, pois minha irmã volta logo da escola, e sempre tento conversar com ela sobre a escola e como ela esta. Eu não quero que ela se sinta mal. Mas sabe, agora ela tenta evitar falar sobre tudo e sempre recorre ao seu quato se trancando. Sei que é dificil, ainda mais ela, nessa idade, que precisa mais da mamãe do que eu.

Ela chega e senta na mesa, tento puxar assunto mais nada de resultado. Ela só diz que o dia foi muito longo e que há muito deveres para ela fazer, assim corre para seu quarto e se tranca lá, como sempre. Me sinto pessima cada vez que ela faz isso. E então tomo uma decisão definitiva:

- Sei que é dificil para todos uma perda, mais tenho a certeza de que mamãe e papai não iria querer ver nós assim. Eles estão muito melhores lá. E eu sei que vai dar tudo certo, vamos conseguir, e vamos começar do zero.

E finalmente percebi, que eu era a pessoa errada, que eu não estava vendo o certo. Assim acredito que vai ser melhor para mim e minha irmã.