Peguei minha mochila e uma mensagem havia acabado de chegar era da Elizabeth, e dizia:

Oi Simas, nao aconteceu nada.. te espero na porta da sua casa para te levar no primeiro dia de aula. Eu te amo, acho que pra sempre.

Eu ri e disse para minha mãe e para Hannah:

– Eu tenho que ir, amo vocês. - Dei um beijo na bochecha da minha mãe e ela na minha, mas quando cheguei na Hannah, eu disse: - Não sou um merdinha e se você falar isso de novo, eu te mato.

– Simas!! - Minha mãe, é claro, sempre protegendo os mais novos, a campainha tocou. Gelei, era a Elizabeth, só tinha que ser.

– Eu vou, é pra mim.. - Minha mãe e Hannah continuaram comendo e mamãe me deu tchau e Hannah disse algo como "Tchau seu merdinha". Nem liguei. Corri para a porta e era ela, Elizabeth, com seus cabelos ruivos e seus olhos verdes vidrantes e inesquecíveis. E ela falou:

– Você vem ? - Eu concordei e fechei a porta. Andamos até o carro sem dizer uma única palavra. Quando entramos ela disse: - Uma carona, até a escola, O.K. ?

– Correto, um beijo antes, por favor ? - Elizabeth sorriu, e me beijou e eu fiquei nas nuvens por uns quatro minutos, até por que, foi o tempo que o beijo durou.

– Elizabeth, você é a melhor pessoa no mundo. - Ela me olhava com o sorriso mais lindo do Mundo e eu já imaginei um monte de Elizabeths com esse sorriso. - Eu amo muito você, de verdade.

– Se você for embora, primeiro eu te mato, e depois, acho que vou sentir sua falta para sempre. - Ela respirou fundo e disse, com vergonha: - Como minha mãe sentiu a falta do meu pai, quando ele se foi.

O pai de Elizabeth morreu quando ela tinha nove anos, numa tragédia horrível, dizem que ele ficou praticamente irreconhecível depois do acidente. E eu disse segurando sua mão forte:

– Eu nunca vou te deixar. - Respirei e botei a mão e seu rosto. - Você não está sozinha, quer dizer, nós não estamos sozinhos.

Ela riu. Sério eu amava ver Elizabeth rindo. Só não amava mais do que a própria Elizabeth.