A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 13
Sou Péssima Com Títulos


Notas iniciais do capítulo

Sou péssima com títulos, como eu disse, mas o capitulo esta bom, eu acho.



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Acordei com um despertador. Eu não me lembrava de nenhum despertador, mas não liguei. Levantei-me. Minha cabeça ainda latejava. Tomei um banho, o que melhorou um pouco, mas eu ainda estava mal. Lembrei-me que o próximo desafio seria o de Atena, mas eu não estava com cabeça para resolver nenhum enigma. Coloquei a típica farda dos Jogos. Achei uma blusa sem manga, pois estava fazendo calor, mas coloquei o casaco na cintura, de prevenção. Peguei o caderno e a caneta, guardando-os em uma mochila que eu achei na mala.

Prendi meu broche na blusa e sai do quarto. Tinham poucas pessoas acordadas e o relógio dizia que eram oito horas. De acordo com o que eu me lembrava, o próximo desafio ocorreria às nove. Sentei-me no sofá. Mark estava acordado. Ele olhava para o nada. Deu-me aceno quando eu me aproximei, mas depois voltou à mesma expressão.

– Ele esta apaixonado. – sussurrou alguém ao meu lado.

Com surpresa, percebi que era Carol. A benção já havia acabado, mas ela parecia mais firme e confiante. Eu assenti. Dava para perceber que ele estava pensativo e filhos de Poseidon não ficam pensativos. Grus estava lá também, sentado em uma cadeira próxima. Ele mexia nervosamente as mãos, procurando em alguma coisa para mexer. Ele sempre estava assim, só que dessa vez ele parecia mais agitado, quase como que nervoso.

– Grus. – eu chamei. – O que ouve?

Ele pareceu perceber que estava mexendo muito as mãos grossas, porque parou bruscamente.

– Estou preocupado com o desafio de Hera. – ele falou.

Eu não queria admitir, mas aquele desafio me assustava também. Estava com medo de não conseguir salvar seja-lá-quem-fosse que estivesse preso.

– Também. – concordei.

– Não. É diferente. – ele disse. – Minha mãe morreu quando eu ainda era muito novo. Não tinha ninguém até que meu sátiro me levasse para o acampamento. Não acho que Hera vá aprisionar Hefesto, então eu imaginei que poderia ser um dos meus meios-irmãos. Imagino que ela vá escolher alguém com que eu me importe muito...

– A Geny.

Ele balançou a cabeça afirmativamente.

– Se for ela, - eu falei. – você vai conseguir salva-la, eu tenho certeza.

– Obrigada.

– Mas é bom manter a mente limpa agora. O desafio de Atena é somente daqui à uma hora.

– Somente? – exclamou uma voz aguda.

Eu me virei e vi Sabrina sentada em uma das cadeiras mais distantes. Ela se levantou e se sentou em uma mais próxima da gente.

– Temos um bom tempo até aquele desafio bobo.

– Não vai ser um desafio bobo. – discordou Carol. – Atena é a deusa da sabedoria se você se esqueceu.

– Grande coisa. – ela murmurou.

Eu revirei os olhos. Logo em seguida, Summy saiu do seu quarto. Ele se virou para mim e me chamou com um gesto. Meu coração estava batendo tão rápido que eu fiquei com medo dele parar. Fui em direção à dele. Ele se encaminhou para um canto mais afastado da sala, perto do lugar onde ontem esteve a porta extra.

– Beky, eu odeio admitir isso, principalmente para você. – ele começou. – Mas eu preciso contar para alguém se não vai ficar preso em mim.

– Pode falar não se preocupe. – tentei parecer calma, mas por dentro parecia que eu estava em uma montanha russa.

– Eu estou com medo.

Essa me pegou de surpresa. Eu esperava qualquer coisa, menos que ele admitisse isso. Não estava reclamando. Ao contrario. Estava admirada por ele ter dito isso para mim. Eu coloquei uma mão no seu ombro. O olhar dele estava nervoso.

– Não se preocupe ok? – eu falei. – Aposto que você consegue resolver qualquer enigma.

– Não eu não consigo. – ele insistiu. – Lembra lá no lago. Você disse que eu tinha cérebro. Mentira. Eu não consigo raciocinar nada! Principalmente depois do desafio de ontem.

Ele abaixou o tom com a última parte, como se falar sobre isso comigo não lhe agradasse.

– Olha. – continuei. – Você é um herói. Heróis só conseguem vencer porque conseguem raciocinar. Você pode resolver enigmas do mesmo jeito que empunha uma espada. Não pense que eu não sei sobre os desafios de lógica que o Sr. Terácio passa e você consegue detonar todos.

– É diferente. Estou com um pressentimento que o desafio de Atena não vai ser algo fácil ou um simples questionário. Acho que vai ser algum enigma “fatal”.

Percebi que as coisas iam realmente ruins quando vi que ele não estava rindo. Quando ele esta nervoso, ele ri muito. Quando ele não esta, ele ri também. Mas eu nunca tinha visto ele “não rir”.

– Summy, sinceramente, o que você quer que eu faça? – achei que fui um pouco grossa.

– Nada. Só precisava contar isso para alguém, como eu disse. – ele respondeu.

– Prometo que vai ficar tudo bem.

Então eu fiz uma coisa. Eu dei um beijo nele. Na bochecha. Não o beijei na boca por três motivos. Primeiro, porque eu não fazia ideia de como ele iria reagir. Segundo, porque eu tinha a leve impressão de que tinham câmeras naquele lugar. Terceiro, porque algum dos nossos colegas que estavam na sala poderiam ver. Então eu sai e fui me sentar no sofá de novo.

Ele continuou lá por um tempo. Depois entrou no quarto. Aos poucos, os outros semideuses foram saindo de lá. A maioria tinha preferido a blusa sem mangas, só alguns ainda usavam a de manga comprida. Quando faltavam dez minutos para as nove, Summy saiu do quarto. Ele parecia mais confiante e carregava uma mochila nas costas. Depois dele saiu Brian e então a sala começou a subir de novo.

Lá em cima o sol brilhava fortemente. Só conseguia enxergar o céu, porque o resto era mármore branco. Uma trombeta soou. Summy me lançou um último olhar que dizia claramente “Obrigado” e todos entramos nos túneis. O túnel estava mais comprido do que eu me lembrava, mas não liguei, continuei andando.

Quando já tinha caminhado uma boa distancia, uma luz forte apareceu. Andei em direção a ela. Logo me encontrava em uma pequena sala. As paredes eram de um mármore um pouco dourado. Tinham quatro tochas nos quatro cantos da sala. No meio havia uma mesa comprida de madeira. Em cima da mesa havia cinco jarras, cada uma com um liquido de uma cor diferente dentro. Em frente às jarras, estava cinco copos, cada um com um tamanho diferente. Ao lado de tudo jazia uma folha de papel. Quando me aproximei à passagem atrás de mim se fechou, me deixando presa ali.


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Notas finais do capítulo

Quem queria que a boca da Beky escorregasse um pouquinho e beijasse o Summy manda um review. Quem achou que assim está ótimo também manda um review. Se você achou o capitulo uma merda, manda um review.
Beijos!



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