The rose in solitude escrita por Mione St


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado aos que estão lendo, e aos fantasmas, se tiver algum aqui...



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Ela ainda ficou em silêncio, sem se mover. Quando a voz saiu, saiu baixa e estrangulada, como se ela se contivesse para falar.
Anna: Shaka... entenda. Não é questão de sofrer ou não, é questão de evitar o sofrimento desnecessário. Você talvez goste de mim e vai sofrer quando o tormento começar. E eu vou me sentir miserável porque você mal me conhecia e eu o arrastei nisso. Não poderia me perdoar...
Ele a abraçou com força e apertou contra si, ainda deitados na grama. Ele acariciou o rosto dela enquanto os corpos se tocavam.
Shaka: Me escuta... me escuta com atenção. Antes de você aparecer na minha vida eu não pensava no amanhã. Apenas desejava morrer, me esquecer do mundo... então, você apareceu, estranha, petulante e tão linda... demonstrou uma coragem que eu nunca tive e que talvez nunca a tenha... e, acima de tudo, me deu algo que eu nunca conheci.
Anna: E o que é?
Shaka: Esperança Anna. Esperança. Mesmo como apenas seu amigo, desde que a conheci, tenho vontade de acordar e viver o dia seguinte, seja para te reencontrar ou para apenas viver... e, mesmo com a sua doença, mesmo você tendo que lutar... eu sempre terei esperança. Por mim e por você. E terei esperança de descobrir se você é a mulher por quem tanto espero ou se estou tão enganado assim... porque eu não sei Anna, eu simplesmente não sei.
Anna: Shaka, eu...
Shaka: Shhhh. Você vive falando em próxima vida Anna... quer deixar para fazer na próxima tudo o que deveria ter feito nessa? Como se apaixonar?
Ela estremeceu. Parecia que ele podia ler seu pensamento mais profundo, seu segredo mais íntimo... ele entrelaçou as mãos na dela e a segurou com força. Ele fechou os olhos e aproximou o rosto do dela novamente.
Shaka: Acho que já está na hora de você ser feliz Anna... dure o tempo que durar.
E sem aviso prévio, ele a beijou, fazendo ela perder os fios do pensamentos e a angústia que a dominava.

Anna se sentiu protegida nos braços dele. O beijo era suave e delicado, mas ao mesmo tempo tão intenso que ela sentia desfalecer nos braços dele. Ela acariciava suavemente o rosto dele, com a ponta dos dedos, enquanto ele, com as duas mãos, a puxava contra si, apertando suas costas. O beijo terminara com a falta de ar, mas ele ainda mantinha o rosto perto dela. Ela abriu os olhos incrivelmente azuis e o fitou. Ele pode ver as lágrimas que começavam a se formar.
Shaka: Anna...
Anna: Shaka, pare com isso. Eu... eu talvez não consiga mais te dizer não.
Ele acariciou o rosto dela com o polegar e sentiu que a lágrima cair sobre seu dedo.
Shaka: Pois então não diga.
Anna: Você vai me odiar. Você está fazendo isso porque sente pena de mim, não entende?
Shaka: Você que não entende. Eu não vou te odiar. E eu não sinto pena de você. Você é forte demais Anna. Não precisa da minha pena. Precisa de outros sentimentos.
Ela fechou os olhos e escondeu o rosto no pescoço dele. Ele a abraçou com força, tentando interpretar a batalha interna que ela travava no momento.
Anna: Você tem que me prometer... que não vai se arrepender. Eu não suportaria se você se arrependesse...
Medo. Não era apenas nobreza. Ela sentia medo de ser deixada quando o inferno realmente começar. Ele tocou o rosto dela e fez ela encará-lo.
Shaka: Não vou me arrepender. Eu te prometo.
A segurança com que ele falou aquilo a surpreendeu. Ele sentiu ela relaxar em seus braços. Mas ela ainda tremia. Aos poucos, o tremor passou e ela o abraçou de outra maneira. Com carinho, sem medo ou desespero. Shaka fechou os olhos e sentiu que começava a amanhecer. Os primeiros raios de sol já nasciam. Anna abriu os olhos.
Anna: Está amanhecendo.
Shaka: Sim. Acho que conversamos mais do que previmos.
Anna: Você não entendeu Shaka... está amanhecendo... a escuridão foi embora.

Ele não perguntou o que ela quis dizer. Apenas a virou de barriga para cima e os dois contemplaram o Sol que nascia no horizonte. Eles fitaram o espetáculo e quando Shaka se virou, para dizer algo para Anna, viu que ela havia caído no sono. Ele sorriu e ajeitou em seu corpo. Fitou o sol por mais um momento. Sim, amanhecera e a escuridão terminara. Para ele nascia a esperança... para ela nascia uma oportunidade.


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