O Namorado da Minha Melhor Amiga escrita por Naty Valdez


Capítulo 16
Capitulo 16 - O Passeio Acaba Muito Mau


Notas iniciais do capítulo

Heeey Peoples *--*
Eu voltei rapidinho dessa vez, ok? Viram né? Então não podem brigar comigo, viu?
Quero agradecer as divas que comentaram *----------* Ai, meu Zeus, cada um melhor que e o outro ♥ OBRIGADA!
Eu percebi que tem muita gente querendo saber o que a Rachel tem, então, vamos começar com as respostas :D Não me matem!
E aos pedidos de cenas Percabeth... Bem, veremos a partir desse capitulo Muahahahaha'
Só quero avisar que dei uma mudada na Sinopse! Leiam lá e me digam o que acharam!

Nos vemos lá em baixo, em *-* Boa leitura!



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Pov’s Annabeth

E chegou o final de semana. E, não, eu não consegui inventar uma desculpa esfarrapada convincente.

Rachel passou a sexta-feira toda no quarto. Ela estava meio esquisita. Nem falava comigo direito ou com Percy. No jantar do mesmo dia, Rachel (recuperada de sua estranhisse) fez o maior mistério sobre aonde íamos e o que faríamos em nosso “Passeio em trio de amigos”. Só saberíamos quando chegássemos. Poxa, pra que o suspense? É só um passeio, certo?

Durante todo o sábado, eu não sai do meu quarto, a não ser no almoço. E lá estava eu, sentada à mesa, esperando o almoço ser servido. Rachel estava acabando de cozinhar. Eu ofereci ajuda, mas ela recusou. Então, não me chame de preguiçosa, tá? Ah, e, não, o moreno não estava lá. Ainda.

Nós não nos falávamos desde a nossa briga. Se quer nos olhávamos. Era melhor assim. Assim eu não precisava mentir secamente olhando naqueles olhos encantadores.

– Dormiu até agora, Annie?

Uau! Acho que eu meio que viajei! Nem percebi que Rachel estava sentada de frete pra mim na mesa e já tinha até colocado um prato com macarrão na minha frente e outro em um lugar vago a cabeceira da mesa. Provavelmente pra Percy. Mas...

– Sim – menti – Mas... Cadê o seu prato?

– O que? – ela disse como se eu tivesse falado francês.

– Onde está o seu prato, Rachel? Não vai comer? – falei severamente.

– Ah... Annie...

– Rachel, eu não te vejo fazer uma refeição completa desde que você chegou de Washington! Porque, Rachel? – falei um pouco mais alto.

– Annabeth isso é mentira! Eu estou comendo, ok? Na escola, eu...

– Mentira, Rachel! Você não come! Há dias! Ficou doida?

– Annabeth, eu...

– Rachel, o que você está pensando fazendo isso?

– Annabeth, VOCÊ NÃO MANDA NA MINHA VIDA, ENTENDEU? – ela gritou.

Encolhi-me na cadeira. Como ela pode falar desse jeito comigo? Resolvi não discutir. Rachel respirou fundo.

– Desculpa – ela disse – Eu... Eu não sei... Ah... Desculpe, Annie. Eu...

– Tudo... Bem – não olhei diretamente pra ela.

– É... Annabeth... Eu quero te pedir... Pra... Não diga nada ao Percy, está bem?

– Tá. Eu não digo.

– É serio. Não diga nada. Prometa-me.

– Ok, eu prometo.

Nunca me arrependi tanto de alguma coisa na minha vida.

***

Depois do almoço, fiquei o resto da tarde no quarto lendo e relendo meus livros, atualizando redes sociais, fazendo lições de casa, em fim, tudo o que pudesse distrair minha mente até a noite.

Às seis e meia comecei a me arrumar.

Acho que só no banho era demorei uma meia hora. Não molhei meus cabelos, porque não daria pra seca-los, e os deixei soltos. Vesti um short jeans, regata branca, e blusa xadrez em tons de azul. Coloquei uma sapatilha preta de stars. Minha maquiagem estava bem leve.

Espero que Rachel não nos leve pra nenhum lugar que não combine com meu visual.

Estava terminando de passar um leve gloss, sentada em frente a espelho da cômoda, quando ouço um “toc-toc-toc” na porta.

– Pode entrar – respondi.

A porta se abre e vejo Percy refletido no espelho. Ele estava vestido basicamente também. Ele encara meu reflexo no espelho por um tempo.

– Está bonita – ele diz por fim.

Não posso negar que não gostei do comentário. Só não deixei transparecer. Virei-me.

– O que você quer? – perguntei. Não com ignorância, não com ironia. Normal.

– Ah... – ele fechou a porta e deu alguns passos e deu alguns passos em minha direção – Primeiro peço uma trégua de pelo menos cinco minutos pra uma conversa rápida. Pode ser?

Suspirei. Nada de mais pode acontecer em cinco minutos, certo?

– Tudo bem – cedi.

Ele expirou aliviado.

– Ótimo. Será que você pode me dizer o que esta acontecendo com a Rachel? Porque ela está estranha desse jeito?

Gelei. e agora? Eu queria dizer ele a tempos os que está acontecendo com a Rachel, mas agora eu prometi... Não posso quebrar uma promessa.

– Não está acontecendo nada, ok? Ela deve estar cansada. Ou não aguenta mais olhar pra essa sua cara de tacho.

– Annabeth, quer parar com esse seu sarcasmo? Escuta, ela se trancou no quarto! Tá sozinha lá dentro. Isso não é normal dela.

– Trancada...

O que essa garota tá pensando da vida? Quer que eu livre ela de tudo o que apronta?

– Ah, ela deve estar pintando, Cabeça de Alga. – eu disse – Deixe a garota. Não percebeu que ela ama pintar e de preferencia sozinha? E tem aquele quadro misterioso, lembra? Deve ser isso. Mas, em todo caso, vou lá.

E, sem dar trela pra ele, levantei-me e segui pro quarto da Rachel. Ele, claro, me seguiu.

Girei a fechadura da porta, que se abriu normalmente. Não entrei, só fiquei ali na porta.

– Rachel?! – chamei.

– Oi?! – escutei a voz vinda do banheiro – Estou tomando banho, Annie.

– Ata – gritei de volta – É que eu já to pronta! E o Percy também.

Escutei o barulho de chuveiro sendo desligado. Rachel saiu logo em seguida.

– Put’z! – ela disse quando me viu – Acho que eu estou meio atrasada.

– Acha? Se adianta, querida!

– Ok, mais 15 min.

Sai do quarto e fechei a porta. Percy estava do lado de fora, me esperando.

– Viu? – eu disse – Ela está normal.

– Quanta ingenuidade!

Quase soquei a cara dele e contei tudo o que eu sabia, só pra esfregar que eu não sou uma lerda que nem ele. Mas, graças aos deuses, me controlei.

– Ai, Jackson, não vou perder o meu tempo com você, ok?

– Perder tempo? – ele disse – Agora sou perca de tempo.

– Sempre foi.

– Não acredito. Annabeth, o que o Nico disse é...

– O que o Nico disse é a verdade na qual eu acredito. E não venha com essas suas idiotices de “Em quem você realmente acredita” porque eu já disse e não vou repetir. Acredite no que você quiser agora! E se a Rachel está “estranha”, como você disse, só pode ser culpa sua. Nossa trégua de cinco minutos acabou. Até logo, Jackson.

E me dirigi para o meu quarto.

Pov’s Percy

Não posso acreditar no que acabei de ouvir. Na verdade, não posso acreditar no que ouvi durante a semana toda!

Eu não acredito que ela possa ter pensado que fui eu que fiz isso! É quase um insulto! Não, na verdade é um insulto!

E realmente a Annabeth é uma ingênua! Esse Nico consegue influencia-la assim? Acho que essa loira sente alguma coisa por ele, o que significa que ela não mente quando diz que não tem medo de se apaixonar por mim. Só eu mesmo pra pensar nisso... E ir perguntar pra ela foi a pior coisa que eu poderia ter feito, porque ela vai ficar pensando que eu quero alguma coisa com ela, o que realmente não é verdade! Eu só queria... Ah, bem, eu fiquei curioso. E sou curioso e impulsivo. Péssima combinação, eu sei.

Mas o fato é que: eu não quero que ela pense que eu fui baixo com ela, porque eu não fui. Eu não entendo o porque, mas pra mim é importante manter minha imagem de “eu nunca fui como você me imaginou” pra Annabeth. Ela me faz querer provar o contrario do que ela pensa todos os dias, embora não consiga imaginar o porque dessa minha “quase” ambição.

Mas o que mais me intriga, é como eu possa ser o culpado pela Rachel estar estranha, sendo que eu não fiz absolutamente nada! E, se a Annabeth é tão esperta, como ela ainda não percebeu?

– Vamos, Percy?

Nem notei os olhos verde esmeralda de Rachel me encarando. Isso é o que da panguar encostado na parede! Vai, besta!

Rachel vestia uma regata verde, um suéter que ia até o busto preta e jeans. Estava básica como Annabeth. Mas, eu não posso deixar de admitir, que a loira ficou mais bonita. Percy, tire essa garota da cabeça!

– Vamos.

Annabeth já estava no carro, sentada no meio. Demorou pra Rachel convencer a garota a lhe entregar as chaves do carro, mas ela finalmente conseguiu, seguida por um:

– Não bata minha velha – ela cruzou os braços – Aonde vamos, em?

– Já disse que é surpresa.

E deu a partida no carro.

***

Ainda não tinha imaginado o lugar em que Rachel nos levaria. Mas ela tinha falado que seria realmente um passeio entre amigos.

Primeiro fomos ao Central Park, que estava muito silencioso.

Ficamos sentados em baixo de um lampião (sobre um lençol que Rachel havia levado) e sentamos como se fossemos as pontas de um triangulo.

Por um segundo, ficamos só nos olhando.

– Nossa Rachel – disse Annabeth, quebrando o silencio – Estou amando olhar pras arvores. Como elas são grandes! E tem folhas! Mas, sem querer ser grossa, essa grama tá me pinicando!

Eu e Rachel rimos. Essa é a Annabeth.

– Calma Annie – disse Rachel, ainda rindo – Nós não viemos aqui pra olhar pras arvores, relaxe. Não somos o Grover, ok? Eu trouxe vocês aqui pra... Porque aqui é um bom lugar silencioso à noite.

– Hum – disse Annabeth – E qual é o objetivo?

– Eu percebi que vocês dois se odeia, porque não se conhecem. Ou por não acreditarem na audácia de terem nascido.

Esperamos. Ela queria uma noite com seus melhores amigos, mas pensa que nós dois nos odiamos. Mas... Eu não odeio ela. Mesmo ela sendo do jeito que é, é quase impossível odiá-la pra mim. E o fato de não nos conhecermos... Não é de total verdade. Afinal, muita coisa sabemos um do outro. E ela me conhece melhor do que eu a conheço. Já que a loira decidiu me estudar completamente só pra saber se eu sou bom ou não. Até hoje eu não entendi sua reposta.

Rachel recomeçou.

– Então, eu trouxe vocês aqui, torcendo pra que seja a primeira opção... Pra... Não me achem ridícula... Mas pra dizerem os defeitos que vocês mais odeiam um no outro.

– Rachel... – Annabeth começou a intervir.

– Annabeth, você não faz ideia de como é difícil pra mim quando vocês dois brigam – disse Rachel – E eu sei que vocês brigam quando não estão perto de mim.

– Como...

– Lembra-se daquele dia em que vocês dois estavam “conversando” sobre a professora de geografia e eu os peguei de surpresa? Pois é, eu não caí. Sei que vocês estavam brigando. E entendi o que vocês faziam.

– Foi um acordo que fizemos. – soltei – Estava dando certo. Você estava feliz.

– Feliz porque vocês estavam fazendo isso por mim – disse Rachel.

– Mas, Rachel, estava dando certo – disse Annabeth. – Não brigamos na sua frente. O que é bom pra você. Nos toleramos.

– É, mas eu nunca quis que você se tolerassem – disse ela – Eu queria que fossem amigos. Não é pedir muito. Afinal, que mal teria? Vocês não tem motivos pra se odiar. Se conheceram quando eu os apresentei. Vocês precisam parar com isso. Alias, ainda mais difícil já que morarmos os três juntos.

Ela suspirou, e continuou:

– Então, vamos lá. Você primeiro, Percy.

Suspirei. O que eu poderia dizer? Eu não odiava nada nela, mas algumas coisas me incomodavam. E era isso o que eu falaria.

– Eu odeio quando ela usa de mais esse cérebro enorme dela – comecei ironizando – Ou quando ela é orgulhosa de mais. Quando ela acredita em tudo, menos na verdade. – imaginei que Rachel acharia isso um pouco estranho, então tentei descrever – Como na vez em que a gelatina sumiu da geladeira e ela jurou com todas as forças que fui eu. E lembra que você disse que tinha sido você? E ela não acreditou, dizendo que você estava me acobertando?

Rachel assentiu, rindo. Annabeth me olhou simpaticamente, e tinha até um pequeno sorriso de lado. Mas eu percebi que ela entendeu o que eu realmente quis dizer.

– E o que mais? – disse Rachel, com um sorriso.

– Acho que sua implicância. – brinquei – E sua capacidade infinita de inventar historias que nos façam brigar. Afinal, Annabeth, você implicou comigo quando eu botei o pé no seu sofá, e depois eu vi você ali cm seu all star em cima dele!

Rachel gargalhou.

– Acho que não odeio exatamente isso – conclui – Só acho incrível de mais.

– Ok, acho que já é o suficiente. Agora você, Annie.

A loira olhou pra mim novamente. O que será que ela ia dizer?

– Bom, eu vou dar uma resumida, caso contrario vamos ficar aqui o resto da noite. E, cabeça de alga, só eu posso por o pé no meu sofá! – eu ri – Que fique avisado! – ela fez uma pausa – Olha, o que eu mais odeio no Percy é esse seu espirito de garoto metido, sabe? Francamente, não tolero isso. E tem esse seu jeito de sempre, no final de tudo, conseguir provar que está certo. Odeio seu jeito e ser burro até alguém aparecer pra te salvar. Seu sorriso sarcástico... Ele me da vontade de te socar. E sua lerdeza... Essa nem merece comentários!

Eu e Rachel rimos.

– Viu como você se odeiam por coisas idiotas? – disse Rachel – Vocês se odeiam por coisas incrivelmente inúteis!

– É – disse Annabeth, sorrindo e focalizando seu olhar em mim – Talvez.

– Muito bem, agora que vocês já disseram, vão me prometer que vão tentar mudar e aceitar o que um odeia no outro – Rachel pegou minha mão e a da Annabeth – Porque vocês são as pessoas que eu mais amo na vida.

Nenhuma pressão, né?

– Eu prometo tentar. – disse Annabeth de repente, o que me surpreendeu.

– Eu também – soltei logo em seguida.

– Muito bem – Rachel levantou-se – Agora vamos nos divertir.

– Mas... – começou Annabeth.

– Achou mesmo que iriamos ficar só nisso? Querida, você pirou?

Annabeth sorriu. Rachel nos fez levantar.

– Vamos, vamos! O Parque de Diversões nos espera!

***

Sabe aquelas noites que vão ficar pra sempre em sua memoria? Aquelas que você sempre quis que re-acontecesse? Aquelas que você esquece seus problemas e simplesmente vive o momento como se você estivesse experimentando a felicidade pela primeira vez?

Pois é, foi mais ou menos assim a minha noite com as meninas.

Fomos ao parque de diversões mais frequentado do momento. Havia tantas coisas e tantas pessoas ali que, se eu fosse parar pra processar tudo o que via, ia ficar muito mais louco.

– Uau! Aonde vamos primeiro? – perguntou Annabeth.

– Ah, escolha aí, Annie! – disse Rachel.

A loira pulava que nem uma criança.

– Carrinho do bate-bate! – ela diz. Olhamos pra ela como se estivesse delirando – Ah, por favor!

Rachel olhou pra mim e fez uma carinha mais pidona que a de Annabeth.

– Tá, vamos.

Annabeth fez um “yes” seguido de uma dancinha esquisita no qual dei uma gargalhada. E eu bem achei que ela iria brigar comigo... Mas ela sorriu e me deu um empurrãozinho no ombro.

Foi quando percebi que ela realmente estava decidida a tenta deixar de me odiar. Ou tinha me dado uma trégua pra esse noite. Ou era só o prazer da diversão falando mais alto.

Ah, quer saber? Não me importo!

Seja lá o que a tenha feito ficar assim, vou aproveitar. Uma noite sem brigas, sem discursões, sem revoltas, apenas três “amigos” indo se divertir.

Nada pode dar errado numa noite dessas, certo? Errado.

Fomos ao carrinho do bate-bate. Annabeth atropelou Rachel e eu um bocado de vezes. Ela não estava brincando quando disse “Tomem cuidado comigo, crianças.”. mas acabou sendo divertido.

Logo em seguida fomos a Big Tower, que é aquele brinquedo em que a gente sobe lá em cima e despenca em queda livre, parando pouco antes de chegar no chão. Eu fui no meio das meninas. Elas gritaram tanto na queda que eu não entendia de onde saia tanta voz. E optamos em ir três vezes ali.

Em seguida fomos na Roda Gigante. Foi difícil convencer o porteiro de que nós queríamos ir em três, na cabine de dois. Sim, somos V1D4 L0K4.

– Wow, que lindo aqui em cima – admirou Rachel, do meu lado esquerdo.

– Verdade. – concordei.

– O que acha Annie?

A loira, que estava do meu lado direito, olhava fixamente para o parque. Ela meio que tomou um susto com a pergunta.

– Hum? – ela disse – Também acho.

Imaginei no que ela estaria pensando.

E não para por ai. Fomos logo em seguida na Montanha Russa. Rachel não quis ir nem amarrada. Então, eu e a loira fomos sozinhos. Fomos na frente, em primeiro, onde da pra ver os trilhos. Na primeira descida, a mais alta, Annabeth segurou a minha mão involuntariamente. E não soltou. Foi gritando e sorrindo abertamente, aproveitando. Se ela não estava com medo, porque me segurou? Antes mesmo de pararmos ela me soltou. E foi sorrindo logo em seguida, pra dar um abraço na Rachel dizendo “Você devia ter ido”.

E não foi só isso não! Fomos na Sombrinha (acho que o nome é isso), outros brinquedos que eu não lembro o nome, e, por mais incrível que possa parecer, até no Carrossel. Duas vezes! O que? Foi divertido ver as meninas fingindo que estavam galopando!

E fomos também nos joguinhos baixos. Ganhei vários brindes que foram todos tomados por Rachel, claro que, com minha liberação. O ultimo que ganhei foi um ursinho azul do tamanho do meu antebraço. Vendo que Rachel já estava cheia de brindes, fui ate a loira que gastava todas as suas moedas tentando, sem sucesso, pegar um brinquedo e cutuquei-a. ela virou-se. Sorri brincalhão e tirei o ursinho que tinha escondido atrás das costas e entreguei-a. Ela sorriu impressionada e murmurou um “Obrigada”.

Então Rachel nos arrastou para aquelas cabines onde a gente tira várias fotos de uma vez. Foi cada careta pior que a outra! Seis fotos saíram. Escolhemos duas pra cada. Eu fiquei com uma em que eu estava no meio das duas com os braços em seus ombros e fazendo língua, Annabeth mostrando dedo e fazendo careta de raiva e Rachel com as mãos no rosto com cara de espanto. A outra era Annabeth afastando o meu rosto com a mão com cara de tédio, enquanto eu ria de olhos fechados e Rachel me dava um beijo na bochecha.

Em seguida fomos a aquele brinquedo em que fazem tipo uma disputa de dança, que eu também esqueci o nome, e que vai indicando aonde você tem que pisar. Rachel e Annabeth deram um show! E deu empate na disputa. Enquanto eu tive que segurar todos os brindes e fotos e ficar só olhando, mas foi legal.

Elas saíram do brinquedo meio suadas e ofegantes. Jogaram os cabelos pra trás e fizeram um nó.

– Acho que eu não aguentaria ter cabelo grande – eu disse, enquanto elas pegavam suas coisas de cima de mim – Porque não cortam como o meu?

– Vê se e tenho cara de Hazel Grace? – comentou Annabeth.

Todos rimos. Rachel parou o riso ofegando. Ela ficou com o rosto meio pálido e deu uma cambaleada. Deixou todas as coisas caírem e eu e Annabeth a seguramos ao mesmo tempo.

– Rachel, Rachel o que foi? – perguntei.

– Na-nada, Percy – ela disse – Eu... Estou bem.

Annabeth dava um olhar cheio de preocupação e um tanto acusatório a Rachel. Rachel, vendo isso, lhe lançou um olhar de advertência.

– Sabe – disse Annabeth com cautela – Eu estou com fome e sede. Vamos procurar uma lanchonete?

– Ótimo ideia – eu disse – Também estou com fome.

Rachel lançou outro olhar de advertência a Annabeth, que devolveu com um olhar irritado. Essas duas estão me escondendo alguma coisa.

– Vamos? – disse eu.

Recolhi as coisas que caíram no chão e fomos.

Sentamos em uma mesinha (Rachel ao meu lado e Annabeth na nossa frente). O garçom se aproximou com aquele uniforme esquisito e perguntou.

– O que desejam?

– Três X-Burguers com fritas e três cocas. – pediu Annabeth.

O garçom anotou e saiu.

– Tem um bom gosto pra comida, Sabidinha – eu disse.

– Ai, cabeça de Alga, vê se eu tenho cara de garota que morre por salada?

Rimos. Rachel bufou.

– Eu não estou com fome, Annabeth – ele disse – Não deveria ter pedido pra mim!

– Não importa! – disse Annabeth – Você tá quase desmaiando! Tem que comer.

Bom argumento, mas a cara da Rachel não era a das melhores.

O garçom voltou alguns minutos depois com a comida. Eu e Annabeth atacamos n mesma hora. Rachel bebericou com muito pouco gosto a coca. Pegou o X-Burguer com menos gosto ainda, e quando estava prestes a morder, reconsiderou.

– Não posso comer isso. – ela disse – É gorduroso de mais.

– Pode sim, Rachel. E vai – disse Annabeth.

– Você sabe que eu não vou. Você está fazendo isso de sacanagem!

– Não estou, Rachel. Você está muito mal. Mal de verdade. Eu não vou deixar você parar de comer.

– Parar de comer? – perguntei. – O que?

– Sua namorada... – começou Annabeth.

– Annabeth, você prometeu que não diria! – Rachel levantou-se.

– Rachel, eu não vou aguentar ver você fazendo isso com você! Isso é uma doença! Que pode levar a morte! – levantei-me também.

– O que? – perguntei. – Do que vocês estão falando?

– Você não disse que já sabia? – Annabeth perguntou. – Sua namorada está a cada dia diminuindo ainda mais sua alimentação. Ela ficou o dia inteiro sem comer hoje. Ontem ela também não comeu e quinta feira também não. O restante eu não lembro, mas ela deve estar mantendo o ritmo. Sempre assim, desde que chegou de Washington.

– O que? – levantei-me. – Rachel, porque...

– Olha, nenhum de vocês dois mandam em mim, ok? – Rachel disse.

– Rachel, não estou mandando em você – disse Annabeth – Estou preocupada com a sua saúde.

– Você prometeu que não ia dizer! – Rachel tinha lagrimas nos olhos. – Você PROMETEU, Annabeth! Você não é mais minha amiga! Você... Você...

Rachel foi ficando pálida. E mais pálida.

Então ela desmaiou. Segurei sua cabeça antes que tocasse o chão.

– Rachel! – eu disse – Rachel, por favor, acorde! Rachel!

Olhei pra Annabeth, que estava totalmente imóvel e sem expressão. Apenas as lagrimas caiam em seu rosto.

– Uma ambulância! – eu gritei – Alguém chame uma ambulância!

Os gerentes da lanchonete ligaram desesperados pra ambulância. Em cinco minutos a ambulância apareceu e nos encaminhamos para o hospital.


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Notas finais do capítulo

Pessoas que amam a Rachel, por favor não me matem, ok? Eu não vou falar muito do que vai acontecer, mas é bom, tá! Alguém ai já imaginou o que a Rachel tem? Acho que já da né?

Eu ainda estou aceitando presentes de aniversario, ok? Reviews, Favoritações e Recomendações *------*

O próximo sai... Sem previsão! Ainda tenho que atualizar mais duas fics e nem escrevi manualmente ainda! E os capítulos delas são de quatro, cinco mil palavras! Mas vou tentar postar até semana que vem, tá? Tudo pra vocês, Divas *-*

Não sei se notaram, mas eu adicionei mais um marido ao meu nome *-* Os dois mais engraçados e sexys... Valdez e Waters ♥ Em homenagem ao filme "A Culpa é Das Estrelas" que vai lançar dia 05! Ansiosos e Ansiosas? Eu estou muito!

Deixem meus presentes, ok?
Até o próximo ♥