Romeo e Julieta escrita por Anna Serra
Cap. I – Confissão
Nós sempre nos conhecemos... Mesmo antes de nascermos.
Nossas mães se conhecem desde o quinto ano do ensino fundamental e sempre se deram bem. Aliás, ambas gostam de animes o que fez da nossa infância e adolescência um pouco complicadas. Só para variar minha mãe Anna tem um estúdio fotográfico e a mãe dela Júlia um ateliê... Então vocês já devem ter uma noção do que eu e Julieta tínhamos que passar. Certo?
Antes de qualquer coisa, prazer meu nome é... Romeo!
xXx
–Julieta o que eu faço?... Descobri que tenho uma peça daqui a cinco minutos e não sei as minhas falas!- Eu estava totalmente desesperado.
–Fica tranquilo Rô... Me da o script que vou resolver isso em um minuto!- Disse enquanto se dirigia a mesinha de maquiagem que tinha no camarim- Toma coloca esse fone e eu vou recitando as falas para você!
Eu curso teatro há 10 anos. July sempre me ajudou a passar minhas falas e de alguma forma ela me deixava calmo. Julieta era uma atriz e tanto, uma vez pedi para ela entrar no curso também, mas ela disse que preferia continuar a escrever seus romances a ficar nos holofotes. O mundo estava perdendo uma super estrela teatral.
–July você só pode ser um anjo!- Dei um beijo em sua testa e sai correndo que nem um louco, pois o segundo sinal já havia tocado.
Só não esperava que naquela noite... Eu fosse viver o meu maior medo... Perder Julieta!
Já estávamos perto do final da peça e tudo havia ocorrido bem... Até agora.
Faltava só mais uma fala para eu sair de sena quando der repente...
–Rô me escuta- Comecei a me preocupar havia algo errado com a voz de Julieta- Eu te amo! – Aquelas palavras me surpreenderam, mas tinha algo que me incomodava- Eu sempre te amei mas nunca tive coragem de lhe contar!- Ela estava chorando?... Não aguentei mais e sai correndo atrás de Julieta- Mas... – Mas? Isso não é um bom sinal. – Mas eu vou ter que ir para Inglaterra e talvez eu nunca mais possa te ver!- Agora eu comecei a entrar em desespero. Ela não pode ir embora não agora... Quando abri a porta do camarim ela não estava mais lá, fui em direção a saída do teatro. Quando estava chegando às portas de davam para a saída foi que escutei as palavras que mais me atormentavam – Então adeus MEU Romeu!- A ligação caiu... Julieta... Passei pelas portas e encontrei o fone dela caído no chão em meio a chuva. Ajoelhei-me e peguei aquele objeto como se fosse o mais precioso de todos e o abracei... Ainda ajoelhado comecei a chorar, pela MINHA Julieta.
Quando escutei uma voz familiar...
–Romeo?- Era minha mãe.
–Mãe... Julieta... Ela... – Mas não conseguia terminar a frase.
–Eu sei meu filho Júlia me contou!-Disse com um sorriso pesaroso no rosto- Agora se levante Romeo- Falou com autoridade e eu obedeci. Logo que fiquei de pé ela jogou algo em minha direção... Uma chave? – Você já tem dezoito anos pode dirigir e viajar sem minha autorização, a passagem está no porta-luvas e tem uma troca de roupa no banco de carona!- Fiquei a encarando totalmente abismado... Tinha que admitir ela era a melhor mãe do mundo!
–Você está esperando o que garoto?... Vai logo atrás de sua Julieta!- E mais uma vez sai correndo... Só que agora com esperança renovada.
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