Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt
Notas iniciais do capítulo
Clove e Cato podiam se encontrar numa boa né? Bem a Kaela não acha isso HAHAHAHA
Essa é a primeira parte, pelo ponto de vista da Clove, vou fazer um POV pro Cato no próximo capítulo pra ele dizer como foi esse mal-entendido pra ele.
Acordei naquela manhã já muito nervosa, claro né, Cato podia saber o que era a mensagem oras, só por isso.
Peguei o vestido verde que tinha deixado em um cabide e fui para o banheiro, ainda eram 8 horas, Céci ainda não havia acordado. Tomei banho e me vesti, deixei os cabelos soltos, eles estavam ondulando por causa do clima, eu acho.
– Céci? – bati a porta do quarto dela, ela estava terminando de calçar uma bota.
– Bom dia Clove. – ela respondeu ainda meio grogue de sono, olhou para mim de cima a baixo – Você já está arrumada?
– Sim. Não quero te atrasar sabe.
– Ok ok, então vamos indo tomar café que já podemos sair, quero passar o dia lá em Demeter! – ela estava começando a ficar empolgada.
Durante o café avisamos meus pais que iríamos sair e passar o dia fora, eles não ligaram, só me mandaram ter cuidado. Pegamos o primeiro trem na direção oposta a Capital, seguindo pro 13, já sentada no interior do vagão me pus a pensar sobre o 13, como será que era?
– Céci.
– Hum ? – ela levantou o olhar do seu tablet e se pós a me olhar.
– Como é o 13?
– Ahh, bem, era uma cidade subterrânea, mas depois da rebelião começamos a reconstruir a cidade acima. Agora lá deve ser bem legal, quase uma extensão da Capital, faz alguns bons meses que eu não vou lá. Por quê?
– Nada, é só que eu via o 13 ainda como um monte de escombros como a Capital sempre passava na TV e de repente você aparece falando que é de lá, eu queria saber como era, só isso. – ela assentiu com a cabeça e voltou a ler artigos no seu tablet.
Conforme passávamos por estações numeradas ela me dizia o novo nome dos distritos.
– 5: Zeus, 6: Ford Valle, 7: Castor City, 8: Selene, 9: Ceres, 10: Centaurus e depois é a nossa parada. – eu estava com uma sobrancelha levantada, ‘que nomes eram aqueles?’
– Esses nomes são meio...
– Idiotas? Sim – ela balançou a cabeça -, mas as pessoas estavam loucas para se livrarem do rótulo de “distrito”, o 1 se chama Lux – ela deu de ombros -, e o 2 Winchester.
– É né, talvez isso seja melhor que números. – começamos a rir e ela me mostrou artigos de algum tempo atrás, quando a rebelião tinha se acalmado e começaram as mudanças.
Quando eu notei o trem tinha parado em uma estação com um grande ‘11’.
– Vamos Clove, chegamos em Demeter! – Céci estava de pé à minha frente dando pulinhos, eu me levantei em modo automático. ‘Cato, eu vou o ver, será que eu devia ter avisado?’
Assim que eu sai as estação eu olhei em volta da cidade, como todas tinha uma grande praça e agora várias lojas em volta, me chamou a atenção um garoto e uma garota descendo a rua, a menina estava nas costas do garoto batendo em sua nunca, eu estava prestes a rir quando eu vi quem era.
Cato tinha uma menina morena em suas costas, eles riam e iam para perto de uma das lojas, por sorte Céci tinha ido até o prédio da prefeitura e me deixado esperando, ou então ela já teria gritado com Cato para ele nós ver. Continuei olhando ele, quando chegaram à frente de uma loja a menina apontou e ele a deixou descer, ela olhou em volta e nossos olhos se cruzaram, ela sorriu como se soubesse de algo e se virou, apenas vi quando ela segurou o rosto de Cato com as mãos e o deu um beijo, um beijo rápido, mas um beijo, ele falou algo e então eles entraram, era uma loja de vestidos eu estava mordendo os lábios com tanta força que achei que ia os cortar, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Cato em uma atitude de impulso, não estava realmente vendo o que fazia.
‘Sua namorada é mto bonita, será que você vai sair da loja e me apresentá-la agora?’
Senti minhas bochechas molhadas, minha visão embaçada e então vi a porta da loja se abrir, Cato estava lá, ele olhou em volta da praça e me viu, ele correu em minha direção e nisso eu me virei e corri na direção oposta, passei por Céci que tentou me parar, mas me desvencilhei e continuei subindo por uma rua que dava em uma área com um pasço enorme e fui correndo se direção certa, eu só queria sumir.
Ouvi Cato gritando meu nome logo atrás e corri o mais rápido que podia, queria me livrar dele o mais rápido que pudesse, ‘porque você está vindo atrás de mim? Porque você não fingiu que nem viu a mensagem e deixou para responder depois? Porque Cato?’, enquanto eu pensava eu corria as cegas, foi quando eu tropecei em algo e cai em uma pequena descida, meu pé doeu, doeu muito, ‘Droga!’ Acho que o torci, segurei os joelhos e continuei chorando, sim eu estava chorando, então meu celular tocou, era Cato ligando, ‘maldita tecnologia de Atenas que funciona até no meio de todo esse mato!’.
– Cloveee! Clove aparece! – ele estava perto, e começando a ficar com raiva, ‘será que você podia deixar de ser cabeça quente Cato?’ – Ahhh cara, por favor apareça, eu quero conversar.
‘Ahhh sim, porque você não vai conversar com a morena Pernalonga?’, aish, já to parecendo que to com ciúmes, coisa que nunca, never, nunquinha eu ia ter do Cato, afinal éramos amigos.
Tentei me mexer um pouco e meu tornozelo doeu demais, soltei um ‘Aiiii’, foi o suficiente para Cato pular na minha frente, arregalei os olhos, esse garoto tem um ouvido muito bom ou estava perto demais.
– Te achei, vamos, levanta e vamos voltar!
– Não posso!
– Ahh, para de gracinha, você correu e pode sim, levanta! – ele me puxou em pé e meu tornozelo queimou, cai para frente, em direção ao seu peito, ergui a cabeça e olhei em seus olhos por alguns segundos antes de falar.
– Com um tornozelo torcido eu acho que não vou dar muitos passos!
– Podia ter falando antes, eu podia ter machucado ele mais! Vem, suba nas minhas costas. – ele se virou.
– Não. – me virei para o lado oposto.
– Ok Clove, o que foi hein?
– Sua na-mo-ra-da, não vai gostar. – falei cada sílaba de ‘namorada’ como se tivesse veneno nas letras e então Cato caiu na gargalhada.
– Kaela? – ele riu ainda mais ao dizer o nome, maldito! – Ela não é minha namorada nem nunca será.
– Aé? Então beijos são dados por qualquer um agora?
– Bem, isso é outra história, agora vem que eu vou te levar pra minha casa – levantei uma sobrancelha, que papo era esse? -, sério, precisamos cuidar do seu tornozelo.
– Eu não quero ir... – antes de eu conseguir terminar a frase eu ele levantou no colo e saiu andando.
– Sabe, esse era o campo que eu falei nas cartas, mas eu imaginava a gente correndo por diversão e não por um jogo de pega-pega infantil. – fechei a cara e deixei ele me levar.
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P.S.: acho que a Kaela é meio inocente né? Ela não sabia que a Clove vinha e talvez ela nem tenha a visto de vdd (o sorrisinho diz q viu KKKKKK)
P.S.2: podem odiar a Kaela já.
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