Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt


Capítulo 29
Não me Abandone Jamais - Céci e Rocco


Notas iniciais do capítulo

GENTENNNNNN, eu estava meio desligada no último capítulo, então eu errei o nome das cidades D:
A linda da Ketlen Aires viu o erro por mim, brigadão flor ♥
Então é o seguinte jujubas, a prima da Céci mora em Eros, a Capital de Pain e o distrito 10 é a cidade vizinha, bjs



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Céci

Antes eu era alegre, mas fria, eu senti felicidade, mas não sabia o significado de amor, eu sabia sorrir, mas não sabia o que significava sorri para quem amamos, eu sabia da existência de outras pessoas, mas eu não sabia de você, eu não sabia da existência da única pessoa que eu acho que vou amar.

Quando eu cheguei a Atlanta, eu só visava cumprir meu trabalho, cuidar de Clove e quando não precisasse mais de mim, retornar ao 13 ou a Capital, mas algo me prendeu aquela cidade à beira mar, não sei se foram os olhos azuis, ou a constante mudança de tom que beira o verde, ou o sorriso que ele me deu quando eu tropecei nele quando estava andando na praia.

Eu estava olhando tudo, nunca tinha estado perto do mar, sentido a areia nos meus pés descalços ou... puft!

– Meu deus! Me desculpe eu... eu... – eu era desastrada demais! Eu esperava que aquele rapaz deitado na areia fosse me dar um sermão sobre prestar mais atenção aonde piso, mas, ele apensar começou a rir e seu sorriso brilhava no sol, ou eu tinha batido a cabeça.

– Rocco. – disse, assim que conteve o riso.

– Hã?

– Meu nome. – ele balançou a cabeça para mim, como se eu tivesse que ter entendido. – Rocco.

– Céci.

– Prazer Céci. – sorri. – Sei que ficar em cima de mim deve ser tentador, mas você poderia sentar do meu lado?

– Desculpe. – eu praticamente me joguei ao lado dele, que micooooo!

– Tudo bem, relaxa. – ele se levantou e sentou também. – Você é nova aqui? Não é uma cantada, eu juro. – olhei para ele e o vi sorri novamente. – Só que cidade pequena, todos se conhecem e esse tipo de coisa.

Sorri. – Sim, eu me mudei há uma semana mais ou menos, sou enfermeira do 13 e estou aqui a trabalho.

– Ow, o 13 é legal, eu vi o que vocês fizeram nos aeros, todas aquelas melhorias e a nova tecnologia empregada nos barcos.

– Acho que não ajudei muito nisso, a área de enfermagem é bem longe do laboratório. – eu ri e Rocco se desculpou meio sem graça. – Tudo bem.

Aquele foi o primeiro encontro na praia, e meu primeiro amigo depois de Clove, eu estava feliz. Eu e Rocco nós encontramos mais vezes na praia, conversávamos, pescávamos e ensinávamos coisas um ao outro, ele me ensinou a dar o nó com que fazem as redes de pesca, mas usou a linha para fazer uma pulseira trancada e amarrar no meu braço.

– Ow, é linda, obrigado. – ele estava olhando para o mar, e eu pensei que ele fosse falar algo filósofo e tal, ai veio o tapa verbal que eu não esperava.

– Céci, quer sair comigo? – ele continuou encarando o mar. – Se não quiser tudo bem e...

– Quero.

Ele se virou sorrindo, de orelha a orelha. – Próxima semana, durante a festa na praça, você é toda minha!

– Okay.

– Ohhh mulher, não diga okay para mim tão facilmente. – ele segurou minha nuca e me deu um beijo, eu já tinha beijado outro caras, e até uma garota, okay, foi ela que me beijou quando só tinha que fazer respiração boca-a-boca, mas aquele beijo estava sendo tão estranho, não, diferente, estava sendo tão diferente dos outros que eu podia jurar que era como se fosse o primeiro, o primeiro com alguém de que meu gosto de verdade, correspondi.

***

– Rocco, foi tão fofo! –ele estava colocando as redes para secar, ou sei lá o que era aquilo. – Ela não conseguiu responder e pediu um tempo, foi muito fofo!

– Hein? – ele se virou me encarando com uma careta bonitinha, pode isso, careta bonitinha? – Do que você tá falando, só ouvi da parte ‘tão fofo’.

– Homens. – deixei meus ombros caírem enquanto suspirava. – Cato pediu a Clove em casamento.

– Corajoso. – disse se virando.

– Vai me dizer que você não pediria à garota que você ama em casamento?

– Quando eu tivesse uns 29, talvez. – senti meu rosto cair um pouco, ele se virou e eu pensei que ele falaria algo pra consertar as coisas, mas... – Você não acha isso? Eles têm o que, 17? Estão muito novos pra isso.

– E nós? – a areia já estava caindo na ampulheta, porque não a apressar e quebrá-la de vez?

– Nós? – ele se virou e dessa vez eu não achei sua careta bonitinha tão fofa, e acho que ele percebeu algo que eu não perceberia nem se olhasse no espelho. – Nós também somos jovens, não? Você tem 19, você devia esperar e...

– Os jogos ensinaram que você nunca deve esperar para ter o que quer, porque pode ser tarde demais...

– Os Jogos não existem mais Céci.

– ... ensinaram que você deve se agarrar as coisas enquanto ainda há tempo, mesmo que você fosse do 13 e não fosse lutar nos jogos você seria um soldado, você teria que ir para um guerra se ela acontecesse, você teria que esquecer quem ama e pensar só em proteger. – ele me encarava absorvendo cada palavra confusa minha. - Eu cresci rápido Rocco, eu posso ter 19, mas já me sinto como se pudesse cair e quebrar, eu quero aproveitar as coisas menos que julguem ‘ser nova demais’, mesmo que digam que eu não posso. – sorri.

– Sabe Rocco, minha amiga do 13, disse que eu não podia me apaixonar em apenas alguns meses e querer essa pessoa para sempre, ela disse que isso é só passageiro, que você é passageiro no meu coração Rocco. – eu suspirei e sorri, já sentindo as lágrimas virem. – Acho que o trem do seu coração parou pra me deixar, ou talvez eu nunca tivesse embarcado. – eu me virei e fui embora, ele nãoveio atrás de mim, ele não me chamou, ele não fez nada, apenas ficou lá, e eu me senti quebrar.

And it's over

And I'm goin' under

But I'm not givin' up

I'm just givin' in

Entrei em casa como se estivesse pegando fogo no quintal e fui direto para o telefone ligar para Annette, se Rocco acha que eu sou nova demais para pensar em casamento, eu vou pensar em casamento do outro lado do mar!

Depois de convencer Annette a me deixar ir para Pain e conversar mais um pouco, mesmo depois das várias conversas que tivemos, eu fui como um trem bala até o quarto de Clove, que estava sentada na escrivaninha olhando fixamente uma folha, ela quer um tempo pra pensar? Então eu vou dar-lhe um tempo pra pensar no lugar que vai fazê-la querer voltar correndo e dizer ‘sim’!

– Quer ir para Pain comigo? – perguntei de forma curta e grossa, Clove quase pulou da cadeira, suspirei. – Desculpe. Por favor, venha comigo Clove! – choraminguei.

– Ok, eu vou. – deus! Eu amo essa menina!

***

Fomos comprar roupas de frio para a Pain viagem e eu estava achando que esqueci de falar algo para Clove, mas não lembro. Enquanto olhávamos a vitrine minha cruz apareceu.

– Céci eu preciso falar com você. – ele me chamou, e eu fiz um esforço sobre humano para não virar e o desculpar, sofra Rocco, sofra! Sinta minha vingança.

– Clove, aqui, acho que vamos precisa de agasalhos em Pain. – coloquei uma ênfase forçado em ‘em Pain’, mas eu queria que ele entendesse que não o queria ali... ou queria. - NÃO, VOCÊ NÃO QUER!!! – gritei mentalmente.

– Ah, ok Céci, tchau Rocco. – Clove se despediu quase dizendo ‘desculpas’ por mim, ia matá-la se o fizesse. - Ei, o que houve?

– Nada, só que ele é um idiota e eu não quero mais nada com ele, ’precisamos de mais tempo Céci, espere um pouco’ pode isso? Até Cato toma a iniciativa e ele não. – Clove me olhou com a cara mais culpada? Isso ali era cara de culpa, ela não tem culpa! Só o Rocco tem!

In the arms of the ocean, so sweet and so cold

And all this devotion, well, I never knew it all

And the crushes of heaven, for a sinner released

But the arms of the ocean delivered me

Voamos por horas até chegar a

Pain, durante as horas de viagem eu sentei perto da janela e segurei a pulseira, eu queria arranca-la do meu pulso, mas nãotive forças para fazer isso e não chorar. Segurei-a por horas a fio e fiquei lá, fungando baixinho e tentando esquecer o verdadeiro motivo de estar ali, o nome, o rosto, a voz, eu não tenho motivo, eu não tenho motivo, me entreguei às lágrimas, mas todas vez que Emmett ou outro passageiro falava “La ciudad de L'amour” as lágrimas voltavam a cair.

***

Annette estava nos esperando na saída do aeroporto, fizemos o ckeck-in e ela me abraçou, deve ter percebido minha cara lixo, e me perguntou se estava bem, murmurei um sim e ela desviou o assunto para nossas conversas pelo telefone. Vi quando ela olhou para um menino? A pessoa estava correndo para perto, então eu reconheci ela da foto e dei um grito, era Chloe, tínhamos conversado por email, ela tinha 16 e ainda não tinha aprendido como bonés a deixavam ser confundida com um garoto.

– Chloe! – ela arrancou o boné e deu um ‘Olá’ cheio de sotaque. Percebi que sua atenção recaiu sobre Emmett, que pela cara se sentiu extremamente intimidado pela pequena ali.

***

Fomos nos hospedar em uma adorável viela francesa, uma casa bem romântica, mas toda a cidade até ali era romântica, acho que vim para o lugar errado. A casa de Annette ficava bem encima do café que ela tinha aberto quando o sistema caiu, e ela me perguntou se eu podia ajudá-la enquanto estivesse ali, prima Anne queria, você leu meus pensamentos, eu preciso me manter ocupada para não me manter chorando compulsivamente.

Rocco

Tarde demais eu percebi que ela tinha ido embora.

Eu tinha ficado, mas eu queria ir atrás dela; mas eu não tinha o que dizer, eu tinha que pensar, e quando eu cheguei a uma conclusão, ela apenas me ignorou, eu merecia isso, mas não era o que eu queria.

***

– Clove, aqui, acho que vamos precisa de agasalhos em Pain. – o jeito que ela disse ‘Pain’, era como se ela quisse abandonar as lembranças aqui e ir como se nada tivesse acontecido, eu fiquei com raiva daquilo, ela estava sendo infantil, mimada e infantil. Deixei-a junto com Clove e resolvi ir embora, talvez depois ela me escute, mas o depois já era tarde.

No dia seguinte eu tive que trabalhar junto com meu pai, então quando eu realmente pude ir já tinha passado um dia e meio desde que a vi e a mãe de Clove me disse, elas tinham pegado o aero para Eros ontem.

***

Já havia passado uma semana que Céci estava fora do meu alcance, eu estava mal, mal mesmo e num impulso fui até a casa de Annie Odair, talvez Emmett pudesse me ajudar a achar Clove, e assim Céci.

– Emmett? Ele viajou junto com Clove e Céci. – Annie me informou sorridente.

– Você sabe onde exatamente ele está em Eros? – minha última esperança.

– Bem... – Bem... Vamos Annie saiba! – Não sei, ele foi junto com elas. – ela deu de ombros.

Maravilha, maravilha!

– Talvez eu possa ajudar. – de dentro da casa veio uma voz, então um menino loiro e alto apareceu na porta. – Você quer encontrar Emmett ou Céci?

– Cato? – eu o reconhecia de dois anos atrás, ele não tinha mudado muito desde a estada na arena, assentiu. – Saiba que você é indiretamente o causador dos meus problemas, você deve achar Céci para mim. – ele riu e se despediu de Annie, caminhamos até a praça.

– Bem que Clove mandou algo sobre eu ter causado um problema para a amiga dela e ela estar muito brava comigo, afinal o que foi?

– Você pediu Clove em casamento, certo? – ele assentiu. – Então, Céci queria o mesmo e eu fui idiota de dizer nada na hora.

– Mas você quer agora? – eu pensava que o cara era só punhos, mas ele tinha compreensão também.

– Quando ela foi embora e não atendeu uma única ligação minha e agora viajou para o outro lado do oceano? Cara, eu até me desamarro em um barco rodeado de sereias por ela. – ele fez cara de quem estava tentando entender aquilo. – Esquece.

– Tenho uma boa noticia para você, daqui a uma semana minha enfermeira vai me dar o endereço de onde Clove esta e eu vou pra lá, preciso de alguém pra “tomar conta de mim”, senão Kriss não me libera, quer vir?

– Você ainda pergunta?


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Notas finais do capítulo

aê gente linda :3
eu tô postando com atrasos imensos, 'eu sei' ~le Katniss pose~, mas eu tô postando! É pq eu ando trab... mentira, é pq eu sou preguiçosa e fico dormindo msm, e quando eu venho escrever minha irmã tá grudada no pc ;-;

ai quando eu tenho tempo a criatividade me deixa, maldita!

mas não me matem, me amem pq eu mereço amor :*