Acordei de um sonho maravilhoso, e só então, ao me virar para o lado e ver meu sono maravilhoso deitado ali, ao meu lado, eu vi que não foi um sonho. Eu tinha ido até o fim ontem à noite, e agora eu encarava um Cato dormindo despreocupadamente no meu lado, ele dormia tão serenamente. Eu fiquei o olhando dormir, tão lindo...

– Bom dia. – ainda de olhos fechados ele se aproximou de mim e abriu os olhos lentamente, aquele azul invadiu meu campo de visão, derreti.

– Bom dia. – eu estava sorrido feito idiota, escreva isso, eu estava mesmo! Ele me puxou para perto de si, me abraçando, e a sensação de nossos corpos ficando mais próximos embaixo do lençol fez a noção do real ir a mil. Ele selou meus lábios com um beijo.

– Acho que está na hora de voltarmos né? – ele se levantou, e eu tive uma visão digna de primeira fila do seu bumbum, meu deus eu vou morrer aqui. Enquanto ele se vestia eu estava com o queixo apoiado na mão e acho que babando também, ele se virou. – Gostando da visão? – eu podia ter abaixado os olhos, mas acho que minha timidez foi rompida ontem, junto com algo mais.

– Bem, essa visão deixa pouco a imaginar. – bem pouco, já que ele já estava de bermuda novamente. Clove se controle um pouco.

– Aé? Bem, a visão que eu estou tendo me deixa imaginar muitas coisas. – então eu percebi que eu estava apenas coberta com o lençol, coloquei as mão instintivamente sobre os seios e fiz a melhor cara de ofendida que eu podia, por pura ousadia.

Ele vestiu a blusa e eu, no cúmulo da minha ousadia recém-atribuída, me levantei e peguei minhas roupas, não a mesma de ontem, mas sim o vestido que estava na mochila de Cato e aproveitei para caçar algo mais lá dentro, peguei uma blusa social enorme e a vesti por sobre o vestido. Ele me abraçou por atrás.

– Já está vestindo minhas roupas? Hmmm acho que se eu casar com você, vou ter que comprar roupas extras. – dei um tapa no braço dele, antes de beijá-lo.

***

Acordei com a sensação de alguém me encarando, então lembrei de Clove, dei ‘bom dia’ antes mesmo de abrir os olhos, e então a abracei e beijei-la.

Eu acho que nós fizemos as pazes, bem, ela me jogou no lago, mas acho que estamos bem?

Nós já tínhamos nos vestido e estávamos andando para a cidade, já devia ser quase hora do almoço e Annie devia estar se descabelando querendo saber de Clove. A floresta estava cheirando a terra molhada, bem, se ontem choveu, eu estava muito ocupado para notar.

Clove parou de repente na minha frente e eu senti um tapa romper na minha cara, mas o quê foi isso?

– Ouch! – eu exclamei enquanto colocava a mão na minha bochecha, oh mãozinha pesada essa da Clove. – Mas o quê foi isso?

– Isso foi pelo beijo daquela vaca!

– Achei que me empurrar no lago tinha sido o suficiente...

– O suficiente vai ser quando eu castrar aquela Kadela! – essa é a mesma garota que há 1 minuto estava bem?

– Clove, de 1 a 10, o quanto você está com raiva? – ela me olhou de um modo que eu achei que eu não devia fazer essas perguntas se gostasse de respirar.

– Cato – ela sorriu. Socorro, eu vou morrer, chegou minhas hora, credeuspai. -, de 1 a 10... EU TÔ EM 1 MILHÃO! EU VOU MATAR AQUELA VADIA!

Kaela, eu estou com 5% de dó de você, porque, pelo jeito, você vai morrer antes de terminar de falar ‘oi’.

Quando chegamos à casa de Katniss, todos estavam no quintal, almoçando.

– Olá. – todos se viraram para mim.

– Não disse Annie, ninguém morreu. – Katniss falou para Annie, que suspirou aliviada colocando uma mão sobre o coração.

– Bem, mas alguém vai morrer, ohh se vai! – ok, Clove não esqueceu Kaela. – Podem fazer uma lápide escrita: “Kadela, nunca esqueceremos os quão vadia ela foi e morreu sendo.”

– Cloveeee, temos crianças aqui ok? – Katniss disse, olhando para Krystal, que desatou a rir.

Emmett que estava sentado num canto se juntou a conversa: - Se precisar de ajuda pra esconder o corpo, pode me chamar pequena. – ele deu um beijo na cabeça de Clove e ela sorriu.

– Você quer ser enterrado no mesmo dia que Kaela ou num dia diferente? Porque se você encostar na minha namoradas de novo eu te mato. – ele ergueu as mãos se rendendo e saiu de perto de Clove, bom.

– Matar o amigo da namorada? Katniss, eu devia ter tentado isso né? – Peeta vinha da cozinha com uma bandeja de pão, acho que era alguma piada interna?

– Issu papai, mata o chato do Gayou. – Katniss fechou a cara, Annie riu um pouco, eu, Emmett e Clove ficamos calados tentando entender.

– Foi brincadeira amor. – Peeta chegou perto de Katniss e a beijou.

– E eu devia esconder o fermento, assim você não faria pão tão cedo.

Uiiiiii, briga de casal. Por uns 20 minutos, Peeta e Katniss trocaram farpas, Krystal se sentou bem no meio entre eu e Clove, elas estavam em um duelo silencioso, mas por quê?

– Cato, vochê que casar comigo? – acho que eu descobri o porquê.

– Casar com você princesa? – ela sorriu e assentiu, Clove me fuzilou do outro lado. – Bem que eu queria, mas eu já estou noivo.

Annie se engasgou, Katniss parou com o garfo meio na boca meio fora, Peeta ficou com cara de pensativo e Emmett... Ah, que se dane o Emmett!

– Quem é a doida? Ela perdeu a noção do perigo? Ela... – Clove disparou, até que ela parou e refletiu um pouco. – Espera! Você tava falando sério ontem? – assenti.

Os olhos de Clove se encheram de lágrimas, e ela saiu da mesa e foi andando para a entrada, eu a segui.

– Idiota!

– Indiota! – Krystal se uniu a Clove no xingamento e ambas entraram chorando, oi?

– Mulheres. – Peeta estava próximo a mim, eu queria dizer para ele exatamente o que aconteceu ontem pra ver se eu tinha errado em falar aquilo ou algo assim, mas... – Krystal está apaixonada por você, e Clove também, Krys vai chorar até ficar com fome e vir comer biscoito, agora Clove? Clove é toda sua pra você apanhar um pouco, digo por experiência própria.

Ok, eu não entendo mais nada.