Instituto Gore - Reload escrita por JWHFhiiii


Capítulo 2
Mia


Notas iniciais do capítulo

Essa garota fofa que gosta de ursos...



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Enquanto isso, em uma mansão arquitetonicamente helenista de Corumbá...

A cidade Branca do país, Corumbá, desflorou como a flora de sua região lindamente nos últimos anos.

Havia recebido todo o tipo de investimento e grandes riquezas se concentraram ali.

Virou não só um dos novos pólos industriais, mas também tecnológicos.

Porém o mais importante desses avanços – o que leva essa história para esse local – foi a criação do maior Instituto Educacional do país.

O Instituto Gore – com seu novo sistema educacional e sua estrutura extremamente equipada – atraía estudantes de todo o país para a cidade. Os filhos dos mais importantes e mais bem sucedidos casais brasileiros estudavam ali. Por que não dizer dos casais do mundo?

Na universidade Gore existia muitos alunos estrangeiros, mas a maior frequência no Instituto era nacional, pois dava preferência a alunos locais, já que o intuito de sua criação era exatamente manter as grandes mentes do país, nele próprio.

Sendo assim era um instituto com muita ajuda governamental e obviamente dos responsáveis de seus aristocráticos frequentadores.

Inclusive por esse motivo – pelo Instituto Gore – Corumbá naquela noite estava recebendo novos moradores.

A família Hu desceu do carro em frente a uma incrível mansão, cercada de vegetação. Hu Mi Yah subia as escadarias até o nártex da mansão – aquele espaço anterior à entrada que é aberto por colunas – olhando admirada pelo tamanho do local.

Seus olhos brilhavam vendo a enorme casa branca onde iria morar. Nunca havia visto um lugar assim de perto e estava realmente admirada.

Carregava sua mala em uma mão, uma mochila e um urso de pelúcia na outra.

Teddy. Havia sido dado pela sua falecida mãe e apesar da garota não ter mais idade para gostar de pelúcia, tinha que admitir – não com muito orgulho – que aquele ainda lhe era muito importante.

Seu rosto delicado, quase angelical, era emoldurado pelos cabelos lisos e escuros que voavam com o vento da sua nova cidade.

Seu pai, Hu Choi Kyo, caminhava logo atrás carregando duas malas somente.

Ao chegarem à porta já havia uma espécie de mordomo que a abriu para eles.

– Fique à vontade, Senhor Hu. E senhorita, seja muito bem-vinda!

– Olá! – Cumprimentou a menina com um sorriso e uma pequena reverência.

A menina sorria com seu sorriso enorme e iluminador, colorindo toda a noite. Por mais que estava tarde ela parecia empolgada, analisando todos os cantos da imensa sala.

– Eu sou o mordomo Leandro. Estou aqui para o que precisar.

Ela acenava com a cabeça para o mordomo enquanto ele falava.

– Leandro, obrigado pela recepção. Mas você não precisava ficar acordado até agora nos esperando, homem! Vá dormir. A gente se vira a partir daqui. – Choi Kyo disse com um pequeno sorriso no seu rosto severo.

– Imagina senhor. É meu prazer servi-los! Senhorita Mia! É ainda mais bonita pessoalmente. Estava ansioso para conhecê-la, já ouvi muito a seu respeito.

– Ah... Também é um prazer te conhecer! – A menina acenou, mantendo seu largo sorriso, tentando disfarçar sua timidez.

Antes de viajarem para o Brasil, seu pai a avisou que ela precisaria de um nome ocidental para conviver melhor na escola, então escolheram uma variação parecida com seu nome original. Ela já estava até gostando de como Mia soava ao lhe chamarem assim.

Leandro queria mostrar toda a casa para ela, mas Choi não deixou, disse que eles deveriam ir dormir e deixar isso para amanhã. O mordomo seguiu o conselho de Choi e foi dormir.

Choi levou a mala dela por uma porta na parte de trás daquela grande sala e Mia o seguiu. Andaram um pouco até uma espécie de câmara que se dividia em alguns corredores.

Porém naquela câmara agigantada com quadros nas paredes e um grande lustre com luzes amarelas no centro, havia também um reluzente piano de calda preto com detalhes dourados, que a deixou boquiaberta.

Aproximou-se dele, enquanto seu pai continuava andando.

– Isso deve ser um sonho. – Sussurrou para si mesma.

Passou a mão sobre o piano precisando senti-lo para acreditar que era real, viu ao lado em letras douradas o escrito “Steinway”.

Era apaixonada por pianos. Se não fosse por seu pai não parecer nem um pouco interessado em deixa-la tocar agora, ela poderia passar o resto da noite ali, com ele.

Finalmente correu pelo corredor atrás de seu pai.

– Deixe eu te ajudar agora com essa mala. – Sugeriu Mia à Choi, pegando a mala e um ursinho de pelúcia da mão dele, enquanto ele abria uma porta no fim do corredor.

– Esse aqui vai ser o seu quarto.

Ela olhou pela porta.

– Então...? – Choi perguntou, parecendo mais impaciente do que o normal.

– Uau. É incrível.

– Certo. Só não perca muito tempo admirando e vá dormir rápido. Você tem aula amanhã.

Mia acenou ainda sem tirar os olhos do quarto.

Choi saiu fechando a porta depois de lhe desejar uma boa noite.

– Acho que nossa sorte, a partir de hoje, vai mudar Teddy... – A garota disse ao Teddy, confiante com seu sorriso no rosto ao adentrar mais no quarto e colocar sua mala no chão.

Mia queria fazer tantas coisas, queria olhar cada centímetro do quarto e da casa.

Não achava que conseguiria dormir tão cedo... Abriu o guarda-roupa e encontrou o uniforme da escola pendurado. Tirou os cabides e colocou sobre a cama para poder observar as roupas.

Eram praticamente todas de calor.

Duas regatas brancas com duas linhas verticais, uma roxa e uma preta.

Duas camisas brancas com botões na frente e sem manga.

Um colete, gravatas. Havia também uma saia de colegial, um shorts e uma calça de malha comprida.

Em outro cabide no armário até tinha um blazer preto com o logo do instituto bordado, porém não parecia um tipo de roupa que usavam por ali.

Por aquele pequeno tempo que estava na cidade e pelo que seu pai disse, fazia muito calor naquele lugar.

Ela deixou uma camisa, a calça e a saia para decidir qual usar depois, e a gravata para fora. Dobrou o restante, colocando de volta no armário.

Remexeu nas gavetas, desfez sua mala e tentou arrumar suas poucas coisas no quarto até achar que estava com sono suficiente e conseguir finalmente dormir, quando se jogou na cama nova cama. Gigante e macia, ao lado de Teddy.


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