Enterrement escrita por Mione Granger Rey


Capítulo 1
Enterrement ~Único


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey, baby!
Entonces, eu não sei o que eu tinha na cabeça quando escrevi esta one-shot, mas aqui está AHSUSAHUAS'
Eu acho que eu estava depressiva quando fiz, entonces... nem deem bola u.u
Anyway, escutem a música Wind do Brian Crain enquanto leem.

~Enjoy It~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439994/chapter/1

~ Brian Crain - Wind ~

Arrumo a gravata, e me observo no espelho. Olheiras fundas se adornam de baixo de meus olhos, e estou pálido. O velho tom bronzeado não se encontra mais em minha pele. Suspiro, sentindo as lágrimas preencherem meus olhos, e me repreendo mentalmente.

Droga Sirius Black, homens não choram!

E é com esse pensamento, que saio de casa, pego minha moto e me direciono a igreja.

Ao chegar lá, encontro Remus encostado em uma árvore, no jardim da igreja. Suspirando, desligo a moto e vou até ele. Ele se vira, ao escutar meus passos abafados pela grama, e me encara, com os olhos vermelhos, e fundas olheiras.

Ficamos nos olhando por um tempo, até que Remus me abraça forte, e começa a chorar. Engulo em seco, as lágrimas voltando a preencher meus olhos. Fecho os olhos com força para espanta-las, mas uma escapa, e trato de limpa-la rapidamente.

- Eles se foram, Almofadinhas, se foram. - balbucia Remus.

- Eu sei. - foi a única coisa que consegui dizer, antes de outra lágrima escorrer por meu rosto, e eu limpa-la rapidamente. - Vamos entrar na igreja.

Ele assente, e entramos na igreja, aquela sensação de vazio preenchendo meu corpo. A maioria das pessoas que estavam ali foram nossos colegas em Hogwarts.

Ao passarmos por eles, que nos cumprimentaram tristemente, dizendo que iriam sentir saudades deles, seguimos até um canto afastado da igreja, onde Lene e Dorcas estavam sentadas. Elas estavam chorando, muito.

Chegamos perto o bastante para as duas virarem os rostos e nos olharem. Lene se levantou e pulou em meus braços, soluçando alto. Dorcas fez o mesmo com Remus.

- Estamos aqui para... - o padre começa a falar, mas não prestei atenção, se já é difícil o bastante conviver com a morte deles, não precisaria de mais alguém falando.

Depois de alguns minutos, em que o padre falou na trajetória da Lily e do Prongs até aqui, chegou a hora das pessoas falarem algo sobre eles.

Lene foi a primeira. No meio do palco da igreja, de pé em frente á todos, e com os olhos cheios de lágrimas, Lene começou a falar:

- Lilian e James foram as melhores pessoas que eu conheci. Lily era extraordinariamente inteligente, e James extremamente maroto. - alguns risinhos foram ouvidos pelo salão. - Eles foram e são os melhores amigos que alguém um dia poderia cogitar a ideia de ter, e eu simplesmente não consigo viver sem eles. - nesse momento ela começou a chorar, e o padre tirou-a do palco.

Ela veio chorando na nossa direção e se sentou ao lado de Dorcas. Remus foi o próximo.

- Lilian e James foram, como a Lene disse, as melhores pessoas que alguém um dia poderia querer conhecer. Lilian era a mulher mais encantadora que eu conheci. Ela conseguia enxergar a beleza nos outros, mesmo e principalmente quando elas não conseguiam enxergar isso em si mesmas. Era extraordinariamente bondosa, ela me ajudou em um momento em que mais ninguém queria ajudar. James por outro lado era extremamente confiante, e conseguia te transmitir isso de um jeito incrível. Era o melhor amigo ideal, ele conseguia te encantar com a coragem e com a bondade, sempre disposto a ajudar as pessoas. Eu sinto e vou sentir muita falta deles.

Terminando o discurso, Aluado vêm até nós, e se senta do lado de Dorcas. Agora era a minha vez. Engolindo em seco, me levanto e vou em direção ao palco. Todos depositaram sua atenção em mim, e pela primeira vez na vida, queria que não tivessem. Suspirei, e peguei o microfone.

- Em primeiro lugar, quero agradecer a todos vocês, que estão aqui compartilhando esse momento horrível conosco. Bem... eu nunca havia pensado que um dia estaria aqui. Eu e James dizíamos um para o outro que eramos invencíveis, que acabaríamos com Você-Sabe-Quem em um piscar de olhos. Mas, não foi isso que aconteceu... James foi o cara mais incrível que eu já conheci na minha vida inteira. Foi e é meu melhor amigo, e sempre será. Ele me ajudou em momentos horríveis, abriu as portas da sua casa para mim, quando ninguém mais iria abrir, nem mesmo minha mãe. Ele me acolheu, dizendo que tudo iria ficar bem, e de fato ficou. Ficou perfeito. A família Potter é a melhor família que você um dia conheceu ou poderia conhecer na vida. Extremamente bondosos e seguros de si. E eu sinto orgulho de dizer que um dia eles foram a minha família, que ainda são... Bem... a Lily era extraordinária. A melhor amiga que um cara iria querer. Perfeitamente bondosa, e digamos que um pouco irritada. - rio baixinho. - Ela era extremamente inteligente, confiante, e conseguia te transmitir isso em um piscar de olhos. Seria mentira dizer que eu passei do sétimo ano sozinho, por que quem me ajudou a estudar fora a Lily. Ela sempre estava lá para te dizer o que e como tinha que fazer, e distinguir o certo do errado. Eu lembro do dia em que ela ganhou o Harry. - sorrio bobamente. - Estava radiante. Chorando de felicidade, com o sorriso maior que a cara. Dizia que o Harry seria um menino lindo e inteligente, que seria a cara do pai, mas com os seus olhos. E isso de fato foi o que aconteceu. - rio, sentindo as lágrimas preencherem meus olhos. - Eu... seria mentira dizer que eu vou sentir falta deles, porque a verdade é que eu vou sentir muita falta deles. São os melhores amigos que alguém poderia ter, e eu sinto orgulho de dizer que fui um dos melhores amigos deles, sinto orgulho de dizer que os Potter's foram e são até hoje, a minha família, e sinto orgulho em dizer que sempre serão. - termino o discurso com lágrimas rolando por meu rosto, e me direciono até onde meus amigos estão.

Nos abraçamos forte, enquanto as outras pessoas faziam seus discursos. Dorcas estava triste demais e não conseguiu falar nada. No fim do evento, eu, Remus, e outros caras lá pegamos o caixão do Pontas e o da Lily, e colocamos no carro, que levaria até o local do enterro.

Peguei minha moto, Lene se sentou atrás de mim, e envolveu seus braços por volta de minha cintura, encostando a cabeça em meu ombro. Dorcas foi com Remus.

Ao chegarmos no local do enterro, vimos os dois caixões sobre o gramado, e dois buracos grandes cavados na terra. Descemos da moto, e Lene segurou minha mão, e fomos juntos até onde o padre estava. Logo Dorcas e Remus chegaram e foram até nós, os dois de mãos dadas.

Quando todos já haviam chegado, o padre começou a fazer um discurso, que na minha humilde opinião, é desnecessário, afinal, ele já havia feito outro discurso antes desse.

- Eu vou sentir muita falta deles. - diz, Lene, abraçada em mim, a voz fanha.

- Eu também vou, Lene, eu também vou. - murmuro, as lágrimas descendo por meu rosto.

Eu só voltei a prestar a atenção no que estavam falando quando começaram a abaixar os caixões. Aí o desespero foi total. Lene se atirou no chão chorando e soluçando alto, e eu fiz o mesmo, abraçado a ela. Aquela seria a última vez que eu veria os meus amigos, e não estava pronto para deixa-los. Dorcas e Remus estavam de pé ao nosso lado, chorando silenciosamente.

Em um ato de desespero e raiva, me levanto gritando ''não não não'', e saio correndo em direção a minha moto, Lene correndo atrás de mim.

- SIRIUS! - grita.

Dou um chute na árvore mais próxima, e seguro meus cabelos, sem nem de fato sentir dor alguma. As lágrimas banhavam meu rosto.

- Six! - exclama Lene chorando, e me abraça.

Enterro meu rosto em seus cabelos e começo a soluçar alto. Mesmo não querendo admitir, aquele era o fim dos Marotos, fim da vida fácil e divertida. O fim de tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Anyway, gostaram? Espero que sim!
Eu adoraria receber reviews!
Kisses ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enterrement" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.