Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 5
Capítulo 4 – You Will Be Mine


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas!!! ^^

Este capítulo ficou bem grande, espero que gostem..


As frasem entre três estrelinhas (***) são as falas de certa pessoa na mente da Violet, no final do capítulo vão entender de quem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439834/chapter/5

Capítulo 4 – You Will Be Mine

“Você será minha”

– Violet -

Desde o início das férias eu passava a maior parte do tempo com os livros da biblioteca ou com meus padrinhos. Moody tirou-me de casa diversas vezes com a desculpa de precisar de alguém para segurar as coisas que comprava, mas eu sabia que ele fazia isso porque não gostava de me ver trancada em casa e dependendo deles para manter alguma conversa.

Com Voldemort de volta, Minerva passou a me ensinar diversas coisas sobre Transfiguração e até mesmo feitiços de combate, fora as tarefas da casa nas quais eu a ajudava. Logo, passava a maior parte do meu tempo com ela, o que acabou me afastando ligeiramente de meu pai.

Snape ficava a manhã toda na biblioteca pesquisando algo, durante a tarde trancava-se no laboratório e só subia para o jantar. Durante as refeições ele só falava quando era questionado e logo subia para o quarto.

– O que faz aqui? Pensei que passaria a tarde com a Minerva novamente... – disse Snape assim que entrei em seu laboratório.

– Se não quiser que eu fique, posso ir... – falei já sabendo a resposta.

– Só fiz uma pergunta... – disse fazendo-me sorrir.

– O que está fazendo? – perguntei aproximando-me da bancada onde preparava poções.

– Poções.

– Isso eu já sei

– Então por que pergunta?

– Por que sou curiosa. – respondi encarando-o – Reformulando minha pergunta, que tipo de poção está preparando?

– Acônito.

– É a poção que controla os Lobisomens não é? – perguntei

– Sim.

– Só por curiosidade... – comecei – É para o Lupin, não é?

– Me diga quando você não é curiosa...? – rebateu – E sim, é para o Lupin.

– Desde quando você o ajuda?

– Desde que ele quase matou meus alunos... – respondeu encarando-me – ... e você.

Eu sabia que era mentira, em partes, pois ele oajudava desde o começo das aulas. Por mais severo que fosse, eu sabia que tinha um bom coração...

– Eu soube que é muito complexa e que poucos bruxos conseguem fazê-la... - insinuei

– E está certa.

– E você é um dos poucos que consegue prepará-la. – afirmei.

– Sou. – falou parando o que fazia para encarar-me. – Sua curiosidade baseia-se em observar ou quer tentar também?

– Depende... Eu posso?

– Depende... Você sabe?

– Não, mas posso aprender... – sorri maliciosamente – Se alguém me ensinar...

– Não faço ideia de quem seria o louco que faria algo assim... – riu afastando-se e indicando a bancada.

– Talvez certo morcego... – ironizei aproximando-me da bancada

– Você passa tempo demais com o Moody... – comentou seriamente.

– Não é só ele que te chama assim... – falei impulsivamente

– Eu sei que meus alunos me chamam assim, e você descobriu isso no primeiro dia de aula com os Weasley não é?

– Como sabe?

– Você e a Chambers estavam passando o relatório completo da detenção para os Weasley na mesa da Grifinória. Quando você me encarou e riu eu soube que era por causa desse maldito “apelido carinhoso”...

– Nossa, você lembra do primeiro dia de aula há dois anos atrás? – perguntei surpresa

– Tenho boa memória. – respondeu encarando meus olhos – Agora... Você precisa cozinhar o Acônito em infusão de baba de lobo diversas vezes em movimentos perpendiculares aos movimentos da lua... Se errar no preparo, o lobisomem não ficará muito contente...

– Nenhum lobisomem é contente... Nem mesmo o Lupin... – ri

– Mantenha o Acônito longe da pele, é uma planta muito venenosa e, se manuseada erroneamente, pode até causar a morte... – falou antes que eu pegasse a planta

– Se só de encostar pode causar morte, beber não é pior? – perguntei colocando luvas

– No caso dos Lobisomens, não. Eles têm o organismo mais forte e por isso a poção do Acônito os ajuda a se controlar, o veneno da planta acalma os “genes” da licantropia e clareia a mente do portador... – explicou.

Snape permaneceu ao meu lado até a finalização da poção, a qual obviamente não consegui.

– Se o Lupin beber isso, certamente não enxergará um palmo na frente dos olhos... – falou ao analisar o líquido

– Não ficou tão ruim assim...

– Claro que não... A Poção do Acônito é amarelada, esta é verde. – respondeu encarando-me

– É da mesma família de cores... – falei levantando os ombros.

– Diga isso ao Lupin, ele ficará feliz em saber... – debochou. – Comece de novo.

Repentinamente o caldeirão esvaziou-se, assim como tudo que estava na bancada ficou limpo imediatamente.

Uau... Como fez isso? – perguntei surpresa

– Feitiço não-verbal. Algumas pessoas não precisam de varinha o tempo todo, basta se concentrar e fazer o feitiço com a mente.

– Você precisa me ensinar isso... – falei com um sorriso no rosto

– E você precisa definir suas prioridades... – debochou – Primeiro a poção, depois eu posso até pensar em te ensinar isso...

– Sim senhor! – ri

Durante o resto da tarde ficamos trancados no laboratório, mais especificamente na poção do Acônito. Aprendi inúmeras dicas que certamente seriam úteis, entretanto, não consegui preparar a poção corretamente. Na última tentativa ficou quase boa, mas deixei cozinhando tempo demais e acabou ficando cor de laranja.

– Para quem nunca fez isso na vida, ficou razoavelmente boa, mas como tudo, requer prática e paciência... – falou ele.

Desde aquele dia passei a ficar a tarde toda no laboratório com meu pai, que ensinou-me inúmeras poções desconhecidas para mim até o momento, como antídotos para venenos fortes, por exemplo.

Mesmo não admitindo, eu sabia que meu pai gostava de me ter por perto todos os dias, e sempre que eu preparava alguma poção corretamente, via uma expressão de orgulho e satisfação em seu rosto.

– Violet – 20 de agosto de 1995

Inevitavelmente o verão estava acabando.

Eu realmente adorava morar na mesma casa que meu pai e meus padrinhos, gostava das manhãs na biblioteca, das tardes no laboratório, das refeições "em família” e até mesmo das discussões de Alastor e Minerva, porém, sentia falta dos meus amigos e de minha costumeira responsabilidade escolar. Há um tempo que eu não aprontava nada, seria bom voltar e fazer algo a respeito.

Porém, o que mais marcou o final do verão foi a notícia alarmante que recebi.

– Harry fora atacado por um dementador. – disse Moody

– O quê? – assustei-me – Mas como... Eles... Pensei que dementadores não tivessem permissão para “passear” nas ruas da Inglaterra!

– E não têm. Voldemort está recrutando não só os bruxos, mas todas as criaturas das trevas que um dia se aliaram a ele, o que certamente inclui Dementadores.

– Harry está em perigo... – concluí – Ele está em perigo, não é? Voldemort quer matá-lo?!

– Ao que tudo indica, sim. Voldemort quer algo que não conseguiu da última vez... – disse encarando-me ansiosamente.

Matar o garoto da profecia... – murmurei com a garganta seca – Por isso o dementador o atacou? Para tentar eliminá-lo?

– O garoto usou magia fora dos limites da escola e ainda é menor de idade. O Ministério marcou uma audiência sob a pena de expulsão, se isso acontecer o Potter ficará desprotegido e afastado da segurança que Hogwarts oferece...

– Expulsão? Mas ele estava apenas se defendendo!

– Eu sei! Mas o Ministério fechou os olhos para qualquer indício de que Voldemort voltou e está reassumindo o poder que teve antes...

– E o que vai acontecer com ele?

– Dumbledore vai resolver a situação e Harry não será expulso, não se preocupe, ele ficará seguro com a Ordem. – garantiu.

Ordem?

– Ordem da Fênix. Estamos de olho no Harry...

– Eu quero vê-lo.

– Não.

– Ele é meu irmão! - exclamei

– Ele está seguro! – rebateu Alastor – Harry é apenas uma vingança e está em segundo plano, já você... – falou sugestivamente – Tudo que precisa se preocupar agora é com a sua própria segurança, não se esqueça de que é você quem Voldemort quer...

Por mais que estivesse preocupada, Moody tinha razão, eu era a Escolhida.

Voldemort me queria e faria de tudo para conseguir.

– Ele vai atacar meu ponto fraco, não é? – murmurei encarando o vazio e com lágrimas lutando para serem despejadas – As pessoas que eu amo... Elas...

– Suas amigas são filhas de aurores e membros do Ministério, seu irmão está com a Ordem e em breve todos os alunos de Hogwarts voltarão para a escola, onde ficarão seguros. – garantiu.

– Haverá uma guerra, não é?

– Está exatamente como antes – respondeu.

Voldemort vai dar um jeito de me conseguir...

Sou como um troféu para ele agora

Por mais que eu soubesse que todos estavam bem, não conseguia parar de pensar que aqueles que eu amava transformaram-se em alvos na mira de Voldemort, e a prova disso era o recente ataque ao Harry.

Ele era o primeiro da lista, e todos estavam sob a mira do Lord das Trevas.

– 1 de setembro de 1995 –

Aquela era mais uma manhã escura e chuvosa.

O céu escuro parecia estar a ponto de explodir e todas as janelas da rua permaneciam fechadas quando Alastor levava-me à Estação King Cross.

Snape e Minerva, como professores de Hogwarts, já tinham partido dias antes, deixando-me sob a responsabilidade do meu querido padrinho.

“Se algo acontecer a ela, você vai precisar de muito mais que uma perna falsa para andar”, disse Snape antes de partir com Minerva, mas, obviamente, a ameaça na fez efeito nele.

– Tome cuidado pirralha – disse assim que chegamos à estação - E lembre-se: vigilância constante...

– Tudo bem... Obrigada Alastor. – falei abraçando-o.

Como já estava acostumada, atravessei a parede entre as plataformas 9 e 10, chegando à plataforma 9 ¾ onde o Expresso de Hogwarts esperava. Deixei minhas coisas junto às outras e entrei no vagão, procurando pelas meninas.

Quando finalmente as encontrei, surpreendi-me de ver Sonserina, Grifinória e Corvinal juntas em uma mesma cabine.

– Tem reunião e eu não sabia? – perguntei escorando-me no batente da porta antes de ser atacada por diversos abraços.

Alessa, Sophie, Mary, Luna, Harry, Hermione, Rony e Neville conversavam alegremente e permaneceram juntos até desembarcarmos. Aproveitei a oportunidade para perguntar ao Harry o que tinha acontecido, iniciando assim um “debate” sobre os próximos passos de Voldemort.

– Menin... Uau, vocês não acham que nove não é um número convencional para uma cabine? – perguntou assim que viu todos.

– Eles não são muito convencionais. – expliquei rindo – Olá Gemma.

– Com certeza não... – riu – Mas de qualquer forma... Estamos quase chegando a Hogwarts, então coloquem seus uniformes. Vejo vocês depois meninas... – falou afastando-se.

– Ela é simpática... – comentou Luna.

Em poucos minutos desembarcamos em Hogsmead, era bom ver tudo aquilo novamente. Como éramos muitos, eu, Alessa, Sophie, Mary e Luna fomos em uma carruagem, enquanto os outros foram nas demais.

– Que animal é esse? – perguntei assim que vi quem puxava as carruagens.

– Que animal? Não tem nenhum animal aqui... – respondeu Sophie.

– Tem sim... São eles que puxam a carruagem. Como não percebi antes?

– Você não está louca. – comentou Luna – Eu também os vejo. São Trestálios... Cavalos alados com corpo esquelético...

– Mas não estou vendo nada... – disse Mary.

– Só pessoas com experiências de quase morte ou que já viram a morte de perto podem enxergá-los... – explicou Luna.

– Então você já... – falei sugestivamente.

– Sim... Minha mãe costumava fazer experiências em casa, mas um dia uma delas deu errado e explodiu... Eu tinha sete anos quando ela morreu – lamentou.

– Sinto muito Luna... – disse Alessa.

– Tudo bem, eu tenho o meu pai... Ele tem sido muito bom...

– Eu sei como se sente... – comentei – Mas vamos falar de coisas mais alegres! O que acham que vai acontecer esse ano?

– Minha mãe disse que teremos uma surpresa nada agradável... Parece que vão alterar o corpo docente da escola a mando do Ministério... – respondeu Sophie.

– Que tipo de alteração? – perguntou Mary.

– Não sei... Ela não quis me dizer, mas mandou que eu escrevesse para contar como será a “apresentação”... – riu.

Em poucos minutos atravessamos os portões de Hogwarts, finalmente avistando o imponente castelo. Como era de costume, fomos levados ao Salão Principal e a seleção dos novos alunos sucedeu-se normalmente, fora, é claro, pelo detalhe de que todos me encaravam como se fosse uma aberração. Obviamente também não acreditavam que Voldemort tinha voltado.

Não estava disposta a discutir com o mundo inteiro, então voltei minha atenção para a mesa dos professores. Logo ao lado do meu pai estava uma mulher loira e baixinha vestida de rosa, estampando um cínico sorriso no rosto. Certamente ela era a nova “mudança” no corpo docente de Hogwarts.

– Boa noite crianças – começou Dumbledore em seu costumeiro discurso de início de ano – Este ano temos duas mudanças no corpo docente de Hogwarts. Quero dar as boas vindas à professora Smith, que retomará o cargo em Trato com as Criaturas Mágicas enquanto Hagrid está em licença temporária. Também gostaria de apresentar-lhes a nova professora Dolores Umbridge, que lecionará Defesa Contra as Artes das Trevas. Tenho certeza que todos se juntarão para desejar aos professores boa sorte. – falou seguido de fracas palmas – Como sempre, nosso zelador, o Sr. Filch, pede para lembrá-los que...

Nesse momento uma risadinha fina e irritante foi ouvida da nova professora, que levantou-se calmamente e aproximou-se de Dumbledore, que parara seu discurso.

– Obrigada, diretor, pelas doces palavras de boas vindas. Como é adorável ver tantas carinhas radiantes sorrindo para mim... Aposto que seremos todos bons amigos.

– Eu não vi ninguém sorrindo... - debochei.

– Mamãe já falou dela, sempre diz que é enjoada, irritadiça e odeia quando a contradizem... – comentou Mary.

– O Ministério da Magia sempre considerou a educação de jovens bruxos e bruxas de vital importância. – continuou Umbridge - Apesar de o diretor ter trazido algo novo a esta histórica Escola, o progresso pelo progresso não será encorajado. Vamos preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado, e cortar práticas que devem ser... proibidas. – sorriu.

– O que ela quis dizer com “práticas que devem ser proibidas”? – comentei.

– Significa que o Ministério vai intervir em Hogwarts... – respondeu Alessa.

– Obrigado Professora Umbridge, foi mesmo muito esclarecedor... – disse Dumbledore puxando palmas.

Umbridge era obviamente alguém com quem deveríamos ter cuidado.

–----------------------------------------

A volta para os dormitórios foi realmente irritante. Todos me encaravam acusadoramente.

– Olá Parkinson... Como foram as férias? – perguntei já irritada para a garota que me encarava descaradamente.

– Sabe... Minha mãe não queria que eu voltasse à Hogwarts...

– Você deveria tê-la ouvido... Seria um ano muito melhor sem você...

– Grande piada... Ela não queria que eu viesse por sua causa. – acusou – O Profeta Diário tem falado muitas coisas a seu respeito Snape...

– E você ainda acredita no que a mentirosa da Skeeter diz?

– Fica difícil dizer não é? Ninguém viu o Diggory morrer...

– Pense o que quiser Parkinson, a opinião de pessoas como você não me interessam. – falei subindo para meu quarto.

– Você está bem? – perguntou Sophie em seguida.

– Acho que sim. Parece que será mais difícil do que eu imaginei... – murmurei encarando as rosas que continuavam tão vermelhas como quando as ganhei.

– 2 de setembro de 1995 –

O banquete era divino, como sempre, mas nem todos pareciam apreciá-lo, estavam ocupados demais em me encarar.

O correio chegara cedo aquela manhã. Poucas corujas apareceram, porém, a única inteiramente branca pousou à minha frente. Em seu bico estava uma rosa branca como a neve, que conseguiu arrancar um sorriso de meu rosto.

– Mal chegamos e você já tem admiradores? – disse Mary.

– Eu diria que é um admirador nada secreto... Dou um bolinho para quem acertar... – debochou Alessa.

– Engraçadinha... – falei sorrindo.

Soube que hoje é seu aniversário... Essa rosa só floresce uma vez ao ano, então você está com sorte!

Dezesseis anos hein? Quase maior de idade...

Dar as felicitações por meio de cartas é um tanto frio, então vou guardar um abraço e algumas palavras para quando nos vermos.

Vitor.

Peguei a rosa branca do bico da pequena coruja e percebi que suas pétalas macias e delicadas exalavam uma fragrância doce e suave maravilhosa.

– O amor é lindo não é Sophie? – disse Alessa com ar sonhador e um incrível sorriso estampado no rosto, que estava recostado no ombro da loira.

– Parem com isso! – murmurei – É apenas um presente de aniversário...

– E foi o primeiro do dia! Dizem que dá sorte... – piscou Mary.

– Tá, agora chega de gracinhas senhoras. – falei rindo – Eu já terminei meu café, vamos pegar nossas coisas?

– Claro, não quero perder a primeira aula da incrível professora Umbridge... – ironizou Alessa levantando-se.

Assim que pegamos nossas coisas no quarto deixei a rosa branca junto às demais vermelhas, que se destacavam no ambiente, e desci. A primeira aula, por ser da Umbridge, incrivelmente não me dava vontade alguma de participar.

– Bom dia crianças... – disse ela num tom forçado entrando na sala e escrevendo algo no quadro negro com a varinha - Níveis Ordinários de Magia são provas, mais conhecidas como NOM’s. Estudem e serão recompensados, deixem de estudar e as consequências serão severas...

Com um aceno da varinha as duas pilhas de livros sobre sua mesa levitaram e começaram a se distribuir entre os alunos. -

O ensino que receberam nesta disciplina foi um tanto fragmentado, mas agora ficarão felizes em seguir um curso estruturado e aprovado pelo Ministério. Podem guardar suas varinhas, não precisarão delas em minhas aulas.

– Não vamos usar magia? – perguntou Alessa inconformada.

– Vocês aprenderão a usar a magia de um modo mais seguro, onde não há riscos...

– E de que adianta? Se formos atacados certamente não será sem riscos... – falei não me aguentando.

– Alunos devem pedir permissão para falar na minha aula. – repreendeu-me – Segundo o Ministério, o estudo teórico já é o suficiente para prepará-los para os exames finais, que é o propósito desta escola...

– E como a teoria nos prepara para o que está lá fora? – perguntei inconformada.

– Não há nada lá fora minha querida, nenhum perigo os espera...

– Eu não sabia que vivíamos numa sociedade perfeita. – rebati – Como podemos nos defender dos perigos que possam nos rondar apenas com teoria?

– Ninguém irá machucá-los lá fora Srta. Snape. Posso assegurar que nenhum assassino irá persegui-la fora de Hogwarts.

Como ela pode dizer que nada irá nos ferir?

– Claro que não. Voldemort já é o suficiente – ironizei.

O silêncio foi instantâneo.Todos me encaravam e Umbridge parecia querer me esganar a qualquer momento.

– Vamos deixar uma coisa bem clara... – falou calmamente – Foram informados que certo bruxo das trevas retornou do além. É uma grande...mentira...

– Não é mentira! – rebati – Eu estava lá! Cedrico foi assassinado por ele e eu quase morri!

– O Sr. Diggory morreu por um lamentável acidente... – tentou contornar.

– A senhora não estava lá para saber – ergui o tom da voz – Voldemort ressurgiu, e teorias não irão ajudar a nos defender!

– Não admito que faltem com respeito a mim Srta. Snape. – falou com sua voz fina e irritante – Ele não voltou!

– Não estou desrespeitando a senhora, apenas expondo meu ponto de vista...

– Então guarde-o para si mesma.

– Não sou obrigada a entender seus métodos! Desculpe-me professora, mas como o próprio nome diz, Defesa Contra as Artes das Trevas é uma matéria na qual aprendemos a nos defender de criaturas das trevas. Apenas teoria não será suficiente...

– Detenção Srta. Snape! – falou vermelha – Espero vê-la na minha sala às 8h.

Estava prestes a revidar quando Alessa segurou meu braço e desviou minha atenção. -

Não vale à pena... – sussurrou

O restante da manhã foi calmo e tranquilo, porém, logo depois do jantar, Snape me abordou no corredor que dava para a sala da Umbridge.

– Imagine a surpresa que tive quando a Profª Umbridge chegou à sala dos professores e disse que tinha dado sua primeira detenção? – perguntou ele levantando uma sobrancelha. – Logo no primeiro dia Violet?

– Eu apenas disse o que pensava... Foi assim na sua primeira aula, lembra? Esta é apenas mais uma para a minha coleção... – falei.

– Violet, todos pensam que você é uma mentirosa. O Ministério certamente te odeia e ela não fica atrás, então, por favor, não apronte outra dessas... Evite detenções

– Mas dessa vez eu não fiz nada! – argumentei – Foi exatamente igual à minha primeira detenção com você. A professora disse algo que não concordei, eu expressei minha opinião, defendi meu ponto e, assim como você fez, ela me mandou para detenção...

– Posso garantir que ela não será tão boa quanto eu fui... – ironizou - Pelo menos tente não discutir com ela... Não piore sua imagem com o Ministério.

– Tudo bem... Vou tentar. Mas já aviso que se ela falar algo que não concordo eu não vou ficar quieta. – falei – Agora eu preciso ir, tenho cinco minutos para chegar à sala dela e meu pai me ensinou que devo ser pontual... – sorri

– Chantagista... – murmurou com um sorriso torto – Vai logo e não se envolva em confusão. Ouviu?

– Sim senhor. – falei em continência – Até depois! – exclamei afastando-me rapidamente.

“Não piore sua imagem com o Ministério”. Tem como ficar pior?

Logo que cheguei à sala da Umbridge bati e, assim que mandou-me entrar, entrei. Para minha surpresa, a sala que antes fora de Lupin e Moody estava totalmente decorada em tons de rosa e nas paredes inúmeros quadros de gatos fofinhos miavam de uma maneira tão irritante quanto sua dona.

– Boa noite Srta. Snape. – falou docemente. - Gostou? Eu que redecorei... – falou ao perceber que eu encarava o lugar de boca aberta.

– Ah... Claro... É... – brega – diferente.

– Sente-se. – mandou indicando uma escrivaninha num dos cantos da sala. - A senhorita vai escrever umas frases para mim hoje Srta. Snape, mas não com a sua pena, e sim uma especial que eu tenho... – sorriu cinicamente entregando-me uma pena negra – Vai escrever “não devo contar mentiras”.

Se eu mentisse certamente não estaria aqui...

– Quantas vezes? – falei com indiferença.

– Digamos que o suficiente para a mensagem penetrar... – disse ao meu lado.

Se ela pensa que isso vai adiantar alguma coisa comigo, está muito enganada.

– Mas a senhora não me deu tinta...

– Não precisa de tinta. – respondeu dando-me às costas.

Assim que pousei a pena sobre o papel, percebi que era encantada.

Eu poderia escrever o quanto fosse que nunca precisaria de tinta. Porém, algo estranho aconteceu. Logo que escrevi a primeira linha senti uma ardência em meu punho esquerdo. Flexionei os dedos e tornei a abri-los, mas então uma dor começou a se espalhar por minha mão. Olhei para baixo e percebi o que estava acontecendo.

Era como se alguém estivesse riscando meu punho com um bisturi afiado em brasas. Na face externa de minha mão estava escrito “Não devo contar mentiras”.

Outra linha e o mesmo aconteceu.

Foi então que eu percebi que a pena não precisava de tinta porque era o meu sangue que ela usava.

*** Você deve puni-la! ***

Falou alguém em minha mente.

*** Ela não pode fazer isso com você... Vingue-se! Ela deve pagar! ***

– Sim Srta. Snape? – perguntou Umbridge assim que percebeu que eu tinha parado.

Olhei em seus olhos e entendi que tinha sido ela quem fez aquilo. Ela usou uma pena enfeitiçada e “escreveu” em minha pele como se o fizesse num simples pergaminho.

*** Vamos, não hesite! Vingue-se! Eu sei que você não pode ficar quieta. No fundo, você também é uma Comensal...Virá para o meu lado mais cedo ou mais tarde... ***

Voldemort!

Lord Voldemort tinha invadido minha mente e mandava que eu me vingasse...

Ele queria me tentar, e se eu realmente revidasse, estaria provando que era apenas uma Comensal.

– Nada. – respondi engolindo a raiva e o ódio que me consumiam.

Eu não sou como você.

– Resposta certa Srta. Snape. – falou abaixando-se para me olhar nos olhos – Porque no fundo, você sabe que merece ser punida... Não sabe? – sorriu.

Como ela podia ser tão cínica? Minha vontade era pular em seu pescoço e esganá-la até a morte. Fechei minhas mãos em punho e conti minha raiva o máximo que pude. Não daria a ela o gostinho de ter motivos para me expulsar da escola. Se eu fizesse o que sentia vontade, Voldemort venceria.

Eu não sou como ele.

– Prossiga, por favor... – falou ela voltando para seu lugar.

– Alessa – 3 de setembro de 1995 -

– Onde está a Violet? – perguntou Sophie no café da manhã.

– Não sei... Ontem chegou depois que dormimos e hoje saiu antes de acordarmos... – comentou Mary. – Será que a detenção foi tão ruim?

– A Umbridge está claramente satisfeita... – falei – Só espero que não tenha exagerado. Minha irmã tinha que trabalhar com ela nos julgamentos e me disse que ela era muito rígida com castigos...

– Pelo jeito o Snape também está preocupado... Ele não para de olhar para a porta... – sussurrou Sophie.

– Então não tem mais o que se preocupar... ali vem ela... – apontou Mary para a entrada.

– Algo está errado... – falei ao ver a garota de cabelos negros e olhos azuis adentrar o Salão Principal.

Violet andava com a expressão carregada e claramente raivosa. Percebi que suas mãos estavam fechadas em punho e, assim que encarou Umbridge, seus olhos cintilaram de raiva.

Algo realmente aconteceu.

Violet sentou-se à mesa sem falar nada.

Estava diferente.

Não falou nem sorriu quando nos viu.

– Violet, onde esteve? – perguntou Sophie inocentemente – Ficamos te esperando ontem com um bolo mas não apareceu, e hoje saiu antes que nós acordássemos... Nem conseguimos entregar os presentes!

Lancei-lhe um olhar de repreensão, ao que aparentemente percebeu, pois logo seus olhos baixaram à mesa e sua face corou levemente.

– Ontem cheguei tarde da detenção e não consegui dormir. Assim que o sol saiu eu fui para o jardim, precisava caminhar um pouco... – falou com a voz fria.

– Você está bem? – perguntei colocando minha mão sobre a sua, mas, antes que eu sequer tocasse sua pele, Violet recuou o braço e escondeu o punho no colo.

– O que aconteceu com seu braço?

– Nada. – respondeu simplesmente.

– Violet, me dá seu braço... – pedi

– Já disse que não aconteceu nada. – repetiu um pouco mais alto, chamando a atenção dos alunos mais próximos.

– Desculpa mas eu não acredito. – rebati – Agora me deixe ver esse braço.

– Então deveria ser mais crente em seus amigos. – falou sarcasticamente enquanto pegava um pedaço de pão.

– Violet pare de ser teimosa! – respondi – Eu te conheço, sei que alguma coisa aconteceu e que isso tem a ver com seu braço. Deixa eu ver sua mão. – mandei.

– Alessa... – começou, porém, não a deixei terminar.

Peguei seu braço bruscamente e levantei a manga de seu uniforme. Foi então que vi o que ela tanto escondia. Seu punho tinha uma cicatriz horrível, como se tivesse sido marcada à ferro em brasas. “Não devo contar mentiras”, dizia a marca.

– Violet... – falei horrorizada – Foi ela não foi? – perguntei seriamente. – Você precisa falar com Dumbledore... Precisa denun...

– Não vou fazer nada! – respondeu puxando o braço bruscamente.

– Mas Violet, ela não pode ferir um aluno! As regras da escola são claras, só há punição por meio de detenções, castigos e expulsão. O que ela fez é errado! – argumentei

– Dumbledore não precisa saber... – começou ela impaciente.

– Precisa sim! É errado o que ela fez! – murmurei – Conte ao menos para o seu pai...

– Não preciso dele para resolver minhas pendências... – respondeu no mesmo tom.

Olhei para as meninas que nos encaravam silenciosamente, logo passando meu olhar para a mesa dos professores onde Snape observava atentamente nossa conversa, certamente tentado ouvir o motivo da “discussão”.

– Não são pendências... – falei em tom normal. Se ela não queria contar nada, eu faria. – Isso se chama tortura! – levantei seu braço novamente.

– Já disse para me deixarem em paz! – exclamou em voz alta soltando seu braço – Eu estou bem e não preciso de ajuda - falou levantando-se bruscamente e deixando o salão.

– O que deu nela? Nunca a vi desse jeito! – disse Sophie amedrontada

– Não é melhor irmos falar com ela? – sugeriu Mary.

– Não... Ela está com muita raiva agora, é melhor esperarmos que se acalme... – lamentei.

O resto da manhã passou normamente, a não ser, claro, pelo mau humor da Violet. Ela estava extremamente irritadiça e seca, parecia estar no limite e se controlando para não explodir.

Logo o almoço chegou, e com ele, a esperança de que Violet estivesse melhor. A aula anterior era a da Umbridge, o que deixou bem clara a aversão de ambas.

– Onde ela está? Será que não vem almoçar? – pergunto Sophie durante o almoço.

– Sorte a dela que temos aulas de poções depois do almoço, senão eu juro que cabulava e a arrasava para uma conversa... Ela me deve algumas explicações... – murmurei.

– Olá meninas... – cumprimentou Harry sentando-se ao meu lado – O que aconteceu com a Violet? Tentei falar com ela, mas foi só eu me aproximar que ela mandou um “cuida da sua vida Potter”. Nunca a vi agir assim...

– Parece que está com alguns problemas com a Profª Umbridge... Ainda não sei ao certo... Quero conversar, mas ela fica fugindo! – respondi.

– Falando em Umbridge... Ela também não está aqui... – comentou Mary apontando para o lugar vago ao lado de Snape.

– Isso está muito estranho... – disse Sophie. – Inclusive eles dois... – apontou Fred e Jorge correndo em nossa direção.

– Alessa é melhor você vir com a gente... – disse Fred parando ao meu lado.

– Por quê? Aconteceu alguma coisa? – perguntei

– A Violet e a Profª Umbridge estão discutindo em frente à sala... – disse Jorge.

Snape levantou-se imediatamente, seguido por McGonagall.

– O quê?! – exclamou Mary – Ela ficou louca?!!

NÃO ADMITO QUE ME DESRESPEITEM!! – disse alguém fora do Salão Principal, chamando a atenção de todos.

– Me digam que não é quem eu penso que é? – gemeu Sophie.

Droga! – concluí levantando-me rapidamente e praticamente correndo pelo Salão com Harry e as meninas ao meu lado. Não demorou muito para que os mais próximos espalhassem que Umbridge estava discutindo com algum aluno do lado de fora, fazendo-os passar a informação e seguirem-nos.

Violet e Umbridge discutiam quase em frente ao salão Principal.

– Violet – minutos antes -

Assim que sai da última aula antes do almoço e virei o corredor percebi que minha varinha tinha ficado, então, voltei. Logo em frente a profª Umbridge fechava a porta, trancando-a.

– Professora, espere! – pedi – Eu esqueci minha varinha na sua sala... A senhora pode abri-la para mim por um momento, por favor?

– Desculpe Srta. Snape, mas estamos em horário de almoço, não vou abrir a porta. – respondeu docemente afastando-se.

O quê?

– Mas professora, são apenas alguns segundos, eu lhe garanto que não tomarei seu tempo... – falei seguindo-a - Precisarei da minha varinha no próximo período...

– Então volte para buscá-la na próxima aula. – falou ainda caminhando.

– Mas professora, a próxima aula é Poções, nas masmorras... Do outro lado do Castelo... Se eu voltar vou perder a aula... – insisti.

– Srta. Snape, esse caso é simples de se resolver. Peça ao Profº Snape uma permissão para vir buscar... Tenho certeza que ele não lhe negará um pedido, dada as condições entre vocês... – insinuou.

– Desculpe professora, mas só porque ele é meu pai não quer dizer que eu vá pedir a ele favores que alunos não deveriam pedir aos professores! - exclamei ofendida

– Não levante o tom de voz para mim Srta. Snape! – falou parando bruscamente.

– Só estou pedindo que abra a porta de sua sala para que eu possa recuperar minha varinha e realizar a atividade da próxima aula... – falei tentando me controlar.

– Eu já disse que não irei abrir. Não abro exceções só porque alguns alunos são privilegiados...

*** Vamos Violet! Esgane-a... Ela merece! ***

– Não há regra alguma que te proíba a abrir a sala! – exclamei – E posso assegurar que não tenho privilégios nesta escola, sou como qualquer outro aluno!

Nesse momento vi Fred e Jorge nos encarando maravilhados, porém, antes que eu pudesse lançar-lhes um olhar mortal, ambos saíram correndo pelo corredor.

– A senhora estava ao lado da porta e com a chave na mão. Era só estender o braço e girar a chave na fechadura. – falei

– Detenção Srta. Snape! E não me diga como fazer meu trabalho! – falou com sua voz fina irritante – A Srta. discutiu comigo na primeira aula e discordou de meus métodos, inventou mentiras e agora me afronta dessa maneira. – explicou com as bochechas rosadas - Eu não admito que discutam comigo! – exclamava Umbridge. - NÃO ADMITO QUE ME DESRESPEITEM!!

*** Revide! ***

– Que desrespeitem ou que discordem?! – rebati elevando o tom de voz.

Minha mente estava confusa e minha cabeça doía. Estava num conflito interno enorme, pois de um lado Voldemort me persuadia a fazer algo ruim, e de outro minha consciência dizia para ficar quieta e me acalmar.

A manhã toda ouvi Voldemort falando comigo, me tentando!

Umbridge insistia em me castigar e a “tortura física” que me aplicou noite passada martelava em minha cabeça, sua voz me irritava e seu sorriso cínico me fazia ter vontade de esganá-la. Ao mesmo tempo tinha que aguentar as pessoas me encarando acusadoramente, falando que eu era mentirosa e que tinha privilégios na escola.

Minhas veias ferviam de raiva, era como se eu fosse uma bomba-relógio prestes a explodir.

– Esta é segunda detenção que recebe em menos de 24 horas Srta. Snape, na terceira será expulsa!

– Eu conheço as regras da escola professora, a senhora não pode me expulsar sem fortes motivos. – falei aproximando-me ameaçadoramente - Como a senhora faz questão de frisar, meu pai é professor, era de esperar que eu conhecesse o regulamento de Hogwarts. Só posso ser expulsa pelo diretor da escola e abaixo dele, pelo diretor de minha casa. Expulsão é o último caso para punir os alunos. Como castigo servem as detenções e suspensões, e castigos físicos NÃO são permitidos... – exclamei com meu tom frio e seco que aprendi com Bellatrix e sabia fazer tão bem.

Nesse momento ela pareceu recuar, não sei se era minha voz ou minhas palavras, mas era a oportunidade perfeita para revidar em palavras.

– A senhora insiste em me aplicar detenções, mas qual o verdadeiro motivo?!

– A senhorita desrespeitou-me logo na primeira aula, repudiou meus métodos de ensino e tenta me contradizer em tudo que falo! – respondeu raivosamente.

– Meu respeito começa quando o seu termina. – rosnei – A senhora me acusa de tê-la desrespeitado, mas tudo que fiz foi expor meu ponto de vista. Não sou obrigada em concordar com tudo que os professores dizem, mas eu respeito. A partir do momento em que a senhora me ofendeu em sala de aula, meu respeito foi perdido, não tenho medo de repetir tudo que falei ontem de manhã. – falei aproximando-me ainda mais – Eu NÃO concordo com seus métodos e eu NÃO compartilho de seus ideais de “ensino estruturado e aprovado pelo Ministério”. Com todo o respeito professora Umbridge, mas eu os acho extremamente arcaicos e sem fundamento.

– Como ousa falar assim comigo?! – exclamou ainda mais vermelha.

*** Mostre quem você é!

Mostre a Comensal que existe dentro de você!. ***

– Eu posso até ser punida por falar o que penso, mas NÃO vou permitir que a senhora mude minhas opiniões acerca de seus métodos. – afirmei – Eu NÃO sou mentirosa e NÃO vou desmentir o que disse sobre Voldemort. – falei ameaçadoramente afastando-me.

Nesse momento finalmente percebi que estávamos discutindo em pleno corredor, com praticamente todos os alunos e professores de plateia.

– Srta Snape! – gritou ela assim que dei as costas para sair.

– Não se preocupe, estarei em sua sala para a detenção. – respondi secamente ainda de costas enquanto me afastava da multidão.

Minha cabeça doía, era como se eu estivesse num lugar fechado com milhares de pessoas que falavam ao mesmo tempo. Coloquei minhas mãos em ambos os lados de minha cabeça e apertei os olhos. Parecia que eu estava carregando o mundo nas costas.

Naquele momento meus joelhos fraquejaram e desabaram na grama úmida do jardim.

*** Estou decepcionado... Você pode fazer muito melhor que isso Violet...

Muito melhor ***

– Sai da minha cabeça... – sussurrei com lágrimas nos olhos.

*** Não fuja de seu destino criança... Você será minha ***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram??

A Violet com certeza vai agitar o castelo esse ano... kkkkkk


O próximo capítulo será majoritariamente sob o ponto de vista da Alessa, uma opinião externa é sempre bem vinda, não é?

—----------------------------------
Capítulo 5 – Changes
(...)
Os professores também perceberam, e Snape parecia extremamente preocupado, assim como McGonagall. Violet quebrara todos os recordes de detenção dos gêmeos Weasley em apenas um mês. Todas com a professora Umbridge.
(...)
—-----------------------------------

Acho que é meio óbvio, mas mesmo assim vou perguntar...
Por que será que estão todos tão preocupados??

—-------------------------------

Pessoal, preciso da ajuda de vocês...

Acontecerá uma festa em Hogwarts! Alguns personagens vão reaparecer para esse baile, mas preciso de um motivo para o mesmo... Pensei em Baile de Natal, mas não parece muito atrativo... Sugestões please?? :D

—-------------------------------

Não deixem de comentar!!

Bjjss e até o próximo!