Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 42
Capítulo 41 – He’s Back


Notas iniciais do capítulo

Volteii!!!! Quem está ansioso levanta a mão!! E quem está feliz levanta a outra!
Eu gostaria de agradecer à recomendação maravilhosa que recebi de Marie Melissa... Muuito obrigada!!!



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Capítulo 41 – He’s Back

“Ele voltou”

– NARRAÇÃO –

– Violet Eileen Snape! – exclamou Minerva furiosamente aproximando-se da garota, que acabara de sair dos braços do padrinho e se jogara nos da madrinha – Onde estava com a cabeça vindo até aqui?!

– Eu...Eu pensei... Eu pensei que estivesse... – gaguejou apertando o abraço na cintura da mulher.

– Vi querida, estou aqui... Não vou a lugar algum! – murmurou depositando um beijo no topo da cabeça da menina - Escute... – disse afastando-se um pouco para poder encará-la nos olhos – Eu nunca viria até aqui sozinha à noite e me colocando em perigo... Muito menos me deixaria ser capturada! Nunca mais faça isso, ouviu?!

– Sim... – assentiu abraçando-a novamente.

– Muito bem, agora saia daqui...

– O quê? Não! Vou ficar!

– Violet não discuta comigo! Saia daqui agora, é perigoso! – disse a mulher autoritária levantando a varinha – Vá, ajude seu irmão e volte para Hogwarts, depois teremos uma conversa mocinha...

Violet então afastou-se de Minerva e aproximou-se de Harry e Sirius, que duelavam contra dois comensais. Moody estava longe e duelava contra Avery, Minerva entrou num duelo contra Crabbe e Goyle. Todos os Comensais estavam envolvidos em algum confronto com membros da Ordem, porem, duas mulheres permaneciam escondidas.

Morgana encarava Violet furiosamente, a raiva pela garota crescia cada vez mais. Assim que percebeu que a menina distraiu-se com o irmão e o Black traidor de sangue, Morgana aproveitou. Era a chance perfeita para acabar de uma vez por todas com a primogênita Snape.

Bellatrix lutava contra Tonks, queria se divertir muito antes de matar a sobrinha, então, não usava todo o seu potencial. Assim que percebeu Morgana olhado fixamente para um ponto, seguiu o olhar e encontrou Violet, desprotegida, fácil de ser atingida.

Com um aceno de varinha Bella atingiu Tonks e a mandou para o outro lado da sala e aproximou-se de Morgana, porém, não foi rápida o suficiente para impedi-la. A Comensal Pendragon levantou a varinha e apontou para a garota.

Avada Kedavra!

Salvio Hexia Protego! – gritou Bellatrix instantaneamente.

Quando Sirius viu as duas Comensais apontando suas varinhas para Violet, não pensou duas vezes e pôs-se à frente da garota, sendo atingido no peito por dois feitiços simultaneamente. Suas últimas palavras foram “Cuide dele...”, e então seu corpo caiu sobre o solo sujo de terra aos pés de uma Violet assustada.

Tudo então pareceu se mover em câmera lenta. Violet ficou estática, os olhos fixos no corpo do homem ao seus pés e lágrimas fugindo de seus olhos. Viu Harry ajoelhar-se ao lado de Sirius e gritar, um misto de dor, raiva e angústia tomou o coração do garoto, que via o mais próximo de pai que teve morto.

Lupin sentiu-se imponente e ao mesmo tempo machucado profundamente, o melhor amigo estava morto e não havia nada a se fazer. Violet levantou os olhos e viu Morgana sorrir vitoriosa, abaixando a varinha vagarosamente e recuando dois passos. E então tudo se encaixou. Morgana tentou matá-la e Sirius a defendeu com a vida.

A garota foi consumida de raiva e ódio, não viu ou ouviu nada além de Morgana à sua frente. Apertou a varinha em suas mãos e correu na direção que a Comensal recuava. Ultrapassou pedras e cascalhos, desviou de feitiços avulsos e, quando finalmente alcançou a Comensal, viu-se num longo corredor com o chão e paredes de mármore negro polido.

Locomotor Mortis!– gritou, imobilizando Morgana pelas pernas e derrubando-a. Violet aproximou-se e, assim que fixou os olhos no rosto da mulher, apontou a varinha para o peito e gritou o próximo feitiço Sectumsempra!

A mulher gemeu assim que uma ferida abriu-se em seu peito. Seu tórax parecia ter sido cortado com a lâmina mais fina e afiada possível, deixando um rastro de sangue vermelho vivo no chão lustrado.

– Só isso? – gaguejou rindo – Vamos Violet, você pode fazer melhor...

– Tem razão, eu posso... Lacarnum Inflamare!

E então pequenas fagulhas de fogo saíram da varinha de Violet e seguiram até Morgana, onde cada partícula de fogo queimava a pele de seu braço, realçando a Marca Negra em seu pulso. A mulher gritou de dor e gemeu em agonia, por mais que não gostasse precisava admitir, a garota seria uma excelente Comensal.

*** Ela o matou Violet, ela merece... ***

Violet apertou a varinha em seus dedos ainda mais forte, seus olhos fixos em Morgana.

*** Você conhece o feitiço Violet, apenas faça! ***

E então, antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma sombra negra apareceu e materializou-se ao lado da garota.

– Vamos Violet, faça! – atiçou em seu ouvido.

Ela queria ceder, queria dizer aquelas duas palavras mortais e acabar de uma vez por todas com Morgana.

Avad...

Tentou manter-se firme, mas então seus princípios venceram e abaixou a varinha. Não conseguiria matar. Morgana sorriu.

– Tão...fraca... – murmurou Voldemort ao seu lado.

Nesse exato momento as chamas de uma das lareiras crepitou e dela saiu Dumbledore.

Estavam salvos.

– Que tolice vir aqui esta noite Tom, os aurores estão a caminho... – começou o ex diretor, aproximando-se de Violet e parando ao seu lado.

– Quando chegarem eu já terei partido. – respondeu Voldemort - E você, estará morto.

Voldemort levantou sua varinha e lançou um feitiço esverdeado contra Dumbledore, que empurrou Violet para uma das paredes e rapidamente lançou outro feitiço avermelhado, fazendo-os colidir. Verde contra vermelho.

Violet bateu a cabeça contra o mármore frio da parede e perdeu a consciência por poucos segundos. Voldemort e Dumbledore duelavam eximiamente, feitiços aleatórios eram lançados e ambos desviavam de inúmeros outros. Pedaços de concreto iam ao chão e todas as paredes ao redor explodiram assim que o Lorde investiu novamente contra Dumbledore, criando uma espécie de tornado brutal que quase atingiu a menina. Após Tom conjurar uma serpente de fogo gigante, Dumbledore criou uma barreira de água e impediu que o animal causasse qualquer dano.

Voldemort, entretanto, sabia o que fazia. Levantou a varinha rapidamente e todos os objetos feitos de vidro do lugar foram invocados a seu favor. Levitou cada pedaço, cada caco e cada vidrinho e lançou-os contra Dumbledore, que ergueu um escudo protetor ao seu redor, porém, não foi bom o suficiente.

Todas as janelas explodiram, todos os móveis foram estilhaçados e todos os pedaços de vidro possíveis ultrapassaram a barragem e atingiram a pele exposta de Violet, que agora tinha o rosto todo cortado e pequenos sangramentos nas mãos. Voldemort então usou uma última cartada e desapareceu numa densa fumaça negra, que pouco a pouco condensou-se até virar vapor, seguiu pelo chão e finalmente chegou onde queria.

[Soundtrack]

– Violet –

Senti um formigamento em meu rosto e um líquido cair em minhas mãos. Abri os olhos e percebi que Voldemort já não duelava contra Dumbledore, que permanecia parado encarando o chão úmido. Instantaneamente uma espécie de arrepio percorreu minha espinha e gelou minhas veias.

Fechei meus olhos e senti como se um peso caísse sobre mim. Era como se eu estivesse ali, mas não pudesse controlar meus próprios movimentos.

Você perdeu velhote... – falei, porém, minha voz estava mais grossa e firme, mais rouca e até mais assustadora. Foi então que percebi. Voldemort havia me tomado por completo e estava controlando meu corpo. Não havia o que fazer.

Ahh! – gritei ao sentir uma dor dilacerante.

E então uma mulher ruiva veio à minha mente. Ela carregava um pequeno embrulho azul e fechava a porta numa tentativa frustrada de proteger seu bebê, seu único bebê.

***Esta mulher amou o filho, mas e quanto a você? Quem te amou? Quem te protegeu?***

*** Ela morreu por ele... ***

– Violet! – gritou alguém vindo ao meu encontro.

– H-Harry... – gaguejei ao perceber meu irmão ajoelhado ao meu lado – Ahh!!!! – outra pontada.

***Ele não te ama Violet, ele apenas aproveita-se de sua fama, de sua glória!***

Não... – sussurrei com lágrimas nos olhos.

Diante de meus olhos vi um garoto loiro, magro e alto. Estávamos caminhando quando, de repente, um raio verde atingiu-o no peito. Revi a cena de Cedrico sendo morto, revi Tiago Potter insultando meu pai, vi Rabicho fugindo na noite em que foi descoberto, vi Sirius se jogando à minha frente e levando o feitiço que deveria me matar.

***Tão fraca...***

Ahhh!!!!!!! – gritei novamente.

***Tão vulnerável...***

E então a cena mudou. Encontrei-me numa sala pequena e escura, frente á um espelho.

Olhei para o meu reflexo e vi-me totalmente diferente. Em meu corpo um vestido preto alongava-se até o chão, escondido por uma longa capa negra em veludo. Meus olhos azuis brilhavam sobre a pele pálida, levantei meu braço direito e uma marca negra estava marcada em meu pulso. Ao meu lado, Bellatrix trajava exatamente a mesma roupa que eu, a mesma capa, a mesma marca e o mesmo sorriso sádico no rosto.

*** Você nasceu para ser Comensal, esse é seu destino... ***

Ahhhh!!! – gemi novamente ao sentir uma pontada no peito.

– Violet olhe para mim... Olhe para nós! – pediu Harry.

Virei meu rosto e focalizei inúmeros outros me encarando. Reconheci Sophie e Luna chorando abraçadas, vi Alessa.

“Por favor”, dizia ela.

– Um... – começou Sophie.

– Dois... – disse Mary.

– Três! – falou Alessa, tirando as mãos do meu rosto.

Assim que abri os olhos deparei-me com todos os meus amigos me encarando. Quando baixei os olhos percebi que nossos lugares à mesa estavam ocupados por um bolo branco e alguns pratinhos, assim como copos com suco e diversas velinhas acesas.

– Eu não acredito... – sussurrei surpresa.

– Feliz Aniversário!! – gritou Alessa ao me puxar para um abraço.

Então lembrei de Alastor me chamando de pirralha, da primeira vez que me abraçou, de quando acidentalmente admitiu que me considerava sua filha e da rivalidade entre ele e meu pai por atenção...

– Estou dizendo que você a ama como amaria o filho que sempre quis ter... Estou certa? – insinuou Minerva.

– Talvez... – murmurou Moody segundos depois.

(...)

– Ela não será uma criança para sempre Severo... – alertou Moody

– Quando esse momento chegar eu posso pensar no que você disse... – respondeu ele abraçando-me.

No fundo de minha mente, pude ouvir outra voz feminina chamando-me de Estrelinha, de filha... Era uma voz tão familiar mas ao mesmo tempo tão distante...

– Violet, olhe para mim... – pediu Harry chorando – Vi... Por favor, volta... Estamos esperando por você! Sophie, Mary, Luna, Hermione, Rony, Alastor... Alessa, que muitas vezes é mais irmã que eu, seu pai! Não é novidade a ninguém que eu não gosto dele, mas tenho que admitir que ele te ama Vi... Todos nós te amamos...

– Você não está e nunca estará sozinha...

– Eu sei... Temos um ao outro agora não é? – sorri.

– Sim... Temos um ao outro agora... – concordou, apertando mais forte.

– Resista Vi!

– Por maior que seja a tentação ou o desejo de vingança, prometa Violet, prometa que nunca cederá... – falou encarando-me profundamente. – Por favor...

– Eu prometo...

– Você é muito importante para mim Violet, nunca se esqueça disso... – disse puxando-me para um abraço apertado. – Eu amo você princesa...

– Também te amo pai... – respondi entre lágrimas.

(...)

– Por favor Violet, confie em mim... – pediu – Eu te amo tanto! Você é minha única filha, a única pessoa que me importa nesse mundo!

***E quanto mais você se importa, mais você tem a perder... ***

– Não... – rebati com a voz fraca.

*** Você é fraca Violet! ***

– NARRAÇÃO –

Todos os presentes encaravam a cena, extremamente ansiosos. Minerva chorava e Catherine a consolava. Alessa também chorava, afinal, era sua irmã que estava ali no chão frio, sofrendo, e era Harry quem ajoelhava-se ao seu lado.

Nada, nem ninguém, o afastaria da irmã que tanto amava e até idolatrava.

– Não! – gritou a garota arqueando o corpo - Você que é o fraco... Nunca saberá o que é amor ou amizade. E por isso eu tenho pena de você... – murmurou com a voz fraca encarando o teto enquanto lágrimas caiam de seus olhos.

A força que Violet usou para resistir foi tão grande e poderosa que nem mesmo a Magia Negra contida no colar aguentou. Dizem que o amor é a mais poderosa arma, pois bem... O amor libertou Violet das correntes presas por Voldemort.

Assim que a pedra do colar explodiu, um líquido vermelho escorreu de dentro do relicário e o sangue da garota manchou suas vestes. Uma densa e escura fumaça desprendeu-se do corpo de Violet, todas as partículas juntaram-se e finalmente tomaram a forma do temido Lorde das Trevas.

– Você é tola menina... E irá perder...tudo.

Neste exato momento todas as lareiras da rede de flú chamejaram e, por cada uma delas, um membro do ministério adentrou o salão completamente destruído. O Ministro Fudge estava acompanhado por Meryl Seyfried e paralisou-se por completo assim que viu o Lorde à sua frente, prestes a desaparecer numa fumaça negra, deixando para trás traços de destruição e uma garota de 16 anos desmaiada nos braços do irmão.

– Ele voltou... – murmurou o ministro apavorado.




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Notas finais do capítulo

Bellatrix realmente salvou Violet!!! Mas só no próximo vou explicar o motivo...
(Ai como eu sou maldosa... rsrsrs)
Uma pequena explicação: Salvio Hexia + Protego = Feitiço de Proteção contra maldições.+ Feitiço Escudo capaz de proteger de grandes feitiços. E antes de me matarem, lembrem-se do que eu disse no último capítulo: “suposta” morte... ;D

Morgana merece um castigo muito bom não é?? Quem será que vai aplicar dessa vez?? Estou com algumas ideias interessantes na cabeça sobre uma pessoa que adoraria se voluntariar para essa tarefa... rsrsrs

E o Harry ajudando a irmã?? Que fofo!! ^^

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Capítulo 42 - I Can't Resist You...
(...)
— É isso! – exclamou Alessa encarando uma Violet quieta e pensativa do outro lado do jardim. – Sophie, você é um gênio!
— Certo, o que eu disse agora?
— Ela não quer falar com a gente porque já sabemos toda a história, de certa forma ela se sentiria como um disco quebrado repetindo sempre a mesma coisa para as mesmas pessoas. Mas, e se alguém de fora a chamasse para conversar?
— Como se ela fosse se abrir para alguém de fora... – ironizou Mary.
— Pensem comigo: Qual a única pessoa que não convive diretamente com ela e não conhece a história toda? Qual a única pessoa em quem ela realmente confia e para quem certamente não conseguiria dizer não? – perguntou Alessa sorrindo maliciosamente.
(...)
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Como sou muito boazinha, darei uma dica do Capítulo 43: Uma pessoa será humilhada na frente de todos e outras duas terão um retorno triunfal! Apostas??

Bjjss, até depois, e não deixem de comentar!