Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 35
Capítulo 34 – Pain


Notas iniciais do capítulo

O número de comentários caiu... :(




Agora veremos os primeiros efeitos do colar que Morgan deu à Violet...



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Capítulo 34 – Pain

“Dor”

– Narcissa –

– Sua irmã nos fez o favor de contar o que aconteceu hoje e o Milorde quer nos ver imediatamente. – disse Lucio assim que subi para nosso quarto.

– Agora?

– Agradeça à sua querida irmã... – disse sarcasticamente.

– Tudo bem, mas não dará tempo de trocar de roupa.

– Eu já disse que você ficou linda nesse vestido? – disse analisando-me dos pés à cabeça. – Aliás, você sempre foi bonita e elegante, digna de uma Malfoy...

– Primeiro me trata mal, agora elogia? Decida-se Lucio... – pedi.

– Vamos logo, quanto mais cedo chegarmos mais cedo voltamos...

– E a Lizzie?

– Eu já falei com a governanta, ela cuidará da Ellizabeth. – disse estendendo o braço na minha direção.

Assim que segurei em seu braço senti aquele incômodo típico de aparatação e, em segundos, estávamos em uma velha casa, porém repleta de guardas e feitiços de proteção. Entramos e Bellatrix e Morgana já estavam presentes, ambas trocando farpas com os olhos.

– Que bom que se juntaram à nós Lucio... – disse Voldemort com sua frívola voz. - Agora que todos os interessados estão presentes, comece Bellatrix.

– Sim Milorde – respondeu minha irmã fazendo uma pequena reverência.

Patético...

– Milorde, como o combinado eu me infiltrei no Baile de Primavera de Hogwarts para ver com meus próprios olhos como está a situação, porém, não tenho boas notícias.

– Do que se trata Bellatrix?

– A Escolhida quase foi eliminada noites atrás.

– Como assim eliminada?! – perguntou furioso ao mesmo tempo que Morgana encarava Bella com ódio.

– A garota quase foi morta por um dos nossos. – respondeu Bella com um olhar triunfante para a falsa Snape.

– Quem teve a audácia de se intrometer em meus negócios dessa forma?!

– Morgana. – exclamou minha irmã com raiva nos olhos.

– Morgana? É verdade?

– Sim Milorde.

– COMO OUSA? – gritou Voldemort levantando-se e aproximando-se da Morgana, que encarava Nagini - A garota Snape é MINHA! Eu a quero ao meu lado, viva! O único que tem permissão para eliminá-la sou eu! Ouviu Morgana?

– Sim Milorde, perdoe-me, por favor... – pediu com a cabeça baixa. - Eu estava caçando na Floresta Proibida, não deveria ter ninguém ali então liberei meus instintos selvagens. Eu estava tomando o sangue de um unicórnio, totalmente entregue, mas então a garota apareceu! Eu não estava no controle de mim mesma e senti seu cheiro... Ela exalava desespero, o que me atiçou ainda mais... – disse com indiferença - Eu a persegui pela floresta e, quando estava prestes a matá-la, o guarda-caça Hagrid apareceu com aquele cão covarde e eu fugi... Mas antes a hipnotizei, ela não contará à ninguém sobre o que viu...

– Milorde, a garota já sabe que a Morgana é uma Comensal e foi enviada pelo Milorde para persuadi-la... Ela me contou que quase morreu nas mãos dessa mulher! Se ela conseguiu dizer para mim, certamente consegue para outra pessoa... – disse Bellatrix.

– Ninguém escapa de meus poderes! - gritou Morgana.

– Pois parece que ela consegue resistir! – rebateu Bella.

– Chega! – interveio Voldemort – Morgana, você foi extremamente irresponsável e inconsequente, não pensou nas consequências de seus atos?!

– Ela já sabia há tempos que eu era uma Comensal...

– Eram suposições, agora são certezas! – gritou ele – Você deve ser punida Morgana, severamente!

– Por favor Milorde, o senhor sabe que não consigo me controlar quando meu lado animal surge... Greyback sabe, ele me transformou! O senhor sabe, por favor!

Legilimens – exclamou ele. Morgana ficou imóvel por segundos, e quando finalmente o Lord deixou sua mente, a mesma caiu de joelhos no chão frio.

– VOCÊ NÃO SÓ TENTOU MATÁ-LA COMO TAMBÉM ENTREGOU A VERDADE EM SUAS MÃOS! ELA JOGOU E VOCÊ CAIU COMO UMA IDIOTA!

– Milorde, no calor do momento eu não...

– NÃO HÁ DESCULPAS MORGANA! TODOS AQUI SABEM QUE A GAROTA É MINHA! EXCLUSIVAMENTE MINHA! NÃO ADMITO QUE UM DE MEUS PRÓPRIOS SEGUIDORES AJA PELAS MINHAS COSTAS DESSA FORMA! NÃO ADMITO TRAIÇÕES MORGANA!!

– Milorde, por favor...

– VOCÊ VAI APRENDER A OBEDECER ORDENS. - exclamou apontando a varinha para a morena. – CRUCIO!

Morgana caiu no chão imediatamente, contorcendo-se de dor. Poucos eram imunes à hipnose dos Pendragon, e o Lorde das Trevas estava entre esses poucos. Bellatrix a encarava com um sorriso de satisfação e raiva. Eu conhecia minha irmã, sabia que ela havia se afeiçoado à garota e sabia que faria o que fosse preciso para protegê-la. Ver Morgana ser torturada era como música para seus ouvidos, uma pequena vingança pessoal realizada.

Perfurus!

Nesse momento uma mancha vermelha apareceu na altura do estômago da mulher. A Maldição Perfurus era horrível e Morgana estava sentindo na pele a dor de vários furos em seu tórax, seus gritos ecoavam pelo salão e deixava todos em silêncio, apenas observando.

Eu nunca gostei do que os Comensais faziam, concordava com seus ideais, claro, mas nada além. Para mim aquele tipo de tortura era horrível, não conseguia imaginar meu marido ou mesmo meu filho, que certamente seria chamado a se juntar à eles, praticado algo daqule porte.

Morgana era uma das bruxas de mais confiança de Voldemort, apenas Bellatrix a ultrapassava, tinha uma capacidade incrível e era muito poderosa, mas deitada naquele chão frio e rodeada pelo próprio sangue, não existia mais a mulher indiferente e cruel, era apenas mais uma jogada aos pés do Milorde. Quando ela já não aguentava mais e o tapete já estava ensopado de sangue, Voldemort finalmente abaixou a varinha e ficou encarando-a.

– Espero que tenha entendido a lição Morgana. – disse friamente acariciando a cabeça de Nagini, que erguera-se á altura de suas mãos.

– S-sim Milorde, perdoe-me... – implorou num fio de voz.

– E a pedra?

– E-ela a colocará a-assim que terminar o b-baile Milorde... – respondeu fracamente.

– Ao menos algo você fez certo. Tirem essa mulher daqui, ela está sujando o chão... – disse indiferente enquanto voltava para seu “trono”.


– Violet – 17 de fevereiro de 1996 - sábado

Embora o baile tenha sido maravilhoso, não parava de pensar na conversa que tive com Alastor e com meu pai... Se antes eu tinha dúvidas, agora tinha certeza. Meu pai também estava hipnotizado por aquela megera secular e eu tinha que impedi-la o quanto antes.

Assim que abri meus olhos na manhã seguinte senti algo me puxando para fora, como se eu precisava pegar alguma coisa. Contra a vontade levantei-me e, quando vi o que estava na mesinha da cabeceira de minha cama, as lembranças da última conversa que tive com Morgana invadiram minha mente.

“Você vai tirar o pingente de sua avó e guardar, vai colocar esse em seu pescoço e não o tirará por nada... Se alguém perguntar, é um presente de sua amada tia...”

“Mas não se preocupe, não a obrigarei a usá-lo durante o baile, mas assim que ele terminar quero ver esse colar em seu pescoço...”

Como um elástico, minhas mãos seguraram o colar firmemente e minhas pernas me levaram ao banheiro. Todas as meninas já tinham saído. Olhei no espelho e, quando finalmente prendi o colar em meu pescoço, percebi que a pedra avermelhada brilhou e as serpentes prateadas pareceram se mexer sobre a safira vermelho sangue.

Senti como se uma estaca tivesse perfurado meu peito cruelmente. Joguei água no rosto, porém, aparentemente acabou piorando minha situação. Minha mente estava confusa e minha pele gelada, não conseguia respirar direito e, na tentativa de voltar para o quarto, meus joelhos cederam, fechei meus olhos e desabei.

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Senti mãos geladas em meu rosto, algo molhado encostava-se à minha testa e a mesma sensação de um peso no peito me invadiu. Abri os olhos lentamente e a claridade da luz cegou-me, fechei e tornei a abri-los.

– Violet?!

– Hmm... – gemi levando minha mão à cabeça, que ardia.

– Violet, o que aconteceu?

Forcei os olhos e vi duas cabeças loiras à minha frente.

– O quê? – perguntei confusa.

– Todas as meninas já tinham saído, mas quando me lembrei que esqueci um caderno eu voltei e te encontrei caída no banheiro! Felizmente o Draco ficou me esperando no Salão Comunal e eu o chamei para me ajudar... – disse Sophie preocupada – O que aconteceu?

– Eu... Eu não sei... – falei confusa.

– Como assim não sabe?! – exclamou Draco – Qual a última coisa que se lembra?

O que tinha acontecido mesmo?

– Hmm... Eu... Eu saí do baile ontem à noite, vim para o quarto...e dormi... – comecei – Mas eu não lembro de nada depois disso...

– E que colar é esse?

– Colar? – surpreendi-me.

Quando levei minha mão ao pescoço percebi que eu realmente usava um colar, mas assim que toquei a pedra gélida uma corrente elétrica percorreu meu corpo ao mesmo tempo em que uma onda de reconhecimento invadiu minha mente.

– Foi um presente da minha tia... - respondi atordoada.

– Merlin, ela está realmente fora de si... – debochou Draco, recebendo uma cotovelada de Sophie em seguida – Desde quando você chama a Morgana de tia?

Desde quando mesmo que comecei a chamá-la de tia? Ela não é nada minha! E por que aceitei esse presente?

– Eu... Eu não sei...

Eu estava totalmente confusa... O que tinha acontecido?

– Violet, você não parece nada bem... – disse Sophie colocando a mão em minha testa – E está com febre! Você precisa ir à enfermaria...

– Não...

– Vai sim, e pare de ser teimosa! – rebateu a loira. – Draco, me ajuda...

Draco e Sophie posicionaram-se um em cada lado e seguraram-me pela cintura de modo que, caso alguém visse, seriam apenas três amigos abraçados. Em segundos já deixávamos o Salão Comunal e nos dirigíamos à enfermaria, porém, no meio do caminho uma voz nos parou.

– O que está acontecendo aqui?

– Ela não está bem Professora Snape... – respondeu Sophie – Vamos levá-la à enfermaria...

– Violet? – perguntou aproximando-se com um semblante preocupado. – Podem deixar garotos, eu cuido dela... – disse passando os braços ao meu redor.

– Tem certeza professora? Ela é um pouco pesada para o tamanho...

– Cala a boca Malfoy – resmunguei.

– Nunca ofenda uma garota Sr. Malfoy... – disse Morgana encarando-o – E por favor, não contem ao Severo o que aconteceu, ele ficará muito preocupado e creio que é apenas um mal estar passageiro... Tudo bem?

– Sim senhora. – responderam em uníssono.

– Ótimo, agora podem ir, eu assumo daqui por diante... – sorriu.

Minha mente ainda estava tonta, porém, assim que a sombra de ambos os loiros desapareceu, Morgana apertou meu braço e puxou-me com força para fora do castelo.

[Link]

Ela praticamente corria pelo corredor, mas estava zonza e não tive forças para lutar ou prestar atenção no caminho e, minutos depois, vi-me entre árvores e arbustos.

A Floresta Proibida... Morgana me trouxe para a Floresta!

– Você é uma garota muito má Violet... – começou com um sorriso diabólico no rosto enquanto me soltava bruscamente.

– O quê? Do que está falando? – perguntei confusa.

– Eu tive problemas com o Lorde porque uma garota estúpida e insolente abriu a maldita boca para me acusar... – rosnou – Não deveria ter contado sobre sua quase morte, pensei que tivesse sido clara quando disse que era um segredo nosso... – disse ameaçadoramente aproximando-se.

– Pelo que me lembro você me proibiu de contar aos meus amigos, minha família, meu pai, meus professores e, principalmente, para Dumbledore. Nenhum deles sabe. Contei para Comensais que não possuem qualquer tipo de laço comigo... – falei assim que senti minhas forças voltarem.

– Você é apenas uma pirralha mimada! Sabe Violet, eu odeio pessoas que fazem um acordo e não cumprem depois...

– E quem é você para falar de traição? Voldemort me quer viva! E o que fez na primeira oportunidade? Tentou me matar!! – gritei.

– Cala a boca garota! – exclamou – Você precisa aprender a ficar de boca fechada... Precisa aprender a me respeitar! – suas órbitas verdes começaram a mudar e logo duas grandes pedras amarelas brilhantes tomaram seu lugar.

Rapidamente Morgana prostrou-se ao meu lado e, com a proximidade repentina senti um calafrio percorrer meu corpo, porém, assim que agarrou meu pescoço entre as mãos, senti um fogo consumir-me de dentro para fora. Era como se minhas veias queimassem e meus olhos ardessem. Sem ao menos pensar, levantei minhas mãos e as encostei no peito de Morgana e empurrei, mas algo deu errado pois a mesma foi lançada para um dos troncos à frente.

O que você fez garota?! – exclamou com ódio.

Assim que levantou-se seus olhos ficaram num tom amarelo escuro enquanto presas apareciam no lugar de seus dentes. Seria uma cena assustadora, se eu não estivesse confusa comigo mesma.

Novamente levantei a mão e, como no ataque ao Draco, Morgana começou a sufocar, tentando em vão afastar mãos (que não existiam) de seu pescoço. Eu estava com raiva, muita raiva. Senti meu peito ferver e, a cada gemido de dor da morena, uma sensação de prazer entrava em minhas veias.

– p-p-pa-pare...

Morgana estava ajoelhada no chão com as mãos no pescoço e gemendo de dor. Quando levantou o rosto percebi que as presas já não existiam e os olhos amarelos voltaram ao usual tom verde. Ela estava sofrendo, mas para precisava fazer pior, eu queria vê-la gritar, queria vê-la chorar e implorar por misericórdia...

– Violet!

Apertei um pouco mais e Morgana arfou, o rosto estava vermelho com o esforço e a voz já não saía. Antes que eu pudesse apertar ainda mais e liquidar de vez com a vida daquela bruxa inútil, alguém abraçou-me por trás firmemente enquanto outra pessoa abaixava meus braços à força.

– Violet chega! – exclamou a segunda mulher à minha frente, porém, não olhei para ela, apenas para a morena caída na terra à nossa frente.

Assim que meus braços foram forçadamente abaixados, Morgana arfou de alívio e desmaiou. A chama dentro de mim ainda queimava, mas daquela vez era algo ruim... Eu sentia desconforto, dor...

AHHHH!!!!!!!!!!!! – gritei de agonia ao sentir uma pontada em meu peito, como se uma adaga com serras perfurasse minha pele e chegasse aos ossos. Lágrimas caíram de meus olhos e o aperto da pessoa atrás de mim ficou mais firme.

– Violet!

Não tive forças de responder ou de me dar ao trabalho de abrir os olhos, sentia-me fraca e extremamente confusa, a dor em meus ossos parecia aumentar à medida que meus joelhos cediam e eu desabava nos braços de alguém, que me acolheu protetoramente antes de eu mergulhar na escuridão.




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Notas finais do capítulo

Uau... Esse foi tenso hein?? Morgana teve sua punição, resolveu descontar na Violet e se deu mal... Quase morreu duas vezes!! Se não fosse o quase...kkkkkk

Só para explicar uma coisinha sobre o colar... Alguém já viu o filme "Os Irmãos Grimm"? Nele tem a bruxa da torre. Essa bruxa tem um tipo de "adaga" que ela coloca no peito do caçador e assim consegue controlá-lo. O colar tem o mesmo efeio. Assim que ele entra em contato com a pele do hospedeiro uma espécie de ponta afiada perfura o peito da pessoa, por isso a dor que a Violet sentiu. Ela ficou tonta e confusa porque a pedra vermelha começou fazer efeito, logo, sua alma começou a conectar-se com a de quem criou o colar: Voldemort.
Aí vocês me perguntam: "Mas o Snape é Comensal, ele não sabe do colar?". Minha resposta é não. Apenas Voldemort Morgana e os Malfoy (contando Bella) sabem, MAS, certo apetrecho é capaz de detectar Magia Negra...Um olho mágico, quem sabe??

E as duas mulheres do final? Alguém sabe quem é?
No próximo saberemos quem são e o que vão fazer... :D

Bjjss e até o próximo!!!
E não deixem de comentar!!!