Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 32
Capítulo 31 – Confessions




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Capítulo 31 – Confessions

“Confissões”

– NARRADORA –

A noite é uma criança e os alunos de Hogwarts sabiam muito bem. Por volta de 21 horas o baile ainda estava a todo vapor, os casais dançavam, os aurores conversavam e Umbridge, como sempre, encontrava motivos para criticar algo. Catherine Addams nunca foi paciente e, naquela noite, estava enjoada de tanto ouvir a “sapa ordinária” dizer coisas inapropriadas.

Vyola e James também não eram tão pacientes, logo, deixaram a mesa assim que puderam e passaram a caminhar pelo Salão, porém, em momento algum imaginaram que presenciariam uma estranha confissão da nova Srta. Malfoy.

Violet e Vitor dançaram a noite toda, sendo que naquele momento transmitiam uma aura apaixonante, não tinha quem os olhasse e não dissesse que formavam o par perfeito. Narcissa e Katrina tinham que admitir que os adolescentes eram feitos um para o outro.

– Você acha que ela me consideraria mãe? – perguntou Katrina repentinamente.

– Como? – estranhou a Sra. Malfoy.

– Você acha que ela me procuraria para contar seus segredos, para conversar sobre garotos e tudo mais que meninas falam com a mãe? Será que ela me contaria que está apaixonada se eu não tivesse feito aquela besteira? – disse Katrina novamente encarando Violet melancolicamente.

– Ainda não entendo... Do que se arrepende? – indagou Narcissa sem saber que um casal estava prostrado logo atrás, ouvindo a conversa. – Por que isso agora?

– Você sabe muito bem que eu nunca me arrependi de nada Cissa, mas as vezes me pergunto o que teria acontecido se eu nunca tivesse levantado a varinha para ela...

– Espera... Você fez o quê?! – sobressaltou-se a mulher de cabelo bicolor.

– Eu não tinha outra opção Cissa... Ele estava me pressionando e eu precisava tomar uma atitude! Fazê-la esquecer de nós duas era a melhor escolha...

– Bella, você lançou um Obliviate nela? Como pode?! – ressentiu-se.

– Não venha me julgar Cissa, sabe muito bem que precisava ser feito...

– Claro, ela precisava te odiar... – ironizou Narcissa. – Não sei como ele aceitou isso... Sabe que, se ela se lembrasse de tudo que você, ou melhor, que nós fizemos por ela, seria mais fácil trazê-la para o seu lado, não?

– O mais fácil nem sempre é o melhor a se fazer... – respondeu Katrina melancolicamente.

– Você nunca a esqueceu, não é?

– Eu a criei Cissa! Como poderia esquecer a garotinha que adorava correr pela casa e me chamava de mãe todos os dias? – perguntou ressentida.

– Acho que consigo imaginar sua situação... Se o Draco não se lembrasse de nenhum de nossos momentos felizes eu seria a mulher mais infeliz do mundo. – disse Narcissa – O ódio de um filho é a pior coisa que existe para uma mãe...

– Você não precisa me dizer isso, acho que já aprendi sozinha. – respondeu Katrina deixando Narcissa sozinha ao lado da pilastra.

– É, acho que sim... – murmurou a matriarca Malfoy tomando um único gole de vinho branco e saindo em seguida.

Vyola e James, que ouviram a conversa toda, não sabiam o que pensar ou o que fazer.

– James... O que aconteceu aqui? – sussurrou a mulher.

– Só sei de uma coisa... - começou ele – Essa Katrina, de alguma forma, conhece a Violet há muito tempo...

– Eu posso estar muito errada, mas algo em sua voz me soou extremamente maternal quando falou da Violet. James... Acha que devemos falar com Dumbledore?

– Não, Dumbledore não... Talvez Moody, já que ele é o padrinho dela... – sugeriu – Mas vamos esperar o baile acabar, aqui está muito tumultuado para falar com eles.

– Você vai falar com a Ordem, não é?

– Assim que o Baile acabar... – assentiu – Mas até lá, que tal seguirmos o exemplo de nossos filhos e dançarmos?

– É uma excelente ideia Sr. Krum... – concordou Vyola sorrindo.

– Sophie –

– Eu nunca imaginei que veria você dançando algo daquele tipo em público... – brincou Draco durante uma caminhada na varanda, iluminada apenas pela luz da lua e das estrelas.

– É tão impossível assim? – ri.

– Para o “anjinho da Sonserina”, sim... – falou.

– Por que todos me chamam assim? – perguntei chateada.

– Você não gosta de ser chamada de anjinho?

– As pessoas têm uma imagem angelical e inocente de mim, mas quando assumo minha parte sonserina elas ficam chocadas... – falei ressentida – Não deveriam, afinal, sou da Sonserina não? A “casa das cobras”...

– Sabe por que te chamam assim? – perguntou parando subitamente e encostando-se no pequeno muro da varanda.

– Porque eu não pareço sonserina. – suspirei.

– Os sonserinos são conhecidos por sua ousadia e frieza, mas você é o oposto...

– Mole e covarde?

– Não. Doce, gentil, carinhosa... Um tanto tímida também... – riu.

– E isso é ruim? – perguntei parando ao seu lado.

– Nem um pouco...

– Sabe, eu prefiro o Draco que conheci essa noite, e não o do dia a dia... – falei encostando minha cabeça em seu ombro.

– O que quer dizer? – murmurou.

– Quero dizer que eu prefiro o Draco feliz e divertido, doce, mas não muito... – ri – No dia a dia você é um tanto quanto egoísta e frio, não ri e se diverte ofendendo as pessoas...

– Eu sou tão ruim assim? – perguntou passando um dos braços sobre meus ombros, juntando-nos ainda mais.

– Às vezes... – concordei sorrindo – Mas hoje eu conheci uma nova versão de Draco Malfoy, e admito que prefiro essa... – falei corando.

– Então tenho que admitir que essa versão de Draco Malfoy é limitada à você... – sussurrou.

– E à Violet... – acrescentei – Vocês ficaram bem próximos graças à monitoria...

– Quem diria não? Quando eu a vi pela primeira vez a chamei de sangue ruim, até sua amiga Addams não escapou...

– Mas a Mary é sangue puro...

– Na época eu não sabia... Ela era tão quieta e na dela que nem prestei atenção, mas então veio a Violet e a levou para o mal caminho – riu – Acho que você é a mais pura das quatro...

– Isso é um elogio? – perguntei levantando minha cabeça de seu ombro e rindo.

– Acho que sim... – riu encarando-me.

Era tão fácil conversar com ele! Longe das outras pessoas ele era mais divertido e gentil... Na verdade, era ele mesmo. Como um Malfoy ele precisava manter uma máscara de frieza e indiferença, mas para mim não existiam máscaras, éramos apenas Draco e Sophie, sem sobrenome, sem reputação, sem pressão.

É claro que ele chamou a atenção no meu primeiro ano em Hogwarts, mas éramos crianças e mal sabíamos o que sentíamos, era tudo tão novo, tão...mágico! Draco certamente nunca me notou, afinal, eu era uma daquelas que pagava para não ser vista, para não ser incomodada. Passava o dia na biblioteca, as férias em casa e sentava na última carteira.

Conheci a Mary no segundo ano, quando começamos a nos aproximar, porém, éramos de quartos diferentes e por isso quase não nos víamos. A biblioteca era nosso elo.

No terceiro ano Alessa foi transferida de outra escola e ficou no mesmo quarto que eu, mas por conta de minha timidez, não permiti uma aproximação mais funda, além de que éramos tão diferentes! A ruiva era a pessoa mais sociável e mais tagarela e rebelde que conhecia. Conversávamos às vezes, mas nada íntimo.

E então veio Violet. Mary fez amizade com ela logo no primeiro jantar, e para minha surpresa, as duas vieram para o quarto que eu divida com Alessa. Aquela certamente foi a melhor decisão tomada por quem organiza os quartos. Daquela noite em diante Violet nos uniu e acabei finalmente me soltando, com elas três eu podia ser eu mesma e não precisava fingir, com elas aprendi a deixar minha marca no mundo.

E ali estava eu, ao lado do garoto que sempre admirei escondida, mas que nunca olhou para minha cara. É claro que eu odiava suas atitudes com os outros, mas saber que seu eu verdadeiro era reservado à mim foi incrível!

– Acho que é melhor voltarmos, está esfriando aqui não? – falou interrompendo meus pensamentos.

– Draco? – chamou alguém, fazendo-nos virar.

Narcissa Malfoy.

– Sim mãe?

– Seu pai quer falar com você... – avisou.

– Onde ele está?

– Na mesa do Ministério. Vá logo, sabe que ele não gosta de atrasos...

– Tudo bem. Sophie...

– Pode ir, vou ficar mais um pouco – falei sorrindo.

– Te vejo depois. – disse antes de deixar a varanda.

O momento não poderia ser mais constrangedor, afinal, Narcissa continuava em pé na minha frente.

– A noite está linda, não é? – falei tentando quebrar o silêncio.

O máximo que ela pode fazer é dizer que não e me deixar sozinha...

Ao contrário do que imaginei, Narcissa aproximou-se e escorou-se no beiral que Draco estava a segundos atrás, ao meu lado.

– Essas estrelas me lembram muito os olhos do meu marido quando nos casamos... – disse ela encarando os pequenos pontos brilhantes no céu. – Sabe, quando eu conheci o Lucio eu sabia que seria ele quem roubaria meu coração. No nosso casamento seus olhos brilhavam como essas estrelas... Não sei dizer se eram de orgulho, admiração ou qualquer outra coisa, só sei que eu estava certa, Lucio Malfoy realmente roubou meu coração na primeira vez que conversamos...

Por que ela está me falando isso?

– É uma história muito bonita... – comentei – Eu admiro muito as pessoas que casam-se por amor e conseguem ser felizes... Me dá certa...esperança, de um dia ter a mesma sorte...

– Você terá, só precisa ficar atenta... – falou encarando-me profundamente – Sabe, eu estive te observando durante o Baile... Você é muito doce e gentil, eu diria até que é pura de coração e, se não fosse a cor de seu vestido, quando te vi poderia apostar que não era da Sonserina...

– Todos dizem isso, que sou inocente demais para ser da casa das cobras... – falei ressentida.

– Mas eu logo mudei de opinião. – completou – Você é pura sim, mas fala com firmeza e sabe se impor diante dos demais. Você se valoriza muito Sophie, e isso é uma das qualidades mais importantes de um sonserino. Seu rosto é o de um anjo, mas acho que concorda comigo que, de anjo, é só...

– É – respondi rindo – Já me disseram que meu rosto é uma incrível vantagem caso precise duelar com alguém... “Seu rostinho de anjo engana a qualquer um, e é aí que você aproveita e vence”.

– Quem disse isso está coberto de razão. – concordou – Mas parece que você conseguiu despertar o anjo que existia em meu filho... Há muito tempo que não o vejo tão feliz como hoje, e eu a agradeço.

– Não há nada que agradecer Sra. Malfoy... Eu não fiz nada... – falei corando um pouco.

– No fundo você sabe que fez... – insistiu – Agora preciso ir, meu marido me prometeu uma dança! Espero que aproveite o restante da noite Srta. Seyfried. – disse sorrindo ternamente.

– Obrigada Sra. Malfoy...

– Não há o que agradecer... – falou virando-se e deixando-me sozinha na varanda.

O que foi isso?

– Draco –

Era só o que me faltava, de repente meu pai resolveu se preocupar com as meninas que eu ando? Tudo bem que a Sophie não é qualquer menina, mas mesmo assim!

– Sr. Malfoy! – disse alguém barrando minha passagem.

Levantei os olhos e percebi que uma mulher de aparentemente 47 anos me encarava com o semblante sério.

– Sim?

– Acho que não me conhece, não é? – perguntou analisando-me dos pés à cabeça.

Qual o problema dela, afinal?

– Deveria? – perguntei impaciente levantando a sobrancelha.

– Talvez... – respondeu estendendo a mão – Meryl Seyfried, mãe da Sophie.

Eu não acredito que fiz isso... Draco você é um idiota!

– C-claro! Desculpe... – falei segurando sua mão e, como um cavalheiro, beijando-a.

– Sr. Malfoy, quais suas intenções com a minha filha?

Uau, essa é direta.

– Nós... Bom, nós somos apenas amigos Sra. Seyfried, mas posso assegurar-lhe que minhas intenções são as melhores possíveis.

– Fico feliz em saber disso, mas devo dar-lhe um aviso Sr. Malfoy... – suspirou.

– Aviso? – gaguejei.

– Sabe Sr. Malfoy, espero que minha filha não saia magoada nessa história, pois se acontecer, nem mesmo o sobrenome Malfoy vai me impedir de te procurar... – falou séria num tom assustador, fazendo-me engolir em seco – Eu não sou o braço direito do Ministro à toa...

Essa mulher é assustadora e até pior que meu pai!

Merlin, onde fui amarrar meu burro?

– Estamos entendidos Sr. Malfoy? – perguntou encarando-me profundamente.

– C-claro, é claro Sra. Seyfried.

– Ótimo. – sorriu – Agora... Você poderia, por favor, pedir à Sophie para nos procurar para nos despedirmos?

Se a mãe é assim, como é o pai?

– Com certeza. – respondi nervoso.

– Muito obrigada Sr. Malfoy... Foi um prazer conhecê-lo. – sorriu.

– O prazer foi meu Sra. Seyfried. – respondi curvando-me e finalmente afastando-me para o terraço.

Draco recomponha-se! Desde quando tem medo de uma mulher que não seja sua mãe ou sua tia? Mas que droga!

– Draco, você está bem? – perguntou Sophie assim que me viu.

– C-claro, claro que estou. – respondi ignorando o nervosismo de segundos atrás.

– Você está pálido, tem certeza que está bem? – falou aproximando-se e colocando a mão em minha testa.

– Estou bem sim, mas você parece muito melhor... Posso saber o motivo?

– Sua mãe veio falar comigo... – sorriu.

O que deu nessas mulheres hoje?!

– Ah é?

Aham. E ela não é como pensei... – respondeu rindo – Ela foi muito gentil e até mesmo um pouco maternal...

– Essa é Narcissa Malfoy... – respondi rindo – Sabe... Sua mãe também veio falar comigo...

– Ah é? – disse preocupada.

– Ela é... Bom, digamos que ela é bem...direta.

– Merlin, o que ela fez?

– Só se apresentou, nada de mais... – menti.

– Se eu a conheço bem, não foi apenas uma apresentação. – rebateu – Ela te intimidou não é?

– Ela é...intimidadora... – falei lentamente, escolhendo a palavra certa – Eu também não imaginava sua mãe como ela...

– É, eu sei... Sempre vivi sob a sombra de uma mulher forte, determinada e poderosa no Ministério. - falou séria – Todos dizem que somos totalmente diferentes...

– Seu pai é loiro? – perguntei subitamente.

– Não, por que? – estranhou.

– Porque geralmente os filhos puxam a aparência dos pais... Você é loira e tem olhos verdes, ela tem cabelo...cinza...branco...não sei direito a cor, e olhos verdes... Então... – insinuei.

– Na verdade, ela é loira sim... – respondeu rindo – Depois que ela foi promovida a vice-ministra que ela resolveu mudar algumas coisas. Ninguém a levava a sério antes, então ela trocou a cor do cabelo e mudou as roupas que usava. Agora com um olhar ela consegue acabar com os funcionários... – riu - Acredite, quando quer ela sabe ser assustadora...

– Ah eu sei, sei muito bem disso... – murmurei.

– Desculpe por isso... – falou receosa.

– Não, tudo bem... Aliás, ela pediu que você a encontrasse para se despedirem...

– Vem comigo?

– Hmm... Acho que não...

– Por favor!! Meu pai não é assustador, eu garanto! – pediu com um biquinho infantil impossível de recusar.

– Tudo bem, mas fazer essa cara é jogo sujo... – reclamei estendendo o braço, que ela aceitou prontamente.

– Bom saber... – riu.

Entramos no salão em silêncio e logo Sophie passou a procurar a mãe. Só de pensar que o pai poderia ser pior já me deixava tenso.

– Alí estão eles... – disse a loirinha apontando para um casal abraçado ao lado da grande porta do salão.

Engoli em seco e segui Sophie até eles, que viraram-se para ela com um sorriso imenso no rosto.

– Finalmente minha filha veio nos ver... – ironizou a mulher. – E trouxe companhia...

– Draco Malfoy, eu suponho? – perguntou o homem encarando-me.

– Sim, eu mesmo. – respondi.

– Percy Seyfried, é um prazer conhecê-lo... – disse apertando minha mão com uma força exagerada. – Você é idêntico ao seu pai...

Não precisava ofender também...

– Desculpe, como?

– Os cabelos claros e lisos, olhos cinzas, pele pálida... A postura certamente é a mesma... – comentou analisando-me – Mas você é mais alto.

– Mais alto? – estranhei.

– Quantos anos tem garoto?

– 16.

Naquele momento eu me sentia em um interrogatório digno de um Malfoy.

– Quando Lucio tinha 16 era um pouco mais baixo que você... – comentou.

– O senhor conheceu meu pai?

– Eu estudei em Hogwarts! – respondeu sorrindo, pela primeira vez – Embora eu tenha sido de outra casa, sempre acompanhei Meryl com os olhos, e como ela era do mesmo grupo que seu pai... – insinuou.

– A senhora era amiga do meu pai? – surpreendi-me. – Estudou em Hogwarts?

– Sonserina – respondeu orgulhosa – Eu e Bellatrix éramos as mais velhas, quase inseparáveis! E nosso grupo era relativamente grande... Jones, Nott, Avery, Zabini, Malfoy, Snape, Crouch Jr, as irmãs Black... Até mesmo Moody, que era aprendiz de DCAT na época, se juntava à nos de vez em quando. Mas então nos separamos, eu, Catherine e Andrômeda seguimos para um lado, e seu pai e os outros seguiram outro. – insinuou.

– Mãe... A senhora conheceu o professor Snape e os pais do Draco? – perguntou Sophie.

– Claro! Snape era o mais quieto do grupo, mas muito inteligente para a idade... Narcissa era com certeza a mais bonita das Black, mas também era a mais nova e logo se juntou ao grupo. Lucio... Bem, o que dizer dele? Lucio era dois anos mais novo que eu, Bella e Severo, mas mesmo assim participava das conversas como um igual. Infelizmente era o maior mulherengo de Hogwarts, e felizmente Narcissa pareceu consertar esse “defeito”...

– Defeito que você parece se lembrar muito bem... – começou uma voz fria logo atrás de mim. – Sra. Seyfried, eu presumo...

– Não me diga que não me reconheceu? – perguntou a Sra. Seyfried levantando sua sobrancelha. – Estou tão diferente assim Lucio?

– Como disse? – indagou minha mãe, de braços dados com meu pai, claramente indignada com a ousadia de outra mulher chamar seu marido pelo primeiro nome.

Merlin, tem como isso ficar pior?

– Narcissa! Lembro-me que você era a mais nova do grupo... – comentou Meryl – Como está Bella? Nunca mais a vi desde a formatura...

– Meryl? – surpreendeu-se minha mãe – Meryl String?! Merlin, eu não acredito! Você está tão diferente... Eu não acredito que você é a mãe da Sophie...

– Decidi mudar um pouco... – piscou - Conhecem meu marido? – apontou para o homem que manteve-se calado até então.

– Percy Seyfried – apresentou-se ele beijando a mão de minha mãe e apertando a de meu pai.

– Então você é a bruxa que assumiu o cargo da Umbridge... – comentou meu pai. – Parece que conseguiu o que queria...

– Promoções sempre são bem vindas Lucio. – respondeu ela sorrindo. – Soube que você é bem influente no Ministério...

– Nome é algo forte no mundo dos bruxos.

– Claro que é... – ironizou - Mas acho que nosso tempo acabou, vamos Percy?

– Claro, foi um prazer conhecê-los. Sr e Sra Malfoy, Sr Malfoy... – cumprimentou – Sophie, porque não vem com a gente um momento?

– Tudo bem pai. Te vejo depois Draco – falou a loirinha afastando-se ao lado do pai.

– Foi bom revê-los... – disse Meryl – Meus parabéns Narcissa, você conseguiu transformar um mulherengo de primeira em um pai de família... – riu – E mande um beijo para a Bella, embora eu ache que ela mereça outro tipo de beijo... – sorriu afastando-se também.

– O que foi isso? – perguntei segundos depois.

– Meryl estudou em Hogwarts na mesma época que nós. – respondeu minha mãe – Mas parece que ela ficou muito mais...determinada...depois da escola.

– A palavra certa é fria. – falou alguém ao meu lado subitamente. – Ela nunca foi mais indiferente do que agora... Quem diria não?

– Está na hora de irmos Katrina, já deu de festa por hoje – respondeu meu pai puxando minha mãe junto.

– É claro cunhadinho... – ironizou ela.









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Notas finais do capítulo

Esse capítulo poderia ter outro nome: "Mothers" kkkkkkk

Parece que a Bellatrix realmente gosta da Violet não?? Que confissão foi aquela??

Eu adorei escrever o "interrogatório" da Sra. Seyfried... Ela parece bem durona não??? Estou pensando em dar uma cena importante para ela no fim dessa temporada... O que acham?? Meryl Seyfried mostrando seu poder!!! kkkkk

Só para esclarecer algumas coisinhas:

— Meryl (String) Seyfried e Catherine (Jones) Addams são Sonserinas e realmente fizeram parte do grupinho de Lucio Malfoy, sendo que a loira era a mais velha (assim como Bellatrix e Severo) e melhor amiga da Bella. Quando a maioria deles se tornou Comensal, elas duas se afastaram e nunca mais se viram... Meryl foi para o Ministério e Catherine tornou-se auror.

— Antes da intervenção do Ministério a Umbridge era a Vice-Ministra, porém, como ela foi para Hogwarts, seu cargo ficou vago. Logo, a funcionária de maior competencia foi colocada em seu lugar: Meryl. Ou seja, a mãe da Sophie é a Vice-Ministra [por enquanto (spoiler)]!!!

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Capítulo 32 – Now I See
(...)
— Alastor... Eu estive lendo algumas coisas na biblioteca e fiquei extremamente curiosa... – comecei segundos depois inocentemente.
— E o que seria? – perguntou desconfiado.
— Hipnose. – respondi – É possível?
(...)
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No próximo teremos uma dança de irmãos, a partida dos Krum (com uma descoberta que já está demorando!) e dos malfoy (com um pouco de Violet VS. Katrina) e uma conversinha esclarecedora com Alastor... *o* Será que ele vai desconfiar??

Bjjss e não deixem de comentar!!