Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 23
Capítulo 22 – Morgana


Notas iniciais do capítulo

Não me matem sim??



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Capítulo 22 – Morgana

“Morgana”

– Violet – 12 de janeiro de 1996 –

Assim que deitei em minha cama na noite passada desmaiei. O feitiço que Alastor mandara, além de curar a ferida no meu punho, tinha praticamente me anestesiado e me derrubado a noite toda... Ou seja, era maravilhoso!

Logo que acordei tomei um longo e demorado banho para tirar definitivamente qualquer resquício da detenção ou do ensaio. A água quente relaxava meus músculos e pouco a pouco me senti inteira novamente, como se a ferida da detenção nunca tivesse acontecido.

– Violet sai logo desse banheiro! – Alessa gritou do outro lado da porta – Tem gente querendo usar também sabia?

– Já vou! – respondi

– Então vem logo que senão eu arrombo essa porta! – falou Alessa

– É incrível o bom humor de vocês de manhã... – ironizei saindo segundos depois.

– Primeiro o banho, depois conversamos... – disse a ruiva de olhos fechados entrando no banheiro.

– Por que a Sophie ainda está dormindo? – perguntei ao perceber que a loirinha estava praticamente desmaiada sobre a cama

– Ela ficou acordada até tarde ontem e brigou comigo quando tentei acordá-la hoje... – riu Mary – Mas e a detenção... Como foi?

– Umbridge pegou pesado ontem. A dor era dobrada e a frase era escrita lentamente... Quase insuportável...

– Ela não pode continuar fazendo isso! – gritou Alessa do banheiro

– Pensei que estivesse dormindo em pé aí dentro! – respondi rindo

– Como eu disse, água me desperta! – gritou de novo

– Talvez devêssemos tentar isso com a Sophie... Como ela consegue dormir tanto? – perguntei

– Não façam isso com a minha loirinha... – rebateu Mary – Deixem ela descansar um pouco, ainda temos tempo para a primeira aula...

– Por isso que ela é assim... Você a mima demais... – brincou Alessa saindo do banheiro logo em seguida

– O que posso fazer? Essa loirinha é a minha loirinha... – riu Mary em resposta

– Não precisa ficar com ciúme Alessa, você é a minha ruivinha... – brinquei – Vamos fazer inveja nessas duas...

– É isso aí! – falou ela batendo a mão na minha

– Voltando ao assunto... Continua contando Violet... – pediu Mary ajeitando o cabelo

– Depois que saí da detenção fui ao ensaio com o Draco... – e assim contei tudo que acontecera noite passada. Ficamos quase uma hora sentadas na cama da Mary. Falei sobre a mão machucada, a dor que sentia cada vez que caia, do meu silêncio, da cena na cozinha, de meu novo amigo e até mesmo do Monstro.

– Uau... Draco Malfoy pediu desculpas e ainda foi promovido à seu amigo? – perguntou Alessa boquiaberta

– Exatamente. – concordei

– Isso é o que eu chamo de mudança radical... – comentou Mary rindo logo em seguida

– Quem vai acordar a Sophie? – perguntou Alessa divertida

– Se for você, capaz de ela levar um banho de água fria... – riu Mary indo até a cama da loira

– Ah, cortou minha diversão... – reclamou Alessa

– Sophie... Sophie acorda... Sophie! – chamou Mary – Ela não acorda!

– Agora é comigo – disse Alessa sentando ao lado da loira – Sophie querida? FOGO!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – gritou no ouvido dela

– Ah! O quê?! – disse Sophie sentando-se bruscamente da cama – Mas o que... Alessa. – concluiu com raiva – Ruiva, eu te mato se me acordar desse jeito de novo!

– Você sabe que horas são? - perguntei

– 6:30, as aulas começam às 7 e a primeira é da McGonagall. – avisou Alessa.

–Droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga! – disse Sophie levantando-se rapidamente e indo até uma das portas.

– Esse é o closet!

D! – resmungou virando a direção e finalmente entrando no banheiro, onde permaneceu pelos próximos 20 minutos.

– Será que ela dormiu lá dentro?

– Eu ouvi isso Mary! – gritou ela saindo logo em seguida

– Finalmente! – exclamou Alessa – Mas... Você ainda não está pronta?!

– Podem ir na frente, ainda preciso trocar de roupa e pegar meu material... – disse ela correndo pelo quarto

– Tem certeza que não quer ajuda? – perguntei

– Não, vocês só ficam rindo de mim... – reclamou – Agora vão logo! E guardem lugar para mim!

– Sim senhora... – falou Alessa rindo – Até depois loira!

– A ameaça ainda está de pé ruiva! – gritou ela assim que começamos a descer as escadas

– Draco –

Droga, atrasado, atrasado, atrasado, atrasado!!

– Droga... – reclamei pegando minha mochila e descendo a escada rapidamente.

Eu não acredito que os roncos do idiota do Zabini não me deixaram dormir...

Estava tão atrasado que não olhei para frente em momento algum, o que rendeu-me um belo encontro com o chão, mas a pior parte é que alguém tropeçou em meu pé e caiu sobre mim.

– Ahh! – exclamou ela – Não olha por onde anda não?!

– Você que não... Sophie? – falei quando percebi que era ela

Malfoy? – disse encarando-me

– Atrasada também?

– O que você acha? – ironizou encarando-me

Nunca tinha percebi antes, mas Sophie Seyfried era uma garota muito bonita. Seus olhos eram azuis claros e brilhantes, a pele clara e as bochechas rosadas.

E naquele momento, eu estava deitado no chão com a loira sobre mim.

Não sei porque, mas aqueles olhos azuis me prenderam de tal forma que esqueci completamente do atraso, tudo que sentia era seu corpo sobre o meu e seus cabelos dourados emoldurando o rosto e caindo sobre meu ombro.

Sem ao menos pensar nos virei, ficando sobre ela. Sophie continuava a me encarar com aqueles olhos claros e suas mãos seguravam meus braços. Se fosse qualquer outra garota, eu certamente tentaria beijá-la, mas com aquela loira eu não conseguia... Com ela teria que ser diferente.

O que está acontecendo com você Draco Malfoy?

– Será que pode...hmm...sair de cima de mim? – perguntou um tanto envergonhada

– Ah, claro, desculpe... – falei levantando-me e esticando a mão para ajudá-la.

– Draco Malfoy pedindo desculpas? Isso é novo... – riu

– Você está diferente... – falei sem pensar – O cabelo...

– Ah droga... – praguejou baixinho – Com o atraso nem lembrei de prender...

Sophie sempre mantinha o cabelo preso num coque ou rabo, mas aquele dia estava totalmente solto, as ondas douradas caiam sobre o ombro e iam até o meio das costas em cachos perfeitos, acentuando os belos olhos azuis e a pele clara.

Violet tinha razão, Sophie poderia se passar por uma Malfoy tranquilamente...

– Você deveria deixá-lo solto mais vezes, fica muito mais bonito... – falei – Mais...selvagem.

Sophie ficou vermelha instantaneamente, o que deixou-a ainda mais bonita.

Merlin como essa garota é bonita! Como nunca percebi?!

– Não precisa ficar vermelha... – ri

– Não estou vermelha... – respondeu colocando as mãos sobre o rosto de uma maneira tão infantil e ao mesmo tempo incrivelmente irresistível.

– Está sim... Aliás, queria te perguntar uma coisa... – falei encarando aqueles olhos azuis

– Então pergunte

– Quer ir ao baile comigo?

Sophie ficou sem reação. Seus olhos me encaravam surpresos e um sorriso de incredulidade brincava em seus lábios.

– C-como é?

– Baile de Primavera... Quer ir comigo? – repeti – Juro que não mordo...

Se não quiser, é claro...

– Ah...E-eu...

– Já tem par?

– Não – respondeu.

– Então aceite meu convite... – insisti olhando-a profundamente – A não ser que tenha nojo de mim, aí é outra história...

– Não tenho nojo de você - respondeu

– Medo?

– Não

– Vontade de socar até a morte? – tentei novamente

– Hoje esse sentimento está reservado para a Alessa... – brincou

– Nossa, para o anjo da sonserina dizer isso foi sério... – debochei – O que a ruiva te fez?

– Primeiro, não sou um anjo – falou com um sorriso torto maravilhoso – Segundo... Ela me acordou gritando no meu ouvido, meia-hora antes das aulas! Aulas? Oh droga, estamos atrasados! – exclamou assim que percebeu que estávamos no Salão Comunal por 5 minutos, ou seja, a aula estava prestes a começar. – McGonagall vai me matar... – murmurou enquanto ajeitava a mochila

Logo em seguida Sophie agarrou meu braço e me puxou para fora do Salão Comunal enquanto corríamos para a aula. Seus cabelos dourados balançavam conforme o movimento e, assim que chegamos à porta da sala, segurei-a pelo braço e a encostei na parede ao lado.

– Você não respondeu minha pergunta...

– Draco precisamos entrar... – falou um tanto desesperada

– Então responda minha pergunta... Aceita ir ao baile comigo? – insisti

Sophie encarou-me nos olhos por um momento e suspirou derrotada.

– Tudo bem, eu aceito... – respondeu

– Ótimo, porque se fosse um não você ficaria presa aqui comigo até dizer sim... – brinquei fazendo-a rir

– Ainda bem que eu disse sim então... – sorriu – Agora...

– O quê?

– Aula! – exclamou soltando-se gentilmente e entrando na sala

– Violet –

– Alí está ela... – disse Alessa assim que Sophie entrou na sala

– E acompanhada do Malfoy! – completou Mary de boca aberta

– Sophie Marie Seyfried, pode nos explicar? – disse Alessa assim que Sophie sentou-se ao meu lado

– Explicar o quê? – perguntou inocentemente

– Não se faça de desentendida... – comecei – Draco Malfoy, o sorriso de ambos, seu rosto vermelho... Há algo que queira nos contar?

– Onde está a McGonagall?

– Não mude de assunto! – exclamou Alessa

– Eu estava atrasada, trombei no Draco e caímos no chão. Ele ajudou a me levantar e elogiou meu cabelo, depois me convidou para ir ao baile com ele mas eu não respondi de imediato, então nós saímos correndo para chegar à aula e antes de entrar ele repetiu o convite e eu aceitei. – falou tudo de uma vez

– Eu só entendi metade... – disse Mary

– E eu só ouvi a parte que “Draco Malfoy te convidou para ir ao Baile de Primavera e você aceitou”... – sorriu maliciosamente.

– Não começa Alessa... – disse a loirinha – Agora é serio, onde está a McGonagall? Eu quase tive um ataque quando pensei que me atrasaria...

– Não sabemos... Ela simplesmente não apareceu – respondeu Mary – E isso é estranho porque Minerva McGonagall é extremamente pontual...

Minerva não apareceu para aquela aula, aliás, não apareceu para nenhuma outra aula durante a manhã passou toda, o que parceu satisfazer Umbridge. A sapa cor de rosa mantinha um sorriso incrivelmente contente, porém, assim que viu meu pulso intacto, seu sorriso se fechou e uma cara de desaprovação apareceu em seu rosto.

Ponto para mim.

Durante o almoço Sophie finalmente nos contou tudo que aconteceu, e dessa vez com detalhes. Era quase surreal saber que Draco Black Malfoy fora educado e a convidou para o Baile gentilmente.

Minerva não apareceu.

Algo estava errado e eu podia sentir.

O dia passou lentamente e, novamente, Minerva não estava para o jantar. Mas o que gerou fofocas em todas as mesas foram Draco, Blás e Theo, que sentaram-se comigo e as meninas e conversaram amigavelmente. Quem não nos conhecesse diria que éramos amigos de longa data.

Draco, por sua vez, não tirava os olhos de Sophie, que ficava vermelha e muitas vezes retribuía o olhar. Era evidente que aqueles dois estavam se interessando um pelo outro.

Gemma foi outra que se aproximou e com ela, o restante do time de quadribol inteiro foi inserido na conversa, o que obviamente incomodou muitas pessoas. Ron, por exemplo, ficou ainda mais convencido de que eu era culpada pelo que aconteceu ao pai e acabou arrastando Harry junto.

Mais um motivo para me deixar triste e magoada: meu próprio irmão não confiava em mim! Por mais que Luna e Hermione o defendessem, eu sabia que ele estava confuso e, de certa forma, também me culpava pelo que aconteceu. Ele apenas viu o ataque ao Sr. Weasley e eu fui a “quase assassina”. Doía lembrar que a mesma pessoa que ano retrasado cuidava de mim como se eu fosse uma criança mudara tanto!

– Rony deve estar bufando de raiva por ter perdido o último jogo contra nós, afinal, eles sempre venceram... – comentou Alessa durante o jantar – Harry é outro. Desde que chegou à escola não perdeu um jogo sequer, sempre teve todas as atenções voltadas para ele por conta dos atos de “heroísmo”... Agora toda essa atenção veio para você, a irmã mais velha, que é da Sonserina e ainda por cima filha do homem que ele mais odeia... Deve ser um pouco frustrante para ele ter saído dos holofotes para dar lugar à irmã sonserina...

– Ele seria muito idiota se o motivo desse afastamento for ciúme e inveja... – falei

– Bom, ele é filho de Thiago e Lillian Potter, dois certinhos que se achavam o centro do mundo... – comentou Mary – Sem ofensas, é claro...

– Não ofendeu. – respondi – Se o Harry quer assim, tudo bem, não vou forçar... - suspirei olhando novamente para o assento vazio ao lado de Dumbledore - Mas o que está me preocupando mesmo é a ausência da Minerva... Ela não é de abandonar as aulas desse jeito...

– Vamos esperar até amanhã, se ela não voltar você fala com o diretor... - sugeriu Sophie

Não foi necessário que eu procurasse Dumbledore, afinal, ele se pronunciou no mesmo instante.

– Atenção todos, por favor... – pediu ele levantando-se - Creio que todos perceberam a ausência da professora McGonagall hoje e muitos estão preocupados... – disse encarando-me com pesar – É meu dever informar-lhes que o Ministério está insatisfeito com o progresso de algumas matérias e decidiu intervir no corpo docente de Hogwarts e, infelizmente, a Profª McGonagall foi afastada de seus deveres para com a escola.

Os alunos começaram a protestar instantaneamente, até mesmo os sonserinos e em especial os grifinórios. Meu peito ficou apertado e meus olhos sentiam uma necessidade incalculável de desabar em lágrimas.

Não, eles não podem fazer isso!! Não com ela!!

– Silêncio, por favor! – pediu Dumbledore novamente. – Eu sei que todos gostavam dela, mas não pensem nesse momento como uma despedida, e sim como um “até breve”. Embora longe, Minerva McGonagall estará sempre em nossos corações... – disse encarando-me – E antes de apresentar a nova professora de Transfiguração, gostaria de propor um brinde... – falou levantando o cálice em suas mãos - ... à Minerva McGonagall.

– À Minerva McGonagall! – exclamaram todos em pé, porém, eu não conseguia me mover.

Olhei para a mesa dos professores e encontrei todos de cabeças baixas e com expressões tristes no rosto, sendo que apenas duas mantiveram-nas levantadas. Snape, que encarava-me pesarosamente, e Umbridge, que mantinha um enorme sorriso de satisfação.

Eu contei a verdade sobre as detenções e Minerva foi punida por me defender...

– Foi ela... – sussurrei com lágrimas escorrendo pelo meu rosto

– O quê? – perguntou Sophie

– Umbridge, foi ela que deu um jeito de afastar a Minerva. – concluí raivosamente fechando minhas mãos em punho

– Violet, se acalme... – pediu Alessa

– Como você quer que eu me acalme? – perguntei ressentida – A Minerva foi afastada por minha culpa! Porque eu não consegui ficar com a boca fechada e falei sobre as detenções com a Umbridge!

– Não adianta nada ficar assim agora! – murmurou Mary

– Além de professora de Transfiguração, Minerva era a vice-diretora de Hogwarts e a diretora da Grifinória. – continuou ele - Com o afastamento da Profª McGonagall, a decisão de ocupar os dois últimos cargos ficou em minhas mãos, sendo assim, a partir de hoje o novo vice-diretor de Hogwarts é Severo Snape...

A mesa da Sonserina explodiu em aplausos, porém, papai não parecia muito satisfeito com a nova decisão, assim como eu. Aquele era o lugar da Minerva.

– Infelizmente não há outro professor grifinório, portanto, Madame Hooch voluntariou-se para assumir o cargo de Diretora da Grifinória. - avisou

Olhei para a mesa da grifinória, meus olhos se encontraram com os de Harry e embora passássemos por uma fase complicada, não pude deixar de sentir sua decepção. Depois de mim ele era o aluno que mais se dava bem com a Minerva, sendo que ela sempre dava o apoio necessário no quadribol e sempre disponibilizava de seu tempo para ajudar "suas crianças", como ela mesma nos chamava.

– Agora eu gostaria de dar as boas vindas à nova professora de Transfiguração, que tenho certeza que será bem recebida por todos.

Eu não diria isso tão cedo...

– Eu lhes apresento a Srta. Morgana Snape – exclamou

Snape? – repeti incrédula

As longas portas de madeira do Salão Principal foram abertas e por ela entrou uma mulher que não aparentava mais de 30 anos. Seus cabelos eram negros como piche e seus olhos azuis claros (ou seriam verdes?), um longo vestido verde musgo alongava-se em seu corpo e joias em tom de esmeralda adornavam seu pescoço.

– Outra Snape? – murmurou Draco confuso

Olhei imediatamente para meu pai, que mantinha uma fúria palpável nos olhos enquanto a mulher apertava a mão do diretor gentilmente.

– Desculpe o atraso Dumbledore, mas tive alguns problemas na viajem... – disse ela com a voz firme e postura altiva.

Isso só pode ser piada... Meu pai disse que éramos os últimos membros vivos da família Prince!

– Snape –

O que ela está fazendo aqui?!

Assim que foi devidamente apresentada, Morgana dirigiu-se ao único lugar vago, que coincidentemente era ao meu lado.

– Ola Severo... Quanto tempo não?

– O que faz aqui Morgana?

– Quanta grosseria! É assim que recebe sua irmãzinha? – debochou – E se não percebeu ainda, estou aqui para substituir Minerva McGonagall. O Ministério não estava satisfeito com o trabalho dela, uma pena não? E ele não é o único que se sentia ameaçado...

– Do que está falando? – perguntei com raiva

– Ora Severo, não se faça de desentendido... Sabe perfeitamente do que, ou melhor, de quem estou falando... - murmurou

– E precisava usar o meu nome?

– Onde estaria a graça se eu não o usasse? E não ouse dizer a alguém a verdade sobre nós... Sabe que posso causar grandes estragos quando quero... – ameaçou encarando-me – Oh aquela é sua filha? – riu assim que viu Violet, que também nos encarava – Ela é a cópia da “mamãe Eileen” não é? – riu

– Não chegue perto dela Morgana... – rosnei

– Onde está seu senso de humor Severo? – brincou

– Violet –

O que eles tanto falam?

– Violet, quem é ela? – perguntou Sophie

– Não faço ideia...

Como foram capazes de afastar McGonagall e substituí-la desse modo?

Durante o jantar percebi que meu pai e Morgana conversavam o tempo todo, porém, não aparentava ser nada agradável. Vez ou outra a mulher pousava seus olhos em mim, mas logo passava para o resto do salão.

Assim que terminamos o jantar fui à sala de DCAT para minha segunda detenção. Umbridge parecia determinada a me fazer sofrer, porém, eu obviamente mantive a expressão fechada e até serena de mais. Se Dolores Umbridge pensava que conseguiria me afetar, teria que fazer muito mais, afinal, eu estava determinada a irritá-la o máximo possível.

Ao final de duas longas horas meu punho estava exatamente como na última noite e Umbridge parecia mais satisfeita ao vê-lo sangrando. Logo que sai da sala fui à cozinha e me encontrei com Draco, que novamente lançou o feitiço de cura.

– Melhor?

– Sim, obrigada – falei – Vamos terminar logo essa monitoria, quero dormir cedo...

Percorremos todos os corredores do castelo e estávamos quase terminando, porém, aquela mulher de olhos azuis não saia da minha cabeça.

– Então existe outro Snape no mundo? – começou Draco

– Aparentemente sim...

Aparentemente? Você não conhece sua própria família?

– Nunca pensei que existisse outro Snape vivo... E meu pai nunca falou em algum parente... – respondi

– Então não conhece aquela mulher?

– Não.

– Ela não se parece em nada com o Snape... Talvez um pouco com você, mas com ele sem chance...

– Comigo? Você está cego Draco?

– É claro que não! O cabelo dela é idêntico ao seu, os olhos são azuis e obviamente é da Sonserina.

– E por que aposta que é da Sonserina?

– Além do fato dela usar roupas verdes e ser parente de dois Snape’s sonserinos? – ironizou - Não sei, talvez por ela ter um colar igualzinho ao seu... – apontou para o pingente em meu pescoço.

Talvez esteja certo, meu pai disse que esse colar era uma “joia de família”, e se ela realmente for uma Snape, é claro que teria um colar como o meu.

– Parece que a genética não foi muito generosa com os homens da sua família hein? Só as mulheres se deram bem! – debochou

– O que quer dizer com isso? – parei abruptamente encarando-o divertida – Me acha bonita Sr. Malfoy?

– Eu não sou cego Snape. – respondeu de costas para mim – E sua tia é... Digamos que... Uma maravilhosa visão. Acho que vou me dar bem em Transfiguração esse ano...

– Acho que devo te lembrar que os Snape são conhecidos por seu gênio forte... Meu pai é um professor bem severo e frio, quem garante que ela também não é? – debochei

Dessa vez Draco é que parou abruptamente.

– Para toda regra há sua exceção... – sorriu debochadamente e voltou a me seguir

– E a Lizzie é prova viva disso não?

– Exato. O ponto é... – disse caminhando ao meu lado - Só porque seu pai é daquele jeito, não significa que aquela maravilha também seja.

– Ela tem nome sabia?

Morgana Snape. – respondeu - Ela tem seu cabelo... – brincou

– Draco Malfoy seu cachorro! – exclamei rindo também

– Assim me magoa... – falou colocando a mão sobre o coração.

– Finge que é verdade que eu finjo que acredito... – debochei dando um leve empurrão em seu ombro.





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Notas finais do capítulo

Draco Malfoy, seu fofo!! kkkk A maioria já esperava que a Sophie era o novo interesse romântico dele, mas mesmo assim eu pergunto: O que acharam dos loirinhos juntos??? ^^

E quanto à Morgana??

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Capítulo 23
(...)
Assim que entrei na sala de transfiguração percebi que a decoração já não era a mesma, estava mais moderna e despojada, e a mesa antiga fora substituída por uma de carvalho negra. Meu peito ficou apertado instantaneamente, Minerva deveria estar em pé ao lado da velha mesa em mogno, repleta por livros e penas. Aquilo não estava certo.
(...)
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*o*

Bjjss e até o próximo!!
Não deixem de comentar!!


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Caso eu não apareça até amanhã à noite...

Feliz Ano Novo!! Que 2014 traga todas as oportunidades que 2013 deixou à desejar!!! Desejo muito amor e muita paz nesse novo ano que se inicia... Bjjss!!!