Half of My Heart escrita por SandyCoelho


Capítulo 7
Capítulo 5- Parte II


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está a segunda parte do capítulo! :D

Espero que vocês gostem e que comentem muito!

Obrigada a todos os que comentaram os capítulos anteriores! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439787/chapter/7

(Oliver ON)

Pego no tabuleiro e dirigimo-nos os dois para a sala onde um ambiente aconchegante nos espera.

Estar em casa da Felicity faz-me sentir em paz. Uma paz interior que só sinto quando estou próximo dela. Esta confusão de emoções que me percorrem quando estamos perto um do outro fazem-me sentir a necessidade de tê-la por perto em todos os momentos da minha vida.

Sinto uma necessidade enorme de protegê-la, de a manter em segurança, de a apoiar como ela me apoia a mim.

Pousei o tabuleiro na mesa e sentámos-nos no sofá. Estávamos próximos porque o sofá é pequeno e inclinámos-nos para a mesa ao mesmo tempo para irmos buscar o chocolate. As nossas mãos tocam-se e sinto uma descarga eléctrica a subir pelo meu corpo acima. A pele dela é suave, macia e delicada. Como gostava que todas as minhas madrugadas terminassem assim. Com chocolate quente, bolo de iogurte e a Felicity ao meu lado.

– Obrigado Felicity. – Digo olhando directamente para ela. – Está tudo delicioso, parabéns!

– Oh, não precisas de agradecer Oliver, não foi nada demais. – Responde ela, modesta como sempre.

– Não estou a agradecer só por isto – continuo referindo-me ao convite que ela me fez – quero agradecer-te por tudo o que tens feito por mim, por toda a ajuda e apoio que me tens dado. Não sei o que seria de mim sem ti ao meu lado. – Acabo perguntando-me a mim próprio onde fui arranjar coragem para me expor assim, desta maneira, em frente à Felicity.

Noto que ela fica séria a olhar para mim, como alguém que ficou surpreso e não estava a espera de ouvir algo assim dito por mim. Eu compreendo, não era para menos, nunca fui muito de me expor em situação alguma e neste momento estou a fazer exactamente isso.

– Oliver,– inicia Felicity, que ainda tem a caneca na mão e noto que estamos cada vez mais próximos – és meu amigo, eu nunca te negaria ajuda e vou sempre apoiar-te. Tu já sabes que eu sou uma desastrada com as palavras, que muitas vezes fico sem jeito quando estou ao teu lado, mas também és importante para mim. – Continua e os nossos corpos estão a tocar-se e o espaço entre nós parece cada vez mais inexistente – Apesar de tudo o que implica estar ao teu lado, os horários descontrolados, as horas passadas no armazém afastados do mundo, os perigos que as nossas missões nos trazem, estou feliz por te ter na minha vida. – Ela termina e parece que o mundo à nossa volta parou. Estamos a olhar um para o outro, tão próximos que consigo sentir a respiração dela junto de mim.

Num impulso, pego na mão que ela tem livre e começamos os dois a fechar os olhos, aproximando os nossos rostos. Somos despertados da nossa situação quando dou um grito de dor que se deve ao facto de a Felicity ter entornado sobre mim o chocolate quente que ainda tinha na caneca.

Quando ela ouve, afasta-se rapidamente.

– Desculpa, desculpa Oliver – diz constrangida levantando-se de imediato e dirigindo-se à cozinha pegando num pano molhado, regressando rapidamente – Deixa-me ver se consigo tirar a nódoa. – Fala aproximando-se de mim com o pano molhado, olhando para a enorme mancha que tinha nas minhas calças.

– Felicity, deixa lá isso, são apenas umas calças – digo olhando para ela que tenta, em vão, fazer desaparecer a nódoa das minhas calças. – Quando chegar a casa trato disso, quer dizer, tratam disso por mim. – Continuo, divertido e agarro na mão em que ela tem o pano, afastando-a das minhas calças.

Os nossos olhares cruzam-se e tenho cada vez mais a certeza que a atracção que sinto por ela é correspondida. Quando olhamos um para o outro, parece que paramos no tempo e que nada mais existe para além de nós.

Levantámos-nos ambos do sofá e estamos de frente um para o outro quando a Felicity recomeça a falar.

– Oliver, não achas que está tarde? – Pergunta tentando aliviar o ambiente que existe entre nós os dois. – Não achas que vão achar estranho que chegues tão tarde a casa? – Continua afastando os olhos dela dos meus. – Depois do dia de hoje, acho que merecemos os dois descansar. Não penses que te estou a mandar embora, não é isso, eu gosto de te ter aqui – pela cara dela noto que ela disse este último comentário involuntariamente. – Mas acho que temos os dois que descansar se queremos que amanhã o dia de trabalho corra bem.

– A noite ainda é uma criança, nunca ouviste dizer Felicity? – Respondo tentado deixá-la à vontade – E não te preocupes que já sou um homem adulto e crescido o suficiente para que as pessoas comentem ou fiquem preocupadas se eu passo ou não a noite em casa – continuo, dando um sorriso – Para além do mais, eu moro sozinho. Quanto ao trabalho, acho que uma folga não faz mal a ninguém senhorita Smoak. E eu também gosto de estar aqui contigo Felicity. – Termino.

– Está bem então Oliver – responde já mais descontraída – O que queres fazer agora? – Pergunta – Que achas dum filme? Deve estar a passar algum na televisão e pode ser bom para adormecermos – continua atrapalhando-se – não que eu queira adormecer contigo, ou que durmas comigo…Oh, tu percebeste, pode ser bom para passarmos o tempo. – Termina.

– Pode ser Felicity – digo e já estamos ambos a sentar-nos no sofá – Escolhe tu. – Pego no comando que estava em cima da mesa e entrego-lhe – Mas por favor, nada de filmes lamechas sim? – Peço divertido.

(Felicity ON)

Ele aceitou o meu convite e está em minha casa, a beber chocolate quente, sentado no meu sofá, comigo, a ver um filme.

Isto parece um sonho, um daqueles que eu tenho com mais frequência do que aquela que eu queria.

E nós quase que nos beijamos, se eu não tivesse sido desastrada e virado o chocolate quente nas calças dele, nós tínhamos-nos beijado. Ou estarei eu a fazer um filme na minha cabeça? Não, não estás a fazer um filme Felicity, a atracção entre vocês é inegável e depois de hoje estais mais próximos do que nunca, penso comigo mesma.

Estou à procura dum filme que não seja lamechas na televisão, e paro quando acho que encontro o perfeito. Perfeito não diria, porque eu sou daquelas que gosta de comédias românticas, mas paro naquele que acho que não vai fazer o Oliver reclamar.

– Que achas deste? – Pergunto ao Oliver – Foi o melhor que consegui arranjar, uma vez que não tenho um video-clube disponível na sala de estar – continuo brincando com ele e com a sua imensa fortuna, ele faz cara de divertido e isso deixa-me com um sorriso no rosto.

– Está óptimo Felicity – Ouço o Oliver responder. – E da próxima vez fazes a escolha no video-clube lá de casa se quiseres. – Diz ele divertido, e eu fico sem saber se ele está a falar a sério ou se isto é só uma forma de me deixar corada.

– Isso é um convite Oliver? – Continuo. Estamos tão próximo sentados no meu minúsculo sofá que quase que consigo sentir a respiração dele no meu pescoço. – Ou estás a dizer isso para me deixares envergonhada?

– Vamos ver o filme Felicity – Diz Oliver e acho que ele está a fugir à minha pergunta. – Põe-te confortável, não é porque eu vim invadir o teu espaço que não te podes pôr à vontade em tua casa.

Estas últimas palavras do Oliver são como um convite para mim, e subo as pernas para o sofá e assim, ficámos ainda mais próximos. Ele pega nas minhas pernas e coloca-as no seu colo, cobrindo-me com a manta que está em ao lado do sofá.

– Obrigada. – Digo-lhe em voz baixa.

– Não tens de quê Felicity. Obrigada eu pela excelente companhia, pelo chocolate quente e pelo filme. – Diz o Oliver, olhando-me nos olhos, para em seguida, encarar a televisão.

O filme que está a passar na televisão mete muitas armas de fogo, muita porrada e luta. Não é algo que eu aprecie muito e mesmo que fosse, era difícil prestar atenção ao que quer que fosse, estando com o Oliver ao meu lado, passando de vez em quando as suas mãos fortes pelas minhas pernas. Isto está a deixar fora de mim, e tenho a certeza que o Oliver já me apanhou a olhar para ele mais do que uma vez. Acho que não sei ser muito discreta.

Acho que acabei por dormitar no sofá, porque quando ouço o meu nome na voz do Oliver, abro lentamente os olhos e reparo que o filme já acabou na televisão.

– Felicity – ouço o Oliver dizer em voz baixa. – Vamos, eu levo-te até ao teu quarto. – Sinto que o Oliver tira as minhas pernas do seu colo e se levanta do sofá, pegando em mim ao colo. Eu tento, em vão, que ele me solte.

– Oliver, ainda sei o caminho para o meu quarto, não preciso que me leves ao colo como se fôssemos namorados ou casados. – Digo com a voz um pouco ensonada. – Anda lá, larga-me Oliver.

– Felicity, deixa-te de coisas, estás quase a dormir de pé, eu levo-te ao quarto. – Diz-me o Oliver impedindo-me de me soltar dos seus braços. – Agarra-te ao meu pescoço.

Ponho os braços à volta do pescoço do Oliver e ele sobe as escadas que dão acesso ao meu quarto. Esta sensação é óptima, tê-lo tão perto de mim, o seu calor junto ao meu corpo, sentir o perfume dele e sentir o toque da sua pele na minha. Podia ficar assim para sempre, não me importava que ele levar-me ao quarto se tornasse rotina.

Chegámos ao meu quarto rapidamente. A minha casa não é muito grande por isso a distância da sala ao quarto é curta. Sinto o Oliver pousar-me muito devagar na cama, eu solto os meus braços do pescoço dele, agarrando-lhe a mão, impedindo-o de ir embora.

– Obrigada Oliver. Pelo final de noite fantástico. – Digo, e quando ele se tenta soltar da minha mão, levanto-me devagar, aproximo-me dele e dou-lhe um leve beijo no rosto, muito próximo dos seus lábios. Não sei onde fui buscar esta coragem repentina, mas acho que deve ser o meu subconsciente a falar mais alto.

– Não precisas de agradecer Felicity. Faria tudo novamente, gosto de estar contigo e ter-te por perto é uma das melhores partes dos meus dias. – Diz-me Oliver, e noto um certo nervosismo na sua voz. Ele aproxima-se de mim, deita-me a cabeça na almofada e dá-me um beijo na testa, soltando-se da minha mão que ainda o agarra.

Sinto que ele se afasta da minha cama, e a última imagem que tenho é a dele aproximar-se da porta, abri-la e sair do meu quarto.

Deixo-me cair num sono profundo, eternizando esta noite na minha memória para sempre. Nunca imaginei que algum dia eu fosse estar tão próxima do Oliver. E saber que esta atracção que sentimos um pelo outro não é algo da minha imaginação, deixa-me com esperanças que um dia, algum de nós tenha a coragem de dar o primeiro passo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Estão a gostar? :D
Espero que comentem muito, gosto de saber a vossa opinião e estou aberta a sugestões! :D
Favoritem, comentem e recomendem! ;)
Muito obrigada a todos os acompanham a minha fic! ;)
XoXo, Sandy
Até ao Capítulo 6