Apesar das Diferenças escrita por Yui Snow


Capítulo 1
Prólogo - Uma oportunidade irrecusável


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!!!! Ok, não sou a Kéfera disfarçada, nem uma imitação barata dela, mas quem se importa? EU VOLTEI! Enfim, pelo menos por enquanto rsrsr (mentira, prometi terminar essa história, meus amorés). Ó, dessa vez não tem demônios, mundo pós apocalíptico, nem nada assim... Espero que não se decepcionem =( Enfim, dessa vez é um romance bem... Sei lá como vai ser, mas espero que gostem, tá? Beijos.



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Era uma noite de inverno, o céu estava cinzento e a neve caia lentamente, como plumas em minha cabeça. Olhei para cima, sentindo o frio e a umidade dessa neve, incrivelemnte refrescante, em meu rosto. Na verdade, eu gostava da neve e do frio. Eram reconfortantes. Então ouvi uma buzina, olhei para o lado, tinha um carro parado ao lado do parque em que eu estava.

Eu estava voltando para casa, trabalhava o dia todo, de modo a ajudar a minha irmã mais velha com as despesas de casa. Eu havia terminado a escola precocemente. Meus pais morreram quando eu tinha 5 anos e eu mal lembrava deles, só lembrava que não tive uma vida fácil desde então.

Ouvi um assobio vindo do carro parado, olhei para ele, indiferente, e vi o homem dentro me chamar com a mão. Eu vestia um sobretudo preto, grosso, cachecol vermelho e botas de salto agulha, pois eram as mais baratas do bazar (as roupas estavam bem gastas, apesar de parecerem chiques a primeira vista). Fiquei encarando o cara do carro, sem me mover, até ele se tocar e voltar a acelerar. Então, já fora do meu devaneio, voltei a caminhar para casa, sorrindo de leve com a confusão.

Enquanto caminhava fiquei pensando e refletindo sobre o quanto eu mudara desde que eu me lembrava. Sempre fui uma garota parruda na infância. Era a mais alta e gordinha da turma, tinha os cabelos cacheados e levemente crespos e os olhos que não se decidiam se eram verdes ou castanhos. Não era exatamente bonita. Sempre acharam que eu ia virar uma mulher horrorosa. Meu rosto era comum até para uma criança, chegava a ser feio, e eu era meio corcunda. Ri com esse ultimo pensamento. Quem diria que essa garotinha hoje viraria uma modelo por meio período. Não que eu fosse famosa, ou algo assim.

Hoje... Bem. Ainda alta, mas magra, com o cabelo com grandes cachos batendo até a minha cintura, a pele naturalmente bronzeada, olhos castanhos com fios esverdeados e um sorriso estonteante. Pelo menos era o que constava em minha ficha. E apesar do que parece, minha vida era bem divertida e atípica. Eu não tinha tanto do que realmente reclamar.

Comecei então a balançar a bolsa e a cantarolar, andando no ritmo da musica que eu cantava mentalmente (o refrão de Get Lucky, do Daft Punk) ao perceber que estava chegando em casa. Tive um dia cansativo e a ideia de deitar e por os pés pra cima me animava muito. Embora, muito provavelmente, minha irmã fosse me designar para uma tarefa de casa, como fazer o jantar. Ao me aproximar realmente de nosso rua, comecei a andar rápido, pois nosso bairro não é bem o que pode se chamar de seguro.

Cheguei rapidamente a porta de casa, peguei a chave e entrei. As luzes estavam apagadas. Tive medo por um segundo, acendi então a luz, sem fechar a porta e então minha irmã, com um chapéu cônico na cabeça e uma corneta de assoprar, daquelas de 1,99, na boca, assoprava e gritava: SURPRESA!!!

Realmente, eu estava surpresa, fechei a porta rindo, entrando e dando um abraço nela. Minha irmã era uma garota extremamente alegre e baixinha, bonita a seu modo. Não eramos parecidas pois, na verdade, ela me adotara. Era amiga de minha mãe, e tinha 20 e poucos anos apesar de tudo. Mas parecia ter a minha idade, então, ao invés de mãe adotiva, era minha irmã adotiva. Seu nome era Elizabeth, ela era magra, com a pele clara como a neve e tinha o cabelo preto como o breu e olhos azuis. Era praticamente perfeita, e sempre tinha muitos admiradores.

Trouxe alguns amigos para um pequeno parabéns, Sophie ela disse enquanto eu fazia uma careta. Odiava comemorações e ela sabia, mas percebendo a careta, sussurrou São alguns clientes meus da agencia e seus filhos adolescentes. Todos ricos, influentes e caidinhos por mim. Tem um em especial que eu quero que você conheça. ela sorriu, piscou para mim e deu um tapa em minha bunda entrando para a sala de estar.

Nossa casa era quase um apartamento em um solo. Ficava numa comunidade quase desconhecida de predinhos de tijolinhos, como aqueles de NY, de dois andares e quase esmagados um ao lado do outro. Mais em comprimento o espaço era bom, e para duas pessoas, era até espaçoso. Ao ir para a sala, fiz minha maior cara de alegria e seriedade ao mesmo tempo, e comecei a observar o local.

Realmente, uns 4 homens de ternos (sem esposas ou acompanhantes) se encaravam desconfiados, e alguns garotos e garotas mais ou menos da minha idade (16 anos, ops, digo 17) conversavam no canto. Os homens bebiam vinho e os garotos refrigerante de guaraná. Todos pareciam ricos, e realmente, caidinhos pela minha irmã (os homens mais velhos, claro). Havia até uns bonitos.

Pessoal minha irmã disse, e todas as atenções se voltaram para ela essa é a aniversariante da noite, minha irmã, linda e maravilhosa: Sophie! todos bateram palmas, para o meu espanto, e então começaram um tradicional parabéns para você puxado Eli.

Um dos homens mais velhos cutucou um menino que pegou o bolo com as velas da mesa (que alias, eu nem tinha o reparado lá até então) e o trouxe até mim para que eu o soprasse. Ele parecia aborrecido com a situação, mas eu nem liguei e apenas assoprei o bolo, fechando os olhos. Todos aplaudiram mais, e eu me perguntava o quanto Elizabeth seduzira esses caras para chegar a esse ponto, mas decidi não ligar.

Ao fim de toda aquela algazarra, todos servidos e voltando a conversar, Eli me arrastou para ir conhecer um cara, que parecia ser o mais velho de todos. Por um acaso o cara que obrigara o filho a levar o bolo pra mim. Ele sorriu para a minha irmã, segurando sua mão e beijando-a. Logo se dirigiu para mim e fez o mesmo, me olhando de cima a baixo, se apresentando como Sr. Wolfstein.

Sua irmã estava corretíssima ele disse. Parecia ter uns 70 anos e ser um velhinho bem simpático você é realmente estonteante. Então, minha querida, soube que terminou a escola esse ano, um pouco mais cedo que o comum. Sua irmã disse que além de linda você era muito inteligente, e como a sua beleza já pude comprovar, gostaria de convida-la para fazer a prova para entrar na nossa faculdade, onde sou o reitor principal, e que está vinculada a uma das maiores agencias de mada do mundo. ele dizia sem parar ou me dar tempo para responder, como se tivesse medo de que eu não quisesse ouvir - Você poderá se formar em alguma matéria vinculada a moda e entrar na escola para modelos dessa agência, e se tiver boas notas, conseguir um contrato bem gordo com a própria ele piscou.

É uma oportunidade única, mana. Eli completou e o gentil senhor Wolfstein aqui é um dos reitores dessa faculdade. Contei sua história e seu sonho, e conhecendo nossas condições e comprovando você ser uma garota linda e você passando na prova... Bem ela sorriu.

Eu estava tão emocionada e impressionada com a oferta que eu nunca ouvira falar que estava simplesmente muda e atônita. Eu olhava de um para outro, sem acreditar. Finalmente consegui pronunciar:

E-eu acho que posso pensar nisso... limpei a garganta senhor Wolfstein, essa proposta é simplesmente irrecusável, mas poderia me mandar um e-mail com os detalhes e me dar uns dias para pensar? Não posso abandonar minha irmã assim do nada sorri gentil para ele, que retribui o sorriso.

Eu entendo perfeitamente, senhorita ele retribuiu o sorriso, também gentilmente. hoje mesmo providenciarei isso. Mais a viajem ocorrerá em três dias, então terá até lá apenas para decidir, certo? eu fiz que sim com a cabeça.

Mas, para onde a viajem?

Ora, Paris minha querida! ele exclamou sorrindo, e isso instigou minha vontade de ir. Afinal era Paris. PARIS. Sempre sonhara em ir para lá, apesar de tudo.

Mas apenas sorri e agradeci a oferta, me despedindo com a desculpa de não poder ser monopolizada, e então fui levada por minha irmã para conhecer o resto dos convidados. Mas essa parte passou vagamente por minha cabeça. A parte que mais me lembro fora de o garoto do bolo vir até mim, mas ao perceber a minha distração ir embora.

Após o fim da festa, ajudei a minha irmã a limpar tudo e fui dormir. Acordaria cedo no dia seguinte, iria para a lan house mais próxima e descobriria mais sobre essa faculdade dos sonhos. E Foda-se o trabalho.

No dia seguinte, foi exatamente o que eu fiz. Eu me lembrei então que não havia passado meu e-mail para o Sr. Mas chequei mesmo assim, e lá estava:

Cara,

Nós da Universidade Interativa Internacional de Paris (UIIP) ou International Intaractive University of Paris (IIUP), gostaríamos de convidar a você, senhorita Sophie R. Stuart, a fazer parte do programa de honra: New Models Oportunit. Esse programa tem a seleção feita em 1 a cada 5 ano, com a inscrição de cerca de 17 mil garotas, que após passar na pontuação minima requerida, são submetidas a testes físicos, fotográficos e de interação.

Apenas 30 garotas são escolhidas dentre essas 17 mil. E não ganham bolsa. Estamos convidando a senhorita para ganhar uma bolsa integral, apenas necessitando fazer os testes e passar nos mesmos para entrar na UIIP.

As candidatas aprovadas tem direito/dever a/de fazer um curso da faculdade em qualquer que seja a área, desde que não interfira em sua atuação como modelos. A empresa vinculada a essa escola é a IMC, uma das maiores agencias do mundo.

Aguardamos ansiosamente sua resposta, e agradeceríamos muito a sua presença.

Ass:

Garrick Wolfstein, 2° reitor da UIIP/IIUP.

CEO, diretor e maior acionista da IMC.

Reitoria da UIIP/IIUP.

Ao terminar de ler aquela mensagem, o modo como o Sr. Wolfsteins conseguira meu e-mail já não importava mais. Eu iria aquela escola. Passaria nos testes e ganharia meu contrato com a IMC. Seria loucura não ir.


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Notas finais do capítulo

Gente, lembrando: MEU WORD NÃO TEM CORRETOR. Então muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita coisa passa despercebida por mim... Se quiserem indicar os piores erros pra eu corrigir, aceito de bom grado. Beijos e queijos (sou mineira, amo queijo, então sintam-se amados), té mais.



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