Psicose x escrita por Alexandre Silva e Dutra


Capítulo 1
Prólogo




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Era início de milênio, a casa estava cheia; cheia de familiares. Era aniversário de Brenda. Garota jovem ainda. Convidara apenas seus familiares e no máximo três colegas do trabalho. Brenda tinha longos cabelos cacheados e marrons. Era uma bela morena, altura suficientemente boa para qualquer marmanjo que a quisesse, mas ainda era solteira.

Quando se juntavam todos para cantar os parabéns; a mesa rodeada de guloseimas. O telefone tocava. Poucos ouviram, mas Brenda estava preocupada com sua vida, e sem prestar muita atenção para o que a maioria dizia, ouviu o telefone e foi atender.

- Alô – Ela dizia.
- Olá, cara aniversariante – Uma voz simulada e ofegante estava do outro lado
- Quem é você?
- Pode me chamar de divindade se quiser.
- Você está me assustando...
- Não se preocupe minha querida. Logo não terás porque se preocupar.

Brenda, assustada, desligara o telefone. Voltara para a mesa e assoprava logo as velas. Subitamente correu para seu quarto e trancou a porta. No seu quarto deitou-se em sua cama leve e lisa. Olhou o toca-fitas e apertou o play, nada tinha a fazer então apenas ficava ali deitada e vendo o céu estrelado como de costume.

O telefone do quarto tocava; Brenda apavorada não atendeu ao telefone. Ainda estava assustada com o ocorrido de antes. Repentinamente ouvira um bater de dedos na porta. Ouvira uma voz suave dizendo:

- Brenda, querida, venha aproveitar sua festa.

Ela reconhecia a voz; era sua mãe. Resolvera abrir a porta para descer. Não tinha porque se preocupar. Fora só um telefonema aleatório...

Ao abrir a porta, procurava sua mãe. Já não a via mais. Resolveu ver as escadas. Antes de descer percebeu que seu telefone tocava novamente. Quem seria a esta hora da noite? Brenda tinha poucos amigos, passava o dia quase todo trabalhando. Seu tempo livre ficava lendo um livro qualquer ou ouvindo músicas.

Atônita a garota corre para o quarto. Chegando lá o que vê é sua mãe, deitada em sua cama, e com um dedo no livro; como se marcasse o lugar onde parou para olhar a filha. A estampa da colcha mudava dum rosa para um vermelho mais escarlate. Era sangue. Pensava ainda não possibilidade de sua mãe ter menstruado... O telefone toca. Brenda se vira para atender. Quando tira o telefone do gancho, apenas ouve-se outro disparo silencioso.

O moço que atirara na mulher terminara o serviço pedido; por fim dissera:

- Me chame de divindade, Brenda, querida. – Disse ele com uma risada desdenhosa. O telefone voltava a tocar, dessa vez não era ele. O rapaz era um dos poucos que possuía um telefone móvel na época. Era um aparelho caro, ainda.

Movimentava os corpos lentamente com um arrastar um pouco barulhento. Deixava os corpos um em cima do outro. Formando um “x”. Saíra de cena como se fosse um convidado normal da festa.


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