Capítulo nove: Nós a pegamos

Hylla não estava tendo um bom dia. Ela acordou com uma dor de cabeça infernal, graças a algum Comensal que devia ter trazido uma notícia ruim. Ela passou a manhã inteira atrás de Bella para acabar sabendo que ela tinha ido num ataque.

"Típico." Ela disse bufando.

Estava ficando frio agora, agosto se aproximava. Hylla puxou as mangas de sua jaqueta de coro para poder proteger suas mãos enquanto sentava-se em frente aos portões. Sua máscara prateada estava guardada dentro de sua capa. A maioria dos Comensais haviam ido no ataque.

Hylla andou em volta dos terrenos de treinamento. Ela sentia-se um pouco agressiva depois de ter tido uma manhã incômoda e queria treinar para extravasar sua ira. De qualquer modo ela nem começou a praticar quando um som a alertou. Era o alerta de que alguém a estava seguindo. As folhas que estavam no chão faziam um barulhinho seco se alguém estivesse atrás dela. Hylla sabia quem era, virou-se calmamente e encarou a enorme cobra que a seguia.

"Nagini" Disse a garota em Ofidioglossia.

"Jovem Mestra." Ela sibilou de volta.

Hylla andou até a cobra e gentilmente acariciou sua cabeça, ela gostava de cobras igual gostava de cachorros. Nagini realmente gostava dela, até mais que gostava de Voldemort. Seu pai a havia prometido que quando completasse dezessete anos, ganharia uma cobra parecida. 'Apenas mais um ano.' Pensou Hylla enquanto continuava a acariciar Nagini. Ela tinha acabado de completar dezesseis anos, mas como sempre, não foi celebrado. O único aniversário dela que seria comemorado seria o de dezessete anos, sua maioridade.

Hylla olhou para a cabeça do réptil e perguntou em Ofidioglossia:

"O que você está fazendo aqui? Normalmente você não vai a nenhum lugar antes de anoitecer."

"Eu estava entediada e vim fazer um 'lanchinho'!" Ela sibilou.
Hylla sorriu, ela sabia o que era um 'lanchinho' para Nagini.

Normalmente seria algo maior que os padrões. A cobra era responsável pela maioria dos desaparecimentos dos animais de grande porte da região como: Cabras, vacas e até algumas ovelhas. Ás vezes ela até pegava algum humano, mas Hylla não queria pensar nisso.

Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa com Nagini, sentiu uma dor cruciante em sua cicatriz. Suas mãos apertavam o canto da testa com força, ela ficou momentaneamente cega por causa da dor que se alastrava. A garota piscou para afastas as manchas que apareciam em sua frente. Ela virou-se para olhar a mansão.

"Droga, o que houve agora?" Ela murmurou para si mesma.

Voltou-se para Nagini, sibilou um adeus e correu de volta para o castelo. A dor passou de repente, mas ainda estava latejando, isso mostrava que Voldemort estava de péssimo humor. Hylla não parou até encontrar-se em frente a porta do escritório particular de seu pai.

Ela bateu e entrou silenciosamente.

Lorde Voldemort olhou a pessoa que acabara de entrar em seu escritório. Ele viu Hylla e sinalizou para que ela chegasse mais perto. Quando a garota se aproximou, Voldemort saiu de perto da janela e virou-se para encarar sua filha.

"Hylla, aconteceu uma coisa... Mandaram-me o sinal de resgate. Parece que o ataque de hoje de manhã não acabou muito bem."

Hylla assentiu com a cabeça sem nem mesmo desviar os seus olhos esmeraldas dos rubis de seu pai.

"Quem mandou o sinal?" Ela perguntou.

"Bella." Voldemort quase sussurrou a palavra.

Hylla sentiu como se o ar a sua volta desaparecesse. Ela não conseguia respirar. Olhou seu pai esperando ordens para poder ir ajuda-la, mas a ordem não veio.

O Lorde das Trevas apenas olhou Hylla e virou-se, obviamente estava lutando contra a raiva que estava fervilhando dentro dele.

"Pai, quais são suas ordens?" Hylla perguntou.

"Nenhuma. Eu não quero que você faça nada."

Hylla ficou abismado com seu pai.

"Mas pai, nós temos que fazer algo!"

"Hylla, é claro que eu quero meu círculo interno de volta, especialmente Bella, mas eu não vou te arriscar numa missão."
Voldemort disse estando ainda de costas para sua filha.

Hylla sentiu sua raiva fervilhar.

"Pai, nós não podemos perde-los, iria demorar muito para arranjar outros e Bella... Nós não podemos perde-la."

Hylla disse a última parte baixinho. O mero fato de pensar em perder Bella era muito doloroso para ela. Lorde Voldemort virou-se para sua filha. O Lorde das Trevas perecia estar em dúvida entre salvar Bella, sua mais louca comensal e manter Hylla a salva. O Lorde não se importava com seus Comensais, nem mesmo Bella, mas Hylla estava certa. Se perdesse seu círculo interno, ele estaria desfalcado na guerra. Ele assentiu devagar e mostrou mentalmente para sua filha o lugar do ataque.

Hylla pegou todos os detalhes e correu para sair.

"Hylla!" Voldemort chamou-a.

Hylla parou na porta e virou-se para seu pai.

"Apenas pegue-a e volte para casa o mais rápido possível, entendeu?"

"Sim Pai." Hylla respondeu antes de sair do castelo e desaparatar.

xxxx

Hylla apareceu em frente a um prédio abandonado. Ela rapidamente observou a área. Havia evidências de batalha por lá. Ela viu sangue na entrada.

A garota encaminhou-se para o prédio, que devia ter sido um armazém no passado, mas agora não passava de ruínas.

Com sua máscara no lugar, Hylla entrou no prédio. Ela andou cautelosamente, mesmo achando que não havia ninguém. Vozes vinham de longe. A garota ficou nas sombras e subiu as escadas. Só quando chegou lá em cima viu que a batalha ainda continuava.

Haviam corpos caídos e espalhados pelo chão. A maioria deles estavam com máscaras de comensais. Hylla prendeu a respiração. Ela rapidamente atravessou a sala e parou perto da outra parede. Seus olhos esmeraldas procuravam por Bella. Ela percebeu que tinham luzes vermelhas, douradas e verdes cruzando o ar, mas não conseguia ver ninguém.

'Eles devem estar embaixo das ruínas.' Hylla pensou enquanto passava por pedras e destroços. Com cautela, Hylla saiu de sua área de segurança. Instantaneamente viu Bella. Ela estava caída no canto, suas vestes estavam sujas e cheias de sangue. A garota sentiu raiva, muita raiva. Ela tremia por causa de sua ira. Silenciosamente, aproximou-se do corpo.

Ela abaixou-se em frente a ela. Parou para sentir os batimentos cardíacos. 'Por favor, não esteja morta." Ela pensou consigo. Sentiu que os batimentos estavam em níveis normais e soltou o ar.

"Bella?" Ela sussurrou tentando acorda-la. Bella abriu os olhos e surpreendentemente sorriu para ela.

"Hey linda!"

Hylla afastou-se do corpo. O rosto era de Bella, mas a voz era de um homem. Uma voz que a garota já havia escutado muitas vezes. A "falsa" Bella levantou-se e sorriu por causa do olhar de choque que havia em Hylla. Ela levantou-se, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa encontrou-se rodeada por um monte de gente. Todos aqueles corpos caídos agora estavam em pé ao redor dela.

xxxx

Lorde Voldemort estava sentado em seu trono. Nagini estava ao seu lado, mas ele estava ignorando-a. O mago estava massageando suas têmporas de olhos fechados e tentava se acalmar. Sua concentração foi quebrada quando um som na porta foi ouvido, haviam vozes do lado de fora.

Com um manejo de suas mãos, ele abriu a porta e ficou chocado ao
ver seu círculo interno entrar. Todos eles tinham um olhar triunfal e estavam sorrindo para o Lorde. Ninguém estava machucado. O olhar dele caiu sobre o comensal que estava mais próximo a ele.

Sua comensal mulher sorriu e ajoelhou-se para cumprimenta-lo.

"Mestre, o ataque foi um sucesso. Nós temos agora o..." Ela parou ao ver seu mestre olha-la diferente.

"Meu Lorde!" Ela disse quando Voldemort apareceu e segurou-a em sua frente em questão de segundos. Ele continuou olhando-a como se fosse uma miragem.

O Lorde das Trevas percebeu que realmente era Bella. A mulher não havia mandado nenhum sinal. Não houve nenhuma falha. Ele havia mandado Hylla para uma armadilha.

"Não...Não! Hylla..." Murmurou o Lorde. Ele deu uns passos para frente, pegou Bella pelos ombros e chacoalhou-a como se fosse uma boneca.

"Traga-a de volta! Traga minha Hylla de volta!" Ele gritou.

Bella conseguiu apenas menear a cabeça. Ela estava com medo. A mulher viu as imagens que seu Lorde lhe passava sobre a conversa dele com Hylla e o plano para salva-la.

Ela virou-se e todo o círculo interno a seguiu. Bella e Lucius foram os primeiros a aparatar.

Voldemort sentou-se e viu os seus comensais saírem. Hylla precisava de muita concentração.

xxxx

Hylla olhou em volta e viu mais ou menos dez aurores com as varinhas apontadas para ela. A maioria já havia tirado a máscara de comensal. A 'falsa' Bella estava gargalhando. Hylla estava com muita raiva. O corpo da comensal estava mudando e transformando-se em Sirius Black.

Hylla olhou-o com ódio. Os olhos do famoso auror encontraram-se com os da garota.

"Bem Princesa, bom ver que você veio. Eu pensei que iria ficar como minha 'querida' prima pro resto do dia."

Ele pegou sua varinha e apontou diretamente para o peito de Hylla.

"Agora seja uma boa menina e coloque as mãos na cabeça."

Hylla ignorou-o e viu que estava sendo observada por muitos aurores.
"Bem, onze contra uma. Nunca pensei que houvesse tantos, e ainda covardes por estarem lutando contra uma garota em maior numero." Ela disse para Sirius, zombando. Viu com prazer muitas faces desviarem o olhar.

Hylla sorriu para si mesma. Ela vagarosamente estava pegando sua segunda varinha. Iria precisar.

"Eu gostaria de saber como você fez isso?" Hylla perguntou para
Sirius, com o intuito de distrai-lo enquanto murmurava um 'Accio' para pegar a varinha.

"Como eu fiz o que?" Perguntou Sirius com um olhar triunfal.

Hylla apertou os dentes com raiva antes de falar novamente.

"Como você mandou o falso alerta?"

"Oh aquilo, foi bem fácil na verdade. Eu tinha isso!" Ele segurou um anel pequeno.

Hylla olhou para o anel de perto e percebeu que ele era idêntico ao de Bella. Hylla ficou confusa por um tempo, mas então examinando o anel percebeu o que havia acontecido.

O anel tinha o brasão da família Black. Obviamente foi dado pela família dela. Hylla sabia que um alerta de resgate não precisava de muitos detalhes, então a pessoa que mandasse precisava apenas deixar algo para ser reconhecido. Normalmente usava-se um feitiço para que a varinha fosse reconhecida e assim chegar até o dono ou então um carimbo com o brasão da família. Como a varinha de Bella não era registrada, como todas as varinhas dos Comensais, o anel era utilizado como assinatura. Seu pai não poderia imaginar que Sirius tivesse o anel e pudesse utiliza-lo dessa maneira, então ele presumiu que o alerta fosse de Bella.

"Então você roubou o anel dela. Você não pode se rebaixar mais Black?" Hylla perguntou, percebendo que o outro corava.

"Na verdade, eu não roubei nada! Esse anel me pertence. Sendo primo dela eu também tenho um, só nunca havia achado uma utilidade para ele." Sirius terminou sorrindo.

"E a poção Polissuco?"

"Eu tinha um resto comigo. Fico contente que tenha funcionado." Sirius começou a se aproximar de Hylla. "Agora que suas perguntas foram respondidas, eu acho que eu já posso te prender, não posso?"
Hylla não respondeu.

"Venha garota, não tente nada estúpido. Você sabe que não pode com todos nós." Disse Olho-Tonto Moody.

Hylla virou-se para olha-lo e fechou sua mão em torno de sua varinha. Ela sorriu novamente por trás da máscara.

"Não posso?" Ela caçoou enquanto segurava também sua segunda varinha.

Antes que alguém pudesse reagir, Hylla apontou as duas varinhas para o chão e gritou:

"MOMENTUM EXPUR!"

O chão começou a tremer. Os aurores certamente não esperavam aquilo, a maioria caiu. James, Kingsley e Sirius foram os únicos que ficaram em pé enquanto e chão tremia, eles perceberam que com aquilo não podiam apontar suas varinhas diretamente pra garota.

Assistiram a Princesa continuar apontando uma varinha para o chão enquanto desenhava um círculo em volta dela com a outra. A varinha emitia uma luz vermelha e depois de um tempo havia um círculo perfeito no chão. A Princesa das Trevas desapareceu na frente deles e entrou em baixo da terra. Tudo isso durou aproximadamente três segundos!

O chão parou de tremer e os onze aurores olharam-se e rapidamente entraram no buraco feito pela Princesa. 'Como é possível ela ter conjurado duas maldições ao mesmo tempo? Isso é praticamente impossível!' Pensou James enquanto entrava no buraco. Ele observou as ruínas e viu a garota indo direto para a saída. A equipe juntou-se novamente e todos começaram a mandar feitiços em direção a garota.

Hylla jogou-se nos escombros e começou a pegar suas adagas. Ela guardou sua varinha e começou a atira-las. Atirou a primeira e moveu-se para conseguir ver os aurores, porém teve que abaixar-se por causa da chuva de luzes vermelhas que vinham em sua direção. Isso durou um segundo, mas mesmo assim ela conseguiu ver a localização de dois. Respirou fundo, arranjou um local seguro e atirou duas adagas na direção deles. As adagas acertaram o braço dos dois e ambos caíram na hora. Hylla rapidamente escondeu-se enquanto outra chuva de feitiços era lançada.

Ela ouviu alguém gritar.

"Não façam isso! Precisamos dela viva, apenas estuporem-na, entenderam? Não a matem!"

Hylla reconheceu a voz de James Potter. Lembrou-se da promessa que fez a si mesma. 'Eu definitivamente vou acabar com ele agora!' Pensou enquanto pegava outra adaga. Ouviu passos se aproximando e soube que não poderia ficar ali por muito mais tempo. A garota começou a procurar um lugar novo que pudesse ajuda-la. A porta que ficava a direita abriu-se. Essa porta tinha muitos cacos de vidro sobressalentes. Hylla sorriu de lado.

Hylla encorajou-se, podia ouvir os aurores chegando perto.

"Venha agora, chega desses joguinhos infantis. Venha quietinha e prometemos não machuca-la." Kingsley Shacklebolt tentou negociar com a adolescente.

Hylla bufou. Ela odiava ser mandada, principalmente ser tratada como criança. Se isso era possível, ela estava com mais raiva ainda.

Hylla respondeu alto.

"Vocês são os únicos que estão jogando. Eu estou mostrando-lhes como ganhar."

Com isso dito virou-se e correu atirando feitiços em cima dos três aurores que estavam mais perto. James e Sirius assistiram a garota lançar-los e acertar os aurores. Os três caíram no chão e ficaram cobertos por pústulas. Hylla continuou correndo, podia escutar os passos atrás dela. Moveu-se bem na hora que um feitiço estuporador veio em sua direção. Mandou outra maldição em cima de outro auror. Hylla estava aproximando-se da porta.

"ACCIO CACOS DE VIDRO." Hylla vociferou enquanto continuava correndo.

Ela atirou-se no chão quando o vidro veio voando. Os cacos passaram pela garota e acertaram os três aurores atrás dela.

Hylla ouviu os gritos. A garota saiu e atirou-se novamente no chão bem a tempo de desviar-se de outro feitiço. Ela nem sabia onde estava, viu as escadas e começou a subir. Ainda haviam aurores saudáveis, ela tinha que sair dali o mais rápido possível.

Ela estava novamente no andar onde Sirius fingiu ser Bella. Viu uma escada ao lado e começou a subir, quando estava chegando no topo sentiu alguém segura-la pelas pernas, fazendo-a cair. Hylla bateu a cabeça e viu o auror Kingsley Shackebolt puxando-a. A morena girou seu corpo sob a escada de modo a conseguir colocar seu outro pé como sustentação. Viu o auror apontar a varinha pra ela e usou seu pé livre para chutar o rosto do homem com sua bota. A garota continuou chutando até que o auror a largasse. Kingsley caiu sangrando por causa de seu nariz quebrado. Hylla chegou no topo e correu até uma porta que havia por lá. Ouviu mais passos atrás dela.

Hylla correu até outra porta e viu que estava nos fundos do prédio.

Parecia que há algum tempo havia um projeto de reconstrução desse prédio, pois tinha madeira e concreto largado. Ainda estava ouvindo passos atrás dela. A garota sabia que sua única saída era descer até o primeiro andar e ultrapassar as barreiras anti-aparatação.

Hylla viu por uma janela dez pessoas mascaradas entrando no prédio e lutando com os aurores. Ela respirou aliviada, os Comensais da Morte estavam lá. Ela tinha apenas que achar um lugar seguro. Sentiu outro feitiço sendo lançado contra ela. Virou-se e viu Sirius Black apontando a varinha em sua direção.

"Não há mais nenhum lugar para se esconder garota, largue sua varinha." Ele mandou.

Hylla aproximou-se de Sirius. Antes que o auror pudesse perceber, a garota chutou-o direto no abdômen. Sirius sentiu como se um martelo o tivesse acertado. Ele acabou caindo do outro lado. O homem ficou um pouco atordoado.

Sirius levantou-se quando Hylla chegou mais perto. A garota pegou o auror com guarda baixa e socou o rosto dele com seus punhos, logo depois chutou o peito do homem, porém Sirius segurou a perna dela e girou fazendo com que Hylla caísse no chão. O auror chutou as costelas da garota fazendo-a gemer. Sirius sentiu uma dor no coração.

Era estranho, mas bater nela causava-lhe culpa. Ele forçou-se a acreditar que era porque ela era uma garota e ainda tinha apenas dezesseis anos. A Princesa das Trevas ainda era uma criança. Nesse momento de distração, Hylla levantou-se.

"Você vai pagar por isso Black." Ela vociferou. Com uma velocidade fantástica, a morena correu e jogou Sirius no chão novamente.

Hylla apontou sua varinha para a testa de Sirius. Antes de conseguir dizer algo, ela sentiu uma dor lancinante em suas costelas. Afastou-se do auror e passou as mãos nas costas vendo que estava sangrando. Tinham acertado-a um feitiço. Hylla piscou e procurou o autor de tal feito.

Achou James parado na entrada. Ele apontava-lhe sua varinha. Hylla suspirou de novo.

"Você nunca aprende Potter. Fique fora das coisas que não lhe dizem respeito."

"Alguns hábitos não morrem." James respondeu sem tirar os olhos da garota.

"Aparentemente eu também acho." Hylla disse e num rápido flash atirou uma adaga em cima de James. O auror saiu do caminho para não ser acertado, mas a adaga acertou-lhe o braço. A garota viu o liquido vermelho manchar as vestes do homem. Antes que Hylla pudesse fazer algo, três jatos de luzes vieram contra ela.

"RICTUSEMPRA." Alguém gritou e Hylla encontrou-se sendo jogada
até o outro lado da sala. A garota viu três aurores parados na porta.
Sirius, Moody e Kingsley apontaram suas varinhas para Hylla. James juntou-se a eles. Hylla virou-se para olhar o grupo.

"Certo, façam o seu melhor!" Ela disse com uma voz perigosa. Hylla estava preparando-se para erguer seu escudo.

Ela refletiu as luzes amarelas facilmente e riu quando observou as faces incrédulas dos quatro. O escudo conjurado envolvia Hylla por inteiro. Ela estava envolta por uma bolha azul escura, que chegava bem perto do roxo. Não havia nenhum feitiço que poderia ultrapassa-la. Hylla quebrou o escudo momentaneamente para poder lançar dois 'incendios' em cima dos aurores. Ninguém estava preparado para o que aconteceu depois.

Sirius e Moody refletiram o feitiço. Os quatro aurores ao verem a garota sem escudo mandaram juntos um 'RICTUSEMPRA'. Hylla tentou defender, mas o impacto foi muito forte e acabou sendo machucada. A garota bateu as costas contra a parede. O impacto foi demais até para o prédio, assim que a garota caiu, o chão cedeu e ela caiu até o primeiro andar.

Os quatro aurores ficaram parados em completo horror. James foi o primeiro a correr para baixo. Ele começou a remover os destroços para achar a garota. Logo ele começou a ser ajudado pelos seus companheiros.

'Por favor não esteja morta, por favor não esteja morta...' Ele pensava horrorizado por achar que poderia ter matado uma adolescente. Achou a garota caída em uma parte dos escombros que estava mais pesada.

"WINGARDIUM LEVIOSA." Ele e Sirius gritaram e conseguiram tira-la. James tremia quando colocou os dedos no pescoço da garota.

"Ela está viva!" Informou para os outros e viu que eles respiravam em alivio. De repente escutaram um barulho e viram três Comensais correndo em direção a eles.

"O que vocês fizeram?" Um deles gritou. James viu os cabelos loiros e percebeu que era Lucius Malfoy debaixo da máscara.

James e Moody bloquearam a garota e começaram a duelar com os Comensais. Os outros juntaram-se a eles.

"Pegue a Princesa e saia!" Gritou Malfoy para outro Comensal. James e Kingsley começaram a bloquear a passagem para pegar a garota.

"Sirius! Pegue a garota e leve-a até o Quartel General da Ordem! Agora!" James gritou para o seu melhor amigo. Sirius assentiu e pegou a garota. Ela gemeu inconscientemente e causou no auror um aperto no coração. O homem odiava a culpa que estava sentindo.

"Desculpe-me criança." Ele sussurrou enquanto colocava a garota apoiada em seus ombros. Sirius saiu do prédio andando, ele sabia que seus companheiros estariam cobrindo sua retaguarda.

Aparentemente ele tinha razão, pois nenhum comensal chegou perto dele para tentar pegar a Herdeira de Voldemort.

Sirius segurou firme a adolescente e aparatou direto para o Quartel da Ordem da Fênix.