Mr.Right escrita por AloeGreen


Capítulo 4
Interferência Problemática




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Turno: Lucy Heartphilia

– Vai ter vingança, Simba...- Cruzo os braços sobre o peito, zuando o cabelo dele, e fazendo cara de quem comeu e não gostou.

– Estão entendendo, turma? O sangue atravessa...- Odeio-Quem-Me-Deixa-No-Vácuo.

Abaixei a cabeça sobre os braços, tentando fechar os olhos e dormir. Mas nada. A voz dele martelava na minha cabeça, e não desgrudava. Igual chiclete! Mas não vou deixar ele impune. Uma Heartphilia nunca aceita a derrota assim. Já sei o que fazer...ehehe.

[...]

O dia terminou rapidamente, e logo fui andando para casa. No caminho, ouço alguém me chamar, e ao olhar para o lado vejo que era Loke.

– Ei, não quer uma carona?

– Não.

– Mesmo?

– Sim.- Depois dele ter pisado fundo, me fazendo comer fumaça, fecho os olhos e respiro. Calma, calma, calma, Lucy. Parei na calçada e fiquei olhando o carro dele partir. Senti meu rosto esquentar por um momento, porém logo remexo a cabeça e tiro ele dos meus pensamentos.

20min depois, atravesso o corredor do condomínio e ponho os ouvidos na porta de Loke-sensei. Estava tudo quieto. Viro-me e abro a porta de minha casa. Percebo que todas as luzes estavam apagadas e lembro-me que Michelle tinha um compromisso. Acendo as luzes, retiro minha minha mochila dos ombros e parto pra cozinha. Onde tiro um suco da mesma e bebo direto do bico. Fecho, pego minha coisas e me encaminho pro quarto. Tateio a parede de meu quarto, tentando achar o interrupitor de luz. O ligo e caio direto na cama de braços abertos. Estava cansada e meio confusa. Com oque? Não sei.

– Sinto sua falta...Lisanna.- Me indireito e viro meu rosto para a escrivaninha onde havia o porta-retrato dela. Fico fitando-o por um longo tempo, mas de súbito levanto da cama.

Retiro os elásticos de meu cabelo, os deixando soltos. Despo-me, trajando uma simples regata preta e uma calcinha da mesma tonalidade. Sigo para a sala, com o meu suco de canudinho (ihi), jogo meu corpo no sofá e ligo a TV pelo controle. Boto em um canal. Fico assistindo um programa qualquer, até que escuto um barulho bem auto. Olho para os lados, na mesma posição. Retiro o canudo da boca e o coloco na mesa de centro. Viro a maçaneta de casa, coloco o ouvido na porta de Loke e escuto ele xingando um monte. Reviro meus olhos para a fechadura dele, tiro um pequeno grampo do meu cabelo e mexo nela. As maçanetas e fechaduras do condomínio estavão tão ferradas, que se não tivessemos muitos guardas no portão, ladrões já teriam invadido várias vezes.

– Yes!- Pronuncio baixinho, e entro no apartamento dele como se fosse normal.

– Ei, como entrou aqui?- Ele usava uma simples camisa branca e uma bermuda azul, tipo aquelas de surfista. Seus óculos styles estavam sobe a cabeça, pois parecia querer entender algum problema com a televisão.

– Entrando, ué. Fala ae. O que aconteceu? Eu ouvi um barulho e vim inspecionar.

– Você fica "assim" sempre na frente dos outros?- Olhos em partes inapropriadas!

– Hmmm...- Finjo estar pensando, com uma mão no queixo e a outra na cintura.- ...não.- Respondo e me curvo para ver o que aconteceu com a TV do mesmo.

– Bem, ela pifo do nada e desligou sozinha.- Fico frente a TV, tento ligá-la mas nada.

– Já tentou tirar da tomada?- Pergunto porém o mesmo só fez um sinal negativo com a cabeça. Retiro-a da tomada, porém...- KYAAA!

– Você etá bem?- Se ajoelha ao meu lado, segurando meu pulso.

– Que choque!- Balanço a mão, com dor ainda.- E-E-E-E, deixa eu só ver uma c-coisa no meu quarto.- Só agora que percebo que estávamos em uma distância muito perigosa.

– Er...tá.- Percebi que ele estava envergonhado, quando eu o vejo de relance indo para minha casa.

Passo pelo espelho da sala, volto e minha bochechas estavão mais vermelhas que nunca. Fecho meus olhos fortemente, dou um gritinho e vou correndo para a minha TV. Aperto o botão de desligar, voltando para o apê dele.

– O que você fez?- Pergunta á mim, curioso. Direciono meus olhos para a TV dele. A mesma estava ligada e funcionando perfeitamente.

– Sabia! Interferência, meu querido.- Pergunto e logo me sinto uma mecânica.

– Como assim interferência?

– Bem, provavelmente nossos fios devem estar interligados, fazendo com que, se eu estiver assistindo TV a sua desligue. E a mesma coisa com a sua. Primeira vez que acontece isso. Já que nunca ninguém morou aqui.- Circulo meus olhos pelo seu apartamento.

– Eu vou chamar alguém pra vir arrumar isso, amanhã mesmo!- Se levanta do sofá, pega o telefone fixo e parece digitar um número rapidamente. Logo alguém atende.- Olá? Ouve um problema com minha TV e gostaria que alguém pudesse verificar uma solução para o mesmo. Que dia? Tem problema se for amanhã ás 5h da tarde? Não? Obrigada então.

– Nossa, que facilidade.- Cruzo meus braços, e deixo escapar um "Humph" da boca.

– Hm, tanto faz.- Dá de ombros.- Mas obrigada, Lucy. Não sabia que você era capaz de fazer isso.- Isso foi um elogio?

– Etto...Obrigada, eu acho.- Descruzo os braços e vou embora meio confusa.

Empurrei a porta de casa, fechando-a logo em seguida. No momento em que me sento na poltrona, ouço o toque do meu celular. Corro para o quarto e o atendo:

– Alô?

Lucy?

– Quem é?

A Mira. Mirajane..ihi. Lembra?

Arregalo os olhos, meus lábios ficam secos e acabo deixando o celular caindo no chão. Escuto ela ainda proferir algumas palavras. No entanto, não fui capaz de respondê-las. Isso não estava acontecendo...


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