Eu não sei.

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Eu juro, eu juro que não sei.

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Até parece que todos os meus planos não serão concretizados e todo meu esforço foi em vão. As palavras parecem ter sumido da minha mente, pois no momento eu nem sei ao certo o que estou escrevendo, só escrevo, na vontade de tentar encontrar aquele maldito prazer que eu sentia antes. – Eu não sei, mas talvez a endorfina tenha sumido do meu corpo, talvez algo que algum endócrino explique, ou talvez, seja necessário perder meus dias em psicólogos, com terapeutas capitalistas que acham que tem a resposta de tudo porque leram Freud.

No entanto, meus olhos encharcados de lágrimas parecem querer dizer algo, minha alma parece ter fome, mas eu não sei de que e nem por que, afinal eu trabalhei tanto para alimentá-la e eu sinto, agora, que todos os meus gastos não tiveram retorno. Eu olho para cada segundo perdido, tentando encontrar uma resposta lógica, todo meu esforço, toda minha vida jogada fora, na tentativa, frustrante, de tentar encontrar algo, que eu nunca soube, ao certo, o que era.

Até os textos ficaram de péssimo gosto, a criatividade fugiu para longe de mim e os livros parecem não dizer nada além do que dizem. E tudo parece confuso e sem sentido, os pensamentos são desconexos, as histórias não possuem ligações e as pessoas parecem distante.

E talvez estejam.

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Parece que todos sumiram. Até mesmo os que juraram amor eterno se foram - a normalidade dos dias comuns, a vida adulta e o tempo perdido no trânsito das grandes cidades, deve causar isso –, parecendo ter esquecido todas as promessas, todo o tempo junto, toda vida. Pois até mesmo o mais amoroso dos homens em algum momento foi esquecido, dilacerado pelas marcas da história e por amores vazios, que no final só lembram o que querem, o que necessitam, escrevendo em livros a história dos vencedores e deixando no esquecimento a vida de todos aqueles que morreram na miséria humana, na tentativa, inconsciente, de deixar sua marca, nem que seja em um coração qualquer.