Anjos e Demônios escrita por dobreva


Capítulo 14
Nos braços de um anjo




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Estávamos quase chegando ao local quando Jon parou o carro.

– O que foi Jon?

– Quero me desculpar por ter sido grosseiro com você.- seu olhar era de arrependimento.

– Tudo bem. Eu também fui muito. Vamos esquecer aquilo.

– Mas eu quero que você saiba que eu posso ser melhor. – ele disse baixinho. – se você quiser. Eu não sabia o que dizer, então fiquei em silêncio. Depois suspirei e abri um sorriso.

– Falaremos disso outro dia, agora vamos nos divertir, por favor. – ele assentiu com a cabeça depois saiu do carro, e abriu a porta do meu lado, estendeu a mão para que eu a pegasse.

– É o seu aniversário, você que manda. – adorei a idéia pra ser sincera.

Quando chegamos à festa, havia gente que eu nem conhecia, acho que Mayara convidou a escola inteira. De repente aparece Laura.

– Ei! Pessoal, pessoal a aniversariante chegou! – tudo mundo gritou “parabéns” com copos de bebida na mão, outros com comida, eu corei, depois voltaram a conversar e dançar. – Se divirta prima, você merece!

– Obrigada Laura. – ela me abraçou e depois foi dançando até o balcão de bebidas.

– Como Mayara conseguiu essas bebidas sem seus pais recusarem? – disse Jon alto para que eu conseguisse entender já que a musica estava muito alta.

– Eu não sei, normalmente eu comemoro meu aniversário com minha família, mas esse ano eles foram mais liberais.

– Estranho isso. Mas já que está aqui, e é todo seu... – Jon pegou o copo de bebida da mão de um garoto vestido de... Na verdade não sei o que era aquilo, tinha sangue e uma foice. – Agora isso é meu.

– Poderia ser mais educado e pegar um no balcão.

– Tem razão, vai saber onde ele colocou a boca. – eu ri, ele também, e então foi pegar bebidas para nós. Enquanto eu o esperava, vi um garoto parado um pouco distante de mim, com uma máscara. Ele me encarava, eu fazia o mesmo, e tinha uma pequena certeza de quem poderia ser. De repente ele foi pra fora. Eu o segui.

Quando cheguei lá fora, minha suspeita foi confirmada, após ele tirar a máscara.

– Oi Amanda. – disse Max dando um meio sorriso. Eu tentei parecer séria, mas meu coração acelerou e eu senti uma alegria em vê-lo novamente.

– O que faz aqui?

– Fui convidado, lembra? Feliz aniversário. – disse ele sussurrando e me dando um presente.

– Obrigado, mas não quero nada. – cruzei os braços. Ele assentiu.

– Eu achei que você não iria querer afinal depois do que eu te disse, só pode estar me odiando.

– Eu não te odeio, no momento estou gostando menos, mas não te odeio. – ele riu baixinho. – você foi embora, e não me disse o porquê.

– É complicado. Eu... Não queria te machucar.

– Me diz a verdade, por favor. – ele me olhou profundamente, e suspirou.

– Lembra que eu disse que fiz coisas ruins? – eu assenti. – e que ainda poderia fazer?

– O que você fez de ruim?

– É que... Se eu te contar, você pode correr mais risco ainda. Eu fiz certo em deixar você. Precisa se proteger. – eu não conseguia entender o significado de tudo isso. Ele segurou meu rosto em suas mãos e mais uma vez me olhos bem nos olhos. – Não confie em qualquer um, às vezes a melhor pessoa pode ser a pior de todas. – depois ele olhou por trás de mim, e colocou a máscara.

– Max... Aonde você vai? – ele deixou o presente em minhas mãos.

– Luke vai querer informações, tente se lembrar aonde pôs o maldito livro, por favor, se você o achar me mande uma mensagem. Ele é perigoso Mandy, não tente brincar com ele. – depois ele correu para a escuridão da estrada. Então era isso, ele me deixou por causa de um homem com centenas de anos, que quer um estúpido livro de magia, macumba sei lá o que. Senti alguém tocar meu ombro e dei um pulo.

– Por que veio para fora? – era Jon com as bebidas. Eu peguei uma, e decidi deixar essa conversa em segredo.

– Queria tomar um ar. – ele franziu a testa.

– Está se sentindo bem? – ele passou a mão no meu rosto.

– Estou, vamos entrar, e nos divertir. – ele suavizou o rosto e depois sorriu, e não sei como, ele me colocou em suas costas e correu até na porta. Sua força era inexplicável.

– Uau, você é forte mesmo. – disse sem fôlego.

– Eu sei.

Eu não me lembro muito bem de como começou, mas acho que foi depois de alguns copos de bebida que comecei a dançar na pista de dança, todo mundo se juntou e começamos a pular sem parar, e Jon estava lá dançando comigo, pulando, me lembro de ele ter colocado a mão em minha cintura e eu em seu pescoço, e a musica parecia lenta, mas ao mesmo tempo rápida, foi um tanto sensual. Mas eu não estava nem aí, eu estava me divertindo como nunca me diverti, eu esqueci por um minuto do que me deixava em perigo. Eu estava viva, como nunca estive.

Depois de muitas músicas, eu me sentei em uma cadeira para descansar, Jon veio junto. Lembro-me de ter tomado mais um gole de um copo que achei em cima da mesa, e apaguei. Quando acordei estava em casa, na minha cama, também estava tonta.

– Ei, você está viva – disse alguém baixinho, também ria de mim. Jon. Só podia.

– Como cheguei em casa? – eu disse me sentando na cama.

– Eu te trouxe, você bebeu demais garota.

– Meus pais me viram assim?

– Não, eles saíram. Pode voltar a dormir. Eu estou indo já. – ele ia saindo quando peguei sua mão, estava quente e suave.

– Obrigada por cuidar de mim Jon.

– Só estou fazendo meu papel como seu amigo. – ele acariciou minha mão. – Ou talvez como... – ele parou de falar por um momento. – O que sente por mim?

– Eu não sei direito. Quer dizer você é um ótimo amigo, cuida de mim, me faz rir, faz eu me sentir viva. Mas não sei o que isso pode significar. Não sei se deveria.

– Entendi. – ele assentiu e se levantou.

– Fique. Por favor. – um minuto de silêncio se teve, e para acabar com esse silêncio, eu o puxei para perto de mim e o beijei. Depois me levantei e fiquei em sua frente. Ele me olhou por um segundo, depois sorriu perfeitamente. Entrelaçou suas mãos nas minhas, e me beijou novamente. Um beijo quente no qual eu sentia a intensidade, ele soltou suas mãos e as colocou em meu rosto. Eu ficava tonta e sem fôlego, de repente ele andou para frente e eu para trás, mas bem atrás de mim estava a cama, o que me fez cair nela, ele ainda continuava a me beijar, e passou a mão pela minha perna e depois beijou meu pescoço. Eu me soltei de seus beijos e tirei a camisa dele. Já ele foi mais prático e rasgou a minha. Eu adorava aquela blusa. Quando ele me levantou, eu entrelacei minhas pernas em sua cintura, e eu ouvi o carro dos meus pais. Eu parei naquele mesmo instante e gelei. Ele me olhou confuso e espiou pela janela, depois se virou para mim e bufou.

– Seus pais. – eu arregalei os olhos. Se meus pais me pegam com Jon o matam. Eu fui até o guarda roupa pegar outra blusa e Jon colocou a camiseta de volta. Pegou os sapatos que nem percebi que ele havia tirado, e quando ele foi até a porta ouvi meus subindo a escada.

– Se esconda no banheiro! – disse quase sussurrando, graças a deus eu tinha um banheiro no quarto. Quando ele fechou a porta do banheiro meus pais entraram no quarto.

– Está acordada querida? – disse minha mãe.

– É. Eu ouvi o carro de vocês e acordei.

– Como foi a festa? – disse meu pai me abraçando.

– Foi demais. Amanhã vou agradecer muito a May. Ela fez um ótimo trabalho.

– Que bom então. – eles sorriram. – bom, vamos deixar você dormir. Feliz aniversário querida. Nós te amamos. – eles me abraçaram e me beijaram.

– Obrigado, também amo vocês. Boa noite. – eles acenaram e fecharam a porta. Eu suspirei de alivio. Logo em seguida ouvi a porta do banheiro se abrindo.

– Vai embora?

– Se você quiser, eu fico. – disse ele me dando mais um beijo.

– Eu quero. – eu disse com a voz falhando. Ele sorriu, e depois se deitou na minha cama. Eu o segui e me deitei ao lado dele, por alguns minutos ou horas não sei, nós ficamos falando sobre a festa. E depois de um tempo, percebi que ele havia dormido. Dei-me conta de que ele era perfeito. Eu podia escutar sua respiração baixa, acho que fui precipitada em ter beijado ele. Isso poderia acabar como Max e eu, e não queria perdê-lo. Então deixei que a noite terminasse, e eu fechei meus olhos, e dormi aninhada ao peito de Jon.


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