Alice No País Dos Pesadelos escrita por Princess of death


Capítulo 1
Capitulo único - Welcome to the Land of Nightmares


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros ortográficos :p



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-Corra, Chapeleiro! –grita Alice, com sua faca ensangüentada nas mãos e com as madeixas negras lhe caindo sobre os olhos.

-Calma, Alice! Me espere! –grita o Chapeleiro que vem logo atrás de Alice com uma adaga suja de sangue.

-Não há tempo, eles vão nos pegar... –grita Alice mais a frente, quase adentrando a floresta que se alastrava a sua frente.

-Vamos conseguir... –uma corda prende os pés do Chapeleiro, que brutalmente cai no chão e grita por ajuda. Alice vira-se e olha o amigo sendo puxado pelos naipes vermelhos. Ela sabia que se eles fossem pegos, pena de morte seria a mais leve que fariam com eles. Corre até o amigo na esperança de solta-lo.

-Alice! Salve-se! –grita o Chapeleiro sendo carregado pelos naipes.

Alice com lágrimas nos olhos corre até a floresta e se mistura com as árvores velhas e grandes do local. Alice sentou-se em um tronco de árvore por onde chorou por horas, como deixara o amigo tão rapidamente? Teria de salva-lo!

Alice se levantou e limpou as lágrimas que ainda rolavam por sua face, branca e delicada. O vestido azul-claro estava rasgado e sujo de sangue, sangue que tirara do homem que matou a Rainha Branca.

Quando Alice caiu no buraco, por onde chegou ao “País das Maravilhas” pela segunda vez, descobriu que o lugar estava sombrio e descontrolado, reencontrou seu amigo, o Chapeleiro, e como o País das Maravilhas estava em guerra, aliaram-se a Rainha Branca, que fora morta dois anos depois em uma invasão pelo Rei Vermelho, que agora estava morto. Ela desenvolveu sentimentos fortes e profundos pelo Chapeleiro, de quem se tornou muito próxima e amiga.

-Eu vou salva-lo! –limpou o fio da faca com um pedaço do vestido e a guardou em baixo do vestido, perto da coxa, onde sempre guardava-a –Eles mexeram com a maluca errada –um sorriso frio e maligno abriu em seu rosto, que logo estava correndo para o palácio da Rainha Branca.

No castelo da Rainha Vermelha, uma velha amarga e rancorosa, o Chapeleiro encontrava-se em uma cela e com as mãos presas em algemas. Ele sorria de modo feliz (Bipolaridade, a gente vê por aqui), o que deixava a Rainha Vermelha irritada. Por que ele sorria? Muito simples, estava pensando na garota por qual era perdidamente apaixonado desde a primeira vez que a vira. A garota de madeixas negras e olhos azuis turquesa, pele branca, vestido azul-claro, as meias listradas em preto e branco e a faca com qual fizera a maioria de seus assassinatos. Está pensando em Alice? Sim, lógico que sim!

-Por que você não tira esse sorriso da cara, Chapeleiro? –pronunciou um guarda.

-Se irei morrer, por que não poderei sorrir nos poucos momentos que ainda respiro? –ele respondeu.

-Faça o que quiser, só direi que é idiotice sorrir quando a morte está próxima –falou o mesmo guarda, que empunhava sua lança agora sob a bochecha do Chapeleiro.

O Chapeleiro abriu um sorriso amarelo e ergueu as mãos em rendição, mas ele sabia que Alice não o deixaria para trás, mesmo que precisasse da ajuda de um certo rapaz por quem não tinha afeto algum...

Alice correu até o castelo da Rainha Branca atrás da única pessoa que poderia ajudá-la a salvar seu amigo, o Cheshire. Um belo rapaz de cabelos pretos com mexas roxas, olhos azuis e grandes e sua marca registrada: um sorriso largo com dentes afiados. Ele sempre jogava indiretas a Alice quando estava perto da mesma, ele já havia deixado bem claro que gostava da garota. Alice nunca o olhou com outros olhos, apenas como um amigo ou menos que isso.

-Cheshire, você tem que me ajudar! O Chapeleiro. Foi pego. Pela Rainha Vermelha. E pode morrer –ela estava ofegante e arfava bastante, o garoto abriu o mesmo sorrio que amedrontava Alice. O mesmo que cercava seus piores pesadelos. Ele a fitou de cima a baixo e a olhou nos olhos, seus profundos olhos verdes-azulados.

-Por que eu o ajudaria, minha cara Alice? Ele nunca fez nada para mim –ele aproximou-se da garota e mexeu em uma mexa de seu cabelo- Mas faria tudo por você, meu bem. Se você requer minha ajuda, eu a ajudarei com o que puder –ele fez uma breve reverencia.

-Chega de jogos, Cheshire. Qual a troca pelo seu favor –ela o olhou com desprezo.

-Você entende rápido, não é minha querida? Simples, quero você –ela a segurou pela cintura- Seja minha Alice!

Alice faria tudo para ajudar seu amigo, até mesmo namorar com Cheshire. Ele se aproximou dela com um sorriso malicioso nos lábios e a olhando nos olhos. Ele segurou nas mãos dela e a imprensou contra a parede, esmagando seu corpo no dela. Ela apenas fechou os olhos dando o sinal de “okay, vá em frente, me beije e acabe com isso”, e foi isso o que ele fez. Avançou sobre os lábios rosados da garota, explorando o local com sua língua.

O chapeleiro estava com um sorriso animado, mesmo indo a morte. Eles levaram-no para uma espécie de Coliseu, milhares de pessoas urrando a mesma coisa, a morte do Chapeleiro.

A Rainha Vermelho estava sentada em um trono no alto da arena, sua expressão era fria e sombria, ora ela olhava para o trono em que seu Rei de Copas, ou Valete, sentava-se.

-Prontos para e execução? –todos se agitaram- Acalmem os ânimos, meus queridos –ela ergueu a mão e todos se calaram- Todos sabemos o motivo de tal execução, não é? –todos vaiaram o Chapeleiro que mantia sua expressão do mesmo modo- O Chapeleiro será condenado a morte por causa do assassinato de vosso querido Rei, o Rei Vermelho, meu precioso Valete –ela olhou ressentida ao trono em sua esquerda.

-Será? –gritou Alice adentrando a arena. A expressão do Chapeleiro tornou-se radiante ao olhar sua queria companheira entrando na arena e como estava bela. Vestia um vestido negro e branco, sua meia-calça preta de corações e um sapato de salto alto preto, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo perfeitamente alinhado. Ela sorria confiante e encontrou os olhos do Chapeleiro, um olhar confiante e que dizia “Pronto para mais uma, Chapeleiro?”.

-Alice! –exclamou a Rainha- Prendam-na!

Os naipes até tentaram pega-la, mas Alice foi mais rápida em pegar sua faca e cortá-los ao meio. Todos vaiaram e a Rainha de Copas ficou vermelha de raiva.

-Como ousa, sua idiota! –Alice apontou o dedo do meio para a Rainha e correu em direção ao Chapeleiro, que estava cercado pelos naipes. Ele sentiu as algemas ficarem frouxas e ele sabia que estava livre, mas não estragaria o show de Alice.

-Muito bem, se quer corta a cabeça de meu amigo, terá de corta a minha primeiro, vossa Rainha! –Alice fez uma reverencia, deixando seus cabelos cobrirem seu rosto.

-Sua insolente! Cortem-na a cabeçaaa! –gritou a Rainha e vários naipes a cercaram. Alice abriu um sorriso maldoso e esperou, como previsto, os naipes atacaram e Alice, com gestos graciosos, matava cada um deles.

A Rainha de Copas já estava vermelha e seu olhar transmitia medo, mas uma chama de maldade incendiou-a.

-Pode matar meus naipes, querida –ela falou com despreso- Mas nunca matará meu bebe. SOLTEM O JAGUADART!!!

Alice olhou para a maior entrada na arena, uma passagem escura e gélida. Um vapor quente saiu de dentro da passagem e uma grande foi levantada, um par de olhos vermelhos abriu-se na escuridão e os passos faziam o chão tremer.

Os naipes largaram o Chapeleiro e correram para fora da arena, Cheshire apareceu e correu até Alice, que olhava perplexa para os olhos vermelhos. Ela se lembrara da primeira vez que veio ao País das Maravilhas, tinha apenas sete anos e o coelho branco havia lhe contado sobre uma fera que habitava o lugar, o Jaguadart, o “bebê” da Rainha Vermelha.

-Alice, vamos! –Cheshire a levou correndo a outra extremidade da arena, onde o Chapeleiro já empunhava sua espada.

-Como vamos matar esse treco? –Cheshire empunhava uma lança, que sabe-se lá de onde tirara. Ele olhou para Alice e seus olhos entregaram tudo a garota, ele nunca mentiu quando disse que gostava dela, ele a amava.

-Não sei, mas eu vou descobrir –Alice limpou o fio da faca, que estava com um pouco de sangue verde dos naipes. O publico gritava e vaiava os três, como se já soubesse que eles iriam morrer. Quando o Jaguardart saio da toca, Alice teve razão para temê-lo. Ele teria, no mínimo, dez metros de altura, suas escamas negras e assas de morcegos gigantes, suas garras enormes e o mais assustador, seus olhos que davam arrepios até na alma.

-Alice, vá embora, eu e Cheshire cuidaremos dele. Se eu morrer, que seja protegendo você –o Chapeleiro olhou no fundo dos olhos azuis de Alice e ela percebeu uma coisa no olhar dele, ele não queria apenas protegê-la, queria vê-la viva. Alice sentiu seu estomago se encher de borboletas e seu coração brincar em uma montanha-russa.

-Nunca! Acha que eu deixaria a diversão apenas para você e Cheshire? –ela deu uma risada com desdém- Chapeleiro, eu sei me defender sozinha. Eu posso e vou matar o Jaguadart!

O Chapeleiro fez uma cara receosa, mas acentiu de modo inexpressivo.Seus olhos verdes brilhavam como um psicopata insano.

Alice olhou para o Jaguadart, que agora mostrava-se inteiro e erguido. Alice perdeu o medo e seu ódio tornou-se puro, como uma chama recém-acesa. A cada grito da Rainha Vermelha, seu ódio aumentava. “Matem-nos, meu bebe lindo!” “Eles vão se arrepender por terem me tirado meu precioso Valete” “Cortem-na as cabeças!”.

-Alice... Pronta? –Cheshire falou, sua voz estava tremula, mas confiante.

-A, qual é Cheshire, está com medo de enfrentar um dragãozinho? –Alice provocou, fazendo o garoto-gato corar.

-Não... Há, esqueça... Vamos lá! –o Chapeleiro olhou para Alice.

-Alice, não morra... –ela acentiu em silencio e correu com a faca, a qual a lamina tornara negra, erguida e sombria. O Chapeleiro e Cheshire lhe davam cobertura e, sempre que podiam, atacavam o monstrengo.

O Chapeleiro e Cheshire distraíram o Dragão, enquanto Alice subia na arquibancada, até a torre onde a Rainha Vermelha encontrava-se.

-Ei Cabeçuda, você perdeu! –o Jaguadart erguer-se para atacar Cheshire e Alice pulou com a faca apontada para o pescoço do dragão.

-Corto-lhe a cabeça! –e Alice cortou a cabeça do Jaguadart, que saio rolando até perto do Chapeleiro, que fez cara de nojo.

A Rainha Vermelha ficou furiosa com a audácia de Alice e seus amigos, ficando vermelha.

Alice olhou para o Chapeleiro que correu para abraçá-la. Você acha mesmo que eles iriam ficar só no abraço? Haha, não mesmo!

O Chapeleiro puxou a morena pela cintura e a beijou, o beijo que ele tinha vontade de dar-lhe desde o dia em qual a viu pela primeira vez. Alice correspondeu (É meio lógico) de imediato, botando as mãos na nuca do Chapeleiro.

Cheshire observava tudo de longe, seus olhos estavam marejados

Era ele quem deveria estar beijando Alice, era ele que ela deveria amar. Sua raiva transformou-se em ódio, ódio dos dois. Ódio de Alice por amar outro homem e ódio do Chapeleiro por amar Alice, a Alice dele. Uma única lágrima de ódio e dor escorreu por seu rosto, e assim, ele cravou a espada em seu coração, morrendo instantaneamente.

Mas antes, falou para si mesmo : “Alice, eu te amei como ele jamais irá te amar”.

Cheshire caio no chão sem vida, Alice correu para ajudá-lo, mas já era tarde demais. Cheshire estava morto, e Alice mal sabia que era por causa dela.

Algum tempo depois, Alice e o Chapeleiro começaram a namorar, mas Alice ficou de coração partido ao ver que seu “namorado” havia se juntado ao exercito da Rainha Vermelha. Alice não agüentou ver aquilo.

Alice caminhou até o meio da floresta, onde estava o tumulo de Cheshire e botou-lhe uma rosa branca em cima de sua sepultura, com uma última lágrima disse:

-Sempre vivi no País dos Pesadelos, está na hora de acordar...

E assim, Alice cravou sua faca no peito e caio no chão, morta. A faca caio perto da rosa branca, que ficou avermelhada.

...

Bem-Vindo ao País dos Pesadelos...


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Notas finais do capítulo

Ficou legal? Queria dedicar essa historia a um amigo... Pra você Leo ^^



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