Survivors escrita por MoveLikeGabes


Capítulo 1
A survivor is born


Notas iniciais do capítulo

Minha segunda fic aqui no Nyah!, mas a minha primeira teve sua categoria (bandas) apagada, então é como se fosse a primeira!Espero que gostem!



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(Flashback on) – Um tempo atrás

– Agatha você sabe o que está fazendo, não sabe? – minha mãe subiu no avião, seguida de meu pai, irmã e meu namorado.
– Sei sim mãe! Relaxe! Só vamos passear por ai – sorri para ela enquanto eu ia para frente do painel de controles, junto comeu tio, Mr. James.
– Por ai onde? – minha irmã Sam se acomodou folgadamente no banco de trás.
– Quero mostrar uma ilha para vocês! Dizem que ela é assombrada! – sussurrei a ultima parte tentando amedrontá-los, e acho que deu certo, pois todos do avião me olharam espantados.
– Você tem certeza mesmo que é seguro? – Brian, meu namorado, tentou novamente me fazer desistir.
– Claro que é! Eu sei pilotar muito bem! E o tio James está junto! – falei na defensiva.
– Nós sabemos que você sabe pilotar bem, agora a questão é se a ilha é segura! – Sam perguntou se exaltando.
– Sim! Ela é segura Sam! Relaxa! A lindinha aqui sabe tudo! – o avião começou a se movimentar.
– Ave Maria cheia de graça... – ouvi minha mãe rezar no banco de trás. Revirei os olhos, mas acompanhei-a na oração.
Já havia passado algumas horas desde que saímos de Londres, nossa cidade, e já estávamos em alto mar. O céu estava lindo, nada de nuvens, o sol brilhando como nunca e lá longe, no horizonte, já dava para se perceber a ilha Triangulo do Dragão.
– Estamos quase chegando! – falei animadamente.
– Graças a Deus! Eu não aguento mais ficar sentado! – meu pai se manifestou. Dei risada e comecei a contornar a ilha.
– Er... Agatha e James, o que é aquilo ali do lado? – Brian me cutucou no braço e apontou para fora. Logo avistei o céu fechando, o mar se agitando e eu me borrando. O que é isso?
– Se a gente cair pelo menos as suas aulas de arco e flecha e de escalada irão adiantar para alguma coisa. – Sam gritou de trás, eu até daria risada se não estivesse começando a ficar apavorada com o tamanho da tempestade.
– Agatha! – um raio atingiu a cauda do avião, que começou a dar pane e a perder altitude rapidamente.
Eu e James tentávamos controlar a queda, mas depois que outro raio atingiu uma das hélices da parte da frente do avião, era quase impossível deixa-lo estável.
– Pelo amor de deus o que está acontecendo? – Minha mãe gritou de trás. Olhei para lá e os dois, meu pai e minha mãe estavam de mãos dadas.
– Se segurem! Vamos tentar pousar na água! – eu sabia que a gente não iria conseguir, mas eu não quero que eles percam as esperanças.
– Agatha... Você sabe que a gente não vai conseguir pousar na água! – meu tio falou com dificuldade, pelo esforço que estava fazendo. – Outra hélice parou de funcionar!
– Tio James... Eu sinto muito! Isso tudo é minha culpa! Eu não deveria...
– Querida! Não temos tempo para isso! Puxe essa alavanca! - olhei para ele e fiz o que havia me pedido.
– Mãe, pai, mana e Brian... Eu amo vocês! – foi a ultima coisa que eu disse antes de irmos direto em direção ao mar, e a ultima coisa que me lembro é da mão do meu namorado segurando a minha, e uma voz sussurrando: "Ninguém escapa", então... Tudo escureceu.

(Flashback off)

Já era noite quando eu terminei de arrumar algumas armadilhas e fui para cima da casa de madeira. Sabe lá Deus há quanto tempo eu estou presa nessa ilha... É como os habitantes daqui falam: “ninguém escapa”, e também, eu não posso sair dessa ilha até completar a minha missão.
Um uivo soou a distancia, me alertando de que algo estava errado. Sim os lobos estão do meu lado, temos uma dívida entre nós:
"Lembro-me até hoje do dia em que cheguei nesta ilha, uma tempestade horrível atrás de mim, o mar violento de um jeito que eu nunca havia visto. Cheguei na areia cuspindo litros de água, completamente exausta, rezando para morrer logo, pois respirar era tão difícil e doía tanto que eu mal conseguia nem aguentar.
Fiquei deitada na areia esperando a inconsciência chegar, até que eu ouvi um ganido vindo perto das árvores. A curiosidade foi maior que a dor, me levantei cambaleando e me deixei guiar até o som angustiante, achando logo depois, um belo e enorme lobo, deitado no chão, com uma das pernas presas a algo que parecia um pedaço das hélices do avião.Seu olhar era suplicante, mas não deixou de mostrar os dentes para mim. Me aproximei dele, mal me aguentando de pé, sentindo seu olhar curioso em mim, me observando retirar a hélice de cima de sua perna, deixando a mostra um machucado enorme, que sangrava muito.
Rasguei um pedaço de minha camiseta e estanquei o ferimento, que logo parou de sangrar. O lobo se levantou, mancando e se aproximou de mim lentamente, cheirou-me e depois colocou a cabeça em minhas pernas, como se pedisse carinho. Ouvi ruídos atrás de mim, e percebi que haviam outros lobos ao meu redor, nenhum deles em defesa, todos apenas me olhando calmamente, e logo entendi o que eu havia acabado de fazer, eu salvei o lobo alfa.
Desde então temos nos ajudado sempre e com o tempo eu aprendi a entendê-los e respeita-los."
Desci da arvore como um raio, já com o arco e flecha a postos e encontrei o lobo olhando para o céu e rosnando.
– O que foi? – perguntei me abaixando ao seu lado. Ele olhou para mim e olhou para o céu. Segui o seu olhar e vi uma tempestade se formando, do nada. Quando uma tempestade se forma, sempre tem algo de errado acontecendo, por que aqui nunca chove.
– Mais vítimas? Você acha? – olhei para o lobo ao meu lado e ele espirrou, confirmando.
– Mas não vejo nenhum avião. – fiquei olhando para o céu a procura de alguma coisa caindo além da chuva.
Ele rosnou e me puxou pela calça até algumas árvores que ficavam perto da praia.
– Um navio? Mas o que diabos... – não consegui terminar a frase, pois fui cortada por uma grande explosão no mar. Fiquei olhando a grande bola de fogo se formar no céu.
– Você acha que alguém sobreviveu? – olhei espantada para o lobo. Seu olhar demonstrava dúvida. Fiquei observando a bola de fogo se apagar e os restos do navio afundarem. Então uivos, latidos e gritos começaram a surgir perto de onde estávamos, na praia.
– Oh merda! – o lobo correu na minha frente e eu o segui, com o arco e fecha apostos.
Chegamos ao local onde havia um grupo de cinco pessoas com armas apontadas para os lobos que os estavam cercando, prontos para atacar. Quando ouvi um deles carregar a arma corri com o arco apontado para ele.
– Ninguém se mexe! – o silêncio se fez presente. Um deles se moveu sutilmente em direção de um arma que estava perto dele.
– Eu disse ninguém se mexe! – atirei uma flecha perto de seu pé, fazendo o mesmo se esconder atrás de uma garota. Nossa, tão corajoso.
– Quem é você? – uma mulher afrodescendente se colou a frente, ainda com a arma apontada, mas agora para mim.
– Eu sou a única que pode salvar vocês – apontei meu arco para ela.
– Nós não precisamos de você! – ela se aproximou, mas um dos lobos se postou na minha frente, mostrando os dentes para ela, fazendo-a recuar imediatamente.
– Nós precisamos dela sim! – a mulher olhou para onde tinha vindo tal declaração. Um homem, que deveria ter seus vinte e poucos anos, estilo nerd, aquele que eu havia atirado perto de seu pé, agora reaparecia.
– Alec! Cala-a-boca! – a mulher falou com os dentes serrados.
– Abaixem as armas – falei séria e calmamente.
Nenhum deles se mexeu.
– Abaixem as armas! – elevei o meu tom e rapidamente todos largaram suas armas, ou melhor, quase todos, já que a mulher ainda não havia largado a sua.
– Helen... Abaixe a arma... – o homem grandão falou tocando o braço da mulher, e logo em seguida ela o fez.
– Fiquem parados – falei e abaixei meu arco e fecha. – Pode ir. – falei para o lobo que continuava ao meu lado. Ele foi lentamente cheirar cada um do grupo, isso era feito para ele se assemelhar ao cheiro e verificar se não havia feridos. O lobo parou e latiu perto de uma menina, que provavelmente estava ferida.
– Venham eu posso ajuda-los. – falei me retirando.
– Quem garante que você não irá nos matar? – a tal Helen me desafiou.
– Bom... Se vocês quiserem ficar por conta própria o problema não é meu, mas fiquem sabendo que quando eu não estou por perto, nada vai impedir que eles matem vocês – apontei com a cabeça para os lobos atrás de mim e voltei a andar.
– Acho uma ótima ideia irmos com ela! – o nerd se apressou em me seguir, assim como os outros.
– Onde estamos indo? – a garota falou, sua voz era um pouco fraca, deveria estar bem machucada.
– Para a minha casa. – apontei para a árvore a nossa frente.
– Onde? – um homem loiro surgiu de trás.
– Olhe bem – falei apontando novamente. Sim isso era proposital, eu tinha que camuflar a casa por causa dos Islanders, seguidores doentios da Deusa da Ilha.
– A ta... – continuamos andando e antes de subir fui interrompida.
– Por que você está nos ajudando? – Helen me perguntou desconfiada. Respirei fundo, não para me acalmar, mas para conter as lembranças.
– Porque ninguém me ajudou... – virei-me de costas e comecei a escalar a árvore, deixando um ambiente silencioso para trás.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?? *__*Espero que tenham gostado! Até o próximo!



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