E se fosse verdade? escrita por Vick Princess


Capítulo 6
Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Oiee..queria agradecer pelos 89 acessos *o* obrigada a todos que leem a fic..queria que comentassem tbm kk mas assim, so se der ;p kk quero saber a opinião de vcs..mas enfim..rs

Boa Leitura! :)



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No dia seguinte, Julie e Daniel sairam, de porta em porta em todos os apartamentos do andar, para ver se alguém conhecia Julie.

– Não. Acho que o apartamento estava vago. – respondeu a mulher do primeiro apartamento em que foram.

– Era uma mulher? – perguntou um rapaz do segundo apartamento rindo.

– Não morava ninguém lá! – um idoso do terceiro apartamento respondeu.

Tanto Julie quanto Daniel já estavam perdendo as esperanças.

– Acho que eu já era fantasma, antes mesmo de morrer. – disse Julie sem vontade, enquanto Daniel tocava a campainha do quarto apartamento, uma mulher loira, alta, com roupa de academia atendeu.

– Oi, posso ajudar? – perguntou ela, olhando Daniel de cima a baixo com um sorriso grande no rosto.

– Ah!, finalmente alguém normal, vai ver éramos amigas! – disse Julie animada.

– Oi, eu sou Daniel Castellamare, eu sou o novo inquilino.

A mulher o interrompeu.

– Oi Daniel, Thalita, entra. – se apresentou dando passagem para que ele entrasse.

– Perai, um segundo, eu tenho uma pergunta, é sobre o apartamento lá de cima, pertencia a uma jovem. – Thalita passou a mão pela cabeça, como se pensando.

– É..acho que morava alguém lá, ah, mas ela era totalmente antissocial. – respondeu Thalita, enquanto Julie a olhava com desdém.

– É. Acho que não éramos amigas. – disse Julie

– Ela parecia dona de gatos, sem gatos. – falou Thalita rindo, e Daniel riu sem graça também.

– Já chega né, vamos embora. – chamou Julie aborrecida.

– Olha, sei que é antiquado, mas tenho uma janela que não consigo abrir. – Disse Thalita apontando para dentro do seu apartamento.

– Tá de brincadeira?! – Julie voltou para a porta irritada.

– O que? – disse Daniel nervoso.

– O que? – repetiu Thalita confusa.

– Ela quer que você entre. – deduziu Julie apontando para a porta.

– Olha, se ela foi pintada fechada, é so usar uma chave de fenda. – orientou Daniel. Julie olhava aquela cena com desdém e mesmo não admitindo, um pouco enciumada.

– Eu tentei, mas não adiantou. – insistiu Thalita dando de ombros.

– Nossa, sem preliminares, incrível!. – ironizou Julie.

– Eu gostaria de te ajudar, mas tenho planos para o jantar. – disse Daniel um pouco nervoso.

– Tenho sobremesa. – disse Thalita se insinuando para o loiro.

– Tó com vontade de vomitar. – disse Julie com desdém .

– Olha..eu tive..prazer em conhece-la. – Daniel se embolava com as palavras, lhe estendeu a mão.

– Eu também Daniel. – disse Thalita, retribuindo o cumprimento. Daniel saiu e Thalita o acompanhava com olhar sorrindo maliciosamente. Julie a olhava com desdém.

– Porque a roupa de ginastica? Se ela vai fazer ginastica no meio do dia, seria o único motivo para usar roupa de ginastica, precisa de sutiã que levanta? Tem é que deixar bem preso, e não levantar. – reclamava Julie, ela e Daniel subiam as escadas do prédio, o loiro bufava pela faladeira de Julie.

– Meu Deus, você não vem mais comigo. – reclamou Daniel.

– Por quê? Alguma coisa pode me ajudar. – disse Julie indignada.

– Que pena. Você parece um rádio que alguém colocou dentro da minha cabeça, e eu não consigo desligar. – Daniel ainda reclamava.

– Perai, você não achou que ela foi vulgar e predadora? – perguntou revirando os olhos.

– Essas são duas coisas que os homens adoram. – afirmou Daniel.

– Ah é? Então porque não sai com um pitbull? – ironizou Julie.

– Quem sabe. – rebateu Daniel procurando as chaves no bolso. – Droga!. – reclamou bufando quando não as encontrou.

– O que é? – perguntou Julie.

– Eu deixei a chave dentro do apartamento. – respondeu chateado, Julie revirou os olhos.

– Tem uma chave extra debaixo do extintor. – avisou Julie apontando para o extintor perto da escada.

– Ah, ela é sensual, se você gosta de mulher alta, peitão, pernas longas, tipo modelo. – Julie insistia no assunto, enquanto Daniel pegou as chaves. – Ela deve fazer o seu tipo. – finalizou

Já dentro do apartamento, Daniel foi para perto do geladeira, e Julie o seguiu.

– Aqui so tem mais cinco apartamentos, e ninguém se lembra de como você era, isso é que é ser desgarrada das pessoas. – reclamou Daniel abrindo a geladeira e pegando uma bebida.

– Você vai mesmo beber? – perguntou Julie olhando para a garrafa de cerveja que o loiro tentava abrir em cima do balcão.

– Ah eu vou. Eu vou sim!. – afirmou rindo ironicamente, procurando um abridor de garrafas.

– Gaveta da esquerda. – orientou Julie, vendo que ele não encontrava. O loiro a olhou, e foi para a gaveta que ela lhe indicou, e achou alguns papeis.

– Olha so. – Daniel pegou os dois papeis, mostrando a Julie.

– Que isso? – ela perguntou curiosa.

– Tem um endereço escrito aqui, so que eu não consigo identificar o numero. – respondeu Daniel, e Julie se aproximou. – Isso aqui é um cinco ou é um seis?- perguntou levantando o papel para que ela veja.

– Ah..eu acho que é cinco..seis..não, não, é um cinco! com certeza é um cinco! Isso é ótimo, agora temos um endereço, e um ticket de lavanderia, isso serve?.

– Será que vai dar em alguma coisa. – Daniel pensava arquendo a sobrancelha.

– Ainda há esperança. – afirmou Julie.

Sairam e foram primeiro na lavanderia.

– Ah é, era uma calça preta, Armani, eu acho. – lembrava o atendente.

– É, eu me lembro, ela foi super cara. – disse Julie.

– Se lembra de mais alguma coisa sobre a mulher? É importante. – questionou Daniel.

– Ela era simpática, mas meio triste talvez. – começou o homem.

– Triste?! – perguntaram Julie e Daniel juntos.

– Quando penso nela, penso em tristeza, solidão. – concluiu o Homem pensativo.

– Eu não pedi pra esse cara traçar um perfil psicológico, pega a minha calça, por favor. – pediu Julie reclamando.

– Posso..pegar a calça? – Daniel pediu.

– Ficou aqui por muito tempo. Mandamos para um abrigo. – explicou.

– Você deu a minha calça?! Ficou Maluco, era Armani! – Julie reclamava chateada.

– Tudo bem. Eu vou embora. – avisou Daniel olhando de relance para Julie. O homem estranhou e agora estava assustado.

– O que queria que eu dissesse pro cara? Que a calça era minha?. – Daniel dizia já do lado de fora, mas o homem ainda ouviu, e balançou a cabeça em negativa.

Sairam e foram atrás do endereço que Daniel tinha achado.

– 425, eu acho. – Disse Daniel ao sair do carro e encarar a casa. – Parece familiar? – perguntou ao ver Julie saindo do carro.

– Hum, não sei não. – Julie respondeu balançando a cabeça em negativa.

Os dois andaram até a porta e Daniel tocou a campainha, um senhor idoso atendeu.

– Oi, posso ajudar? – o senhor perguntou.

– Oi, pode parecer estranho, mas eu estive pensando se o senhor não conhece uma mulher morena, tipo 1 metro e 58. – perguntou o loiro, o senhor o olhava assustado.

– Oh meu Deus, quem é você?- o senhor perguntou.

– Eu não conheço o senhor. – Daniel respondeu colocando as mãos no bolso.

– A minha esposa contratou você. – o senhor deduziu.

– Me desculpe, o que?! – Daniel perguntava confuso.

– Eu sabia que ela iria descobrir. O que ela pagou, eu dobro, quanto você quer? – propôs o senhor, Julie observava a cena chocada, imaginando que o senhor era seu amante.

– Eu não quero dinheiro senhor. – respondeu Daniel

– Volte aqui as seis, eu vou fazer o cheque. – disse o senhor, ao ouvir a esposa o chamando, ele entrou e fechou a porta.

Daniel olhou para Julie e riu.

– Puxa! – brincou ainda rindo.

– O que é? Você não acha que eu transei com esse velho tarado né. – Julie rebateu chateada.

– Parece que sim Julie. – Daniel a provocava sorrindo torto.

– É Juliana. E isso foi nojento. – corrigiu Julie apontando para a casa com a cabeça.

– Olhe pelo lado bom, às seis horas, eu venho ganhar um dinheirinho. – Daniel ainda a provocava, e abriu a porta do carro para que ela entrasse.

– Obrigada. – Julie agradeceu estranhando o gesto – De nada. – Daniel respondeu fechou a porta dela e foi para o seu lado.

Julie dentro do carro pensava angustiada.

– Meu Deus, será que eu era uma vadia? Uma vadia destruidora de lares.- pensava alto.

Porém, o que eles não sabiam, era que Julie havia errado o numero do endereço, era 426, e não 425, como ela deduziu, se não tivessem cometido esse erro, teriam encontrado Fran, mentora de Julie no hospital.

[..]

Agora andavam pelo parque.

– Na boa, fala pra mim, se eu fosse uma vadia, qual é o problema em ter um apetite sexual saudável? – Julie insistia no assunto.

– Não mesmo. – respondeu Daniel andando ao lado dela.

– Também, olha com quem eu to falando, o cara que tentou passar a mão em mim uma vez. – dizia Julie.

– Eu estou tentando concordar com você. – Daniel tentava amenizar.

Os dois chegaram a um restaurante conhecido para Julie.

– Daniel!.

– O que?

– É aqui.

– Você reconhece? Que bom. – os dois então entraram no restaurante. Daniel abriu a porta para que Julie entrasse, as pessoas estranharam aquela cena na rua.

Julie entrou e reconheceu o lugar.

– Hm, aqui é o Mooze’s, eu adoro esse restaurante. – comentou Julie reconhecendo o local.

– Você comia muito aqui? – deduziu o loiro.

– Não. Nunca comi, eu me lembro de olhar pela vitrine e imaginar que gostaria de comer aqui. – lembrava olhando em volta.

– Mas e então. Você era uma criança de rua? Porque nunca comeu aqui. – Daniel questionou.

– Ah, eu queria, so que nunca tinha tempo pra isso. Vai ver o cara da lavanderia tinha razão. – Julie disse sem animação, fazendo eminencia para sair. Daniel a seguia, quando um homem passou mal e desmaiou. Julie se virou, as pessoas do local estavam desesperadas com a cena.

– Meu Deus. Precisamos de um medico, tem algum medico aqui? – o gerente perguntava.

Julie olhava para a cena.

– Sente o peito dele. – como um impulso Julie se lembrava.

– O que? – Daniel perguntou confuso.

– Sente o peito dele, vê se não tá inchado. – Julie o orientava.

– Como eu vou fazer isso? -Daniel questionava.

– Anda logo. – Julie o empurrava.

– Com licença, eu preciso sentir o peito dele. – Daniel pedia passagem na radinho que se formou .

Os dois se a baixaram.

– Tá sentindo as costelas? – Julie perguntou.

– Não. Mas eu sinto se eu apertar. – Daniel apertava a costela do homem.

– O que você tá fazendo? – o gerente perguntou confuso.

– Acha que está inchado? – Julie perguntou preocupada.

– Hm, eu acho que está. – Daniel respondeu.

– Acha que está o que? – o gerente estranhava

– Diz que vai precisar de uma faca afiada e de uma garrafa de vodka.- Julie avisou. Daniel repetiu ao gerente que logo providenciou.

– Mas o que é que ele tem? – o gerente perguntou.

– Pneumotórax de tensão. – Julie respondeu.

– Eu acho que é um neumataxer de tensão. – Daniel se embolava nervoso. – Pneumotórax. – Julie corrigiu.

– Pneumataxer. – Daniel ainda se embolava.

– Pneumotórax – Julie corrigiu de novo.

– Pneumanumatuma – Daniel falava coisas sem sentido nervoso com a situação. – Deixa pra la. – falou por fim

– Mas o que é? – o gerente quis saber.

– Olha, o ar está escapando dos pulmões para o peito. – Julie disse, e Daniel repetiu.

– Abre a blusa dele. – Julie orientou, e Daniel visivelmente nervoso repetiu.

– Não. Abre você! – Julie corrigiu.

– Eu abro. – Daniel disse.

– Tem uma válvula na abertura dos pulmões, se ela não fecha, contrai os pulmões e comprimi os outros órgãos. – Julie explicava – Agora eu quero que sinta as costelas dele de novo. – pediu Julie.

Daniel obedecia.

– Um pouco mais pra baixo. – Julie orientava. – Tá sentindo o ponto entre as costelas?

– Hanram. – Daniel respondeu nervoso.

– Tá, jogo um pouco de vodka – mandou Julie e Daniel o fez. - Isso. Agora pega a faca.

Daniel estava nervoso com a situação.

– É..eu posso pedir para voc6es chegarem mais pra trás, so um pouquinho. Obrigado. – pediu para a “rodinha” em volta deles, e as pessoas se afastaram.

– O que eu faço com a faca? – perguntou para a morena.

– Você vai fazer uma incisão. – respondeu.

– Olha so, não. Eu não vou esfaquear um homem. – negava assustado.

– Daniel, a vida desse homem tá em perigo. – Julie insistia

– Escuta, você não precisa ficar com medo, é fácil, é so você fazer um buraquinho pro ar sair, ai você coloca a faca nesse ponto ai. – Julie orientava apontando o local.

– Ai meu Deus. – Daniel aproximava a faca apavorado. – Como sabe disso? – perguntou.

– Eu não sei. So sei que eu sei, agora anda. – Julie disse vendo que ele hesitava em fazer o procedimento. – Coloca a faca ai, empurra um pouco mais. – o orientava. – Isso. Agora chega, coloca o bico da garrafa de vodka e coloca no buraco que você fez, isso vai manter a ferida aberta pro ar sair. – Daniel o fez, apavorado com a situação. E o homem voltou a respirar.

– Eu sou medica! – Julie afirmou.


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Notas finais do capítulo

Uh..olha ai, Julie ta começando a se lembrar do seu passado. e ai o que estão achando? rs

Comentem s2 beijooos nos corações ;*