- Bem, parece que consegui te sequestrar aqui.

Sim, Kurama convencera Kira de jantar em sua casa, conhecer sua mãe e ainda ficar para um café . E era impressionante ver como era afetuoso o relacionamento de mãe e filho... Kurama realmente havia mudado , apenas diante dos olhos humanos que o observavam .

E seria um fim de tarde tranquilo se , do nada , um temporal não desabasse sob a cidade .

- E não é ? – Kira respondeu olhando a água bater em respingos na janela da sala - Como vou pra casa agora . . . ?

- Não vai ...- Kurama aproximou-se abraçando-a pelas costas – Fique aqui esta noite. Tem lugar o bastante .

- Kura. . . digo , Minamino . . .

- Ele tem razão , querida . – Shiory já voltava de seu quarto com uma toalha e um pijama nas mãos – Fique aqui esta noite, não será nenhum problema .

- Mas tenho que avisar a minha tia e . . .

- Temos um telefone , Ma-chan . . . – Disse Kurama irônico e sutil.

- Ligue para sua tia e se precisar , eu mesma falo com ela . – Shiory falava meiga . O mesmo sorriso da forma humana de Kurama .

- Claro . . . obrigada . – Kira agradeceu e na mesma hora Kurama a leva até o telefone.

Kira pega o fone , coloca no ouvido e digita rapidamente o número . Não demorou muito e Nanah atende com um tom de preocupação pela possibilidade de sua sobrinha estar andando na rua durante aquele toró .

- Tia Nanah ? – Ela falava tentando deixar tudo aquilo plausível – Acho que não vai dar pra voltar . . .

- Mas você está bem ? – Era a única preocupação de Nanah .

- Está sim , mas acho que terei que passar a noite aqui . . .

- A mãe de Suichi permitiu ?

- Foi ela quem pediu . . .

- Bom , se é assim . . . Mas volte amanha cedo , ok ?

- Pode deixar , Tia . Eu volto o mais rápido possível .

- E juízo . . .

- Sempre . – Kira responde com uma leve risadinha .

- Até amanha , querida .

- Até , tia . – Kira desliga o telefone e se volta para Kurama encontrando um ruivo muito feliz. – Pronto .

- Viu ? Nem doeu . – Ele sorria encostado na parede .

- Isso tudo é saudade de dividir uma toca comigo ?

- Também . . . - Ele vai se aproximando e logo começa a surgir aquele clima de romance . Por pouco não surge um beijo no meio daquilo tudo . Cortesia de Shiory que aparecia na porta da sala . . .

- Suichi , querido – Ela ia em direção a porta com um guarda – chuva na mão - A Mayo , nossa vizinha me chamou para acompanhar a novela com ela hoje , então vou sair por um tempinho . Comportem-se , sim ?

- Claro mamãe ... – Kurama vai até sua mãe e lhe da um beijo na testa – Aproveite .

- Até mais ,senhora Shiory . – Kira acena sorrindo .

Shiory sai e os dois ficam a sós . Já anoitecia , e ainda teriam que ajeitar as coisas por ali : Arrumar um colchonete para a visitante, tomar banho . . .

- Então , parece que seremos só nos dois . – Kurama toma uma felicidade extrema e repentina , carrega Kira pela cintura girando rápido e a põe no chão ao final da terceira volta .

- Sua mãe é louca , Kurama . . . – Ela fala rindo , passando a mão pelos cabelos curtinhos enquanto se recuperava do rodopio repentino – Se soubesse da verdade , nunca nos deixaria sozinhos em lugar nenhum .

- Mas ela não sabe , e nem vai saber . . .

- Eu sei . Bem . . . – Ela pega a toalha e o pijama em cima do sofá – Preciso de um banho . . . onde fica o banheiro ?

- Segunda porta a direita . Estarei no meu quarto , se precisar .

- Certo . Não demoro .

Kira vai para o banho , e Kurama para o quarto . Jogado na cama ele ouvia o som da água caindo e do doce cantarolar de sua raposa de fogo . Matava a saudade ouvi-la cantar , e estava quase pegando no sono quando o som do chuveiro funcionando finalmente cessou. Não demorou muito e Kurama foi despertado de seu breve cochilo pela voz que vinha d porta do seu quarto .

- Kurama . . . ? – Numa mistura de constrangimento e suavidade , ela sempre o acordava assim.

- Hum ? - O Yoko abre os olhos e se depara com uma visão divina : Kira parada em sua porta vestindo um baby doll branco , curto e justinho que ele jamais imaginaria de onde sua mãe o havia tirado , ou quando ela o teria usado . Os pés descalços tocavam o chão pelas pontas , e por um segundo o Yoko poderia jurar ter visto um brilho dourado nos olhos da moça parada a sua porta – Nossa , você está . . .

- Escolha bem suas palavras , Yoko... – Disse ela sentando-se sensualmente na cama . El epor sua vez também sentou-se e disse :

- Sexy . . . – Kurama passa mão pelo pescoço da Kitsune e a puxa para si com firmeza , tomando seus lábios em um beijo profundo e cheio de sentimento que a pegou de surpresa mas que não deixou de ser correspondido .

As línguas se tocavam , e entrelaçavam-se , os corpos se aqueciam e as roupas começavam a ser tornar inconvenientes , Kira entrelaçava os dedos entre os longos fios vermelhos de Kurama que a segurava firma pela cintura puxando-a para cada vez mais perto até que num impulso repentino ele a coloca em seu colo com as pernas separadas por sua cintura .

As mãos de Kira deixam os cabelos do Yoko e passam a deslizar dos braços dele até o tronco forte, e definido . Queria sentí-lo , deixar seu corpo junto ao dele como a muito não fazia . E os lábios nunca se separavam daquele beijo envolvente e sedutor .

A camisa de Kurama foi praticamente arrancada de seu corpo e jogada em um cano qualquer do quarto , e as hábeis mão do raposo dourado levantavam a seda branca com leveza , e só assim cessariam o beijo , por cerca de três segundos enquanto Kira perdia a blusa do Baby Doll e sentia de leve os dedos deles roçarem sua pele , tocando-lhe os seios.

E num movimento rápido ele a coloca deitada e seu corpo sob o dele tocando-a por completo . Kurama só conseguia se lembrar de como sentira falta daquilo , o corpo dele contra o seu , os cheiro , o toque , as senações, o calor . . .

- Hum . . . – Ela balbucia algo entre o beijo – Yoko . . .

- Querida . . . – E ele aprofunda ainda mais o beijo .

- Espere Yoko , ah . . . – Ela o afasta apenas alguns centímetros – Posso . . . ter perguntar uma coisa ?

- O que quiser , querida . . . – Os olhos de Kurama oscilavam entre dourado e verde , um pouco mais e logo não seria possível distinguir Kurama de Suichi , Kira de Matsuri .

- Já fez isso com esse corpo ? Digo , como Suichi Minamino ?

Kurama sente uma leve surpresa com a pergunta . Mas sorri , aquele sorriso faceiro , meio safado , um pouco de lado , e responde :

- Não . . . ainda não . E Matsuri Shirayuki ? Ainda intocada ?

- Desde o dia em que nasci de novo . . . Mas o que me preocupa é . . . – ela se apoia nos cotovelos para chegar ao ouvido dele e sussurrar – Você ainda sabe fazer isso ?

- Melhor do que nunca - ele responde sentido os pelos da nuca se arrepiarem .

E começando mais um beijo , ele passa as mãos pelas costas dela , e logo o sutian se torna mais umapeça caída perto da cama assim como a calça e o cinto do ruivo que logo iam parar no mesmo lugar .

- Ainda tem uma agilidade sobrenatural para tirar minhas roupas . . . – Diz o Yoko enquanto se deliciava com o pescoço de sua parceira e apertava seus seis delicadamente .

- Certos hábitos nunca morrem . . . – Ela então começa a deslizar as mãos pelas costas dele até chegar na borda da cueca , era possível sentir as unhas dela arranhando-o de leve – Senti sua falta , Yoko . . .

- Também senti a sua , Kitsune . . . – E é como se uma onda de desejo repentina tomasse o corpo de Kurama . Ele passa a língua pelos seios da moça , aperta-os , chupa-os e deleita com o sabor suave e maciez daquele corpo em sua boca , enquanto a mão direita se encarregava de se livrar do short e da calcinha dela .

Um momento regado aos doces gemidos da raposa de fogo . . .

E trocaram mais um beijo repleto de saudade , no mesmo instante em que a cueca de Kurama se juntou a um calcinha de rendas roxas a um bom tempo jogada no chão do quarto . Assim como o pacotinho do preservativo que não demorou a ser jogado lá também .

Kurama senta-se novamente na cama puxando Kira consigo e ela sentia o corpo dele contra o seu . Quente , forte . . . sempre com aquele cheiro de rosas .

- Ah . . . – Geme a morena ao sentir sua intimidade ser tocada pela dele . A quanto tempo não sentia aquilo ? Se perguntou , e também respondeu para si mesma : A tempo o bastante para ter se esquecido de como era bom .

Haviam se esquecido até da chuva lá fora .

Ele a penetra cuidadosamente , revivendo uma sensação que não sentia a anos , fazer amor com a mulher que amava e reconquistara depois de tanto sofrimento .

- Ah . . . – Kurama deixa a cabeça pender para trás num espasmo de prazer – Como é bom . . .

- Kurama . . . por favor . . . . – Ela pedia por mais , arranhava as costas dele com força deixando linhas vermelhas espalhada pela pele alva do ruivo .

Então ele começa a se movimentar dentro dela . Um vai e vem delirante , e ambos se beijavam , gemiam , tocavam . . . sempre querendo mais . Continuaram se entregando um ao outro por um longo tempo , desfrutando do prazer , das sensações boas , do orgasmo . . .

- Ku . . . ra . . . ma . . . !

- Ah , Kira !

Ah sim , aquela onda de prazer , tomando posso do corpo dos dois . Ambos desabaram sob a cama , ofegantes , os corações batendo rápido demais , eo aroma do sexo pairando pelo quarto .

- Nossa, isso foi . . . uau ! – Kira abraça o corpo esguio e ofegante em cima dela – Nem parecia o doce Minamino . . .

- Hum . . . – Kurama sorri com um que de safadeza – Faço muitas coisas - Ele senta na cama olhando para ela – Que Suichi não faria . Lutar contra Youkais é uma delas .

- E é o tipo de coisa que Matsuri faria , há há .- Ela senta na cama também . Kurama a abraça pelas costas e pergunta com risinhos divertidos :

- Lutar contra youkais , ou sexo ?

- Há , engraçadinho . Os dois . . . os dois . . . – Ela se aproxima um pouco mais e lhe rouba um selinho – Mas isso foi bom . . .

- Muito bom – Ele completa – A quantos anos não me lembro mais de como era ser . . .

- Virgem ? É , eu também não sei . . . – Ela se aconchega melhor no abraço – Acho que agora eu piorei o meu status de inimiga pública número 1 .

- Do que está falando ?

- Não acho que suas fãns – ela sorri cheia de sarcasmo – vão aceitar isso muito bem . A maldosa Shirayuki Matasuri , deflorou – Ela senta-se na cama , como se tivesse se esquecido que estava nua , erguendo os braços como se fosse atacar Kurama maleficamente – O doce e inocente Suicho Minamino , numa cena de sexo selvagem e maléfico . Muahahaha !

Kurama ri com gosto da cena . Um riso aconchegante . Ele então a puxa novamente para seu colo :

- Elas não ficarão sabendo que eu fui violentado por uma maníaca muito sexy . – Ele lhe da um beijo atrás da orelha .

- Ora , Kurama , você me conhece – Ela ri com um pouco de maldade - Sabe que não me importo como que os outros pensam . Mas seria um pouco complicado dar um jeito em tantas humanas . Há há .

- Acho que não será necessário . - Ele também ri - Elas não saberão . . . garanto .

- Eu sei disso . . . hum – ela se aconchega melhor no abraço . Um sono tão leve e gostoso se aproximava . . .

- Cansada ?

- Um pouco . . . sua mãe . . .já na deveria ter chegado ?

- Ela deve ter ficado conversando com a vizinha . – ele ri – São bem amigas . Devem ter muito assunto .

- Melhor para nós , não ?

- Sim . . .

Eles se beijam novamente . Minutos mais tarde , Shiori volta para casa , e encontra o lugar plena silêncio . No quarto , Kira dormia na cama de seu filho , e ele , dormia em um colchonete no chão . E diante da cena a mãe do ruivo só conseguia pensar em quem seria de fato a moça que roubara o coração de seu filho .

- Tão jovens . . . e ainda tão inocentes – Pensou consigo antes de fechar a porta e ir se deitar .