Reasons to be Missed escrita por NallaTonks


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Só para avisar que eu vou passar uns dias fora. Ficaram alguns comentários para responder do capítulo de semana passada, mas eu só vou respondê-lo quando eu voltar.
Até =)



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— 181 DIAS —

Bom dia, Lucy.

— Hmm… Só mais um pouquinho, mãe. - Afundei meu rosto ainda mais entre os travesseiros, tentando fugir da luz que tocava meu rosto. Quem havia aberto as cortinas?

Lucy, sempre foste difícil de acordar, mas tens deveres muitos importantes a cumprir e fugir de suas obrigações comuns, como a escola, não ajudarão. Além disso, não sou sua mãe.

Relutantemente levantei o rosto a fim de ver o anjo sorridente agachado ao lado da cama.

— Céus, Levy. Que horas são? - Não poderia ser hora da escola, ainda estava um pouco escuro.

São 5:30 da manhã na contagem de tempo humana.

— Pelo amor de Deus. Vá embora e me deixe dormir. - Atirei um dos travesseiros em seu rosto antes de me jogar nos braços sedutores da inconsciência.

Fabray, precisas levantar. Agora. - A voz zangada em minha cabeça me puxou de volta para a realidade. Praguejando em pensamentos - e, talvez, em voz alta -, sentei na cama.

— O que você quer? - A julgar pela careta em seu rosto, meu tom de voz talvez não fosse dos mais agradáveis. Em minha defesa, qualquer um estaria a ponto de arrancar a cabeça do infeliz que o acordasse antes das 6h da manhã. Era insano.

Não temos tempo a perder. Seu prazo é muito curto para passá-lo sobre uma cama. Levante-se e comece a organizar seus pensamentos para que compreenda melhor o que deves fazer.

— Quanto? - De repente, não estava mais com raiva por ter sido acordada tão cedo.

Quanto o que?

— Quanto tempo até… Quanto tempo eu tenho? - Meus dedos pareciam muito mais interessantes do que sua resposta.

O bastante, Lucy. Não precisa preocupar-se com isso. Temos que consertar sua vida agora. Arrume-se, estar-te-ei esperando.

E ele tinha desaparecido.

De novo.

Acho que terei que me acostumar com essa irritante habilidade de meu Guardião.

xXx

Encontrava-me mais uma vez seguindo pelo velho caminho em direção ao McKinley. Levy, sentado ao meu lado, mexia nervosamente no rádio resmungando que ‘os humanos não saberiam o que é uma musica descente nem se a mais bela melodia lhes esbofeteasse a cara’.

— Então, o que faremos agora? - Perguntei quando entrava no estacionamento da escola. O céu estava coberto de nuvens cinzentas, mas a névoa e o frio haviam sumido.

O que você fará eu não sei, mas eu darei uma olhada na cidade para passar o tempo…– Levy saiu do carro o contornando para me ajudar a sair.

— Mas eu não sei como agir. O que espera que eu faça? - Começava a me desesperar, não tinha ideia de como começar a me salvar. E se eu não fosse capaz de descobrir sozinha? Se tudo fosse em vão?

Lucy, eu provavelmente não deveria ajudar-lhe, mas…– Ele deu um longo suspiro, como se tentasse se convencer a dizer algo. — Como eu já disse antes, perdoe-se e descobrirá seu caminho. Ele está onde chora o seu coração.

— O que isso significa?

Na hora certa descobrirá. Boa aula, Lucy.

Vencida, atravessei o estacionamento em direção ao portão de entrada. Vários alunos chegavam e eu tinha certeza que nenhum deles via um ‘Finn’ vestido de preto encostado ao meu carro.

xXx

— Bom dia, Q. - A voz ridiculamente alegre de Brittany invadiu meus ouvidos antes de sentir o abraço apertado pelas minhas costas.

— Olá, Britt. - Eu ri colocando meus braços por cima dos seus envoltos em minha cintura. — Onde está Santana? - Pude respirar de novo quando Brittany me soltou de seu aperto matador - Jesus, essa menina não tem noção da própria força–, e fechei a porta do meu armário.

— Oh, ela não vem hoje. Pediu para dizer que está doente, mas eu acho que é só preguiça. Eu vou na casa dela depois da aula, você ir junto? - Para ela parecia a melhor ideia do mundo, para mim era pedir demais.

— Eu acho melhor não, Britt. Se ela não quis vir deve estar com vontade de ficar sozinha, mas talvez sua presença deixe-a mais animada. - Eu tinha certeza que não gostaria de estar presente quando Brittany se propusesse a ‘animar’ Santana. Provavelmente até o diretor Figgins saberia, assim como o resto da escola. Talvez, enquanto ninguém tivesse provas concretas, Santana continuaria fingindo que nada acontecia entre elas.

— Ah, ok então. Vou para aula, se eu chegar atrasada de novo a treinadora disse que eu vou ficar suspensa. Tchau. - Brittany saiu correndo pelos corredores. Um borrão vermelho e branco entre os estudantes.

— Quinn! - Uma voz receosa soou atrás de mim me fazendo pular ligeiramente.

— Oi, Finn. - Ele estava parado a vários passos de distância, ajeitando desnecessariamente a alça da mochila. Parecia nervoso e… Com medo?

— Oi… Você está bem, digo, está tudo legal? Você parecia, tipo, meio assustada ontem, quer dizer, tudo bem? - Finn falava rapidamente olhando para todos os lados menos em minha direção.

— É, eu estou bem. Obrigada. Sobre ontem, eu sinto muito. Tive uma noite ruim e você me assustou. - Meu sorriso forçado pareceu convencê-lo de que não tinha feito nada grave, pois imediatamente ele me olhou parecendo não mais com medo e sim, envergonhado.

— Foi mal, não era pra te assustar. Eu queria, eu quero, falar com você. - Finn assumiu um ar sério e se aproximou o bastante para pousar a mão pesada em meu ombro.

— Okey…

— Sabe, nas férias, eu andei pensando em tudo o que rolou entre a gente ano passado e eu conversei muito com a Rachel também. E ela disse que você errou feio me traindo e depois mentindo pra mim e que a culpa não era só do Puck, era sua também, porque se vocês ficaram era porque os dois queriam e bebida sozinha não pode fazer tudo isso acontecer. Bem, foi mais ou menos isso que ela disse… Ela também disse que a culpa foi minha porque eu sabia que você não me amava e na verdade eu também não sentia amor por você. A gente gostava um do outro e eu não podia ficar magoado por você trair um amor que não existia. E, afinal, fui eu quem pediu você em namoro quando eu sabia não tinha outra razão além de ser um casal popular e tal. No início eu fiquei com raiva da Rachel porque ela só disse que eu fui corno por minha culpa, mas depois eu entendi… Então eu só queria dizer que eu sinto muito por tudo e que eu não tenho raiva de você nem do Puck. Eu já falei com ele nas férias e ia falar com você ontem, mas, sabe, a coisa toda do susto e dos gritos não deixou.

“Então é isso. Amigos? - Finn terminou o maior discurso que ele provavelmente faria na vida dele tirando a mão do meu ombro e estendendo-a na minha frente.

— Ah… Claro, é claro. Eu fico feliz que esteja tudo bem entre nós. - Segurei a mão a minha frente sem realmente sentir o movimento. Nunca poderia imaginar que tais palavras sairiam da boca de Finn Hudson, um dos caras mais doces, mas também um dos mais machistas e imaturos que já conheci em minha vida.

Finn estava se afastando quando sai do transe causado pelo choque.

— Finn. Como está tudo com a Rachel? - Por alguma razão, de repente me vi desesperada por notícias sobre o relacionamento deles. Talvez porque até algum tempo antes meu principal objetivo tinha sido separá-los de qualquer maneira.

— Ah, vai bem. Quer dizer às vezes ela consegue ser muito chata com todos aquelas manias e sempre reclama que eu faço muitas coisas errado e fica me dizendo o que fazer… Mas ela é legal na maior parte do tempo e eu gosto muito dela. Semana passada ela disse que tem muita sorte de ser minha namorada e que eu sou um dos caras mais legais que ela já conheceu, mesmo não sendo muito romântico. - Ele tinha um sorriso brilhante no rosto e parecia verdadeiramente feliz com o namoro.

Algo me incomodou. Se na frase ou na postura de Finn, eu não sabia.

— Que bom, fico feliz por estar dando certo. - Desta vez o sorriso forçado provavelmente era mais uma careta.

— É, eu também. Acho que talvez eu possa amar ela um dia. Tchau Quinn, até mais tarde.

— Tchau…

Ele já tinha ido embora. E lá estava ela, apoiada do armário dele, vários metros à frente. Esperando-o com um sorriso enorme e olhos que brilhavam com algum tipo de sentimento entre o carinho e o amor.

Algo que eu não sabia explicar como poderia dizer com tanta certeza.

Ela deu um breve aceno para mim antes de virar as costas, sendo levada por ele.

Levy me disse para começar com o perdão, o de Finn, pelo visto, eu já tinha. E naquele drama, ainda faltavam dois.

xXxCONTINUAxXx


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