A New Start escrita por Éryka H


Capítulo 8
Roma


Notas iniciais do capítulo

Depois de mil anos, cá estou eu. O carregador do meu notebook fez o favor de estragar, me deixando completamente na mão. Mas comprei um novo, então tá tudo bem agora. Mais um capítulo pra vocês, porque vocês merecem



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O dia começou bom. Dormimos em quartos separados, o que não me impediu de pensasse no loiro a cada cinco minutos. E quando finalmente consegui dormir, foi apenas para ter o sonho mais tentador e importuno que já tive. Sonhei que fomos para Las Vegas, ficamos terrivelmente bêbados e nos casamos naquelas capelas com decorações exageradas, cheias de corações e música brega, com direito a padre vestido de Elvis e tudo!

O pior de tudo, é que acordei com um sorriso na cara. A sensação de derrota e frustação me dominaram na hora, sem falar na culpa. Tudo o que eu queria era uma noite sem imaginar como seria ter ele me beijando, será que é pedir de mais?

Eu sei, eu sei. Como diabos o dia começou bom mesmo com tudo isso que aconteceu? Bem, pra começar, minhas olheiras sumiram (o que já é uma vitória) e a peste loira não estava do meu lado quando eu acordei, para me torturar ainda mais. Então um ponto pra mim.

Indo em direção ao banheiro, ouço alguém batendo na porta e a mesma sendo aberta em seguida. Dino aparece com dois cafés nas mãos e parece ligeiramente surpreso quando vê.

– Pijama curto e cabelo bagunçado. Eu definitivamente posso me acostumar com isso pela manhã. – O sorriso cafajeste ressurge.

– Diz isso porque não chegou perto o suficiente pra ver o estrago. – Digo colocando meu mau humor matinal em prática.

– Se quer que eu chegue mais perto do seu rosto é só falar, faço questão. – Lhe dirigi um olhar assassino, que o fez rir sem parar. – Ei, não posso dizer que era brincadeira, já que tive a intenção. Toma, trouxe cappuccino pra melhorar seu humor. Se vista rápido, temos um longo dia pela frente.

XxX

Roma. Dino me trouxe no berço de quase todos os eventos históricos importantes. Acho que uma lágrima ou duas caíram do meu rosto. Virei-me para o lado e olhei Dino, que ainda dirigia pelas ruas da cidade, eu deveria estar com o queixo caído porque ele simplesmente riu quando viu minha cara.

– Eu sei. Fiquei desse jeito também quando vim pela primeira vez. – Seu olhar continuava na estrada, mas parecia distante agora. – Meu pai me trazia aqui nas férias. Um dos poucos momentos em que ninguém da máfia nos perturbava.

Senti tristeza em sua voz, podia perceber que ele sentia falta do pai. Apertei levemente sua mão e lhe dirigi um sorriso, que me foi retribuído.

– Bem, agora podemos vir aqui nas férias também, se você quiser. – Acrescentei a última parte rapidamente. Espero que ele não ache que estou insinuando algo, porque eu definitivamente não estou. Não mesmo.

– Claro que eu quero. – Sorriu largamente para mim. – Mal posso esperar para trazer nossos filhos aqui e lhes mostrar tudo. Já posso imaginar o sorriso deles!

Mas o que?! Desnecessário dizer que corei. De novo. Juro por Deus que se eu passar um dia sem ficar vermelha perto dele, subo o Cristo Redentor de joelhos. Mas voltando ao assunto inicial, filhos?!

Não irei mentir, ter filhos está nos meus planos, mas nunca parei pra pensar sobre tê-los com Dino. Acho que minha súbita ruborização se deveu ao fato de eu ter pensado primeiramente sobre o que se deve fazer para ter os filhos.

As cenas que imaginei durante a noite voltaram a passar na minha cabeça novamente, e cá entre nós, não é muito legal você imaginar que está transando enlouquecidamente com o cara ao seu lado.

Sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos inapropriados, me recompus e olhei para Dino, que continuava dirigindo normalmente, como se nada tivesse acontecido. Filho da mãe. Juro que um dia eu o faço pagar por todas as noites mal dormidas que tive.

– Não acredito que esse lugar ainda está aberto! – Dino disse de repente, me assustando. Ele parou de repente, estacionando o carro ao lado de um café típico europeu. – Nos temos que comer aqui! É parada obrigatória!

– Ok então. – Ri um pouco. – A comida aqui é tão boa assim?

– É, mas não é pela comida que estamos aqui.

Olhei para o café lá fora mais uma vez. Não havia basicamente nada que o destacasse de qualquer outro café romântico. De repente parei. Pelo jeito que havia falado, Dino esteve aqui antes. E se ele tivesse trago alguma namorada aqui? Pior ainda, e se ele tivesse trago Luíza. Juro por todas as divindades que existem, se ele estiver me levando ao mesmo lugar que levou aquela cópia de Donatella Versace, eu sou um soco naquele lindo rostinho dele e volto pra Florença a pé mesmo.

Saímos do carro e entramos no café, nos sentando em uma mesa no canto. Pedimos alguns salgados e chocolate quente, quando a garçonete saiu, Dino ficou olhando pela janela lá fora, com um olhar nostálgico e distante.

– Meus pais se conheceram aqui. Quando vinha com meu, ele sempre me contava alguma história sobre eles. – Dino virou-se novamente para mim e colocou sua mão sobre a minha. – Sei que é apressado falar sobre isso quando nem sabemos sobre o futuro, mas gostaria de ter uma família, uma de verdade, e trazer meus filhos pra esse mesmo café e também contar histórias sobre o tempo em que namorava a mãe deles, e acima de tudo, adoraria que você fosse ela.

Nesse momento deixei a culpa tomar conta de mim por achar que ele havia trago uma ex para cá, mas além da culpa havia outro sentimento, um que me era ligeiramente familiar e esquentou meu peito, fazendo-me sentir, por mais estranho que parecesse, como se finalmente tivesse encontrado um lar.

Quando olhei em seus olhos, percebi o porque. Ele me olhava como se fosse a coisa mais preciosa que havia em sua vida, nunca alguém havia me olhado daquela forma. Ele me fitava como aqueles galãs de Hollywood olhavam as mocinhas nos clássicos filmes românticos que eu já havia cansado de assistir. O carinho com que ele me admirava era tamanho, que naquele momento eu percebi o que tentava evitar todo esse tempo.

Levantei do lugar e me sentei ao seu lado. Dino pareceu que ia falar algo, mas não o deixei terminar, pois o envolvi em um abraço apertado. Notei que ele estava surpreso, já que não fez nada por alguns segundos, até que senti seus braços me apertando de volta e seu rosto no meu cabelo. A forma como me senti segura em seus braços, como se uma guerra pudesse estar acontecendo lá fora e eu ainda estaria protegida com ele, me fez compreender. Eu havia me apaixonado por Dino.

– Eu aceito. – Disse subitamente.

– Hã?

– Eu aceito me casar com você.


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Notas finais do capítulo

Ok, confesso, achei meio apressado. Maaaaaaas eu queria tanto acabar logo com o plot da indecisão da Catarina pra começar o resto da história, que não resisti. Me desculpem. Dependendo das críticas, reescrevo esse capítulo e iremos fingir que nunca existiu.
Reviews por favor. Preciso saber o que vocês acharam sobre esse capítulo, estou bastante insegura com ele. Beijos e até o próximo!



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