Stay escrita por Lola


Capítulo 29
Hold On


Notas iniciais do capítulo

Oieee meninas. Demorei um pouquinho, desculpa :c

Espero que gostem desse capítulo, não é o que eu tinha preparado, mas gostei de como ficou. Espero que vocês gostem também :3



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Autora Narrando

– Droga. – Maggie sussurra enquanto se abaixa para apanhar as coisas que havia derrubado.

– Quer ajuda? – O garoto pergunta, observando a mulher.

– Não... Eu só... – Maggie acaba tropeçando e derrubando o resto dos remédios. – Não é meu dia de sorte.

– Acho que eu percebi. – O garoto sorri, se abaixando para ajudar a mulher. – Sou Glenn.

– Maggie. – Ela sorri para o garoto, que desvia seu olhar, envergonhado. – Eu nunca te vi por aqui.

– É... Acho que você nunca... Na verdade eu nunca... Bem... Então... Você é filha do Hershel... – Glenn tira o boné e passa a mão nervosamente pelos cabelos. – Eu sou Glenn...

– Você já disse isso. – Maggie ri do nervosismo do garoto.

– Eu disse mesmo... – O rosto de Glenn estava da cor de um tomate maduro. – O que... Você...

– Aqui. – Maggie entrega a receita para Glenn. O garoto a olha, confuso. – É pra minha irmã.

– Claro... Desculpe. – Ele fala. – Eu vou... Já trago... É... Maggie.

– Eu espero aqui. – Ela diz.

Glenn se afasta, a garota não é capaz de segurar sua risada. É claro que já havia visto Glenn na cidade. Gostava de observar o asiático desajeitado.

Demorou algum tempo até que o garoto voltasse com o remédio e a receita. Maggie agradeceu o garoto, que mais uma vez se atrapalhou todo na hora de se despedir.

A garota montou em seu cavalo e seguiu para a fazenda. Não conseguia deixar de pensar em Glenn, por mais tímido e desajeitado que fosse, tinha seu charme. Gostava do jeito que ele havia ficado envergonhado enquanto falava com ela, era algo realmente “fofo”. Lembrou-se das vezes que o pegou olhando para ela. O garoto sempre tentava disfarçar e acabava derrubando algo ou alguém. Ele era tão desastrado. E por alguma razão, Maggie gostava disso.

– Que demora. – Hershel diz quando a menina coloca os pés na casa. – Aconteceu algo?

– Não... Acabei encontrando com a Jen. Ficamos um tempo conversando. – Ela explica. A garota entrega a sacola com os remédios de Beth para o pai.

Sorri quando passa pelo o quarto da irmã e ouve ela cantando. Sua voz é suave, calma... Ela não a ouvia cantar desde que sua madrasta havia morrido. Odiava ver Beth deitada na cama o dia todo, odiava ver a menina Greene chorando pelos os cantos da casa, odiava olhar nos olhos azuis dela e não encontrar mais aquele brilho esperançoso que eles possuíam. Beth era isso. Ela era a garota frágil e sonhadora, que gostava de ler livros e ouvir as músicas velhas de seu pai. Era a garota que amava passar o dia penteando seus belos fios loiros. E aquilo tudo parecia não pertencer mais a ela... Maggie sentia falta de sua velha irmã.

Abriu a porta, lentamente. A menina pareceu não notar a presença da irmã, já que continuou sua cantoria.

– Deveria cantar mais vezes. – Maggie diz, se sentando na cama ao lado da irmã. A menina sorri para a irmã.

– Acho que sim... – Ela diz. – Mamãe gostava quando eu cantava.

Por um momento, viu toda a tristeza voltar ao olhar doce de Beth. Se xingou mentalmente por ter entrado naquele quarto.

Beth limpou uma lágrima que escorregou de seus olhos. Sua voz era calma quando ela voltou a cantar, agora com seus olhos fixos em Maggie.





Era estranho sorrir. Depois de tanto tempo, depois de tanto se convencer de que havia nascido para a dor. Sorrir era algo muito estranho para ele. Na verdade, sentir-se da forma que se sentia era estranho para ele, o caipira nunca foi amado, nunca viu seu pai ou seu irmão demonstrarem tal sentimento. Daryl cresceu em um mundo, aonde amor e felicidade era um privilégio para poucos. Nunca quis algo assim e sua vida, mas acabou acontecendo. Sem ele ao menos perceber.

Sentia que aquilo era realmente, o inicio de algo novo. Não era apenas o fato de se sentir feliz, ou de poder sorrir, não era apenas Carol ou Sophia... Era tudo. Ele nunca tinha tido uma vida antes dela aparecer. Sempre foi tão reservado, sempre guardando seus medos e inseguranças para si, sempre vivendo por Merle. A verdade é que Daryl sempre teve medo de tentar ser feliz, mas com Carol isso parecia ser tão fácil, com ela não existia um mundo com o qual ele deveria se preocupar, não exista algo ruim dentro dele, não existiam cicatrizes ou lembranças... Ele simplesmente não conseguia pensar em nada que não fosse ela, e isso o fazia bem... Daryl não queria ter medo... Não com ela.

Viu seu irmão entrando no bar. O homem se sentou em uma mesa com seus “amigos” e acenou para Daryl. Não se preocupou em acenar de volta. Daryl conviveu com Merle sua vida inteira e o homem lhe parecia um completo estranho. Os irmãos nunca tiveram uma relação instável, estavam sempre discutindo e machucando um ao outro. Mas isso não mudava o fato de que eram família. Daryl ainda se lembrava da vez que caiu da escada e acabou quebrando a perna. A imagem de Merle o pegando no colo e correndo para o hospital, era algo que ele não poderia esquecer.

– Não é cedo de mais para isso? – Rick comenta, se sentando ao lado do caipira.

– Um pouco. – Ele sorri de lado.

– Pelo o menos não me expulsou outra vez. – Rick sorri. – Soube que você e Carol estão bem. Fico feliz com isso.

– Eu também. – Ele diz.

– Você parece bem. – O xerife comenta.

– Eu me sinto bem. – Daryl dá um pequeno sorriso.

Os olhos de Rick seguem para um canto afastado, aonde Lori e Andrea pareciam conversar animadamente.

– Já você não me parece tão bem. – Daryl comenta, seguindo o olhar do xerife.

– Tivemos uma discussão essa manhã... Lori está me deixando louco. – Ele diz quase como um sussurro.

Daryl decidiu não falar nada. Nunca soube dar conselhos.

– Eu tento me convencer de que isso é normal, mas... Não é. Ás vezes parece que nem somos casados. – Ele continua. Daryl o ouve com atenção. – Eu não tenho a mínima ideia do que fazer.

Rick estava realmente tentando fazer as coisas darem certo. Ele se esforçava ao máximo, mas as coisas pareciam nunca estarem do jeito que ele queria.

Se apegava a idéia de que a chegada de Judith mudaria tudo, acreditava que as coisas se acertariam quando a menina nascesse. Talvez fosse isso que salvaria seu casamento, no momento era isso que o estava mantendo em pé. Sua esperança.

Ficava repassando o sorriso que Lori abriu ao saber que seria uma menina. Ela estava tão feliz naquele dia, os dois estavam. Ele só queria que dias como aquele se repetissem mais algumas vezes.

– As coisas vão se acertar. – Daryl diz. Rick olha para o caipira, conhecia-o bem o bastante para saber que aquilo era tudo que ouviria dele.

– Obrigado. – O xerife diz, com um sorriso em seus lábios.





A rua da praça estava movimentada, como sempre. Carol observava Sophia correndo de um lado para o outro, o sorriso em seu rosto não poderia ser mais alegre.

Carol sempre se alegrava quando via Sophia tão feliz. E isso geralmente acontecia, quando ela estava com Daryl. Claro que o caipira não era um exemplo perfeito para a garota. Ele adorava ensiná-la palavrões e gestos feios, o que tirava Carol do sério, na maioria das vezes. Mas ele sempre estava lá para sua garotinha, sempre colocando um sorriso no rosto dela. Ele fazia as coisas que Ed nunca teria feito, ela não acharia estranho se a garota começasse a chamá-lo de pai.

Sentiu mãos fortes apertarem sua cintura, os lábios quentes do homem fizeram contado com sua pele do pescoço. Carol não precisou se virar para ter certeza de que era Daryl.

– Está bonita. – O caipira sussurra contra o ouvido da mulher, fazendo-a estremecer.

Era incrível como algumas simples palavras conseguiam deixá-la tão bem. Mas não eram simples palavras, eram as palavras dele.

O caipira não se importava se as pessoas estavam olhando para eles, já fazia um tempo que o casal era o principal assunto de Woodbury. Ele não iria se esconder, não iria fingir que não tinha nada com ela...

Gostava que as pessoas soubessem, que eles estavam juntos.

Gostava que elas soubessem, que eles se amavam.

Gostava que elas soubessem, que Carol era dele.

– Eu te amo, caipira. – Ela sussurra, fazendo-o sorrir e se apertar mais contra a mulher

– Eu também... – Disse simplesmente. Carol entendia-o. Conhecia suas feridas. Apenas saber que ele a amava era o bastante para ela.


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Notas finais do capítulo

Maggie e Glenn se conheceram, finalmente *o*

Gostaram do capitulo? Comentem, deixem suas opiniões, lembrem-se que criticas são bem vindas. Amo vocês, até o próximo ♥

~Bjos; Tia Barbie