Stay escrita por Lola


Capítulo 26
Never let me go


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeey moças. Não demorei tanto né? Bem, desculpem. Obrigada a todos os reviews de vocês, eu amei cada um deles u-u

Sentiram falta de Caryl? Sentiram né? Então toma ai pra vocês, espero que gostem u_u



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POV (Daryl)

Carol Peletier... Tão certa e tão errada... Tão minha... Tão longe de mim. Complicada como burocracia, só que mais difícil de se entender. Eu deveria deixar de amá-la, ou deixar de me importar com ela, pelo o menos. Eu simplesmente não consigo.

Desfiz as malas, porque sabia que não poderia partir, refiz todas as perguntas, refiz todas as respostas. Não adiantaria dizer que eu partiria de Woodbury, não agora que ela tinha tanta certeza de que eu nunca a deixaria. Eu fiz todos os meus planos, como ela fez os dela. Carol poderia seguir em frente sem mim... Eu não posso sem ela.

– Desistiu? – Merle está encostado no batente da porta.

– Não faz sentido. – Falo guardando as roupas. – Você não sobreviveria sem mim, de qualquer jeito...

Merle ri e consegue arrancar um sorriso de mim.

– Obrigado, Daryl. – Ele fala, me fazendo olhá-lo surpreso e desconfiado. – Eu sou um filho da puta, fodido... Mas você ta aqui.

– Não tenho muitas escolhas. – Falo.

– Tem sim... Você tem, irmão. - Merle deixa meu quarto.

Me deito na cama, respiro profundamente quando ela atinge minha linha de raciocínio... Talvez amá-la, seja minha maldição E isso não está dando certo para nenhum de nós.

Gostaria de me lembrar da última vez que consegui deitar-me nesta cama e sonhar com algo... Não... Eu apenas me lembro... Todas as noites, eu me lembro de toda a minha maldita vida. Toda noite, desde que ela me deixou... Eu gostaria de romper essa barreira que construí entre eu e Carol. Eu realmente... Maldito... Eu a amo.

A amo desesperadamente. Sou um apaixonado, clamando pelo o corpo de Carol em meus braços... Sussurrando meu nome em uma completa demonstração de total prazer, me apertando... Puxando... Se entregando a mim, do jeito que apenas ela faz.

Avisei a Merle que estava saindo. Ouvi ele resmungar alguma coisa de dentro do quarto, mas não dei muita importância.

Entrei na caminhonete e suspirei pesadamente... Fazia um tempo que não colocava os pés na cidade.





– Olha quem resolveu dar as caras. – Dale diz sorrindo abertamente para mim. – É bom vê-lo.

– Bom te ver também. – Aceno com a cabeça. – Merle tem vindo aqui?

– Já faz um tempo que não o vejo. – Olho para ele, surpreso. – Parece que ele tomou jeito, não?

– É... Parece. – Viro o líquido do copo de uma vez.

Passei um tempo ali... Já me sentia um pouco tonto, por conta da grandes dozes de álcool que havia ingerido. Não o bastante para ficar bêbado, mas o bastante para pensar nela... Como se isso fosse preciso.

Saí e bar e permaneci sentando em algum lugar daquela maldita praça.

– Ele está vivo, afinal. – Uma voz, um tanto conhecida me chamou a atenção.

Demorei alguns segundos para conseguir olhar em sua direção. Os fios loiros estavam maiores do que da ultima vez, os olhos azuis... Sempre aquele brilho. Minha pequena... Minha garotinha, já não me parece tão assustada.

No momento seguinte, eu me vi correndo até Sophia, a enlaçando em meus braços. Tão frágil... Deus, ela é tão pequena e frágil.

Uma onda de culpa me invadiu, quando me lembrei das palavras que lhe havia dito... Fui tão duro com Sophia. Depois de tudo, eu ainda consegui ser um completo idiota.

– Pensei que tivesse ido. – Ela fala, passando a pequena mão contra meu rosto. – E você está horrível. Alguém te falou que está fedendo a bebida? E por Deus... Quanto tempo faz que você não dorme. Ta parecendo um velho acabado.

Não pude deixar de sorrir. Sophia nunca mudaria.

– Desculpe. Você sabe que aquelas coisas... – Apenas suspirei, a abraçando de volta. – Você engordou Sophia.

– Você que perdeu peso. – Ela mostra a língua.

Quando finalmente me afasto de Sophia, posso vê-la. Observando tudo de longe.

– Oi... – Ela se aproxima, timidamente.

– Carol... – Seu some escapa de meus lábios.

– Sophia... Por que não vai brincar? – Carol pergunta, gentilmente.

Ficamos um bom tempo ali, nos encarando. Processando tudo que tinha acontecido até aquele momento.

Eu não fugiria.

Não dessa vez.

– Como vai? – Ela pergunta, de repente.

– Bem... – Respondo.

Carol parecia um completa estranha para mim. Não conseguia pensar em qualquer coisa para lhe dizer. Não depois de todo esse tempo.

– Acho que precisamos... Conversar. – Carol diz.

– Acho que nós já conversamos... Deixamos tudo claro. – Ela suspira pesadamente.

– Eu preciso conversar. – Pensei em responde-la da maneira mais dura possível. Mas percebi o quanto aquela atitude seria estúpida.

Não percebi quando começamos a andar. Eu estava quieto, ela também. Nenhum dos dois com coragem para dizer algo. A todo momento lembrava de suas palavras, a todo momento revivia aquele maldito dia... Aquilo estava me torturando.

A verdade é que eu passei todo esse tempo, pensando em uma forma de tirar Carol da minha vida. Meus pensamentos sempre terminavam com ela nua em meus braços.

– Merle está bem? – Ela pergunta.

– Sim... Está melhor. – Falo.

Me odeio internamente por não conseguir puxar qualquer assunto. Aquela situação estava extremamente desconfortável.

– Está frio. – Carol para. – Eu gosto do frio.

Balanço a cabeça, olhando para meus pés e com as mãos afundadas em meu bolso.

Carol estava olhando para a brilhante lua no céu, perdida em seus pensamentos. Não pude deixar de olhar para ela... Estava tão linda. Seus olhos azuis, fizeram contado com os meus.

– O que aconteceu com nós? – Ela sussurra.

Não sei o que responder. Na verdade, não consigo. Queria jogar a verdade na cara dela, dizer que foi ela, que ela tinha destruído tudo... Mas não. Eu fiquei ali parado, encarando qualquer coisa que não fossem os olhos dela.

– Eu me pergunto isso... – Sussurro, sem conseguir encará-la.

Carol se cala. Novamente aquele maldito silêncio.

– Foi real... – Ela fala. – Daryl, eu... Sei que você acredita.

Permaneço imóvel... Não sei o que fazer. Não sei o que falar.

– Olhe para mim. – Ela segura meu rosto, seus lábios perto de mais dos meus. – Eu preciso de você.

Não penso mais em nada.

Meus lábios vão de encontro aos dela. Aquilo me pareceu o paraíso... Era exatamente como eu me lembrava. Doce, calmo... O remédio perfeito pra toda aquela merda.

A beijava desesperado, com fúria, paixão... Não me importava se aquilo parecia rude. Eu precisava senti-la. De todas as formas. Precisava saber que Carol ainda me pertencia. Precisava ter certeza de aquilo era real, de que ela estava ali. Porque eu sei que morreria se ela não estivesse.

Sua mão puxava os fios de meu cabelo, me trazendo para mais perto dela... Ela sentiu minha falta. Como eu senti a dela.

Naquele momento nada mais importava. Eu tinha me esquecido de tudo. Era a Carol... Finalmente... Carol.

Ela me pertencia, como eu pertencia á ela. Isso nunca mudaria. Nunca seria diferente... Não importa quantas vezes tenhamos que machucar um ao outro para descobrir... Carol é a maldita cura para meu maldito sofrimento, não existe um passado ruim quando estou com ela. Ela é minha salvação, meu espelho e nesse momento... Ela é minha.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno né? Prometo que vou compensar vocês no próximo capítulo u_u

Acham que Caryl voltou mesmo? Tomara né? São tão lindos *o*

Enfim, é isso. Espero que tenham gostado, por mais pequeno que tenha sido o capítulo. Comentem, opinem... Críticas são bem vindas. Amo vocês. Bjos da tia Barbie ♥