Stay escrita por Lola


Capítulo 23
Since I've been loving you


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeee.. Gente, estou tão feliz que vocês estejam gostando da fic, fico mais feliz ainda quando aparece alguma leitora nova. Obrigada a todas vocês, eu estou realmente feliz escrevendo essa fic *-*



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Daryl já estava acordado quando Merle invadiu seu quarto. Não deu muita importância ao homem, queria passar o dia todo deitado em sua cama, desfrutando de seu sofrimento. Ás vezes pensava em se levantar e recomeçar... Mas afinal, o que ele tinha para recomeçar?

– Vamos Daryl... A gente tem trabalho pra fazer. – Merle dizia impaciente. Na verdade, ele estava preocupado.

– Vou ficar aqui hoje. – É tudo o que ele diz.

Daryl não se sentia capaz de fazer qualquer coisa naquele dia. Ele estava sentindo falta de Carol, não que ele não estivesse sentindo a falta dela antes... Mas naquele dia, os olhos azuis e o sorriso perfeito estavam dispostos a atormentar os pensamentos do caipira.

Merle não discutiu. Pegou tudo o que precisava e saiu de casa, deixando-o ali. Sozinho.

O homem demorou horas para se levantar da cama. Ele estava realmente acabado, não só emocionalmente. O cabelo cobria os olhos, a barba estava por fazer, as marcas roxas que estavam abaixo dos olhos, davam a impressão de que Daryl havia levado uma boa surra e ele tinha certeza de que tinha perdido alguns quilos. Estava mudado. Estava diferente, de todas as formas.

Ela se esqueceu que estou aqui e que estou vivo?

Ela se esqueceu de tudo que passamos?

Ela se esqueceu de mim?

Falava para si mesmo.

Se perguntava se ela se arrependida de ter ficado ao lado dele, estava convencido de que talvez tudo aquilo tenha sido realmente um erro.

Decidiu tomar um banho, queria sair daquela casa, queria que a dor parasse... Como se isso fosse possível.

Depois de algum tempo, Daryl estava dentro de sua caminhonete, pensando se seria uma boa ideia voltar aquela cidade.

POV (Daryl)

Estacionei com o carro na frente do bar. Eu estava me tornando um dos piores tipos de pessoas que existe e por mais incrível que pareça, aquilo não me incomodava. Na verdade, nada me incomodava. Minhas únicas preocupações agora eram cuidar de meu irmão.

Assim que coloquei os pés no local, tive a confirmação de todos os meus pensamentos.

Carol havia me esquecido.

Isso estava bem evidente, pela a forma que ela sorria para aquele doutorzinho.

Deus, ela está tão linda... Mais linda... Tinha algo diferente em Carol, ela parecia mais confiante, mais livre... Talvez ela tenha encontrado algo melhor agora.

Pela a primeira vez desde que tudo aconteceu, eu tive vontade de derramar lágrimas. Meu interior gritava a cada sorriso que Carol lançava para ele. De alguma forma, eu sentia que aquele sorriso ainda pertencia a mim.

A mão dele estava entrelaçada na cintura de Carol. Ela parecia tão confortável ali... Com ele...

– Daryl. – Rick estrala os dedos na minha frente.

– Ah... Oi. – Digo antes de me sentar ao balcão e começar a ignorar o xerife.

– Você sumiu. – Ele diz. – Como está?

Fico calado, tentando me concentrar apenas na garrafa de bebida a minha frente.

– Escuta, eu sei que você e Carol...

– Você pode ir. – Digo antes que ele continue seu discurso.

A verdade é que eu não queria mais contato humano com ninguém. Prefiro estar sozinho... Sempre estive, de qualquer maneira.

Eu não posso confiar nas pessoas.

Eu confiei em Carol.

E olhe para ela... Se divertindo com o doutorzinho de merda, enquanto eu apodreço com minha própria desgraça.

E mesmo assim, isso não é o bastante para me fazer odiá-la.

Eu sei que ela nunca me diria Adeus, mas de alguma forma, eu vi isso nos olhos dela. Por mais que eu tenha tentado suportar a dor, eu não poderia conseguir lidar com isso, porque seu coração é como o meu, ela guarda a dor por dentro.

Se me perguntarem o porque... Ela não me diria Adeus. Eu sei que em algum lugar por dentro, existe alguma luz especial... Sempre existe algo especial em Carol.

Então, se alguém pudesse me ouvir, talvez eu pediria ajuda... Porque não existe alguém que me faria sentir tão vivo.

Eu esperava que ela nunca me deixasse, talvez ela acreditasse em mim...

Eu não percebi que estava a encarando, até o momento em que seu olhar cruzou com o meu... Eu poderia dizer que me encontrei nos olhos dela.

Por algum momento eu me esqueci de tudo.

Era apenas ela.

Era apenas nós.

Em nosso pequeno romance psicótico.

Quis me levantar e alcançar seus lábios, porque eles eram como a cura para todo esse maldito sofrimento.

Quis abraçá-la... Não só porque ela me fez uma falta infernal, mas também porque Carol era como o mundo para mim... Como se ela fosse a única mão estendida no universo.

Quis dizer que a amava... Quis dizer que precisava dela... Quis dizer que ela era como o ar em meus pulmões.

Mas permaneci ali, encarando, observando... Esperando.

Carol parecia aliviada... E aquilo só me fez lembrar de suas malditas palavras.

Ela estava ali e ainda sim, ela parecia tão distante.

– Pensei que você fosse o cara do mato. – Uma voz me liberta de meus pensamentos.

Olhei para o lado e ela estava ali, seu rosto sombrio e seus olhos misteriosos... O tipo de mulher que pode ter qualquer coisa com apenas um sorriso... “Ou uma espada”.

– Olá Daryl. – Ela diz.

POV (Carol)

Queria prestar atenção no que Alaric dizia, mas minha atenção estava em Daryl. Seus olhos pareciam perfurar minha alma.

Eu nunca entendi o por que dele sempre me olhar dessa forma.

É simplesmente, porque ele me conhece tão bem.

Ele me conhece como eu me conheço.

Meu coração pulava uma batida a cada segundo que eu permanecia o encarando... Eu quase me esqueci como era seu olhar... Quente.

Ele pareceu acordar de um transe, quando uma mulher lhe chamou a atenção.

– Carol... Você está me ouvindo? – Alaric pergunta.

– Sim... – Digo.

Na verdade eu comecei a me sentir desconfortável ao lado dele.

Não era ele que deveria estar ali.

Por mais que eu já tenha deixado claro que nunca existiria nada entre nós, ele continuava tentando ”marcar território”

Voltei minha atenção para as pessoas envolta da mesa. Vez ou outra meus olhos acompanhavam Daryl, que continuava bebendo no balcão.

Me perguntei quem era aquela mulher. Nunca havia visto ela em Woodbury. E por Deus, como ela conhece Daryl?

“Talvez ela seja a nova brincadeira do caipira”

– Quer que eu te deixe em casa? – O homem me olha sorrindo.

– Não... Eu vou ficar mais um pouco. – Retribuo o sorriso.

– Eu ganho um beijo pelo o menos? – Pergunta.

– Até amanhã Ric. – Ele suspira derrotado.

Alaric se levanta e caminha para a saída.

E mais uma vez ele está olhando para mim. Ele estava machucado... Eu o machuquei.

Eu quebrei sua confiança.

Eu quero chorar. Quero abraçar Daryl e chorar. Chorar todas as lágrimas que eu puder, até que tudo esteja bem outra vez.

E então ele se levanta e vai... Eu nunca pensei que o veria partir.




Sophia dormia calmamente em sua cama. Sorri por ver minha garotinha tão serena. Eu sabia que ele fazia falta... Eu a ouvi chorar. Daryl se tornou tão importante para ela, quanto para mim.

Finalmente eu estava em casa... Na minha cama grande e vazia... Mais uma vez as lágrimas inundaram meus olhos.

Talvez ele me odeie... Ele ainda me odiaria se soubesse que sinto sua falta? Se soubesse que eu só consigo sorrir quando penso nele. Daryl ainda me odiaria se soubesse que ele ainda é a única realidade que eu tenho?

Sim.

Ele me odiaria... Porque nós tínhamos algo real. Porque ele era o único que poderia enxergar através de minha alma.

Ele sempre foi o melhor para mim, eu preciso de algo bom na minha vida.

Eu preciso de você, Caipira... Eu preciso de você.


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Notas finais do capítulo

E ai garotas? O que acharam? Ruim, bom? Comentem, critiquem... Suas opiniões são sempre bem vindas.

Ric é o apelido do Alaric, não confundam com o Xerife u_u

Tá demorando pra Caryl acontecer né? Prometo que em breve tudo vai ficar bem.

Vejo vocês no próximo capítulo minhas lindas. Tia Maya ama vocês ♥



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