GUERRA! GUERRA! GUERRA!

O povo doce não parava de gritar.

Marceline e Jujuba se encontravam em frente ao castelo.

Marceline ria, flutuando, com um olhar desafiador.

Jujuba olhava com raiva, os punhos cerrados e os olhos semiabertos.

–Que foi chicletinho, tá com medo?

–Qual é Marsha? Medo de você? -Jujuba tentou rir, porém não conseguiu diante daquela situação.

Elas iam se aproximando, até que Jake interrompeu.

–Epa, epa, o que está havendo?

–Essa idiota, já falei um milhão quatrocentos e trinta e sete vezes pra ela não voltar no reino doce e ficar cantando duas canções ridículas e..

Marsha interrompeu.

–Porra, cala a boca, todo o povo doce gosta das minhas musicas, você fica falando merda porque não sabe cantar, mais eu não sou igual a você, a nerd paradona e você pode fa..

Jake colocou sua pata na boca de Marsha.

–Ei, Marcela, calma, tá, olha, a princesa tem razão, ela é quem governa o reino doce.

Jujuba mostrou a língua.

Marsha puxou a pata de Jake com força.

–Não me importo! Que se foda! O povo doce é quem manda, não importa a princesinha otária deles com seu péssimo gosto.

Jujuba soltou um berro, com ódio.

Marsha voltou a flutuar e tocar sua guitarra, com a expressão tão calma, que faria qualquer um jurar que nada estava havendo.

Isso era algo que Jujuba sempre odiou.

–Marcela, vamos.

–Até loguinho, Jujuba. -Marsha mostrou a língua.

Jujuba entrou marchando no castelo.

O povo doce se acalmou e voltaram para suas casas.

Chegando na casa-da-árvore, Marsha entrou pela janela e se sentou na mesa com Finn e Beemo.

–Oi Marceline.

–Olá Marceline!

–Oi, oi.

–Hum.. Tá meio desanimada..

Marsha revirou os olhos.

Jake entrou.

–E aí Jake

–Oi Finn

–Onde estava?

–Fui resolver uns assuntos -Disse Jake, encarando Marsha, que deu de ombros.

–Ah, ok

Marsha se levantou.

–Hum.. Eu.. Preciso ir..

–Ok

–Até logo Marceline!

–Bye, bye, Beemo

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Uma hora depois, Marceline já estava em casa, em frente á casa, sentada no chão, com a chuva forte a afetando.

Seu cabelo grudava no corpo e escorriam gotas de sangue.

Os pensamentos passavam como a brisa de verão em sua mente, por alguns segundos e apenas desapareciam. Ela sorriu consigo mesma.

Ela ergueu sua mão, então, teve a sensação que se derreteria.

E ficou olhando.

Nada acontecia.

Ela se levantou, tocou na maçaneta, e então uma voz ecoou na chuva.

–Marsha!

Aquela voz doce e fina. Tão familiar. Ela poderia jurar que era..

–Marsha!

Marsha olhou para trás.

Segurando um guarda-chuva cor de rosa, com os pequenos sapatos molhados e sujos de lama, ali estava ela, Jujuba, parada em frente á entrada.

–Jujuba? O que quer agora? Vai me expulsar da minha casa também?

Marsha abriu a porta, prestes a entrar e fechá-la na cara de Jujuba.

–Não, não! -Ela correu em direção a Marsha- Eu queria pedir desculpas!

–Desculpas, ah, ok.

Marsha entrou. Quando fechou a porta, algo bloqueou, o pé de Jujuba estava impedindo que a porta se fechasse.

–Ei, me ouça!

Marsha abriu a porta.

–Estou ouvindo.

–Eu só queria.. Ah.. Sério.. É.. Eu só queria que..

–Estou esperando.

–Queria pedir desculpas, por.. Expulsá-la do reino doce, porque eu não sei cantar e talvez estivesse com um pouquinho de inveja da sua voz..

–Hum, e..?

–E, por xingá-la, e, por, hum..

Marsha riu.

–Entra Jujuba.

–Ah.. Ok

Jujuba entrou, deixou se guarda-chuva de lado e se sentou no sofá.

Marsha se sentou na sua frente.

–Tem algo.. Que.. Bem.. Eu queria te contar..

–O quê?

–Eu não sei..

–Não sabe? Como assim?

–Não sei explicar..

–Explicar?

–Não repita oque eu digo..

–Não repetir?

–Jujuba!

–Ah, ok, eu parei.

Jujuba pensou um pouco.

–O que você queria me contar?

–Acho que ainda quero..

–Fala

–Eu não consigo

–Por que não? Como não consegue?

–Não conseguindo.

–Faça gestos então

–Acho que não..

–Vamos Marsha..

Marsha se inclinou e beijou Jujuba.

Um beijo rápido.

Depois virou o rosto.

–Pronto.

–M-Marceline.. Eu..

–Desculpe..

Marsha se levantou e Jujuba a puxou para o sofá novamente.

Jujuba estava em cima de Marsha, segurando em seus braços. Os longos cabelos de chiclete escorriam pelo rosto e caiam sobre os ombros de Marsha.

Ela não sabia o que dizer.

As duas ficaram em silêncio por alguns minutos, sem se mover.

Até que Jujuba se inclinou e beijou Marsha.

–Jujuba, você..

–Cala a boca.

–Mais..

–Ei, eu te amo.