Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! escrita por VivianLidi


Capítulo 8
Capítulo 8




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Mônica se afastou dois passos do detetive olhando para baixo apreensiva, com certeza não era a melhor manhã que já tivera em um segunda.

— E-ei. O encarou séria. — O que deu em você?

— Você não gosta de mim?

— Hã? Gosto muito de você, mas... A segurou pelos pulsos. — Detetive, você... Você não é assim, me largue.

— Sou pior. Tirou a mão do bolso e enfiou rapidamente no pescoço uma injeção antes que Mônica pudesse protestar. — Tanto que não preciso que lembre disso. Mônica desfaleceu em seu braço. — Não minta para mim, passou a noite na casa do Menezes, degradante.

Dc a colocou na cama, pegou sua mochila jogada ao chão e suas luvas, logo abriu o armário, procurava algo insistentemente nas gavetas da garota.

"Eu preciso de algumas calcinhas e seu celular... Ela não vai acordar tão cedo." Na última gaveta pegou o que queria e no criado-mudo estava o celular.

Colocou-os na mochila e saiu com um ar suspeito, ajeitando nas suas costas.

— Oi Detetive. Sorriu Denise ao vê-lo na sala. — A Mônica está no quarto? A gente. Apontou para Aninha. — Veio matar ela por ter bebido ontem e levá-la para a facul.

— Hum. Tentou desviar o olhar e esconder sua culpa. — Ela dormiu faz tempo, melhor não acordá-la, ela recupera o conteúdo amanhã.

"Ela está faltando demais..."

Depois de uma pausa pensativa tornou a falar. 

— Por que vocês beberam tanto ontem?

— Ela disse que a irmã a abandonou, é drama eu sei. Reclamou Denise.

— Com certeza. Disse Aninha.

O detetive observou a mão da jovem jornalista "O valor da morte" com título em francês.

— Eu já li esse livro, é sobre uma mulher que decide tomar rumos violentos depois que o  noivo a deixa.

— Exatamente. Disse Aninha fazendo uma cara entediada. — Eu achei meio macabro e lixo também.

— Esse livro é uma obra prima, tenha um pouco mais de cultura Ana.

— Ihh, vai começar. Disse Denise. — Olha detetive, foi um prazer, você continua lindo, além do mais você não usava o cabelo levantado? Está meio caído. Empurrou-o para a porta. — Muito obrigada por cuidar dela, amamos você, viu, pode crer.

O detetive saiu satisfeito por ninguém ter percebido seu furto e caminhou passando pela casa de Menezes, quando o Franja o abordou.

— Bom dia detetive. Franja corria em direção ao mesmo.

— Cientista. Cumprimentou com a cabeça.

— O que faz aqui? Perguntou assombrado.

— Como assim? Eu estava na casa da Mônica.

— Ah, que susto. Disse aliviado.

— O que houve?

— Bom, eu fiquei preocupado com a dentuça ontem com o Menezes, mas imagino que ela já esteja em casa sã e salva.

— É mesmo? Dc o olhou desconfiado de braços cruzados.

— Nada, não precisa ficar na defensiva é só que... Menezes gosta muito dela e é meio imprevisível quanto a ações.

— Escute. Se aproximou do cientista. — Se ele tiver tocado mesmo que minimamente eu vou denunciá-lo na delegacia e manchar sua preciosa carreira de advogado, então mande-o não encher a porra do meu saco.

— Calma.

— Bom dia rapazes. O ilustre advogado balançava uma chave nas mãos com um olhar curioso. — Estranho, pensei que você  já estava no trabalho.

— Eu estou indo.

— Detetive. Segurou-o pelo braço. — A sua mochila está aberta, tome cuidado com... Seus casos, se vazar alguma coisas daí prejudicará alguém.

Se livrou da mão com o impulso do braço.

— Obrigado pela preocupação. destravou o carro.

— Letter, maldito, filho da puta, miserável. Franja resmungou o mais baixo possível.

— Silêncio. Esperou o detetive ligar seu carro e sair. — Ele roubou alguma coisa dela.

— E que importa? Você precisa ficar alerta, a sua irmã vai trabalhar com ele.

— Ah, ele fará o jogo sujo de tentar gruda-la junto a ele, ver se sou capaz de matá-la e levantar suas suspeitas, se ela impedir meu objetivo, eu realmente não me importo de matá-la.

— Não! Gritou com Heart. — Pare com isso, levar pessoas a óbito vai enfurecer os policiais, a cidade não é mais segura por sua causa.

— Pois bem. Levou suas mãos até o queixo de Franja. — Eu não permito que lixos como você gritem comigo.

Franja sentia o rapaz apertar sua mandíbula e tirou uma injeção do bolso, aplicando antes que os instintos do Heart fossem mais rápidos.

Menezes caiu no chão ajoelhado, sorrindo para o amigo como um agradecimento pessoal.

— Eu mandei você parar de tomar remédio.

— Não tomei hoje, eu apenas o segurei para que não atacasse Mônica ontem a noite. Olhou o seu relógio. — Droga, só tenho cinco minutos para chegar.

— Menezes. Segurou o amigo no ombro. — Faça sua irmã mudar de ideia ou você ficará difícil ocultar o Heart ou até mesmo impedi-lo de matá-la.

— Eu vou fazê-la mudar de ideia, só preciso pensar em algo rápido e eficiente.


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Notas finais do capítulo

OIE