Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! escrita por VivianLidi


Capítulo 6
Capítulo 6




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— Eu quero protegê-la, sabe disso não é?

— Não sei, você me bate, me xinga, só falta me ensinar alguns comandos e aí virarei sua cadelinha. Abriu a janela do carro. 

— Não precisa se rebaixar tanto. Focou no trânsito evitando que suas emoções transparecessem.

— É mentira? Você me beija sem eu deixar, faz inúmeras coisas desde que nos conhecemos, nos conhecemos desde que me entendo por gente e a pior parte disso tudo é que você se mete entre mim e o Maurí..

Sempre com esta língua?!

Segurou seus ombros e seus olhos perderam a pouca vida que tinha.

— Eu não me meto entre vocês, acha que ele gosta de você? Ele apenas quer descobrir a face de seu estresse, pare de se iludir tanto, você não pode confiar tanto assim nele, você só tem a mim.

— Quando você mostrou que eu só tenho a você?

— Eu estou bem aqui, mesmo depois de ter sido tirado do trabalho, saindo como um adolescente em fúria do meu escritório.

— Infantil.

Puxou o cinto da garota e prosseguiram o caminho, apesar dele ter transmitido um diálogo calmo, a moça sentia sua aura estranha.

— Muito obrigada pela carona, velhote.

— Você é impressionante. Colocou seus óculos escuros e ligou novamente o carro.

Em 20 minutos chegou a enorme empresa de seus pais e voltou para a sala. Seu telefone privado toca.

— Menezes, está ocupado?

— Não. Abriu o computador apoiando o celular no ombro.

— Pare de tomar remédios, me entendeu?

— Eu não posso fazer isso, ele está ficando mais instável a cada dia.

— Vocês são a mesma pessoa, apenas aceite o jeito dele e conviva em paz, não pode ficar alternando, essas drogas que você toma estão lhe enfraquecendo. De repente o cientista gritou enfurecendo o advogado. — Além do mais, eu não sou historiador, sou um cientista, se não sei nada sobre a mitologia miquilina, é porque não me especializei nessa porra!

— Contenha-se franja, que inferno, aliais, do que está falando?

— Você não entende? O Heart me odeia, ele fica ameaçando me matar o tempo inteiro.

— Franja!

— E outra coisa, o jornal noticiou o assalto no bairro Campos dourados, eu não sei qual é a dele, mas ele roubou a peça da mãe do detetive aí, a vida o Heart será um inferno a partir disso.

— Aquele babaca atrapalhado? Tá brincando, né? Ele não faz ideia de quem seja, o heart plantou bombas e ele não notou, é um desligado amador.

— Entenda de uma vez por todas, ele está jogando, ele não dará o cheque-mate na primeira rodada, tenha noção que ele é um sociopata, a dentuça é uma isca.

— Não, ambos são doentes e obcecados pelo outro doente.

— Menezes, acorde, ele é o único que sabe que Heart persegue a dentuça e talvez o único que acredite, ele no fundo cogita que é você, ele vai te destruir, pense, por que ele a levou para a casa que aconteceria o assalto? O que ela tem a ver com isso? Ele não alimenta a obsessão dela, e sim a própria por amor...

— Ou orgulho. Encerrou o argumento do cientista. — Ele quer a cabeça do Heart como troféu.

— Exato, cuide-se Menezes.

Desligou e relaxou na cadeira mantendo os olhos no teto.

— Ele a manipulou indiretamente, mas ela não é tão ingênua... Ela que foi atrás dele, uma liçãozinha não fará mal a ele, farei ele arriscar a vida dela e se arrepender por usá-la. O sorriso cruel surgiu. — Apenas eu, posso usá-la.

...

— Sua imprudência quase matou meus policiais!! Gritou o delegado. — Eu tive muita paciência com você, pois é um dos melhores detetives do estado, não repita essa façanha ou pararei de lhe dar ouvidos.

O delegado saiu enfurecido do cômodo do detetive que tomava seu diário café.

— Explodindo a casa dos outros, hein? Que jogo sujo, é apenas questão de tempo pelos seus erros hemáticos, algo me diz que tenho que arranjar um jeito de tirar sangue do Menezes, não... O Menezes é o dono da razão e não tem motivos para roubar já que o seu pai é dono de metade da capital... Ah, hipóteses, hipóteses. Se levantou do encosto da mesa. — Mas por que ele quer tanto minha Mônica? Não importa quantas vezes eu a exponha, ele sempre a protege.

O rei do juízo, eu não fiz nada contra as leis certo?

...

A noite caiu e a firma estava perto de fechar, o advogado como sempre saiu por último com pastas na mão e olhar de arrogância.

Chegou em casa e tirou sua camisa.

— Sério?

O cientista estava sem o uniforme que sempre está habitualmente sorrindo, pois logo ia ser morto (literalmente).

— Pare de entrar aqui sem permissão, definitivamente vou trocar minha tranca.

— Não se importe comigo, vim apenas testar uma coisa.

— Desembucha.

— Como Heart conseguiu material bélico?

— As bombas? Eu não sei, acho que ele mesmo sabe fazer, até porque umas noites atrás comprou uns equipamentos de sensor automático, mas outra pessoa que sabe fazer bombas... Um segundo cientista.

— E-eu saberia se tivesse uma segunda personalidade! O cientista ajeitou os óculos. — Quer dizer, saberia? Menezes, quando você era adolescente você não lembrava que Heart lhe possuía.

— Eu me negava a aceitar.

O cientista viu a "dentuça" passar a distância e olhou estranho.

— Ela não se cansa de andar, ela está fazendo alguma coisa errada.

— Pode estar morrendo, ela não para aquelas pernas.

— Por que você é tão mau com ela?

— Não é que eu seja mau, eu até tento me controlar perto dela, mas meu coração é frio é ela é cercada de emoções, é um pouco difícil lidar com ela sem ter raiva.

— Ela tá passando de novo... Com uma garrafa de cerveja na mão.

— Como assim? Levantou-se assombrado. — Não acredito. Saiu com passos furiosos da casa.

Menezes andou e foi até a garota, tentando apenas ser um stalker silencioso e descobrir o que infernos ela estava fazendo.

— Oh, cebolinha continua me seguindo mesmo depois de velho?

— Nada passa despercebido por você. Se aproximou de seus lábios para sentir o cheiro do álcool. — Pare de beber. Puxou a garrafa que a moça tentava esconder.

— Que importa? Você me ama não é?

"Me recuso a responder enquanto você estiver assim"

— Certo, eu estou acostumada, minha irmã vazou, todo mundo me abandona, mas você... Está aí há tantos anos... Caiu de costas nos braços de Menezes. — Apenas diga, eu te amo.

— Chega, não é? Vamos entrar, cadê sua chave?

— Está aberta, eu acho que perdi minha chave.

— Muito bem.

Levantou a garota nos braços e a aconchegou no se pescoço.

— Você tem um cheiro bom.

— O álcool é surpreendente. Conteve sua excitação. — Mas não posso deixá-la dormir numa casa destrancada.

— Ah, então me leve para a sua e deixe-me dormir com você.

— Por que você não bebe mais vezes? Andou até sua casa e chutou a porta já que seus braços estavam ocupados com a garotinha nas mãos.

O cientista fez caretas eternas.

— Ela perdeu chave e está bêbada.

— Se a polícia bater na minha porta vou negar tudo.

— Eu não podia deixa-la na rua.


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