Pagando o Preço escrita por Ludroffer


Capítulo 2
Capítulo 1 - LIBERDADE


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!



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Cap.1 – LIBERDADE!!!


 


 


Tic…Tac…Tic…Tac…Tic…Tac


 


Eu olhava para o relógio de tempos em tempos contando cada segundo que passava.


 


Tic…Tac…Tic…Tac…Tic…Tac


 


Parecia que o mundo tinha parado de girar, tamanha era a demora que os ponteiros tinham para andar.


 


Tic…Tac…Tic…Tac…Tic…Tac


 


Eu andava de um lado para o outro na pequena sala, repetida vezes, com um livro surrado nas mãos, mas não adiantava, eu não conseguia me concentrar de jeito algum. Eu andava prá lá e prá cá  sempre olhando para o maldito relógio esperando o tempo passar e NADA! Mais uma vez o mundo conspirava contra minha pessoa. Eu já tinha roído todas as minhas unhas, passei a noite inteira em claro,e a hora que eu mais ansiava não chegava.


 


 De repente veio em minha mente aquele dia em que tudo mudou.


 


Flashback


 


3 dias antes


 


Hoje era o dia mais esperado do mês: o dia das visitas! Minhas colegas de cela estavam em polvorosa, esse era o dia que não tinha conflitos, todas circulavam pelas corredores e pátio do presídio na santa paz. Uma esperava pelo filho, a outra pela visita íntima que teria com o marido, a outra veria finalmente sua mãe, todas aguardavam alguém. Elas se preparavam cuidadosamente, sempre com o melhor uniforme, maquiagem , nem parecia que estávamos onde estávamos. A felicidade estampada no rosto dessas mulheres era visível. Eu apenas as observava, pensava como deveria ser bom ter por quem esperar.


 


Mas eu nem me iludia mais, pois meus pais tinham me abandonado de vez. No começo eu chorei muito, eu não me conformava com o abandono deles, até pensei em tirar minha própria vida, mas eu não era tão covarde a esse ponto, seria como assinar uma declaração de culpa, culpa essa que eu NÃO tinha!!!


 


Mas poxa, eles eram meus pais, deveriam me amar acima de tudo, incondicionalmente!!! Mas hoje percebo que tudo na vida deles gira apenas em torno do dinheiro. Não consigo esquecer o maldito dia em que a policia chegou com o mandado de prisão; em vez de ser amparada pelo meu pai, foi um tapa que levei na cara, e o mesmo recusou veemente minhas explicações, pois as provas, dizia ele, eram incontestáveis.


 


Tudo poderia ser diferente se ele tivesse me escutado, talvez os verdadeiros culpados estivessem aqui no meu lugar. Não tinha como não derrubar silenciosas lágrimas de tristeza. Mas isso só me deixava pior, pois a muito tempo tinha prometido que não mais choraria.


 


Eu sempre fui uma boa filha, independente, desde cedo comecei a trabalhar, não por obrigação, mas por gosto. Eu usufrui dos benefícios que o dinheiro me deu? Claro que sim, mas nunca fui como Renée, que só queria saber de jóias, roupas cada vez mais caras, apenas para se exibir. Não, eu definitivamente era diferente, não como Charlie também, ele era um completo escravo do dinheiro, que só trabalhava pelo poder que o mesmo lhe proporcionava, nada tem mais importância prá ele, e prá piorar a única pessoa que ele confiou completamente seus negócios foi à mim, e olha no que deu.


 


Eu me sentia uma estranha no ninho, pois eu tinha valores diferentes dos que eles me ensinaram. Eu me importava com as pessoas que trabalhavam com a gente, sempre procurei desenvolver métodos de trabalho o mais humanizado possível e sempre fui tutora de projetos sociais patrocinados pela Swan Corporation.


 


Mas como aceitar que as pessoas que me deram a vida, que me criaram, que deveriam me conhecer profundamente, simplesmente aceita provas forjadas e me abandona no momento em que eu mais precisava de apoio?


 


Eu fiquei perdida, um torpor dominou meu corpo e minha mente e só não definhei por causa daquele garoto de olhos negros que me mostrou que minha vida não estava perdida, eu era inocente e ainda tinha chances.


 


Eu me apeguei a essa verdade, minha inocência, mas era difícil manter a fé no dia a dia desse lugar horrendo. Minha adaptação foi a pior possível, pois eu era menosprezada pelas outras mulheres por ter dito uma vida de privilégios. Eu era tratada por todas, inclusive por aquelas que deviam garantir a minha integridade física, como a “gata borralheira”, e era obrigada a servi-las. Humilhações atrás de humilhações, eu estava literalmente no fundo do poço.


 


Quando eu estava prestes a desistir foi que apareceu Mercedes, uma mexicana baixinha, robusta e que mal falava nosso idioma, eu a ajudei ensinando a falar e escrever, pois eu era fluente no espanhol, como em outras línguas, e em agradecimento ela começou a me defender. Apesar de sua estatura e de sua aparência frágil, ela logo impôs respeito e as outras presas passaram a tê-la como uma líder, e eu como a protegida de Mercedes, acabei por ser deixada de lado.


 


- Bella, querida! Você tem certeza que não quer nos acompanhar no banho de sol? – disse Mercedes


 


- Não Mercedes, vou ficar aqui lendo mais um pouco! – disse apontando para o livro que estava em minhas mãos.


 


- Mas querida, você já leu esse livro milhares de vezes,daqui a pouco ele vai se desmanchar, você precisa é interagir com pessoas reais - disse com aquele ar preocupado que ela sempre dirigia à mim.


 


- Não se preocupe,ok?! Vai curtir sua família que eu estou bem. – disse sorrindo, mas sei que ela percebeu que não era um sorriso verdadeiro. Ela saiu e retomei minha leitura.


 


Alguns minutos se passaram, quando Maria, uma outra presa da ala onde eu ficava entra.


 


- Bella, Mercedes está te chamando – disse rapidamente


 


- Eu estou bem aqui, diga à ela que não precisa se preocupar. -  disse


 


- Ela disse que não era para eu voltar sem você, tenho certeza que não irá se arrepender – respondeu com um sorriso maroto.


 


Eu sabia que não adiantava ir contra, pois ela me tiraria daquela cela, se preciso, a força. Acompanhei Maria, e quando cheguei no pátio procurei Mercedes entre as várias pessoas ali presentes, mas não conseguia localizá-la. Foi quando uma mão grande e quente tocou em meu ombro.


 


- Bella! – disse com sua voz grossa. Será que eu estava imaginando coisas? Virei rapidamente para fitá-lo.


 


- Jake! Oh, Jake, você veio! – disse pulando em seu pescoço e já chorando em seus braços.


 


- Claro que sou eu Bells, achou que tinha se livrado de mim? – perguntou me apertando mais em seus braços. Sorri entre lágrimas e dei uma tapinha em seu braço.


 


- Estava com tanta saudade de você! Mas me diga, como conseguiu vir? – perguntei o arrastando para uma mesa vaga que tinha perto de nós.


 


- Disse que ia visitar um cliente, hoje mesmo retorno – respondeu e eu me martirizei pelo sacrifício que infligia  ao meu amigo – hei, não precisa fazer essa cara porque não é nenhum sacrifício vir vê-la – falou respondendo meu pensamento – mas vim em especial porque tenho uma boa noticia para te dar.


 


- Boa noticia? – repeti


 


- Na verdade não é boa. – disse com ar de desânimo, que logo foi substituído por um sorriso enorme que deixava a mostra seus lindos e prefeitos dentes brancos – é maravilhosa!!!


 


- Como assim? – perguntei não entendendo o que poderia ser.


 


- Bella, daqui a exatas 72 horas você estará livre!!! – respondeu feliz


 


- Hã ... como assim??? – eu tinha entendido direito o que ele tinha falado? – livre, livre?


 


- Sim Bella, L-I-V-R-E!!! – soletrou como se estivesse falando com uma pessoa com dificuldades de compreensão, o que na verdade eu estava – o advogado conseguiu contestar uma das provas que apresentaram contra você, eu te disse que acabaríamos encontrando uma brecha nessa provas, não existe crime perfeito Bells! Eles começaram a revisar tudo, e várias provas não batem com o que foi dito, e eles acabaram por te liberar!!!


 


Fiquei pensando nas palavras que meu amigo tinha acabado de dizer, e não conseguia associá-las corretamente.


 


- Eu estou livre? – minha afirmação acabou saindo como uma pergunta, o que ele confirmou com a cabeça – livre, Jake, LIVRE!!! – gritei me jogando em seu pescoço e distribuindo beijos por todo o seu rosto. Eu estava tão feliz pela noticia que ele me deu, que não consegui desviar quando um de meus beijos acertou seus lábios, corei na mesma hora, e rapidamente o soltei.


 


- Sim Bella – disse me puxando para perto, seus olhos brilhavam como eu nunca tinha visto antes – finalmente as coisas estão sendo esclarecidas, e você poderá retomar sua vida. – mas infelizmente aquilo não era real.


 


- Não Jake, a minha vida nunca mais será a mesma depois disso aqui – disse mostrando com a mão o local que estávamos – só eu sei o que passei pagando por um crime que não cometi, sendo abandonada por todos. Agora eu só tenho você Jake, o único que esteve presente – o abracei fortemente.


 


Ficamos ali, apenas abraçados vendo o tempo passar, eu repetia em minha mente: livre, livre, como se tentasse gravar aquelas palavras em minha mente. Mas me lembrei de algo.


 


- Jake? – o chamei, ele se afastou o mínimo para me encarar – preciso te fazer um pedido.


 


- O que você quiser Bella! – respondeu


 


- Eu não quero me Charlie e Renée saibam de nada, eu preciso recomeçar a minha vida. – disse


 


- Acho que isso não seja possível, há essa horas o advogado deles já deve ter feito o comunicado – eu bufei de desânimo


 


- Oh não Jake! Eu não quero falar com eles, não agora, preciso me preparar primeiro – choraminguei


 


- Bella, mas você precisa retomar sua vida, você tem direitos! – ele disse intensamente


 


- Eu não quero nada que aquele dinheiro possa me dar, Jake. Eu vou recomeçar a minha vida, sozinha, do zero. Vou provar que sou diferente, Jake, eu preciso fazer isso, por mim!


 


- Você nunca estará sozinha Bella, NUNCA!


 


- Eu sei que posso contar com você! – disse lhe dando um sorriso sincero – mas preciso de sua ajuda mais uma vez. – e lhe contei o meu plano


 


Fim do Flashback


 


E aqui estou eu, no grande dia, finalmente teria a minha sonhada liberdade de volta, ou pelo menos parte dela, pois só voltaria a me sentir completamente livre quando conseguisse esclarecer toda essa história e colocar os verdadeiros culpados atrás das grades. Mas isso não vem ao caso agora, vou me preocupar com essas questões mais prá frente.


 


Olhei novamente para o relógio e o mesmo não tinha trabalhado muito, eu estava prestes a entrar em colapso, tamanho era o meu desespero. Será que o juiz teria voltado atrás e revogado minha soltura??? Pensei. Não, eu não podia ser tão pessimista. Peguei o copo de água que se encontrava em cima da mesa e virei todo o liquido de uma só vez, e foi um alivio sentir o frescor descendo por minha garganta.


 


Soltei o livro em cima da mesa e comecei a tamborilar os dedos nela, hoje finalmente estaria livre e não tinha como não estar feliz, ansiosa, mas precisava me controlar. Sorri ao pensar na liberdade, fazia tanto tempo que não saia pelas ruas da cidade, será que tinha mudado muita coisa?


 


Fui tirada dos meus pensamentos no instante em que a porta se abriu e um Jake sorridente entrou, seguido de um senhor baixinho, de óculos e um pouco acima do peso, Dr. Albert Preston, meu advogado.Corri em direção ao meu amigo e o abracei fortemente.


 


- Até que enfim Jake! Estava começando a achar que o juiz tinha mudado de idéia – sorri nervosa.


 


- Bella, como você é boba – disse rindo – só estávamos acertando as ultimas papeladas.


 


- Senhor Preston – disse estendendo a mão para cumprimentá-lo – obrigada mais uma vez por acreditar em mim e fazer um bom trabalho.


 


- O que é isso menina, eu apenas fiz o certo, você já passou tempo demais nesse lugar sem merecer, sua liberdade era uma questão de tempo – disse com um sorriso sincero no rosto. Ele era um bom homem, não fazia parte da elite da advocacia, mas conhecia muito bem o seu trabalho e o fazia com amor. Apesar das dificuldades que encontrou ao lidar com poderosos, não se abateu, e lutou até conseguir – e finalmente posso te dizer oficialmente que você está livre.


 


Apesar de saber que eles vieram para isso, ouvir aquelas palavras foram como melodia para meus ouvidos. Não consegui deixar de me emocionar, finalmente minha liberdade. Jake me abraçou forte e chorei copiosamente em seus braços protetores e quentes, como a muito tempo não fazia.


 


- Você sabe que sempre estarei ao seu lado, não sabe? – sussurrou em meu ouvido. Eu nada falei, apenas balancei a cabeça em concordância, apesar de ser um choro de alegria, de alivio, eu não podia ficar assim, muitas coisas ainda eu tinha prá resolver. Respirei fundo algumas vezes tentando me controlar, assim que consegui me afastei dos braços de Jake.


 


- Então o que estamos esperando? – perguntei – Quero logo dar o fora desse lugar!!!


 


- Eu imagino querida, mas antes queria conversar sobre algumas coisas – disse o advogado, o que me fez abater instantaneamente.


 


- Hei, não precisa fazer essa cara, venha, senta aqui – Jake disse me conduzindo para cadeira, ele sentou ao meu lado segurando minha mão sobre a mesa, enquanto o Sr.Preston sentou-se a nossa frente.


 


- Bella, você sabe que a sua liberdade não significa que a acusação foi retirada, não é? – perguntou o advogado, o que eu confirmei com a cabeça, o que incentivou que ele continuasse – pois bem, o processo volta para verificações das provas, outros peritos designados pela promotoria irão rever todos os laudos e comparar com nossa contestação, você continua sendo acusada, mas responderá em liberdade. A princípio não temos muito o que fazer, e você tem que cumprir algumas regras.


 


- Quais regras? – perguntei


 


- Não pode sair do estado e muito menos do país, não pode se meter em confusão, se houver alguma queixa oficial contra você sua liberdade será revogada e sua prisão será imediatamente decretada. Seus bens estão bloqueados, então você só terá acesso o que estava contigo no ato da prisão. Aconselho que você não procure seus pais, e se os mesmos fizerem, tente se encontrar em lugares públicos e com testemunhas. Isso irá evitar que eles sugiram que você estava os chantageando – o silêncio pairou sobre a sala.


 


- Alguma dúvida, criança? – perguntou um tempo depois quebrando o silêncio.


 


- Não, está tudo muito claro! – respondi - mesmo porque não está em meus planos procurar Charlie e Renée e muito menos usar um centavo se quer do dinheiro deles, esse dinheiro amaldiçoou minha vida.


 


- Se conseguirmos provar que aplicaram um golpe em você todos os bens ficaram disponíveis e você além de ter seu dinheiro de volta ainda poderá pedir uma indenização – concluiu.


 


- Não estou preocupada com isso, eu tenho saúde e nunca tive problemas em trabalhar.


 


- Fico feliz por isso, mas as coisas não são fáceis para quem passou por aqui criança. – disse o advogado


 


- Mas ela tem a mim, Preston! Logo iremos resolver essa situação. – respondeu Jake um pouco irritado.


 


- Acho que é só isso então, você tem onde ficar? Preciso colocar isso nos documentos. - falou


 


- Tem sim! O endereço está aí – disse Jake entregando um papel ao advogado – e qualquer novidade não hesite em me procurar.


 


- Sem problemas! Agora estamos prontos prá ir, vamos? – disse levantando-se


 


Os segui até uma outra sala, onde foram entregues meus pertences, um par de brincos de ouro e uma gargantilha, minhas roupas, sapatos e uma bolsa com meus documentos e algum dinheiro. Pediram para eu conferir e depois assinar um termo de que estava recebendo-os conforme eu tinha deixado. Jake me entregou uma sacola com algumas peças de roupas que ele havia trazido para mim, fui ao banheiro para me trocar. Meu coração batia acelerado, faltava muito pouco para sair. Coloquei a calça jeans e a camiseta preta que estavam na sacola, ele acertou em cheio,finalizei com o All Star preto e já estava livre para sair. Devolvi o uniforme para a policial e fui liberada, mas antes peguei minhas antigas roupas e joguei na lata do lixo. Não queria aquela lembrança.


 


Jake segurou minhas mãos ao perceber o quanto eu estava nervosa, minhas mãos estavam geladas e molhadas de suor, eu tremia. Sonhei tanto com esse momento, que agora que acontecia tinha medo de não ser realidade.


 


Assim que passamos pelo portão meu peito inflou em uma felicidade descomunal, a minha vontade era de beijar o chão, sair correndo gritando, mas é claro que não o fiz, mesmo porque precisava sair o mais discretamente possível, não queria ser surpreendida por nenhum fotógrafo enxerido. Jake tinha feito o possível para que isso não acontecesse, inclusive enviou uma nota para o jornal local dizendo que eu só seria liberada no dia seguinte no final da tarde, e deu certo!


 


Entrei rapidamente em seu carro que estava parado logo na entrada, me despedi do Sr.Albert, e partimos. Ninguém conseguiria nos ver agora, pois seu carro tinha proteção escura nos vidros, relaxei. Eu não sabia onde ficaria, mas sabia que Jake já tinha cuidado de tudo.


 


O percurso que fizemos foi tranqüilo, estávamos no lado oposto da cidade em relação a minha antiga moradia, como eu tinha solicitado.


 


- Você quer comer alguma coisa especial, Bella? Podemos passar em algum restaurante. – perguntou


 


- Acho melhor não arriscar, o que mais quero é tomar um banho relaxante e tirar esse cheiro horrível de mim – respondi


 


- Eu não acho que você está fedida – disse tentando descontrair – pelo contrário, você ta bem cheirosinha -  revirei os olhos.


 


- Jake, você diria qualquer coisa prá me agradar, isso não vale – disse fingindo indignação.


 


Eu parecia aquelas crianças que andam de carro pela primeira vez numa cidade nova, ia reparando tudo, queria saber o que era isso, aquilo, e Jake ia me falando pacientemente. Logo chegamos em uma pequena vila, era ali que eu ficaria, o lugar era bem simples, se comparado com minha antiga moradia, mas era perfeito para o que eu procurava, discrição. Assim que ele estacionou o carro, veio abrir a porta prá mim e apontou qual casinha era a minha e me jogou a chave, corri até a porta, tive certa dificuldade para colocar a chave na fechadura pela tremulação que em minhas mãos, mas assim que consegui e abri a porta meu queixo caiu.


 


- Oh, Jake! Está tudo lindo! – a casa estava toda mobiliada, tinha flores espalhadas por todos os cantos e uma faixa escrito “boas vindas” – não precisava fazer isso, você sabe que não terei como te pagar.


 


- Bella, assim você me ofende! Considere isso como um presente, você sabe que isso não é nada prá mim – respondeu ofendido


 


- Não Jake, eu não posso, você já fez muito por mim, com todo o dinheiro do mundo eu não teria como te pagar, então não me deixe mais endividada.


 


-  Amigos fazem isso, e não se fala mais nisso! Venha, vamos conhecer o restante da casa. – disse fechando a porta e me puxando sem me deixar soltar uma palavra. O quarto tinha uma cama de casal e uma cômoda, que como eu já imaginava, estava completa de roupas, até lingerie ele tinha comprado. Os armários estavam abastecidos de comida, nada faltava, era mais que perfeito.


 


- Jake, obrigada, obrigada – disse pendurada em seu pescoço distribuindo beijos pela sua bochecha, ele era a pessoa mais solidaria que eu havia conhecido, o amigo mais fiel


 


- Vai tomar seu banho, enquanto eu peço algo para comermos – disse me empurrando com os dedos tampando o nariz.


 


- Quer dizer que agora eu estou fedendo é? – disse lhe dando um último beijo e correndo para o banheiro.


 


Aquela água quente percorrendo meu corpo foi a coisa mais gostosa que senti nos últimos tempos, fiquei ali quietinha, só curtindo o momento. Em seguida comecei a me ensaboar, mas sem perceber comecei a aumentar o ritmo e a força, eu sentia minha pele arder, mas esfregava bem, queria tirar aquela sujeira do meu corpo, queria tirar as lembranças, queria conseguir apagar tudo de minha mente, da minha alma, lágrimas rolaram abundantes de meus olhos, mas eu me entreguei aquele momento numa promessa que seria a última vez que aconteceria.


 


Eu seria uma pessoa diferente a partir de agora, Isabella Swan estava morta, agora seria apenas Bella.


 


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Notas finais do capítulo

N/A. People!!! Desculpem a demora, mas me digam, o que acharam desse capítulo?

Essa parte toda da lei eu não conheço, então me desculpem se escrevi alguma baboseira. hehe

Agora que tal me fazer um pouco feliz e comentar! Pode ser prá dizer o que estão achando, ou apenas prá dizer um oi. Preciso de um incentivo, se não, não saí nada!!! Não vai doer nada e ainda me fazer um bem tremendo. Quanto mais rewiens eu tiver mais rápido teremos o próximo capítulo.

Quero mais uma vez agradecer a vocês que dedicam um pouquinho do seu tempo com essa maluquice que estou criando, e saiba que é gratificante saber que um trabalho que é feito com muito carinho está agradando. É claro que não sou nenhuma Lunah ou Carol Venâncio ( que eu adoro!!!), mas quem sabe um dia não chego lá? Hehe Aproveitando, quem ainda não leu, dê uma passadinha em Bella Problema X Edward Solução e Inexplicavelmente Amor das duas nessa ordem.

Quem quiser me conhecer pode dar uma passadinha no meu perfil do Orkut : http://www .orkut. com.br/Main#Profile?uid= 17270916073290589809&rl=t ou no twitter : www. Twitter .com/ Ludrozina e tô também no Facebook, vou adorar vê-las por lá.

Um beijo mais que especial para as meninas que estão lendo e deixando recadinhos, vocês não imaginam como isso incentiva a escrever mais.

Próximo capítulo sai na sexta depois das 17h, Bella procurando emprego, o que será que vai dar? Aguardem!!!

Bjks