O sangue pingava e escorria pelo chão da cela. Porém o sangue não era da prisioneira. O braço de um dos guardas foi arrancado cruelmente. Ambos os guardas respiravam intensamente e, soando frio, observavam a prisioneira. Presa a várias amarras, com uma camisa de força, um capacete de metal que cobria seu rosto e sua cabeça e trancada dentro de uma cela em uma sala escura. Apenas virando seu rosto para um guarda, a prisioneira arranca-lhe a cabeça em dois segundos, jorrando sangue pelas paredes. A prisioneira faz com que o molho de chaves do cadáver levite. Restava mais um guarda na cela. Desesperado, ele saca a arma e lança duas balas em direção a ela. Em uma fração de segundos, a prisioneira solta suas amarras e assassina o ultimo guarda. Ela estava livre. Andando lentamente e de cabeça baixa, ela sai da grande sala.

Pelas câmeras de segurança, é possível ver toda a ação.

-Foi decretado estado de emergência- Uma voz feminina vinha dos altos falantes- Todos os funcionários, evacuem imediatamente. O bloco subterrâneo de pesquisas será isolado em 60 segundos.

A caminhada da prisioneira continuava. E os guardas estavam dispostos a se arriscar para impedi-la.

-Mantenham a calma!- Um dos guardas disse. Ele e seus dois parceiros tinham uma metralhadora em mãos- O manual disse que estaremos a salvo se ficarmos a mais de 2 metros de distância.

-E também disse para não deixar nada cair no chão?- Outro guarda perguntou, olhando para o guarda recentemente morto.

A prisioneira faz levitar uma caneta que estava no bolso do cadáver no chão. Ela aponta o objeto para eles. E lança. A caneta perfura o olho esquerdo de um dos homens. Todos baixaram a guarda e a fugitiva os mata.

Vários guardas armados tentavam impedi-la, mas todos acabavam do mesmo jeito. Mortos. Eles gastavam todas as suas munições atirando nela, porém não havia nem um arranhão em seu corpo. Gritos ecoavam pelos corredores. Sangue era jorrado, escorrendo pelas paredes e cobrindo o chão.

Após caminhar por todo o andar, ela entrou no elevador e foi para o andar térreo. Ao abrir mais uma porta, encontrou vários homens fortemente armados e o diretor do presídio. Um silêncio amedrontador se fez. Até que uma mulher, a nova secretária, apareceu carregando uma bandeja com xícaras. A mulher desajeitada tropeçou e caiu ao pés da assassina.

-Yume!- O diretor gritou, espantado. Os outros homens continuavam em formação.

-Desculpe, diretor!- a secretária disse recolhendo os cacos de vidro.

-Fuja!- Ele ordenou.

-O que está havendo?- Ela perguntou levantando o olhar e vendo a situação em que ela se encontrava. Estava entre 15 homens armados e uma assassina.

-Fuja!- O diretor ordenou novamente. A sombra de uma mão se fez no chão, mas não podia ser vista. A sombra se aproximou da mulher indefesa tocou seu ombro- Pare, Lucy!- O diretor gritou, olhando fixamente para a assassina.

A cabeça da mulher foi decapitada.

-Atirem para matar!- O diretor gritou.

Todos começaram a atirar na mesma hora. Lucy, a assassina, usava o corpo da jovem secretária como escudo, embora ela não precisasse. Era apenas um tipo de brincadeira. Lucy pegou uma caneta no bolso da secretária e atirou, mirando em um dos que atiravam. Acabaram as munições e Lucy soltou o corpo da mulher. Ela caminhou calmamente em direção à porta, que estava atrás dos homens. Dois deles tentaram impedi-la em um combate corpo-a-corpo, mas mesmo antes de tocá-la foram mortos. Todos se afastaram e deixaram que a fugitiva passasse. O diretor pegou seu telefone e falou:

-Ela está indo para a saída de emergência! Fechem as duas portas e a escotilha e tranquem-na!

Os homens que controlavam o sistema de segurança do presídio fecharam as duas portas, mas esqueceram da escotilha, que levava à um penhasco. Lucy seguiu em frente.

-Idiotas!- O diretor gritou- Esqueçam! Mandem o atirador!

De uma sala, um atirador mirava na fugitiva.

-Acabe com ela com uma só bala- O diretor falou- Ela não é do tipo que deixa dar o segundo tiro.

Após o atirador afirmar que a arma de fogo era extremamente potente e que nada iria detê-lo, o diretor deu sua ultima ordem:

-Mire na nuca.

Alguns segundos depois a mira já estava certa, porém, no ultimo segundo, Lucy se virou e levou um tiro na fonte. Seu capacete de metal saiu e revelou lindos cabelos vermelhos, enquanto a mulher caía do penhasco, desabando no mar.