Don't Be Afraid escrita por Barbara


Capítulo 4
Protective Barrier


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee! Eu estou muito ansiosa para postar o próximo capítulo! Genteeee! Eu vou ter um siricutico! Genteee! hahahahahaha!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438044/chapter/4

Chris acordou primeiro pela manhã, comprou café para eles e alguns donuts, quando voltou ouviu o barulho do chuveiro ligado e olhou as horas. Dava tempo de um banho e um café tranquilo. Ele se despiu e entrou no banheiro notando Eva com os olhos fechados enquanto a água escorria por seu corpo. Ele parou deslizando a língua pelos lábios, como ele queria aquela mulher...

– Bom dia Doutora Zambrano... – Sussurrou segurando sua cintura por trás.

– Bom dia Doutor Deleo... – Ela se virou ficando de frente para ele, que ao mesmo tempo caminhou até a parede e a encostou nela segurando suas coxas e a puxando para cima. – Acordou empolgado.

– Para “brincar de médico” com você eu sempre estou empolgado. – Apalpou novamente sua coxa, dessa vez com força. Eva inclinou a cabeça para traz e fechou os olhos sentindo as mãos de Chris explorem seu corpo. Ele beijou seu pescoço e depois mordeu sua orelha.

– Onde você foi essa manhã? – Perguntou beijando-o.

– Buscar o café da manhã.

– Então vamos comer que eu estou com fome e preciso trabalhar. – Ele sorriu e se afastou deixando-a terminar o banho...

– Acho que agora é pra valer. – Disse Chris enquanto bebia mais do seu café.

– O quê? – Eva perguntou encarando ele.

– Eu estou em um relacionamento. – Ela riu.

– Eu dormi com você duas vezes... Considera isso um relacionamento? – Ela perguntou encarando-o.

– Eu te amo. – Ela riu novamente.

– Eu acredito. – Disse com ironia. – Se eu me comprometer a algo com você meus chifres poderão ser vistos do espaço a olho nu! – Riu tomando um pouco do café.

– Eu fui atrás do seu café da manhã... Isso é muito amor! Eu não costumo comprar café nem para mim! – Ela se inclinou beijando-o.

– Foi muito bonitinho... Mas não me convenceu. – Ela se levantou pegando a bolsa e o copo de café na mesa. – Você termina isso no caminho ou vamos chegar atrasados... Graças a sua brilhante ideia de interromper meu banho.

– Não me diga que você não gostou? – Perguntou parando atrás dela enquanto ela pegava as chaves do carro e beijando seu pescoço. – Se não estamos em um relacionamento. O que é isso?

– Estamos nos divertindo... – Simplificou o que estavam fazendo.

– E como estamos! – Pensou alto observando as curvas de Eva. – Vai passar todas as noites comigo para possamos nos divertirmos mais. – Ele entrou no carro sorrindo e com seu olhar malicioso.

– Você é um tarado! Sem contar que não posso simplesmente fechar as portas do minha casa e dar adeus a tudo.

– Então o dia que você não for, eu vou. Resolvido nosso problema! Eu sou mesmo um gênio! – Ela estacionou perto do prédio e eles entraram. Mas que depressa ele envolveu seus ombros com um dos braços e caminhou sorrindo como se nada estivesse acontecendo. Aquilo era muito previsível, todos sabiam que um dia aconteceria... Só não sabiam que seria naquele dia.

– Lembre-se... Apenas nos divertindo. – Advertiu.

– Claro. Como quiser Doutora Zambrano. – Ele beijou seu rosto e continuo seguindo.

– Onde estava ontem a noite? Tentei te ligar. Eu, Proctor e Tuck saímos para curtir um pouco. – Serena perguntou a Eva quando ela entrou na sala que ela estava.

– Ela estava comigo. – Chris apareceu.

– Ah... E onde estavam? – Serena perguntou sem maldade alguma. Ela sabia que eles saiam as vezes para conversar, beber e se divertir.

– Na cama. – Chris sorriu. – Minha cama. – Ele piscou para Eva e saiu deixando ela nervosa e Serena surpresa.

– Ele está brincando? – Perguntou a Eva.

– Não... – Respondeu prometendo que faria Chris pagar por aquilo.

– Passou a noite com ele?

– Não foi só essa. A anterior também.

– Estão fazendo algum tipo de pegadinha comigo? – Perguntou incrédula.

– Não. Nenhuma. – Respondeu acabando de se vestir. Saiu apanhando Chris no elevador. – Segure para mim! – Pediu pulando para dentro.

– O que Serena disse?

– Não importa. Vai pagar por isso. Hoje a noite... – Ela “rosnou” próximo ao rosto dele e quase o beijou enquanto saia pela porta já aberta do elevador.

– Vítimas de um atropelamento, perna amputada, espasmos violentos e um estilhaço no pulso esquerdo. 2 minutos. – Chris olhou para Eva e eles seguiram para receber um dos pacientes.

– Eric Di Lauren, 16 anos. Espasmos violentos e estilhaço no pulso esquerdo. – Eva encarou o menino branco de cabelos negros se debatendo sobre a maca.

– Eric eu sou a Doutora Zambrano e esse é o Doutor Deleo, vamos cuidar de você.

– Eu não consigo controlar meu corpo! – Disse apavorado entre um espasmo e outro.

– Apenas se acalme Eric, faremos tudo que for possível. – Ela olhou para Chris. – Temos que parar os espasmos, os espasmos matam quando...

– Comprimem o diafragma impedindo a respiração... – Completou. – Eu sei. Precisamos ir rápido! – Eric gritou de dor.

– Percebeu isso? – Eva perguntou.

– Isso o quê? – Perguntou olhando o garoto.

– Ele gritou... Mas quase não abriu a boca. – Entraram no elevador e ela pegou um palito se aproximando do garoto. – Eric poderia abrir a boca por favor? – Disse quando ele teve um intervalo entre os espasmos. Quando ele forçou para abrir sua boca se fechou automaticamente. – Vem sentindo algum dos seus músculos rígidos há alguns dias? – Perguntou examinando o rapaz.

– Sim. Meu pescoço e minhas costas estão me matando á uns dias. – Eva olhou para Chris quando notou alguns cortes no pulso do rapaz.

– A quanto tempo você se corta?

– É recente. Minha mãe confiscou as lâminas do meu banheiro... Usei a lâmina de um apontador velho. Por que isso interessa? – Ela apertou de leve seu abdômen notando a rigidez, observou o suor em sua testa e então parou para ouvir seus batimentos cardíacos.

– Acelerado... – Pensou alto. – Tétano! – Respondeu correndo com ele para fora do elevador. - As feridas do pulso devem ser limpas com antisséptico ou oxidantes, a penicilina e o metronidazol eliminam as bactérias, mas não têm efeito no agente tóxico que elas produzem. Os depressores do sistema nervoso central diazepam e DTP também podem ser usados eles reduzem a ansiedade e resposta espásmica aos estímulos. A internação deve ser imediata em UTI de alta complexidade, com isolamento, baixa estimulação sonora, luminosa e tátil enquanto durarem os riscos de espasmos. Estamos falando de Tétano pessoal, podemos lidar com isso. – Ela entregou a maca uma das enfermeiras e começou a segui-la.

– Sinto informar Doutora Zambrano, mas acho que devemos remover o estilhaço no pulso do rapaz e tentar salvar sua artéria radial.

– A questão é: Como faremos isso sem provocar espasmos e acabarmos nós mesmos detonando sua artéria radial?

– Uma ótima pergunta... E eu espero muito que tenha a resposta para ela. – Ele sorriu e acompanhou a maca do rapaz enquanto ela ficava pensando.

Chris caminhou até Eva na sala de descanso e se sentou ao seu lado.

– Tem alguma ideia? – Perguntou com uma das mãos em sua coxa.

– Na verdade, sim. – Ela o encarou.

– E por que não está animada?

– Por que é muito arriscado.

– Eva, nosso trabalho inteiro é arriscado... A qualquer momento podemos perder uma vida, assim, em nossas mãos. Acha que dessa que dessa vez é diferente? – Perguntou encarando-a.

– Tem razão.

– Então, qual sua ideia?

– Eu pensei em realizar todo o procedimento sem qualquer apoio além dos recursos da UTI... Não poderemos fazer barulhos nem usar muita luz, evitar toques desnecessários e... Torcer por nenhum espasmo. – Ele se virou encarando-o.

– Estou dentro... – Disse segurando seu queixo e se inclinando para beijá-la.

– Mas está dentro por que a ideia foi minha ou por que acha que tem alguma chance de dar certo?

– Vai dar certo, Eva... – Ele sorriu. – Você é brilhante. – Ela sorriu.

– Vamos. Temos um garoto problemático com uma artéria radial comprometida e espasmos violentos. – Ele se levantou e caminharam abraçados até o quarto do rapaz. Ele parecia mais calmo e livre dos espasmos... – Eric? – Sussurrou.

– Está apagado. – Uma enfermeira disse no mesmo tom.

– Vamos tentar ser rápidos.

Chris começou a remoção do estilhaçado enquanto Eva o auxiliava. Quando estavam terminando o processo e prontos para fechar, o braço direito teve um leve espasmo fazendo-os soltarem o pulso esquerdo.

– Droga. – Eva praguejou começando ela mesma fechar o corte. – Você pode me ajudar Deleo?! – Perguntou indignada.

– Claro, Doutora Zambrano. – Ele começou a fechar juntamente com ela. As pernas se curvaram um pouco e a cabeça voltou-se para trás.

– Vão ficar mais violentos. Se ele mexer o braço acabou artéria radial! – Eva apressou-se enquanto Chris já preparava um curativo. – Rápido, corte aqui. – Pediu terminando de fechar. Ele cortou e colou o curativo a tempo de ver os calcanhares e a cabeça se curvarem e a coluna ser direcionada para frente.

– Por um segundo! – Disse aliviado.

– Uma fração de segundo você quis dizer... – Suspirou retirando as luvas e a mascara enquanto saía da sala.

Enquanto lavava as mãos Eva pensava se o que ela e Chris tinham algum dia poderia se tornar um relacionamento sério...

– O que está pensando Pêssego? – Chris perguntou beijando seu rosto enquanto parava ao seu lado para lavar as mãos.

– Nada. Apenas em como fizemos um bom trabalho. – Sorriu para ele.

– Sei que não é isso. Eu conheço você... Mas se não quer falar. – Ele sorriu e saiu.

Não tiveram nenhum mais nenhum paciente depois das duas vítimas. Eva estava apenas esperando acabar seu plantão para ir embora. Decidiram que hoje Chris passaria a noite na casa dela. Ela não estava em clima para ter nenhuma relação sexual com ele. Entraram na casa dela e ela foi direto para o banho, quando saiu ele a esperava deitado em sua cama sem a camisa, ela encarou o abdômen bem defino dele e mordeu o lábio inferior.

– Quero conversar com você. – Ele disse se sentando na cama. Ela deixou a toalha no chão vendo ele não desgrudar os olhos de seu corpo por nenhum segundo.

– Pode esperar eu me vestir? – Perguntou.

– Seria bom, assim que consigo me concentrar. – Ela sorriu e pegou um pijama para ela.

– Ok, o que está acontecendo? – Perguntou se sentando ao lado dele

– Quero te pedir uma coisa. – Ele sorriu encarando ela. – Hoje no meu horário de lanche eu saí e comprei uma coisa para você. – Ele se ajoelhou e tirou apenas um anel do bolso. – Eva, eu quero que você fique comigo... Mas só comigo. Algo além de apenas diversão. – Ele estendeu o anel para ela. – Quer ser minha?

– Chris isso é... Isso é incrível, mas... – Ela tentava escolher as palavras.

– Mas não gosta de mim o suficiente?

– Não! Jamais! É que...

– Olha sua barreira aí novamente! Já não falamos sobre isso uma vez?

– Chris eu...

– Está com medo... É normal... Mas não seja covarde. Eu quero uma resposta Eva... Por que eu sei exatamente o que eu quero. E é você. Mas parece que não tem essa mesma certeza. Me procure quando descobrir o que quer. – Ele se levantou saindo do quarto.

– Chris! – Ela o seguiu até a porta.

– O quê? – Ele se virou desafiando-a a aceitar o pedido.

– Fique.

– Me dê um motivo para ficar. – Pediu encarnado-a, ela se jogou em seus braços e o beijou se separam ofegantes, mas ela não conseguiu aceitar...

– Eu... Eu...

– Já deixei minha opinião clara... Me procure quando souber o que quer. – Ele se virou fechando a porta. Ela caminhou lentamente até o quarto e se sentou na cama, deslizou as mãos pelo cabelo curto e se levantou olhando no espelho.

– Covarde. – Disse para si mesma enquanto se preparava para tentar dormir...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Noca Walsh nem ouse acender essas malditas velas! hahahahaha! Nem vem, nem vem! Rum!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Don't Be Afraid" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.