Hinata Pov’s

Consegui abri os olhos com dificuldade, eu estava em um quarto escuro com uma pequena mesa que tinha uma garrafa com água. Tentei me levantar, mas não consegui estava tonta de mais para me levantar, o quarto onde estava tinha as paredes cinza uma porta e uma janela, ambas velhas. A janela tinha varias tábuas “Acho que quem me colocou aqui não quer que eu saia.” Pensei. Quando me levante fui beber um pouco de água, pois estava com muita sede, mas ela estava quente e cuspi tudo.

–Droga! Nem água que preste tem!

–É assim até o final do dia. –disse uma voz nada estranha para mim, sim eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar. –Ela só trás comida e água fria no começo da noite. Mas tenho um pedaço de pão e um pouco de água.

Sakura saiu de uma sombra, fiquei surpresa por ela em uma situação parecida com a minha. Ela estendeu um copo com água e a metade de um pão. Olhei desconfiada para ela mais aceitei. Quando estivesse com fome comeria, mas bebi toda a água e falei.

–Obrigada, mas porque estamos aqui? Que lugar é esse? Quem nos trouxe aqui? Onde estamos? Como nós viemos parar aqui?

–Uma pergunta por vez. –ela sentou no colchão em que eu havia dormido.- Quem nos trouxe aqui foi a Sayo. Estamos em uma cabana abandonada em algum lugar entre a Aldeia da Folha e a Vila da Areia. A Sayo usa um Jutsu especial, ele mexe com a mente das pessoas (não ela não é do Clã Yamanaka) ela pode apagar sua memoria, hipnotizar e adicionar memorias que nunca existiram em sua cabeça. Ela nos hipnotizou para chegarmos até aqui.

–Como sabe sobre tudo isso se está presa aqui comigo? –perguntei cruzando os braços, ainda não confiava muito nela.

–Ela está me hipnotizando para fazer o que ela quer, por mais que eu queira não consigo resistir. Já seu caso é diferente.

–O que quer dizer? –estava começando a me preocupar.

–Ela quer usar você para se vingar no Naruto. Sei apenas isso. –ela abaixou a cabeça e ficou calada por alguns minutos.

–Por que? O que ele fez? –“Eu preciso sair daqui!” pensei.

–Não sei. Ah e mais uma coisa se pensa em sair daqui não pode. Esse lugar é cercado por vários selos. Sayo quem decide quem entra e sai. Ela é perigosa.

Uma batida na porta me assustou, mas Sakura não demonstrou alguma reação. Uma mulher idêntica a Sakura, os mesmos cabelos, mesmo tom de pele. Apenas duas duas coisas as diferenciavam: Os olhos dela eram mais claros e ela tinha “mais corpo” que Sakura.

–O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? VOCÊS SÃO IGUAIS! –senti um medo na hora “O que estava acontecendo? Um Jutsu de transformação?”

–Pelo visto você acordou Hinata. Bem-vinda a minha casa! –disse ela com um tom sarcástico –Me desculpe se não gostou na hospitalidade, é o máximo que vocês vão ter.

–Quem é você?? –perguntei dando alguns passos para trás.

–Nossa Sakura, que feio da sua parte! Ainda não disse quem eu sou? Bem, eu sou Sayo Haruno. Mas não gosto do nome Haruno, então me chame apenas de Sayo.

–Haruno? Mas como... –olhei para Sakura que permanecia de cabeça abaixada.

–Nossa vejo que está desenformada. –a voz dela me dava arrepios- Bem, eu sou a irmã gêmea dela –disse apontando para Sakura- Mas os pais dela me abandonaram quando ainda era recém-nascida. Por quê? Muito simples. Eu nasci com quase totalmente cega. Possuía apenas 15% de visão em ambos os olhos, no tempo não tinha cura, eu ficaria daquele jeito até perder a visão completa. Os pais dela não queriam uma filha cega que não serviria para nada, então me abandonaram. Mas eu tive a sorte de uma senhora me adotar, ela fazia muitos experimentos envolvendo a medicina e ela curou a minha visão alguns anos depois do meu nascimento e me criou com filha. Mas um certo dia um ninja da Folha invadiu a nossa antiga casa e matou a minha mãe, quando cheguei já era tarde. Ele tirou tudo o que eu tinha! –ela olhava para Hinata muita raiva –E agora irei tirar sua família dele, sua tão amada esposa e seu filhinho que ainda não nasceu.

–Filho? Você deve está enganada. –o que ela estava dizendo era impossível- deve haver algum engano!

–Não, eu já comprovei você espera um bebê de um mês. –coloquei a mão sobre meu útero “Não! Não Agora!” pensei –Pobre criança... Não teve culpa de nada e mesmo assim irá pagar.

–MENTIRA! –gritei

–Ache o que quiser. Mas agora não tenho tempo para bate-papo, você vem comigo agora.

Sayo me puxou pelo braço, eu tentei me soltar mas estava fraca e com fome. Ela me levou a uma sala com uma cadeira no centro onde me colocou sentada e amarrou minhas mãos e pés.

–O que pretende fazer? –tentei me soltar mas não deu certo- Me solta!

–Vou apagar sua memoria para assim poder matar você. É muito simples não é? –Ele pegou alguns pergaminhos e copiou o que estava escrito neles formando um circulo ao meu redor

–Então por que simplesmente não me mata logo?

–Infelizmente não sei lutar corpo a corpo, para aprender esses jutsus mentais leva muito tempo. Levei uma década para aperfeiçoar tudo. E você com a memoria apagada não lembrará como lutar e facilitará as coisas pra mim!

Ela terminou de escrever e colocou a mão na minha testa, disse alguma coisa que não entendi e tudo ficou escuro.